domingo, 7 de abril de 2019

Fraude de admissão em universidades dos EUA

Promotores federais norte-americanos indiciaram nesta terça (12) quase 50 pessoas por pagarem ou receberem milhões de dólares em propina para que candidatos fossem aceitos em algumas das melhores universidades do país.
Entre os acusados estão atrizes de Hollywood, como Felicity Huffman ("Desperate Housewives") e Lori Loughlin ("Full House"), além de empresários e técnicos esportivos de prestigiosas instituições de ensino como Yale e Stanford.

O esquema, que segundo o advogado Andrew E. Lelling é o maior escândalo de admissão em faculdades já analisado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, movimentou US$ 25 milhões (cerca de R$ 95 milhões) em suborno.
William "Rick" Singer, 58, administrou o esquema de extorsão por meio da empresa Edge College & Career Network, afirmaram promotores federais de Boston.

A acusação sustenta que Singer arranjava esquemas para que candidatos falsos fizessem as provas de admissão das faculdades no lugar dos filhos dos seus clientes ricos. Sua empresa também subornou treinadores para que aceitassem estudantes sem competência atlética.
Os pais pagaram dezenas de milhares de dólares pelos serviços de Singer. O dinheiro era mascarado como contribuição de caridade.

"O que fazemos é ajudar as famílias mais ricas dos Estados Unidos a colocarem seus filhos na escola. Minhas famílias querem uma garantia", resumiu Singer aos promotores.
Um acusado que colabora com a Justiça e coordenou o esquema contou que ofereceu à atriz Felicity  Huffman que mediasse a correção das respostas do exame de admissão de sua filha. Huffman é acusada de pagar US$ 15 mil pelo teste modificado de sua filha mais velha e por ter iniciado o mesmo processo para sua filha mais nova, apesar de ter abandonado a ideia.
Ela é casada com o ator William H. Macy ("Fargo", "Boogie Nights: Prazer Sem Limites "), que não foi indiciado.
Huffman foi detida pela polícia e, horas mais tarde, liberada após  pagar fiança de US$ 250 mil (R$ 953 mil).

Já Lori Loughlin e seu marido, o estilista Mossimo Giannulli, também acusado, teriam acordado o pagamento de US$ 500 mil para que suas filhas fossem incluídas na equipe de remo da Universidade do Sul da Califórnia, apesar de não serem remadoras. As duas filhas do casal foram aceitas na instituição.
O casal também foi detido pela polícia. Giannulli, cuja fiança chegou a um milhão de dólares (R$ 3,8 milhões), já foi liberado. 

A testemunha contou como, com a ajuda de outras pessoas, conseguia corrigir o resultado dos exames de admissão dos filhos de seus clientes.
De acordo com o jornal The New York Times, Singer, administrador do esquema, declarou-se culpado e está colaborando com a investigação. Ele foi acusado de extorsão, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

O esquema começou em 2011 e, além de Stanford (Palo Alto, na Califórnia) e Yale (New Haven, Connecticut), ajudou estudantes a serem aceitas pela Universidade do Texas (Austin), Georgetown (Washington DC), Universidade do Sul da Califórnia e Universidade da Califórnia, ambas em Los Angeles.
Parte do esquema era aconselhar os pais a mentirem para os administradores dos testes que seus filhos tinham deficiências de aprendizado, o que lhes dava tempo prolongado para realizar os exames.

Quem aplicava os testes nesses centros recebia subornos para permitir que os clientes de Singer trapaceassem, muitas vezes fazendo com que as respostas erradas de um aluno fossem corrigidas após a conclusão do exame ou fazendo outra pessoa realizar a prova.

Os pais eram aconselhados a escolher um dos dois centros de testes em que a empresa de Singer disse ter controle: um em Houston, no Texas, e o outro em West Hollywood, Califórnia.
"As vítimas reais neste caso são os estudantes que trabalham duro", disse o advogado Lelling, que foram preteridos por "estudantes muito menos qualificados e suas famílias que simplesmente compraram a sua entrada" nas universidades.
Em muitos casos, os estudantes não estavam cientes de que seus pais estavam envolvidos na fraude, disseram os promotores. Fonte: Folha de São Paulo - 12.mar.2019  

Pobreza na Argentina atinge um terço da população urbana

A inflação elevada e a recessão econômica na Argentina elevaram o índice de pobreza urbana do país para 32% no segundo semestre de 2018, uma alta de 4,7 pontos percentuais ante a primeira metade do ano, mostraram dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) nesta quinta-feira (28/03).

Na comparação com o segundo semestre de 2017, a pobreza urbana cresceu 6,3 pontos percentuais no país. São 8,9 milhões de argentinos vivendo nessa situação.

Além disso, 6,7% da população, ou 1,8 milhão de pessoas, vive abaixo do nível de indigência, um crescimento de 1,8 ponto percentual ante o semestre anterior. São números que "doem", admitiu o governo argentino. "A pobreza dói, claramente.

O empobrecimento da população coincide com a aceleração da inflação, que encarece a cesta básica e serviços utilizados para medir a linha de indigência e pobreza. O índice de preços ao consumidor acumulou alta de 47,6% na Argentina no ano passado, maior avanço em 27 anos, diante de uma queda de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para calcular as cifras, o Indec leva em consideração o nível de vida nos 31 centros urbanos mais povoados do país, o que abrange 27,8 milhões de pessoas. A Argentina tem mais de 40 milhões de habitantes.

O relatório publicado é o sexto sobre pobreza realizado pelo Indec desde que Macri chegou ao poder. Além disso, esta é a segunda vez nos últimos três anos que o instituto registra uma alta no índice de pobreza.
Para encarar a crise econômica, Macri fez um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo de 57 bilhões de dólares e se comprometeu a realizar um ajuste que permita ao país encerrar o ano em equilíbrio fiscal. Fonte: Deutsche Welle-30.03.2019


quinta-feira, 4 de abril de 2019

É preciso entender o passado para construir o futuro

Para falarmos sobre 31 de março de 1964 é preciso uma contextualização histórica, porém clara e objetiva. Passados 55 anos deste importante evento, é necessário refletirmos, com isenção de paixões, sobre o fato histórico.

Uma boa análise exigiria uma retrospectiva que passaria pelo período do Império, a proclamação da República, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek para podermos definir com clareza o cenário sócio–geopolítico–econômico-militar da época.

É importante que as novas gerações entendam que se vivia uma guerra real, embora velada. Era a Guerra Fria que, desde o final da Segunda Guerra Mundial, polarizava o planeta em duas grandes vertentes: os Estados Unidos, capitalista, e a Cortina de Ferro, pela União Soviética, comunista.

Mais de cem países do mundo, incluindo praticamente toda a América Latina, vivenciavam conflitos internos, como um reflexo desta disputa de poder. A URSS projetava seu poder através da chamada Internacional Comunista. Atuavam planejando, financiando e orientando a luta armada, através das guerrilhas.

Era uma guerra silenciosa e dura, que causou muitas baixas.

O Brasil, no início da década de 1960, era alvo de um orquestrado plano de conquista, que vinha sendo implementado insistentemente desde 1925. Entre 1959 e 1964, nosso país recebeu agentes estrangeiros das mais diversas origens, como Cuba. Centenas de brasileiros foram treinados em Cuba, na Tchecoslováquia e na própria URSS.

Fatos graves começaram a ocorrer e o país tornava-se ingovernável. As Forças Armadas atenderam ao apelo popular e decidiram “salvar a nação de si mesma”. Como guardiãs da Constituição, protegeram a nação de seus inimigos internos e externos.

Foi necessário tutelar a nação!

Atendendo ao clamor da sociedade nas ruas, do próprio Congresso, dos chefes militares e através de eleições indiretas, foi indicada ao marechal Humberto de Alencar Castello Branco a missão de pacificar o país e colocá-lo no caminho do desenvolvimento.

Era um exemplar soldado, herói da Segunda Guerra, filósofo pela Sorbonne, respeitado pelos companheiros e um verdadeiro estadista. Segundo relatos de família, ouvidos por meu pai, sua visão do processo seria a de conduzir uma firme gestão de transição, ao término da qual seriam realizadas novas eleições. Infelizmente, por radicalismos de ambas as partes, isto não ocorreu.

Apesar de tudo, o período de 1963 a 1974 foi uma fase triste, em termos de respeito aos parâmetros de preservação das garantias individuais.

Sempre será uma página a ser virada. Preservar todas as correntes de pensamento não deixa de ser também uma luta pela democracia.

Devemos celebrar juntos apenas os inegáveis resultados benéficos que aquele período nos trouxe, guardando as nossas mágoas e rezando para que jamais uma situação como aquela se repita.

Reconheço erros dos dois lados e o fato de que grande parte da juventude idealista acreditava ser a revolução comunista a única solução para os graves problemas nacionais.

Longe dos fantasmas de outrora e sem críticas ou ressentimentos, temos o compromisso de acertar e reconstruir o Brasil. Lutar por uma nova forma de pensar, de agir, de educar os mais jovens para a vida e para o mundo tecnológico que se descortina à nossa frente.

Uma nova forma de política, conquistando as mentes e os corações, formando um novo estado de consciência para todo o Brasil. Somos todos um só!
Folha de São Paulo - 1º.abr.2019 
Oscar Castello Branco de Luca, é deputado estadual (PSL) em São Paulo e sobrinho-neto do ex-presidente Castello Branco (1964-1967)

sábado, 30 de março de 2019

Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964

MINISTÉRIO DA DEFESA
Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964
Brasília, DF, 31 de março de 2019
As Forças Armadas participam da história da nossa gente, sempre alinhadas com as suas legítimas aspirações. O 31 de Março de 1964 foi um episódio simbólico dessa identificação, dando ensejo ao cumprimento da Constituição Federal de 1946, quando o Congresso Nacional, em 2 de abril, declarou a vacância do cargo de Presidente da República e realizou, no dia 11, a eleição indireta do presidente Castello Branco, que tomou posse no dia 15.
Enxergar o Brasil daquela época em perspectiva histórica nos oferece a oportunidade de constatar a verdade e, principalmente, de exercitar o maior ativo humano —a capacidade de aprender.
Desde o início da formação da nacionalidade, ainda no período colonial, passando pelos processos de independência, de afirmação da soberania e de consolidação territorial, até a adoção do modelo republicano, o país vivenciou, com maior ou menor nível de conflitos, evolução civilizatória que o trouxe até o alvorecer do século 20.
O início do século passado representou para a sociedade brasileira o despertar para os fenômenos da industrialização, da urbanização e da modernização, que haviam produzido desequilíbrios de poder, notadamente no continente europeu.
Como resultado do impacto político, econômico e social, a humanidade se viu envolvida na Primeira Guerra Mundial e assistiu ao avanço de ideologias totalitárias, em ambos os extremos do espectro ideológico. Como faces de uma mesma moeda, tanto o comunismo quanto o nazifascismo passaram a constituir as principais ameaças à liberdade e à democracia.
Contra esses radicalismos, o povo brasileiro teve que defender a democracia com seus cidadãos fardados. Em 1935, foram desarticulados os amotinados da Intentona Comunista. Na Segunda Guerra Mundial, foram derrotadas as forças do Eixo, com a participação da Marinha do Brasil, no patrulhamento do Atlântico Sul e Caribe; do Exército Brasileiro, com a Força Expedicionária Brasileira, nos campos de batalha da Itália; e da Força Aérea Brasileira, nos céus europeus.
A geração que empreendeu essa defesa dos ideais de liberdade, com o sacrifício de muitos brasileiros, voltaria a ser testada no pós-guerra. A polarização provocada pela Guerra Fria, entre as democracias e o bloco comunista, afetou todas as regiões do globo, provocando conflitos de natureza revolucionária no continente americano, a partir da década de 1950.
O 31 de março de 1964 estava inserido no ambiente da Guerra Fria, que se refletia pelo mundo e penetrava no país. As famílias no Brasil estavam alarmadas e colocaram-se em marcha. Diante de um cenário de graves convulsões, foi interrompida a escalada em direção ao totalitarismo. As Forças Armadas, atendendo ao clamor da ampla maioria da população e da imprensa brasileira, assumiram o papel de estabilização daquele processo.
Em 1979, um pacto de pacificação foi configurado na Lei da Anistia e viabilizou a transição para uma democracia que se estabeleceu definitiva e enriquecida com os aprendizados daqueles tempos difíceis. As lições aprendidas com a história foram transformadas em ensinamentos para as novas gerações. Como todo processo histórico, o período que se seguiu experimentou avanços.
As Forças Armadas, como instituições brasileiras, acompanharam essas mudanças. Em estrita observância ao regramento democrático, vêm mantendo o foco na sua missão constitucional e subordinadas ao poder constitucional, com o propósito de manter a paz e a estabilidade, para que as pessoas possam construir suas vidas.
Cinquenta e cinco anos passados, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica reconhecem o papel desempenhado por aqueles que, ao se depararem com os desafios próprios da época, agiram conforme os anseios da nação brasileira. Mais que isso, reafirmam o compromisso com a liberdade e a democracia, pelas quais têm lutado ao longo da história.
Fernando Azevedo e Silva
Ministro de Estado da Defesa
Almirante-de-esquadra Ilques Barbosa Junior
Comandante da Marinha
General-de-exército Edson Leal Pujol
Comandante do Exército
Tenente-brigadeiro-do-ar Antonio Bermudez
Comandante da Aeronáutica

quinta-feira, 28 de março de 2019

Cerca de 15 mil pessoas buscam um emprego no Vale do Anhangabaú

Cerca de 15 mil pessoas formam fila em busca de uma vaga no Mutirão do Emprego, no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo.  
Sob sol forte, milhares de pessoas formam uma fila que se estende da sede do Sindicato dos Comerciários, no centro de São Paulo, e contorna pelo Vale do Anhangabaú, nesta terça-feira (26). Os candidatos tentam uma das 6.000 vagas que serão ofertadas no Mutirão de Emprego, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, em parceria com o sindicato.
Um balanço da central sindical União Geral dos Trabalhadores (UGT), no começo da manhã, estimava que 15 mil pessoas esperavam na fila em busca de uma senha para uma oportunidade de emprego.
As senhas serão distribuídas nesta terça e são obrigatórias para que o candidato busque uma vaga nos quatro dias do evento, que vai até a próxima sexta-feira (29). Fonte: UOL Economia-26/03/2019

Venezuela entra em terceiro dia de apagão

Mais de 17 estados da Venezuela entram no terceiro dia de apagão nesta quarta-feira (27), 20 dias depois do começo do maior blecaute da história do país, informou a imprensa local.
As pessoas relatam já sentir os reflexos da falta prolongada de energia. "As mercadorias estragam, não há água, o transporte quase não funciona, não há comunicação. Não sei o que acontece com a minha família, a insegurança aumenta", afirmou à AFP Néstor Carreño, gerente de uma pizzaria de um bairro nobre de Caracas que teve que fechar as portas.
Panelaços e buzinaços foram registrados na madrugada de terça-feira para quarta-feira, com a capital completamente no escuro, de acordo com a agência AFP. Em alguns bairros, a energia chegou a ser reestabelecida, mas logo depois foi cortada.

2° APAGÃO DO MÊS
A falha começou na segunda-feira (25) às 13h22 (14h22 de Brasília) e provocou o colapso do fornecimento de água, das redes de telefonia e internet e dos bancos eletrônicos.
Segundo um comunicado divulgado por Nicolás Maduro pelo Twitter, "o sistema nacional de eletricidade sofreu dois ataques terroristas desonestos nas mãos de violentos" com "objetivos desestabilizadores".
O primeiro ataque, afirmou Maduro, teria ocorrido às 13h29, horário local, na segunda-feira, na área de geração e transmissão da usina hidrelétrica de Guri, no estado de Bolívar, que fornece 80% da energia da Venezuela. O segundo teria sido registrado às 21h47.
As falhas no fornecimento de energia são comuns no país. Enquanto o regime de Maduro diz que o problema é causado por sabotagem da oposição e dos Estados Unidos, a oposição afirma que o problema é consequência da falta de investimento em infraestrutura e da corrupção.

APAGÃO MAIS LONGO DA HISTÓRIA
No dia 7 de março começou um apagão que paralisou o país por uma semana, sendo o mais longo da história da Venezuela.
O apagão afetou 22 dos 23 estados venezuelanos, além da capital, Caracas, provocando a interrupção da água e o colapso do setor eletrônico bancário e dos hospitais. Fonte: Por G1-27/03/2019  

quarta-feira, 27 de março de 2019

Cesare Battisti confessa os crimes

Em sua admissão de culpa, Cesare Battisti, ex-integrante do grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC),  disse ao procurador Alberto Nobili que usara suas declarações de inocência para "obter apoios da extrema-esquerda na França, no México, no Brasil e do próprio Lula". "Não tive nenhuma cobertura oculta", acrescentou. O italiano também afirmou que já sabia que as coisas mudariam para ele com a eleição de Jair Bolsonaro.

As declarações foram feitas durante sua confissão de quatro homicídios pelos quais foi condenado à prisão perpétua na Itália. "Battisti admitiu ter participado diretamente dos quatro homicídios, sendo que foi o executor material em dois deles", disse Francesco Greco, chefe do Ministério Público de Milão.

Battisti foi condenado na Itália por terrorismo e participação em quatro assassinatos cometidos na década de 1970, período marcado por uma intensa violência política e conhecido como "Anos de Chumbo".

OS CRIMES
A primeira vítima foi Antonio Santoro, um marechal da polícia penitenciária de 52 anos. Ele vivia uma vida tranquila com a mulher e três filhos em Údine, mas, em 6 de junho de 1978, foi morto pelo PAC.

Segundo os investigadores, os assassinos o esperaram na saída da prisão e o balearam. A Justiça diz que Battisti e uma cúmplice foram os autores dos disparos, e os dois teriam trocado falsas carícias até o momento do atentado.

Em 16 de fevereiro de 1979, o grupo fez uma ação dupla, assassinando o joalheiro Pierluigi Torregiani, em Milão, e o açougueiro Lino Sabbadin, em Mestre, parte de Veneza que fica em terra firme. Tanto Torregiani quanto Sabbadin haviam matado ladrões a tiros em tentativas de roubo, e os atentados teriam sido uma vingança.

A quarta vítima foi o policial Andrea Campagna, morto a sangue frio em 19 de abril de 1979, em Milão.

FUGA
Após a condenação, ele passou quase 40 anos foragido.  Boa parte desse período foi vivido no Brasil, onde ele chegou a ganhar refúgio do então ministro da Justiça, Tarso Genro. A decisão seria revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia de seu segundo mandato, decidiu autorizar sua permanência no país.
Em liberdade, Battisti iniciou uma existência tranquila em Cananeia (SP), teve um filho e contou com apoio constante de militantes de esquerda que defendiam sua inocência.

Em todo o seu período de fuga, Battisti sempre se declarou inocente e dizia ser vítima de um "processo político". Após o então presidente Michel Temer ter ordenado sua extradição, em dezembro passado, ele fugiu para a Bolívia, onde seria detido no mês seguinte.
Atualmente, Battisti cumpre pena de prisão perpétua na penitenciária de Oristano, na Sardenha, em regime de isolamento diurno por seis meses. Ele tenta converter a sentença para 30 anos de prisão, pena máxima da legislação brasileira. Fonte: UOL Noticias - 25/03/2019