domingo, 25 de agosto de 2013

Fim da aprovação automática

Aprovação automática não estava dando certo, diz Haddad sobre educação

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que o modelo de educação da rede municipal não estava acompanhando o aprendizado dos alunos. “A chamada aprovação automática não estava dando certo, razão pela qual 38% das crianças chegam aos 10 anos sem ler e escrever, analfabetas, É quase metade das crianças”, disse ele durante lançamento do programa de reestruturação da área realizada pela Prefeitura.

A proposta de reforma altera a divisão de ciclos, permitindo reprovação em cinco séries - não mais em duas, como é hoje -, além de criar a recuperação de alunos nas férias e a possibilidade de se carregar dependência. Também implementa a obrigatoriedade da lição de casa, provas bimestrais e notas de 0 a 10, não mais por conceitos.

 “É um acompanhamento diário para suprir deficiências. Hoje a gente deixa tudo para o final”, diz Haddad. A nova diretriz, que será implementada na rede a partir do ano que vem, está aberta para consulta pública até o dia 15 de setembro.

O prefeito afirmou que, além do período de consulta, o programa poderá ser melhorado. “Certamente boas ideias virão e as que puderem ser acolhidas, serão”, disse. Segundo o prefeito, o programa levou 6 meses para ficar pronto. “Temos que apresentar alguma coisa discutível. É a ideia com começo meio e fim, para respeitar o interlocutor.”

Com o novo projeto, a rede municipal passa a ter três ciclos, e não mais dois. Antes, a possibilidade de repetência se concentrava apenas no 5º e 9º ano. Agora a retenção pode acontecer nos 3º, 6º, 7º, 8º e 9º anos.

Educadores temem por aumento nas taxas de retenção, que tendem a resultar em maior abandono escolar. O secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, nega essa possibilidade, mas aponta uma nova realidade da rede. “Eu quero dizer que se não estudar, não vai para frente. Educação é trabalho para criança, para o jovem, para todos nós educadores”, diz ele. “Se o aluno tem dificuldade, temos obrigação de apoiar. Enxergar as dificuldades no tempo certo e apoiá-los no seu desenvolvimento é o compromisso da secretaria de Educação.” Fonte: Estadao - 15 de agosto de 2013

Comentário:  A educação no Brasil é um imenso laboratório de fracasso. Os alquimistas (educadores) sempre procuram uma fórmula  milagrosa para que as crianças possam passar de ano sem esforço.

O que os alquimistas pensam sobre a avaliação: Práticas avaliativas tradicionais que constituem um fim em si mesmas tornam-se instrumentos de opressão e punição na medida em que refletem uma medição de forças entre o professor, que é o único detentor dos saberes, e os alunos, em campo oposto, considerado aquele que nada sabe. Provas e boletins, numa lógica classificatória, demonstram modelos de educação com ênfase na reprodução e confirmam uma ideologia de dominação. Nesse modelo, a avaliação é feita "pelo professor" e "para o professor".

Qual é o resultado da fórmula milagrosa dos alquimistas: a criança não sabe ler, não sabe escrever, analfabeta, etc.

Os  resultados da Prova ABC, realizada pela organização não governamental (ONG) Todos pela Educação para  o 3º ano do ensino fundamental foram: Em matemática, 70,8% dos alunos não sabem o adequado. Em leitura, esse porcentual foi de 60,3% e em escrita, de 74,1%.

Há Estados no Nordeste que 91% dos alunos do último, do ensino médio, não sabem matemática e 76% não sabem compreender  o conteúdo  de um texto em português.

Os alquimistas continuam  sua pesquisa na busca da fórmula mágica da felicidade na educação.

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