A data lembra o dia em que a atual Bandeira Nacional do
Brasil passou a ser adotada oficialmente, em 1889, logo depois da Proclamação
da República.
O símbolo nacional foi idealizado pelos professores Raimundo
Teixeira Mendes e Miguel Lemos com base na Bandeira do Império, desenhada pelo
francês Jean Baptiste Debret.
A execução ficou a cargo do pintor carioca Décio Vilares.O losango amarelo sobre fundo verde com uma a esfera azul celeste
semeada por 27 estrelas e atravessada por uma faixa branca com a inscrição
"Ordem e Progresso" é hoje bem conhecido dos brasileiros.
Mas há algumas curiosidades sobre sua história,
características e ritos com as quais nem todos estão familiarizados. Quer
conhecer algumas delas? Leia mais abaixo.
A bandeira do Brasil nem sempre foi do jeito que conhecemos
hoje. O país já teve 13 bandeiras –a cada mudança que acontecia, um novo
símbolo nacional era criado.
Em 1815, por exemplo, quando o país deixou de ser colônia de
Portugal, adotou a bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Seis
anos depois, em 1821, já havia uma nova, que vigorou até 1822. O motivo? Fim da
monarquia absoluta.
A bandeira que conhecemos hoje já dura mais de cem anos. Por
ter sido criada em 19 de novembro de 1889, o Dia da Bandeira é comemorado hoje
(19).
1) A atual bandeira é a 13ª da história do Brasil. Algumas
duraram muitos anos, como a Bandeira do Principado do Brasil, vigente de 1645 a
1816. Por outro lado, a Bandeira Provisória da República só foi utilizada
durante quatro dias, entre 15 a 19 de novembro de 1889.
2) Quem lembra do significado de cada elemento da Bandeira
Nacional? O verde simboliza a pujança das florestas brasileiras, enquanto o
amarelo representa as riquezas minerais e o azul faz referência ao céu do país.
Cada estrela representa um Estado brasileiro, enquanto a inscrição "Ordem
e Progresso" entrou por influência do positivismo, que estava na moda por
estas bandas na época da criação do desenho.
3) A posição das estrelas corresponde ao céu do Rio de
Janeiro no dia 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República. No
entanto, alguns astrônomos dizem que os idealizadores do símbolo nacional
tomaram algumas "liberdades poéticas" em sua execução. A constelação
do Cruzeiro do Sul, por exemplo, é bem menor do que aparenta no desenho.
4) E por falar em estrelas, a atual versão da bandeira, com
27 delas, só passou a valer a partir do dia 11 de maio de 1992. Antes, a
bandeira tinha 21 estrelas. Ela ganhou uma nova estrela em 1960, representando
o Estado da Guanabara. Depois, em 1968, mais uma para marcar a criação do
Estado do Acre. Em 1992, ganharam seus respectivos corpos celestes os Estados
do Amapá, de Roraima, de Rondônia e do Tocantins. Além disso, a estrela do
Estado da Guanabara (extinto) passou a simbolizar o Mato Grosso do Sul. De
acordo com a Lei nº 8.421, a bandeira deverá ser atualizada novamente no caso
de criação ou extinção de algum Estado.
5) Há uma série de formalidades que devem ser seguidas em
solenidades oficiais com relação à Bandeira Nacional. Ela deve se hasteada em
"lugar de honra" e ficar em posição central e destacada com relação
às demais bandeiras. Já em tribunas, púlpitos e mesas, ela deve ser posicionada
à direita. Há até mesmo uma forma correta de dobrar a bandeira e um horário
indicado para hasteá-la ou arriá-la. As regras são mais flexíveis quando se
está em missão diplomática, ocasião na qual segue-se o protocolo do país
hospedeiro.
A NOVA BANDEIRA
Com a proclamação da República em 15 de novembro de 1889
começaram a mudar algumas coisas do Brasil: a primeira foi a forma de governo,
que passou a ser republicano federativo. As províncias passaram a ser Estados e
foi convocada uma assembleia para elaborar a nova Constituição, isto é, a lei
sobre a qual se baseia toda a vida de um país. Essa constituição foi votada em
1891 e substituiu a do Império, que datava de 1824.
Outra coisa que mudou bem depressa foi a bandeira e no dia
19 de novembro foi desenhada uma nova - que conservou, porém, as cores
escolhidas em 1822 pelo imperador dom Pedro 1º, o verde e o amarelo (que eram
as cores de sua família e de sua esposa).
A bandeira do Império era parecida com a atual: o retângulo
verde tinha em seu centro o losango amarelo, mas em vez da esfera azul, dentro
dele ficava o escudo do imperador com ramos de café e fumo.
Mas entre o dia 15 e o dia 19 houve uma bandeira provisória
da República: 13 listras amarelas e verdes alternadas, tendo no alto à direta
um retângulo azul com 21 estrelas brancas.
E no dia 19 foi escolhida a bandeira oficial, a que temos
até hoje: voltaram o retângulo e o losango verde-amarelo e as estrelas foram
colocadas numa esfera azul, no centro do losango, divididas pela faixa branca
em que se lê o dístico: "Ordem e Progresso". Fonte: Folha de São Paulo - 19/11/2016
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