terça-feira, 27 de agosto de 2013

Médicos batem ponto, mas não trabalham

Reportagem exibida na noite desta segunda-feira (26) no SBT Brasil mostra que médicos do Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama (RJ), assinam o ponto e vão embora sem prestar qualquer atendimento à população.

De acordo com a reportagem, o hospital é utilizado por moradores de 11 cidades da Região dos Lagos, que têm juntas 770 mil habitantes.

A reportagem afirma ainda que os médicos flagrados recebem por cem horas semanais, mas não permanecem nem dez minutos no hospital.

Comentário: O povo e a rede social, saíram a rua clamando por um governo mais sincero, mais transparente, mais honesto, menos mentiroso, etc., mas a sociedade faz sua parte, dando exemplo? O que existe na sociedade brasileira é a total ausência de responsabilidade. Todo mundo quer desfrutar-se do governo obtendo uma vantagem ou benefício.  


domingo, 25 de agosto de 2013

Fim da aprovação automática

Aprovação automática não estava dando certo, diz Haddad sobre educação

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que o modelo de educação da rede municipal não estava acompanhando o aprendizado dos alunos. “A chamada aprovação automática não estava dando certo, razão pela qual 38% das crianças chegam aos 10 anos sem ler e escrever, analfabetas, É quase metade das crianças”, disse ele durante lançamento do programa de reestruturação da área realizada pela Prefeitura.

A proposta de reforma altera a divisão de ciclos, permitindo reprovação em cinco séries - não mais em duas, como é hoje -, além de criar a recuperação de alunos nas férias e a possibilidade de se carregar dependência. Também implementa a obrigatoriedade da lição de casa, provas bimestrais e notas de 0 a 10, não mais por conceitos.

 “É um acompanhamento diário para suprir deficiências. Hoje a gente deixa tudo para o final”, diz Haddad. A nova diretriz, que será implementada na rede a partir do ano que vem, está aberta para consulta pública até o dia 15 de setembro.

O prefeito afirmou que, além do período de consulta, o programa poderá ser melhorado. “Certamente boas ideias virão e as que puderem ser acolhidas, serão”, disse. Segundo o prefeito, o programa levou 6 meses para ficar pronto. “Temos que apresentar alguma coisa discutível. É a ideia com começo meio e fim, para respeitar o interlocutor.”

Com o novo projeto, a rede municipal passa a ter três ciclos, e não mais dois. Antes, a possibilidade de repetência se concentrava apenas no 5º e 9º ano. Agora a retenção pode acontecer nos 3º, 6º, 7º, 8º e 9º anos.

Educadores temem por aumento nas taxas de retenção, que tendem a resultar em maior abandono escolar. O secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, nega essa possibilidade, mas aponta uma nova realidade da rede. “Eu quero dizer que se não estudar, não vai para frente. Educação é trabalho para criança, para o jovem, para todos nós educadores”, diz ele. “Se o aluno tem dificuldade, temos obrigação de apoiar. Enxergar as dificuldades no tempo certo e apoiá-los no seu desenvolvimento é o compromisso da secretaria de Educação.” Fonte: Estadao - 15 de agosto de 2013

Comentário:  A educação no Brasil é um imenso laboratório de fracasso. Os alquimistas (educadores) sempre procuram uma fórmula  milagrosa para que as crianças possam passar de ano sem esforço.

O que os alquimistas pensam sobre a avaliação: Práticas avaliativas tradicionais que constituem um fim em si mesmas tornam-se instrumentos de opressão e punição na medida em que refletem uma medição de forças entre o professor, que é o único detentor dos saberes, e os alunos, em campo oposto, considerado aquele que nada sabe. Provas e boletins, numa lógica classificatória, demonstram modelos de educação com ênfase na reprodução e confirmam uma ideologia de dominação. Nesse modelo, a avaliação é feita "pelo professor" e "para o professor".

Qual é o resultado da fórmula milagrosa dos alquimistas: a criança não sabe ler, não sabe escrever, analfabeta, etc.

Os  resultados da Prova ABC, realizada pela organização não governamental (ONG) Todos pela Educação para  o 3º ano do ensino fundamental foram: Em matemática, 70,8% dos alunos não sabem o adequado. Em leitura, esse porcentual foi de 60,3% e em escrita, de 74,1%.

Há Estados no Nordeste que 91% dos alunos do último, do ensino médio, não sabem matemática e 76% não sabem compreender  o conteúdo  de um texto em português.

Os alquimistas continuam  sua pesquisa na busca da fórmula mágica da felicidade na educação.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A incrível máquina humana

A Incrível Máquina Humana analisa o que mantém 100 trilhões de células trabalhando dia-a-dia ou por que usamos aproximadamente 100 músculos só para cumprimentar alguém. Com imagens detalhadas, o Nat Geo mostra vários detalhes do corpo, dos três pequenos tubinhos existentes nas orelhas que nos ajudam a manter o equilíbrio até os 2 milhões de orifícios da pele, os poros, que regulam a nossa temperatura.

Vale a pena assistir o vídeo[youtube https://www.youtube.com/watch?v=_4cYgX0lS2Y&fs=1]

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Soldado do caso WikiLeaks é condenado a 35 anos de prisão

O soldado Bradley Manning, acusado de fornecer arquivos secretos dos Estados Unidos ao WikiLeaks, foi condenado nesta quarta-feira (21) a 35 anos de prisão.

Do tempo de prisão, será descontado o tempo que o soldado já passou preso mais 112 dias, segundo a juíza Denise Lind. Ele sofrerá uma dispensa desonrosa do exército, de acordo com a juíza.

Manning, foi julgado por ter fornecido mais de 700 mil arquivos secretos, vídeos de confrontos e comunicações diplomáticas para o WikiLeaks, um site pró-transparência.

O soldado trabalhava como analista de inteligência em Bagdá em 2010 quando entregou os documentos, foi condenado em julho por 20 acusações, incluindo espionagem e roubo. Ele não foi considerado culpado da acusação mais grave, ajudar o inimigo, que previa uma possível sentença de prisão perpétua, sem liberdade condicional.

Na segunda-feira (19), os promotores defenderam uma pena mínima de 60 anos de prisão. Os advogados de defesa alegaram que Manning deveria ter uma pena branda, alegando que ele era ingênuo, mas bem-intencionado. Fonte: G1-21/08/2013 

Comentário: Foi muito ingênuo. Foi expulso do exército com desonra em função do vazamento de mais 700 mil documentos secretos para o Wikileaks. Ele não terá benefícios financeiros devido a expulsão com desonra. Não soube avaliar a gravidade do seu ato em relação ao seu trabalho, analista de informações confidenciais para o exército americano. Todos ganharam fama e exposição na mídia, o jornalista Assange, jornais, etc. Ele foi o único que perdeu.   Talvez sairá cumprindo um terço da pena. O inferno está cheio de boas intenções.

domingo, 18 de agosto de 2013

A primavera árabe virou primavera árabe negra

Crise no Egito: como a euforia se transformou em tragédia

A euforia que se seguiu à queda do ex-presidente Hosni Mubarak em 2011 parece cada vez mais distante no Egito. À primeira vista, o país considerou a saída do líder, após mais de três décadas no poder, como um recomeço. Esperava-se que, a partir daquele momento, a vida da maior parte da população melhoraria.

Mas as expectativas foram esmagadas por uma combinação de fracasso político, interesses arraigados e crise econômica. A revolução de 2011, que deu início à chamada Primavera Árabe, como ficou conhecida a onda de levantes nos países da região, havia sido motivada por uma profunda insatisfação de uma geração de jovens com o status quo.

À época das manifestações, cerca de 60% da população do mundo árabe tinha menos de 30 anos. Os jovens perceberam que não tinham espaço na velha ordem. O sonho de um emprego decente, capaz de garantir sua independência financeira, tampouco seria possível dentro daquele cenário.

O choque de realidade coincidiu com o crescimento exponencial dos novos meios de comunicação. Diferentemente do passado, os países não poderiam mais ser desconectados do resto do mundo por seus líderes.

Naquele momento, os egípcios tinham acesso à TV a cabo e à internet, o que lhes permitia constatar que outros cidadãos do mundo árabe passavam por problemas similares. Mas a energia dos revolucionários de 2011 foi minada pelo poder e pela organização das forças estabelecidas no Egito, especialmente a dos militares, remanescentes da velha elite, e da Irmandade Muçulmana.

Na eleição presidencial realizada no ano passado, a disputa final opôs Mohammed Morsi, da Irmandade Muçulmana, a um ex-general da Força Aérea do país, que havia sido o último primeiro-ministro do governo Mubarak. Nesse contexto, a vitória de Morsi acabou por representar o nirvana dos rebeldes, que de forma desorganizada ocupavam a Praça Tahrir, no centro do Cairo.

Promessas não cumpridas

Quando foi eleito presidente, Morsi prometeu governar para todos os egípcios. Mas a promessa não foi cumprida. A Irmandade Muçulmana passou 80 anos almejando chegar ao poder no Egito. Quando o momento finalmente chegou, Morsi estava determinado a aproveitar a oportunidade para reformar o Egito à sua imagem e semelhança.

O erro de Morsi, o rosto do partido, foi ter se comportado como se tivesse amplo apoio popular para transformar o país em um Estado muito mais islâmico. Ainda que muitos egípcios professem o islamismo, isso não significa automaticamente que compartilham a visão austera da Irmandade Muçulmana para o futuro do país.

Para piorar a situação, o governo de Morsi era criticado pela falta de competência. O presidente não conseguia manter suas promessas sobre como recuperaria a destroçada economia do país. Até o final de junho deste ano, o descontentamento popular deu origem a uma nova onda de protestos populares, que, por sua vez, se transformaram, aos olhos dos militares, em uma oportunidade para remover Morsi do poder.

A insatisfação ganhou ampla acolhida da população, exceto dos correligionários da Irmandade Muçulmana. Mesmo liberais democratas respeitados internacionalmente, como o vencedor do Prêmio Nobel da Paz Mohamed El Baradei, enalteceram e apoiaram as manifestações.

No início de julho, em entrevista à BBC, El Baradei afirmou que o Exército não havia realizado um golpe de Estado. Em vez disso, o ato, amparado pela demanda popular, daria ao povo egípcio a chance de "reiniciar sua democracia", segundo o renomado político egípcio.

Diferentes pontos de vista

A previsão de El Baradei, no entanto, não se concretizou. Até agora, o governo militar parece mais uma tentativa de reviver o Estado de segurança que marcou os últimos 30 anos do Egito. Mais uma vez, o país está sendo governado sob uma lei de emergência que dá ao Estado poderes draconianos.

Em meio à nova onda de violência, El Baradei renunciou ao cargo de vice-presidente do governo militar instalado. Centenas de egípcios estão mortos. A Irmandade Muçulmana e os militares - e seus respectivos simpatizantes - acreditam que o futuro da próxima geração do Egito está em jogo, e ambos estão certos. Mas suas visões do futuro são muito diferentes.

O melhor caminho a seguir seria que os dois lados chegassem a um consenso em torno de uma negociação e, em última instância, à paz. Mas isso não está acontecendo. A discussão está sendo travada nas ruas. E isso é uma tragédia. Fonte: BBC Brasil - 16 de agosto, 2013

Comentário: A democracia ocidental se adapta ao mundo árabe?  Como a democracia pode existir  em países  com conflitos étnicos, religiosos, acrescido com taxa elevada de desemprego, falta de segurança, etc? A democracia necessita de consenso, requer diálogo, todos devem ceder para chegar a um consenso. Os fatores em jogo no mundo árabe, conflitos étnicos, religiosos, acrescido com taxa elevada de desemprego, falta de segurança, dificultam chegar a uma solução ou construir uma nova solução que inclui as posições antagônicas das etnias envolvidas. Uma solução nova traz o medo, a incerteza, a insegurança.

Confrontos violentos em todo o Egito entre simpatizantes da Irmandade Muçulmana e forças de segurança mataram 173 pessoas na sexta-feira, 16 de agosto, incluindo 95 na região central da capital Cairo, disse o Ministério da Saúde do país. O ministério disse ainda que 1.330 pessoas ficaram feridas em todo o país, com 596 feridas nos confrontos no Cairo. A primavera árabe virou primavera árabe negra.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Geração Nem-Nem brasileira

Cerca de 1,5 milhão de jovens entre 19 a 24 anos, concentrados nas faixas mais pobres da população brasileira, não trabalham, não estudam, nem procuram emprego - e o número de pessoas que se encaixam nesse perfil cresce. É o que mostra estudo feito por Joana Monteiro, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, batizado de "Os Nem-Nem-Nem: exploração inicial sobre um fenômeno pouco estudado".

O levantamento, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011, mostra que o grupo de jovens desalentados (exclui donas de casa com filhos) já representava 10% da população nessa faixa etária. Com pouca escolaridade e baixa renda, eles podem elevar o desemprego se buscarem trabalho após os 24 anos ou serem permanentemente dependentes do governo.

Cerca de 1,5 milhão de brasileiros entre 19 a 24 anos, concentrados nas faixas mais pobres da população e excluindo donas de casa e mulheres com filhos, nem trabalham, nem estudam e nem procuram emprego e esse perfil tem crescido dentro do total da população jovem do país.

É o que mostra o estudo "Os Nem-Nem-Nem: Exploração Inicial Sobre um Fenômeno Pouco Estudado", da pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Joana Monteiro. Para a especialista, o avanço desse perfil preocupa. A maioria desses jovens, com parcela significativa de baixa escolarização, pode ajudar a elevar o desemprego, caso decidam tentar a sorte no mercado de trabalho, após os 24 anos. "A baixa qualificação limita muito o tipo de trabalho que podem conseguir."

Além disso, o fato de pertencerem a famílias mais pobres, com pouca capacidade de sustentá-los, eleva a probabilidade de se tornarem dependentes do governo, avalia a especialista. Do total de 1,5 milhão, em torno de 46% podem ser considerados pobres, pois vivem em domicílios que estão entre os 40% mais pobres na distribuição de renda, segundo cálculos de Joana. Fonte: Valor Econômico - 09/08/2013

Comentário: Sicleide Oliveira tem 21 anos. É moradora do Alto do Progresso, em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife. Com três filhos, ela parou de estudar na 8ª série. Dedica o dia a cuidar das crianças, com a ajuda da mãe, que vive do auxílio do Bolsa Família. O pai atua na informalidade, faz bicos quando dá, e alguns familiares ajudam a complementar a renda. Sicleide faz parte de um grupo que cresce em todo o mundo e que particularmente vem chamando atenção no Brasil. É a chamada “geração nem-nem”: nem estuda nem trabalha. No País, essas pessoas pertencem principalmente às classes de baixa renda. Fonte: Jornal do Commercio

Outros dados não analisados

No Brasil,  cerca de  3,6 milhões  de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos não frequentam escolas, ou seja, estão sem estudar.

Em todo o Brasil, mais de 11 milhões de famílias são atendidas pela Bolsa Família. E  78% dos beneficiários do Bolsa Família não completaram o ensino fundamental.

Não é apenas essa estimativa, o buraco é muito maior. A grande maioria ficará dependente  do governo. Para que trabalhar? Esse é o grande partido do governo. Assistencialismo e apoio ao governo. É a geração do Jeca Tatu moderno. Jeca Tatu é o personagem do Monteiro Lobato, é o retrato do homem sem estudos e sem conhecimentos e é incapaz de se desenvolver economicamente.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Nagasaki recorda ataque nuclear


Nagasaki lembrou nesta sexta-feira o ataque nuclear realizado pelos Estados Unidos há 68 anos - durante os últimos dias da Segunda Guerra Mundial - que transformou o porto japonês em um inferno de chamas.

Foto: Memorial Nacional Da Paz, homenagem às vítimas da bomba atômica em Nagasaki

Dezenas de milhares de pessoas participaram da homenagem as mais de 70 mil pessoas que morreram na explosão da bomba atômica, que atingiu Nagasaki às 11H02 local (23H02 de quinta em Brasília).

Os sinos tocaram enquanto sobreviventes da tragédia, líderes governamentais e representantes estrangeiros observaram um minuto de silêncio no momento exato da explosão.

A bomba de plutônio, chamada de "Fat Man" pelos pilotos americanos, destruiu Nagasaki no dia 9 de agosto de 1945.

Na terça-feira, 6 de agosto, milhares de pessoas lembraram a primeira bomba nuclear lançada sobre o Japão, na cidade de Hiroshima, onde morreram 140 mil pessoas.

Os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki precipitaram a capitulação do Japão e o final da II Guerra Mundial, no dia 15 de agosto de 1945. Fonte: UOL Notícias - 09/08/2013

Comentário: Estimativa de mortes e feridos das cidades resultado dos bombardeios atômicos não é conclusiva, pois vários corpos foram consumidos pelos incêndios que alastraram nas cidades após os bombardeios.



População e mortes
Hiroshima
Nagasaki
População antes do lançamento da bomba
255.000
195.000
Mortes
66.000
39.000
Feridos
69.000
25.000
Total de vítimas
135.000
64.000

Mortes em função da distância
Distância - m
Porcentagem de mortes
Até 600 m
93%
600 a 900 m
86%
900 a 1.200 m
69%
1.200 a 1.500 m
49%

Causa imediata de mortes – porcentual de mortes
Causa de mortes
Hiroshima –porcentual
Nagasaki-porcentual
Queimadura
60%
95%
Queda de fragmentos
30%
16%
Outros
10%
7%
Hiroshima – cerca de 60 mil das 90 mil edificações foram destruídas ou severamente danificadas
Nagasaki – cerca de 14 mil das 52 mil edificações foram totalmente destruídas. Somente 12% das edificações ficaram intactas.
Fonte: Atomica Archive