quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Lacalle Pou ganó y será el presidente de Uruguay

El blanco Luis Lacalle Pou llegó a los votos necesarios para tener una ventaja que Martínez no puede superar y será el presidente. Martínez reconoció la derrota y anunció que mañana lo irá a saludar. Luis Lacalle Pou sumó sobre las 12 del mediodía de hoy jueves 3.090 votos (que luego se incrementó) en una primera revisión del segundo escrutinio lo que le dio una ventaja sobre Daniel Martínez ya insuperable y lo convirtió en el próximo presidente de Uruguay a partir del 1° de marzo. El País - Jueves, 28 Noviembre 2019  

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Uruguai:Lacalle Pou anuncia la victoria y Martínez no admite la derrota


La Corte Electoral deberá escrutar los votos observados (35.229) y los anulados (53.619). La proclamación oficial será el viernes próximo.
Escrutado el 100% de los votos, el candidato blanco recogió 1.168.019 sufragios contra 1.139.353 del postulante oficialista; 28.666 votos de diferencia con 35.229 observados que se empezarán a contar el próximo martes. Fuente: Lunes, 25 Noviembre 2019  

domingo, 24 de novembro de 2019

O que Charles Darwin achou do Brasil do século 19

No dia 29 de agosto de 1831, o jovem Charles Robert Darwin, então com 22 anos, recebeu uma carta que mudaria sua vida. Um de seus professores na Universidade de Cambridge, o botânico John Stevens Henslow, indicara seu nome para participar de uma expedição científica ao redor do mundo.
Prevista para durar pouco mais de três anos, a viagem de circum-navegação levou quase cinco. Nesse período, a tripulação do Beagle enfrentou abalo sísmico no Chile, doença misteriosa na Argentina — alguns especialistas cogitam a hipótese de Doença de Chagas — e tempestade tropical no Brasil.
Sim, o Brasil estava entre os mais de dez países, como Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, visitados pelo navio de pesquisa da Marinha Real Britânica — o HMS, a propósito, significa His Majesty's Ship ("Navio de Sua Majestade") —, ao longo de quatro anos e nove meses.

OBSERVAÇÕES SOBRE O BRASIL
■Darwin ficou encantado com a nossa biodiversidade. A Mata Atlântica foi o bioma mais rico que ele conheceu. Por outro, ficou revoltado com a escravidão. Sua família lutava contra o comércio de escravos", afirma o biólogo Nélio Bizzo.
■"Nunca é agradável submeter-se à insolência de homens de escritório, mas aos brasileiros, que são tão desprezíveis mentalmente quanto são miseráveis as suas pessoas, é quase intolerável", reclamou, em 6 de abril de 1832.  Darwin levou um dia inteiro até conseguir autorização para excursionar pelo interior fluminense.
■Darwin reclama muito da burocracia e chega a dizer que é interminável", diz o biólogo Charbel El-Hani, coordenador do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
■A cavalo, Darwin e uma comitiva de seis homens empreenderam uma viagem de 16 dias, entre 8 e 24 de abril, até Conceição de Macabu, a 227 km da capital. De maneira geral, a impressão deixada pelos donos de pousada não foi das melhores. Alguns demoravam até duas horas para servir a refeição. "A comida estará pronta quando estiver", respondiam os mais atrevidos. Outros, sequer, tinham garfos, facas ou colheres para oferecer.
■Na Fazenda Campos Novos, em Cabo Frio, os viajantes deram pela falta de uma bolsa com alguns de seus pertences. "Por que não cuidam do que levam?", retrucou o hospedeiro, mal-humorado. "Talvez tenha sido comida pelos cachorros".
■No dia 3 de julho, chegou a rotular os brasileiros de "ignorantes", "covardes" e "indolentes".
"Até onde posso julgar, possuem apenas uma fração daquelas qualidades que dão dignidade ao homem", queixou-se. "Não importa o tamanho das acusações que possam existir contra um homem de posses, é seguro que, em pouco tempo, ele estará livre. Todos aqui podem ser subornados."
■A primeira parte da passagem de Darwin pelo Brasil chegou ao fim em 5 de julho de 1832. Daqui, a expedição seguiu para o Uruguai e, de lá, para a Argentina. Em setembro de 1835, chegou às Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico, o ponto mais famoso da viagem.
■ Darwin não teria colocado mais os pés no Brasil se, em agosto de 1836, ventos contrários não tivessem obrigado o capitão FitzRoy a atracar novamente no país: de 1 a 6 de agosto em Salvador e de 7 a 12 no Recife. Apesar de agnóstico, Darwin deu "graças a Deus" por estar, finalmente, deixando as costas do Brasil. "Espero nunca mais visitar um país de escravos",
■ O diário de bordo e as anotações de viagem de Darwin, ricos tanto em descrições geográficas quanto em comentários sociológicos, não se perderam no caminho. Em 1839, viraram livro, Viagem de Um Naturalista ao Redor do Mundo, e, em 2015, ganharam uma edição brasileira, O Diário do Beagle, um calhamaço de 528 páginas lançado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Fonte: BBC News Brasil-23 novembro 2019

Criado-mudo termo racista

Lojas de móveis mudam nome de criado-mudo após considerar termo racista. Redes aderiram à campanha lançada pela Etna para substituir palavra por mesa de cabeceira
A decisão da Etna de abolir o termo criado-mudo em suas lojas e catálogos e adotar a expressão mesa de cabeceira foi seguida por suas concorrentes na semana passada.
“Dois séculos depois, sem nos dar conta, ainda carregamos termos racistas como esse, mas sabemos que é sempre tempo de mudar e evoluir”, diz o comunicado. Fonte: Folha de São Paulo - 24.nov.2019 

Comentário: Que tal mordomo-mudo? Ou para geração mais virtualizada,  colocar Alexa Assistente virtual.
Estamos criando  a Novilíngua brasileira. Tem a função  de condensar ou remover palavras ou algumas delas com objetivo de restringir o escopo do pensamento.
O romance 1984 chegou atrasado. A situação guarda perigosa semelhança com o romance "1984", de George Orwell, em que a novilíngua definia as novas palavras aceitáveis. Certas coisas deixariam de existir. Controle de pensamento: "Seja como eu. Concorde comigo. Diga o que eu quero ouvir. Ou você é da minha turma ou é meu inimigo". Sem meio termo.

sábado, 23 de novembro de 2019

Saqueos, incendios en Santiago, Antofagasta, Valparaíso y Concepción

Una violenta jornada de saqueos e incendios se desarrolló este jueves en varias ciudades del país, entre ellas Santiago, Antofagasta, Valparaíso y Concepción.

En la capital, el mall Arauco Quilicura, que permanecía cerrado desde el inicio de la crisis social, sufrió un incendio de gran magnitud, además de saqueos de las tiendas por parte de encapuchados.

También se reportaron incidentes en la comuna de Maipú, con barricadas en el sector de Pajaritos y 5 de abril, en los alrededores de la plaza.

INCIDENTES EN LA REGIÓN DE VALPARAÍSO

En tanto, en la Región de Valparaíso se han desarrollado incidentes durante toda la jornada, los que comenzaron con una marcha al mediodía que terminó con apedreos al Congreso Nacional.
Asimismo, se registraron ataques con piedras y palos a microbuses en Quilpué que no plegaron a un paro durante la jornada.
También hubo saqueos a una tienda La Polar y a otra D-House, ubicadas en el sector del nudo Barón.
Durante la tarde noche además se produjo el incendio en la automotora Hernández Motores, en pleno centro de Valparaíso, siniestro que cubrió de humo a la ciudad puerto, además de múltiples barricadas.

DESMANES EN CONCEPCIÓN
Situación similar se vivió en Concepción, ciudad donde se produjo una marcha pacífica que culminó sin incidentes, no obstante durante la tarde se vivieron múltiples enfrentamientos entre Carabineros y encapuchados.
Los manifestantes levantaron barricadas con adoquines en el sector de la Plaza de la Independencia, unos verdaderos muros de contención que impidieron el normal tránsito de vehículos, incluso de la Policía.
Durante la tarde además alrededor de cinco locales comerciales de la esquina de Barros Arana con Aníbal Pinto fueron saqueados por desconocidos e incluso una de las tiendas presenta fuego.
Pese a recibir el llamado, Bomberos no puede acceder al lugar por la presencia de los mencionados "barricadas muros" en el sector, mientras que los manifestantes levantaron una gran barricada en la esquina recién mencionada.  Fuente: Cooperativa.cl - Jueves, 21 de Noviembre de 2019 
 Incendian y saquean Mall Arauco de Quilicura


 Desmanes, saqueos e incendios en región de Valparaíso

Comentário: Lembrando Thomas Hobbes: O Homem é o lobo do Homem
Tal exercício de reflexão se faz ainda mais necessário ao se constatar que a vida social não foi o suficiente para eliminar o espírito de lobo do homem, que continua, sob certa medida, avançando contra aquele que denomina igual Desse modo, o egoísmo, a ambição, a luxúria, a inveja, a agressividade etc., não encontram freios que possam atenuar no homem tais comportamentos, uma vez que este não apresenta uma consciência voltada para o coletivo, mas somente para si, ou seja, o homem nesse estado busca a manutenção do seu poder e sobretudo da sua própria existência. Tal comportamento segue os princípios, por assim dizer, de uma determinada e particular forma de direito: o jus naturale: O DIREITO DE NATUREZA, a que os autores geralmente chamam Jus Naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar o seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação da sua própria natureza, ou seja, da sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que o seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios mais adequados a esse fim. 
É o caos que prevalece quando o Estado deixa de usar o seu poder inerente.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Saques, incêndios e medo da falência: o impacto da convulsão social no Chile

Na sexta-feira em que a crise explodiu, dia 18 de outubro, o empresário chileno Francisco Carreño decidiu ficar em seu restaurante a noite toda, como um guardião.
"Eu estava disposto a me defender", diz ele, lembrando o dia em que dezenas de lojas e supermercados em todo o Chile foram saqueados e até queimados.
"Eu não podia simplesmente sair do meu restaurante, tinha de salvá-lo se eles tentassem destruí-lo". A sorte jogou a seu favor e seu restaurante, chamado Signore, não foi destruída pelos protestos. Mas, de qualquer forma, o efeito veio depois.

Por estar localizado no setor de Tobalaba, que nas últimas semanas tem sido um dos pontos de encontro dos protestos em Santiago, Carreño foi forçado a fechar seu restaurante por dias, acumulando uma perda de 50% em suas vendas no mês de outubro.
A situação, desde então, não mudou muito: Carreño só consegue abrir as portas em alguns dias, a depender do tamanho dos protestos.
No entanto, Carreño — que também possui um pequeno empório de produtos italianos chamado Tantano — precisa continuar pagando aluguel e salários de seus funcionários, entre outras despesas do negócio.
"Esse é um terremoto silencioso. As reduções das vendas estão destruindo a economia chilena", lamenta o empresário.

DESEMPREGO
A situação de Francisco Carreño não é isolada. Após três semanas de manifestações incessantes — que começaram depois que o governo do presidente Sebastián Piñera decidiu aumentar o preço da passagem do metrô — milhares de micro, pequenas e médias empresas chilenas foram duramente afetadas.
A paralisação do comércio, serviços e turismo foi um golpe econômico inesperado para quem não tinha reservas de dinheiro para se financiar em momentos de crise.
Diante desse cenário, o temor é de que as pessoas percam seus empregos.
"Até o momento, 70 mil empregos já foram perdidos, o que equivale a quase um ponto (percentual na taxa) de desemprego. Se o país não voltar a funcionar normalmente nos próximos 10 dias, ouso dizer que mais 500 mil empregos estão em jogo", diz Juan Pablo Swett, presidente da Asociación de Emprendedores de Latinoamérica.

FALTA DE LIQUIDEZ
Carreño, por exemplo, teve que reduzir sua equipe em 30%. "Não posso ser irresponsável e manter as pessoas se não posso dar a elas segurança a longo prazo", diz ele.
De acordo com Swett, das pouco mais de um milhão de pequenas empresas que existem atualmente no Chile, 15% hoje têm sérios problemas de liquidez devido à crise.
"A economia está completamente bloqueada. Consumo, decisões de investimento de grandes empresas e empresas estrangeiras e contratação de pessoal estão paralisados. Em termos econômicos, uma tempestade perfeita está ocorrendo no Chile", diz Swett.
Como exemplo, o presidente da Asociación de Emprendedores de Latinoamérica diz que somente na indústria do turismo, composta por 9 mil empresas que empregam aproximadamente 170 mil pessoas, as reservas caíram 51%.
"A imagem do país piorou muito, as pessoas não querem mais vir para o Chile", acrescenta.

VESTUÁRIO
Outra área que está sendo muito afetada pela convulsão social é a venda de roupas.
A empresária Heidy Valdivia tem uma loja de roupas há 15 anos no bairro Patronato, a poucos metros da Plaza Italia, o principal ponto de encontro dos protestos em Santiago.
Desde o início da crise, ela foi forçada a manter sua loja fechada e ficar "em guarda" para evitar saques. "Tivemos de nos revezar para cuidar da mercadoria porque a polícia não garante isso"..
"Tenho medo porque acho que isso vai piorar. Não tenho mais dinheiro e tenho medo de perder tudo o que foi difícil construir durante anos", acrescenta.

Heidy diz que apenas com o aluguel gasta o equivalente a US$ 1.900 (R$ 7,9 mil) por mês. Aos funcionários, paga US$ 126 (R$ 525) por semana. As duas despesas continuam, apesar de nos últimos 20 dias não ter conseguido vender quase nada.
"Quem vai se preocupar agora em comprar roupas? Ninguém", diz ele.
"Ontem pude abrir a loja por um tempo e vendi apenas três peças. Apóio as demonstrações porque acho que o Chile é muito desigual, às vezes até vou lá. Mas isso já está me influenciando bastante e estou começando a ver que afeta meu bolso também ", acrescenta.
Devido à sua localização, todo o bairro de Patronato (um dos centros de vendas de roupas mais famosos da capital do Chile) tem sido afetado por gás lacrimogêneo vindo da Plaza Italia.
Além disso, hoje suas paredes estão pichadas com parte dos slogans dos protestos, como "Chega de abuso" e "O Chile acordou". E, assim, as poucas lojas abertas estão cheias de ofertas de última hora, tentando liquidar seus produtos.
Em um espanhol obstinado, um taiwanês proprietário de uma das lojas diz: "Esses dias eu só chorei".

EMPRESAS SAQUEADAS
Pior ainda é a realidade das empresas que foram saqueadas nas últimas três semanas no Chile.
De acordo com um estudo realizado pelo Ministério da Economia chileno, existem quase 6.800 pequenas empresas que relataram roubo, saque ou incêndio de seus negócios. De acordo com Juan Pablo Swett, com os últimos eventos, esse número pode ter subido para 10 mil.
É o caso de Karina Cáceres, dona de uma farmácia de medicina natural chamada Panul, que foi completamente saqueada no dia 20.
"Foi um pesadelo. Quando soube que eles haviam levado tudo, quase desmaiei", lembra a farmacêutica, que está grávida de quatro meses. O marido dela foi ao local tentar resgatar o pouco que restava.
No total, foram roubados aproximadamente US$ 12.800 (R$ 53,5 mil), além de computadores e televisões.
Desde aquele dia, a farmacêutica acha que seus negócios podem ir à falência. O problema, ela diz, é que ainda tem dois empréstimos para continuar pagando e, estando grávida, acha muito difícil encontrar outro emprego.
"A incerteza é terrível. Estamos vivendo dia a dia, tentando vender o que nos resta... estou angustiada", diz.
"Além da farmácia, criamos uma fundação, pensando nas pessoas que nos saquearam. Vamos às comunidades ensinar as crianças a controlar suas emoções. Então, a traição dói... porque também vendíamos nossos produtos a preços populares", diz.
Karina deve continuar pagando o aluguel de US$ 2.280 (R$ 9,5 mil). No entanto, em outubro, ela recebeu  doze por cento do dinheiro que entra em um mês normal. Para a filha, não poderá pagar pela educação no próximo ano. E foi assim que, de um minuto para o outro, sua vida deu uma guinada completamente inesperada.

Os casos de Francisco Carreño, Heidy Valdivia e Karina Cáceres são apenas alguns exemplos do que muitos pequenos e médios empresários vivem no Chile após o surto social.
Os três empresários afirmam que são simpáticos à motivação das manifestações: querem uma sociedade mais igualitária e justa, com melhores aposentadorias e melhor qualidade em saúde e educação.
No entanto, eles temem que essa luta implique uma recessão econômica que acabe com os negócios deles — apesar de o governo ter anunciado na semana passada um plano de apoio a essas empresas, que inclui facilidades para pagamento de impostos e flexibilidade para renegociação de dívidas.
"Os jovens estão brigando e não têm medo de nada. Mas eu tenho. E quero que isso acabe", conclui Heidy. Fonte: BBC News Mundo- quinta-feira, 14 de novembro de 2019






Comentário:
Não existe almoço grátis. Alguém deve pagar a conta.
Se um indivíduo ou um grupo conseguem algo sem nenhum custo, alguém acaba por pagar por isso. Se parece não haver nenhum custo direto para um indivíduo isolado, há um custo social. De forma similar, alguém pode beneficiar de "graça" de uma externalidade ou de um bem público, mas alguém tem que pagar o custo de produção desses benefícios.







domingo, 17 de novembro de 2019

Acompanhe a Proclamação da República, hora a hora

Insatisfeitos com o Império, os militares planejavam para o dia 20 de novembro o golpe que proclamaria a República no Brasil.
Mas, no dia 14, começou a correr pelo Rio de Janeiro o boato de que o marechal Deodoro da Fonseca, um dos líderes do movimento, havia sido preso. Diante disso, os republicanos resolveram agir.

6h
Informados sobre a intensa movimentação que ocorria em todos os batalhões militares do Rio de Janeiro, os ministros do gabinete de governo, liderados pelo primeiro-ministro, o visconde de Ouro Preto, se reúnem para discutir formas de enfrentar os militares.
Enquanto isso, as tropas republicanas começam a mobilizar-se pela cidade. Uma grande parte do efetivo policial, vindo de Niterói, desembarca no Rio para se unir ao marechal Deodoro.
Outra parte da força fica na ponte da Armação, a espera de embarcações. O 7º e o 10º Batalhões, além do Corpo de Bombeiros, amanhecem vazios. Os soldados começam a dirigir-se ao campo de Santana, no centro da então capital federal.

7h
Uma força de fuzileiros navais sobe a rua do Ouvidor e começam a ser ouvidos pela cidade as primeiras palavras de ordem em defesa da República gritadas abertamente. Os soldados estão prontos para o confronto armado. Todos os oficiais que acompanham o grupo levam revólveres nas cinturas.

8h
É quase impossível chegar ao campo de Santana devido ao grande número de soldados que se dirige para o local com o objetivo de unir-se aos líderes republicanos.

Uma força do 10º Batalhão, fiel à Monarquia, ocupa todo o largo da Lapa para impedir a passagem de estudantes da Escola Militar, que apoiaram maciçamente a Proclamação.

8h30
O marechal Deodoro da Fonseca encontra-se com o barão de Ladário, que ocupava o cargo de ministro da Marinha, na entrada do ministério.
O barão, afirmando que tinha a obrigação de defender a Monarquia, saca duas armas com o objetivo de atacar Deodoro. Um praça do Exército que presencia a cena entra em ação e atira contra o nobre, que cai ferido.

9h
Todas as estações de polícia são fechadas na cidade. A movimentação de militares nas ruas é cada vez maior. À porta de uma taverna em uma esquina da rua são Lourenço pode ser visto o barão de Ladário, ferido, à espera de cuidados médicos.

9h30
Militares republicanos tomam a Secretaria do Império e cercam a sala onde ocorre a reunião do gabinete ministerial.
Os revolucionários dão voz de prisão aos ministros e afirmam que todos seriam liberados assim que renunciassem a seus cargos.
A situação torna-se tensa, até que Deodoro declara que nenhum dos monarquistas sofreria qualquer agressão ou retaliação, desde que concordassem em reconhecer o novo governo.

10h
Os integrantes do ministério monarquista, sem enxergar outra saída, rendem-se e concordam em anunciar a renúncia coletiva.
Deodoro encaminha-se para o campo de Santana, onde representantes das Forças Armadas o aguardavam, já festejando o sucesso do golpe e o início da República.

10h30
Deodoro entra no quartel de Santana em triunfo, abraçado, entre aclamações. O Exército dá vivas à República. Alunos da Escola Militar conseguem passar pelo largo da Lapa, pois os soldados monarquistas já não ofereciam resistência.

10h45
O marechal Deodoro é carregado em triunfo. O 2º Batalhão de Artilharia dá uma salva de 21 tiros. Está instalada a República. Fonte: Folha de São Paulo - 15.nov.2019