domingo, 23 de dezembro de 2018

A origem do Natal

O Natal se transformou numa festa que mistura tradições de muitas origens com um consumismo desenfreado que, apesar do comércio eletrônico, continua mobilizando as cidades. As luzes, as árvores, as compras, as feiras e o jantar da empresa talvez não nos deixem ver o principal: o Natal é uma festa religiosa, em que os cristãos celebram o nascimento de Jesus. Mas, se pesquisamos um pouco mais, vemos que sua origem se perde na Antiguidade, nas primeiras e remotas crenças humanas, às quais, ao longo dos séculos, foram se incorporando novas tradições. Desde o Império Romano, o Natal tem sido uma luta entre elementos religiosos e pagãos, entre a festa e a liturgia, que se prolonga até nossos shopping centers.

POR QUE CELEBRAMOS O NATAL EM DEZEMBRO?
O solstício de inverno (no Hemisfério Norte) é a noite mais longa do ano, o momento em que os dias começam de novo a crescer, uma vitória simbólica do Sol contra a escuridão. Acontece entre 21 e 22 de dezembro e é comemorado desde tempos imemoriais. O historiador Richard Cohen relata, em seu livro Persiguiendo el Sol: La historia épica del astro que nos da la vida (perseguindo o sol: a história épica do astro que nos dá a vida) que “praticamente todas as culturas têm uma forma de celebrar esse momento”. “O aparente poder sobrenatural para governar as estações, que se manifesta nos solstícios, inspirou reações de todos os tipos: ritos de fertilidade, festivais relacionados com o fogo, oferendas aos deuses”, afirma Cohen. Nessa mesma época do ano, em meados de dezembro, os antigos romanos festejavam a Saturnália, festival em que eles ofereciam presentes entre si, mas também trocavam os papéis sociais, uma mistura entre nosso Natal e o Carnaval.

O QUE ACONTECEU EM 25 DE DEZEMBRO?
 “A data do Natal foi fixada em 25 de dezembro pelo imperador Constantino, porque nesse dia era celebrada a grande festa solar em Roma”, explica Ramón Teja, professor emérito de História Antiga da Universidade de Cantábria (Espanha), especialista em história do cristianismo e presidente de honra da Sociedade Espanhola de Ciência das Religiões. Assim, o imperador que transformou o cristianismo na religião de Roma, e que governou entre 306 e 337, identificava de alguma maneira sua figura com o divino, aproveitando o antigo festival do Dia do Nascimento do Sol Invicto. “Foi uma fusão do culto solar com o culto cristão”, diz Teja.

E COMO O PAPAI NOEL ENTRA NISSO TUDO?
A viagem do Papai Noel ou Santa Claus até o nosso Natal é longo e tortuoso. Os mais radicais entre os protestantes, os puritanos, proibiram o Natal porque consideravam, talvez com certa razão, que era uma festa que estava se “paganizando”. Além disso, o protestantismo defendia a iconoclastia, era contra a representação de figuras sagradas, o que não se encaixava muito nas tradições natalinas. O Parlamento britânico proibiu o Natal em 1644, restaurando-o apenas em 1660.
Os puritanos foram os primeiros colonos da América do Norte e levaram consigo aqueles costumes: em Boston, também proibiram a festa entre 1659 e 1681. Pouco a pouco, contudo, o Natal foi renascendo no Novo Mundo, embora os protestantes tenham buscado seu próprio caminho para diferenciá-lo do culto católico. Foi assim que se lembraram de um velho santo, São Nicolau. “Santa Claus é uma figura muito cristã”, explica Diarmaid N. J. MacCulloch, professor de História da Igreja na Saint Cross College de Oxford. “O nome é uma tradução holandesa de São Nicolau.

A ÁRVORE DE NATAL TAMBÉM É UMA INVENÇÃO DOS EUA?
O pinheiro de Natal também empreendeu uma estranha viagem de ida e volta da Europa aos EUA, mas não é, em absoluto, uma invenção americana. Ao contrário: como Santa Claus, é uma exportação. Nesse caso, como acontece com os solstícios, o culto às árvores se perde nas profundezas das nossas tradições culturais e religiosas. Mas, como explica o professor MacCulloch, “a árvore de Natal é uma tradição mais cristã do que as pessoas pensam”. “Todas as religiões utilizam as árvores como símbolos, e elas são um elemento essencial da história do Gênese. As primeiras árvores de Natal decoradas que conhecemos são da Alemanha do século XVI, na época da Reforma. O próprio Martinho Lutero incentivou esse costume”, prossegue o professor de Oxford. De novo, uma tradição relacionada com o protestantismo – a árvore de Natal evita as representações de figuras sagradas – cruza o Atlântico e volta transformada em símbolo universal. Na Espanha, convive pacificamente com a representação máxima de nosso Natal: os presépios.

QUANDO COMEÇAMOS A MONTAR PRESÉPIOS?
O primeiro presépio aparece numa lenda: na noite de 24 de dezembro de 1223, São Francisco de Assis organiza um presépio vivo numa gruta da cidade italiana de Greccio, e a figura do menino acaba se transformando no verdadeiro Jesus. Esse milagre foi plasmado por Giotto no final do século XIII num dos afrescos mais famosos da história da arte, que pode ser visto na Basílica de São Francisco de Assis. Fonte: El País - Madri 19 DEZ 2017 

Cantora italiana Caterina Caselli

Caterina Caselli é uma produtora italiana, ex-cantora, baixista e atriz. Em 1966 ela estreou no Festival de Sanremo com a música  "Nessuno mi può giudicare", vendendo mais de um milhão de cópias e recebeu  disco de ouro.  Fonte: Wikipedia






sábado, 22 de dezembro de 2018

China: enormes pilhas de bicicletas abandonadas e quebradas

No ano passado, o compartilhamento de bicicletas decolou na China, com dezenas de empresas de compartilhamento de bicicletas inundando rapidamente as ruas da cidade com milhões de bicicletas coloridas de aluguel. No entanto, o rápido crescimento superou amplamente a demanda imediata e sobrecarregou as cidades chinesas, onde a infraestrutura e os regulamentos não estavam preparados para lidar com uma enxurrada repentina de milhões de bicicletas compartilhadas.

Os ciclistas estacionavam as bicicletas em qualquer lugar, ou simplesmente as abandonavam, bloqueando ruas   e caminhos já lotados. À medida que as cidades apreendiam bicicletas abandonadas aos milhares, elas  agiram rapidamente para limitar o crescimento e regulamentar o setor.

Vastas pilhas de bicicletas apreendidas, abandonadas e quebradas tornaram-se uma visão familiar em muitas grandes cidades.

Como algumas das empresas projetaram o mercado muito grande e   logo começaram a desistir, seu enorme excedente de bicicletas pode ser encontrado acumulando em vastos terrenos baldios.

O compartilhamento de bicicletas continua muito popular na China e provavelmente continuará crescendo, provavelmente em um ritmo mais sustentável. Enquanto isso, ficamos com essas imagens de especulação enlouquecidas - as pilhas de destroços deixados para trás após o estouro da bolha de bicicletas. Fonte: The Atlantic - Mar 22, 2018

Comentário:

É a sociedade de consumo que domina o mundo desenvolvido, ofertando produtos que excede a procura. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, leva ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas. Tudo em excesso tem seu efeito colateral; lixo industrial, desperdício, impacto ambiental, etc.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Dime como ser pan


IBGE: Informalidade cresce e atinge 37,3 milhões de trabalhadores em 2017

A informalidade cresceu no Brasil. Em 2017, o país tinha 37,3 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada, o que significa 1,7 milhão a mais do que em 2016, quando 35,6 milhões trabalhadores estavam nesta situação.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) e têm como base informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

O total de trabalhadores informais em 2017 representa 40,8% de toda a população ocupada (que exerce alguma atividade remunerada) no país, de acordo com o IBGE.
Em novembro do ano passado, entrou em vigor a reforma trabalhista, a mais profunda mudança já realizada na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) desde que ela foi criada, em 1943. O governo Temer defendeu que a nova legislação criaria empregos e reduziria a informalidade.

Os dados do IBGE apontam que a informalidade vinha caindo aos poucos desde 2012, quando começou a ser feita a pesquisa, mas aumentou no ano passado.
Veja abaixo o total de trabalhadores sem carteira a cada ano:
•2012: 37,2 milhões
•2013: 36,8 milhões
•2014: 36,1 milhões
•2015: 36,1 milhões
•2016: 35,6 milhões
•2017: 37,3 milhões
O IBGE não detalhou as causas do aumento na informalidade, apenas relacionou os números à crise econômica que o país atravessou nos últimos três anos.

PRETOS OU PARDOS SÃO MAIORIA
Quase metade (46,9%) da população preta ou parda (denominação oficial usada pelo IBGE) está na informalidade. O percentual entre brancos é menor: 33,7%. O levantamento não apresenta resultados para amarelos (pessoa que se declara de origem japonesa, chinesa, coreana etc.), indígenas ou sem especificação.
O nível de informalidade é equivalente entre homens e mulheres: 40,8% deles não têm registro, enquanto 40,7% delas estão na mesma situação.
Em algumas atividades, porém, o nível de informalidade ultrapassa 50%. É o caso da agropecuária, em que 66,8% dos homens e 75,5% das mulheres não têm registro, e dos serviços domésticos, no qual 57,3% dos homens e 71,2% das mulheres exercem a função sem carteira assinada.

INFORMAL RECEBE MENOS DA METADE
A renda do trabalhador sem carteira assinada é menos da metade da renda de quem atua com registro em carteira. Em 2017, os informais recebiam, em média, 48,5% dos rendimentos dos formais.
A desigualdade se manteve na comparação por sexos. Uma mulher informal recebeu, em média, 73% de um homem na mesma condição. Na análise por cor ou raça, uma pessoa preta ou parda na informalidade recebeu 60% de um branco que estava na mesma situação. Fonte: UOL, em São Paulo-05/12/2018 10h00

Comentário:
Segundo IBGE nos três primeiros meses do ano, o país tinha 32,913 milhões de pessoas com carteira assinada.  
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que a participação de aposentados e pensionistas na população total cresceu 72,1% em 23 anos. De acordo com dados da Pesquisa por Amostragem de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1992 a 2015, a fatia de inativos passou de 8,2% para 14,2%.
O estudo mostra que em 1992 havia um beneficiário para cada 12 brasileiros. Já em 2015, essa proporção passou para um aposentado ou pensionista para cada sete brasileiros.
Pelo jeito a Previdência já está entrando na zona gravitacional do buraco negro.
Segundo Ministério  do Trabalho em 2018 foram criados mais 500 mil vagas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Escasez de harina en Cuba

Tras varios días en que la escasez de harina para elaborar pan ha provocado nutridas colas frente a las panaderías y dulcerías de Cuba, muchas de ellas desabastecidas, la Unidad Empresarial de Base (UEB) Cereales Frank País García, en Santiago de Cuba, ya posee el cereal necesario para asegurar en el oriente de Cuba el pan de la canasta básica y el que se vende de forma liberada, aseguró Granma.

Waldis González, director general de la entidad, reveló que tras un proceso de rehabilitación tecnológica, la instalación está produciendo 365 toneladas diarias de harina, cantidad que posibilita cubrir la demanda del pan subsidiado y liberado, así como de los productos cárnicos normados que llevan harina incorporada, en las provincias de Guantánamo, Santiago de Cuba, Granma, Holguín y Las Tunas, unidades de las Far y el Minint, sectores del turismo y tiendas en divisas.

La UEB santiaguera terminó 2017 terminó con un déficit de 240 toneladas, y este año acumula un incumplimiento de 19.301 toneladas.

Ahora, a pesar de la entrada de elementos y accesorios, aún está lejos de las 400 toneladas de harina que debe entregar diariamente.

Según informó la ministra de la Industria Alimentaria, Iris Quiñones Rojas, en el espacio televisivo Mesa Redonda, el déficit de harina que se ha vivido en prácticamente toda la nación, se debe a la demora en la llegada de piezas de repuesto de los molinos de trigo del país.

También el Combinado de Cereales de Cienfuegos, responsable de garantizar el 42 por ciento de la harina de trigo del país, está recibiendo los recursos tecnológicos de forma priorizada, lo cual le permitirá mejorar su rendimiento.

No obstante, según su director, Isbel Vanegas Presno, un incremento sustancial en la  producción solo se conseguirá en el primer trimestre del 2019, “cuando deberemos tener la totalidad de los recursos en función de hacer los trabajos de mantenimiento requeridos y lograr definitivamente la capacidad productiva y la estabilidad de nuestro molino”. Fuente: Redacción de CiberCuba hace 1 semana

Comentário: É o socialismo cubano, bolivariano, etc.
Um socialista, um capitalista e um comunista marcaram um encontro. O socialista chegou atrasado.
-- Desculpem pelo atraso, tive de enfrentar uma fila para comprar salame.
-- O que é fila? -- perguntou o capitalista.
-- O que é salame? -- perguntou o comunista.

Total de pobres no país cresce a 54,8 milhões em 2017

A crise e o aumento das taxas de desemprego em 2017 fizeram o contingente de pobres no país aumentar em 2 milhões, segundo dados do IBGE (Instituto Nacional do Seguro Social).

Havia 54,8 milhões de brasileiros nessa situação no ano passado, ou 26,5% da população brasileira, segundo IBGE. Em 2016 eles eram 25,7% dos brasileiros.
Pela linha definida pelo Banco Mundial —que é a métrica adotada pelo IBGE—, são considerados pobres aqueles que vivem com até US$ 5,50 por dia.
Também aumentou a quantidade de crianças que vive em domicílios pobres, passando de 42,9% para 43,4% do total da população com até 14 anos.

A Síntese de Indicadores Sociais do IBGE também analisa a prevalência de pobreza considerando as características das pessoas de referência dos domicílios.
A recessão econômica dos últimos anos foi responsável pelo aumento de pessoas nessas condições, segundo o IBGE. A taxa de desocupação, que era de 6,9% em 2014, e subiu para 12,5% em 2017.
"Isso equivale a 6,2 milhões de pessoas desocupadas a mais entre 2014 e 2017. Nesse período, a desocupação cresceu em todas as regiões e em todos os grupos etários", informou o IBGE.

Em 2017, 2 em cada 5 trabalhadores do país eram informais.

O IBGE estimou em R$ 10,2 bilhões o custo mensal, se os recursos forem perfeitamente alocados, para erradicar a pobreza no país, ou seja, para que ninguém viva com menos de US$ 5,50 por dia.

Em 2016, faltavam, em média, R$ 183 para que cada pessoa abaixo da linha da pobreza conseguisse superar essa barreira. Esse hiato aumentou em 2017, para R$ 187 reais.
"Para a linha de extrema pobreza (R$ 140 por mês ou US$ 1,90 por dia), o montante necessário para que todos alcancem essa linha era de R$ 1,2 bilhão por mês."

EXTREMA POBREZA
Também cresceu o número de brasileiros em extrema pobreza, um recorte entre os pobres que mostra uma faixa ainda mais vulnerável.
No ano passado, 15,2 milhões de pessoas estavam nessa situação. O recorte considera aqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia (R$ 140), ainda pela linha do Banco Mundial.
Esse contingente aumentou em 1,7 milhão de brasileiros sobre 2016, passando a representar 7,4% da população, contra 6,6% no ano anterior.


RENDA E ACESSO A BENS E SERVIÇOS
Ainda segundo o IBGE, o rendimento médio mensal domiciliar per capita no país foi de R$ 1.511 no ano passado.

O Nordeste (R$ 984) e o Norte (R$ 1.011) foram as regiões com os piores resultados. Igualmente, quase a metade da população (49,9% e 48,1%, respectivamente) tinha rendimento médio mensal domiciliar per capita de até meio salário mínimo.

O IBGE também mediu o acesso a bens em dimensões que complementam a análise monetária para avaliar as restrições de acesso a educação, proteção social, moradia adequada, serviços de saneamento básico e internet.

"Nos domicílios cujos responsáveis são mulheres pretas ou pardas sem cônjuge e com filhos até 14 anos, 25,2% dos moradores tinham pelo menos três restrições às dimensões analisadas. Esse é também o grupo com mais restrições à proteção social (46,1%) e à moradia adequada (28,5%)", informou.

Ainda segundo o IBGE, 12,2 milhões viviam em residências com adensamento excessivo (mais de três moradores por dormitório), e 10,1 milhões de pessoas (4,9%) moravam em residências sem banheiro de uso exclusivo.

"Ainda entre as pessoas abaixo dessa linha de pobreza, 57,6% tinham restrição a pelo menos um serviço de saneamento (contra 37,6% da população em geral)."


No total, mais de um terço da população (35,9%)  tinha restrição de acesso ao serviço de esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial. Fonte: Folha de São Paulo - 5.dez.2018