Em votação
tensa nesta quarta-feira, os deputados barraram o andamento da denúncia da
Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer sob a acusação
de corrupção passiva.
Entre os
parlamentares, 263 se manifestaram a favor do relatório de Paulo Abi-Ackel
(PSDB-MG) - que recomendava o arquivamento da denúncia -, 19 se ausentaram da
sessão e 2 se abstiveram de votar, somando 284. O governo precisava que ao
menos 172 congressistas atuassem dessa forma.
Com o
resultado, o plenário da Câmara impediu o Supremo Tribunal Federal (STF) de
avaliar a abertura de uma ação que afastaria o presidente por até 180 dias para
julgamento.
Para que o
Supremo ficasse autorizado a analisar a denúncia eram necessários no mínimo 342
votos do total de 513 deputados.
Entre as
justificativas do "Sim" ao parecer, os congressistas citaram, entre
outras coisas, a estabilidade política do país, a continuidade das reformas e a
urgência de acabar com o desemprego.
Em
pronunciamento na noite desta quarta, o Temer disse que a decisão da Casa foi
"clara e incontestável".
"A
decisão soberana do Parlamento não é uma vitória pessoal, de quem quer que
seja, mas é uma conquista do estado democrático de direito, da força das
instituições e da própria Constituição."
Ele disse
ainda que a votação obedeceu aos princípios do direito, frisando que o momento
agora é de garantir o andamento das reformas propostas pelo governo.
"É diante
dessa eloquente decisão que posso dizer que agora sigamos em frente com as
ações necessárias para concluir o trabalho que meu governo começou há mais de
um ano. Estamos retirando o Brasil da mais grave crise econômica da nossa
história. É urgente colocar o país nos trilhos do crescimento, da geração de
empregos, da modernização e da justiça social." Fonte: BBC Brasil - 2
agosto 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário