sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

IBGE: Informalidade cresce e atinge 37,3 milhões de trabalhadores em 2017

A informalidade cresceu no Brasil. Em 2017, o país tinha 37,3 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada, o que significa 1,7 milhão a mais do que em 2016, quando 35,6 milhões trabalhadores estavam nesta situação.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) e têm como base informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

O total de trabalhadores informais em 2017 representa 40,8% de toda a população ocupada (que exerce alguma atividade remunerada) no país, de acordo com o IBGE.
Em novembro do ano passado, entrou em vigor a reforma trabalhista, a mais profunda mudança já realizada na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) desde que ela foi criada, em 1943. O governo Temer defendeu que a nova legislação criaria empregos e reduziria a informalidade.

Os dados do IBGE apontam que a informalidade vinha caindo aos poucos desde 2012, quando começou a ser feita a pesquisa, mas aumentou no ano passado.
Veja abaixo o total de trabalhadores sem carteira a cada ano:
•2012: 37,2 milhões
•2013: 36,8 milhões
•2014: 36,1 milhões
•2015: 36,1 milhões
•2016: 35,6 milhões
•2017: 37,3 milhões
O IBGE não detalhou as causas do aumento na informalidade, apenas relacionou os números à crise econômica que o país atravessou nos últimos três anos.

PRETOS OU PARDOS SÃO MAIORIA
Quase metade (46,9%) da população preta ou parda (denominação oficial usada pelo IBGE) está na informalidade. O percentual entre brancos é menor: 33,7%. O levantamento não apresenta resultados para amarelos (pessoa que se declara de origem japonesa, chinesa, coreana etc.), indígenas ou sem especificação.
O nível de informalidade é equivalente entre homens e mulheres: 40,8% deles não têm registro, enquanto 40,7% delas estão na mesma situação.
Em algumas atividades, porém, o nível de informalidade ultrapassa 50%. É o caso da agropecuária, em que 66,8% dos homens e 75,5% das mulheres não têm registro, e dos serviços domésticos, no qual 57,3% dos homens e 71,2% das mulheres exercem a função sem carteira assinada.

INFORMAL RECEBE MENOS DA METADE
A renda do trabalhador sem carteira assinada é menos da metade da renda de quem atua com registro em carteira. Em 2017, os informais recebiam, em média, 48,5% dos rendimentos dos formais.
A desigualdade se manteve na comparação por sexos. Uma mulher informal recebeu, em média, 73% de um homem na mesma condição. Na análise por cor ou raça, uma pessoa preta ou parda na informalidade recebeu 60% de um branco que estava na mesma situação. Fonte: UOL, em São Paulo-05/12/2018 10h00

Comentário:
Segundo IBGE nos três primeiros meses do ano, o país tinha 32,913 milhões de pessoas com carteira assinada.  
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que a participação de aposentados e pensionistas na população total cresceu 72,1% em 23 anos. De acordo com dados da Pesquisa por Amostragem de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1992 a 2015, a fatia de inativos passou de 8,2% para 14,2%.
O estudo mostra que em 1992 havia um beneficiário para cada 12 brasileiros. Já em 2015, essa proporção passou para um aposentado ou pensionista para cada sete brasileiros.
Pelo jeito a Previdência já está entrando na zona gravitacional do buraco negro.
Segundo Ministério  do Trabalho em 2018 foram criados mais 500 mil vagas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário