segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Geração Nem-Nem brasileira

Cerca de 1,5 milhão de jovens entre 19 a 24 anos, concentrados nas faixas mais pobres da população brasileira, não trabalham, não estudam, nem procuram emprego - e o número de pessoas que se encaixam nesse perfil cresce. É o que mostra estudo feito por Joana Monteiro, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, batizado de "Os Nem-Nem-Nem: exploração inicial sobre um fenômeno pouco estudado".

O levantamento, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2011, mostra que o grupo de jovens desalentados (exclui donas de casa com filhos) já representava 10% da população nessa faixa etária. Com pouca escolaridade e baixa renda, eles podem elevar o desemprego se buscarem trabalho após os 24 anos ou serem permanentemente dependentes do governo.

Cerca de 1,5 milhão de brasileiros entre 19 a 24 anos, concentrados nas faixas mais pobres da população e excluindo donas de casa e mulheres com filhos, nem trabalham, nem estudam e nem procuram emprego e esse perfil tem crescido dentro do total da população jovem do país.

É o que mostra o estudo "Os Nem-Nem-Nem: Exploração Inicial Sobre um Fenômeno Pouco Estudado", da pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Joana Monteiro. Para a especialista, o avanço desse perfil preocupa. A maioria desses jovens, com parcela significativa de baixa escolarização, pode ajudar a elevar o desemprego, caso decidam tentar a sorte no mercado de trabalho, após os 24 anos. "A baixa qualificação limita muito o tipo de trabalho que podem conseguir."

Além disso, o fato de pertencerem a famílias mais pobres, com pouca capacidade de sustentá-los, eleva a probabilidade de se tornarem dependentes do governo, avalia a especialista. Do total de 1,5 milhão, em torno de 46% podem ser considerados pobres, pois vivem em domicílios que estão entre os 40% mais pobres na distribuição de renda, segundo cálculos de Joana. Fonte: Valor Econômico - 09/08/2013

Comentário: Sicleide Oliveira tem 21 anos. É moradora do Alto do Progresso, em Nova Descoberta, Zona Norte do Recife. Com três filhos, ela parou de estudar na 8ª série. Dedica o dia a cuidar das crianças, com a ajuda da mãe, que vive do auxílio do Bolsa Família. O pai atua na informalidade, faz bicos quando dá, e alguns familiares ajudam a complementar a renda. Sicleide faz parte de um grupo que cresce em todo o mundo e que particularmente vem chamando atenção no Brasil. É a chamada “geração nem-nem”: nem estuda nem trabalha. No País, essas pessoas pertencem principalmente às classes de baixa renda. Fonte: Jornal do Commercio

Outros dados não analisados

No Brasil,  cerca de  3,6 milhões  de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos não frequentam escolas, ou seja, estão sem estudar.

Em todo o Brasil, mais de 11 milhões de famílias são atendidas pela Bolsa Família. E  78% dos beneficiários do Bolsa Família não completaram o ensino fundamental.

Não é apenas essa estimativa, o buraco é muito maior. A grande maioria ficará dependente  do governo. Para que trabalhar? Esse é o grande partido do governo. Assistencialismo e apoio ao governo. É a geração do Jeca Tatu moderno. Jeca Tatu é o personagem do Monteiro Lobato, é o retrato do homem sem estudos e sem conhecimentos e é incapaz de se desenvolver economicamente.

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