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sábado, 22 de dezembro de 2018

China: enormes pilhas de bicicletas abandonadas e quebradas

No ano passado, o compartilhamento de bicicletas decolou na China, com dezenas de empresas de compartilhamento de bicicletas inundando rapidamente as ruas da cidade com milhões de bicicletas coloridas de aluguel. No entanto, o rápido crescimento superou amplamente a demanda imediata e sobrecarregou as cidades chinesas, onde a infraestrutura e os regulamentos não estavam preparados para lidar com uma enxurrada repentina de milhões de bicicletas compartilhadas.

Os ciclistas estacionavam as bicicletas em qualquer lugar, ou simplesmente as abandonavam, bloqueando ruas   e caminhos já lotados. À medida que as cidades apreendiam bicicletas abandonadas aos milhares, elas  agiram rapidamente para limitar o crescimento e regulamentar o setor.

Vastas pilhas de bicicletas apreendidas, abandonadas e quebradas tornaram-se uma visão familiar em muitas grandes cidades.

Como algumas das empresas projetaram o mercado muito grande e   logo começaram a desistir, seu enorme excedente de bicicletas pode ser encontrado acumulando em vastos terrenos baldios.

O compartilhamento de bicicletas continua muito popular na China e provavelmente continuará crescendo, provavelmente em um ritmo mais sustentável. Enquanto isso, ficamos com essas imagens de especulação enlouquecidas - as pilhas de destroços deixados para trás após o estouro da bolha de bicicletas. Fonte: The Atlantic - Mar 22, 2018

Comentário:

É a sociedade de consumo que domina o mundo desenvolvido, ofertando produtos que excede a procura. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, leva ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas. Tudo em excesso tem seu efeito colateral; lixo industrial, desperdício, impacto ambiental, etc.


terça-feira, 20 de julho de 2010

Por dentro iPhone4

Pesquisadores no Vale do Silício abriram o revestimento de um iPhone4 no mês passado e começaram a analisar seus componentes, tentando descobrir a identidade dos principais fornecedores da Apple. Esses "relatos de desmonte" oferecem um vislumbre do processo manufatureiro da empresa.

O que revelou a análise mais recente é que a parte menor dos custos da Apple vem de Shenzhen, onde operários montam itens como microchips vindos da Alemanha e Coreia do Sul, chips de fabricação americana que recebem sinais de Wi-Fi ou celular e mais de cem outros componentes.

Mais de uma dúzia de chips de circuito integrado são responsáveis por cerca de dois terços do custo de produção de um único iPhone4, segundo a firma de pesquisas iSuppli, da Califórnia, que divulgou o relatório sobre o desmonte do aparelho.

A Apple paga à Samsung cerca de US$ 27 pela memória flash e US$ 10,75 para fabricar seu processador de aplicativos (desenhado pela Apple), e uma fabricante alemã chamada Infineon recebe US$ 14,05 por telefone por seus chips que transmitem e recebem ligações e dados.

A parte eletrônica custa muito menos. O giroscópio, uma novidade do iPhone4, foi produzido pela STMicroelectronics, de Genebra, e acrescentou US$ 2,60 ao custo do aparelho.

De acordo com a iSuppli, o custo total dos materiais -os componentes usados na montagem final- de um iPhone vendido a US$ 600 é US$ 187,51.

As partes menos caras do processo são a manufatura e a montagem. Estas frequentemente são feitas no sul da China, onde operários recebem menos de US$ 1 por hora para soldar, montar e embalar produtos para marcas globais famosas. Fonte: Folha de São Paulo - 19 de julho de 2010

Comentário:

Antigamente um produto “Made in USA” ou “Made in Japan ou “Made in Europe” era um produto confiável, com qualidade e com segurança, agora, temos de tomar cuidado com as fontes de origem dos produtos (alimentos, brinquedos, eletrônicos, etc), pois acabou a era da produção verticalizada da empresa, sendo substituída por uma cadeia de fabricantes terceirizados (custo menor) que produz determinado produto para a empresa detentora da patente ou da comercialização. Não existe controle total das etapas de fabricação do produto, pois a cadeia de fornecedores é muito grande e diversificada.