domingo, 13 de maio de 2018

Richard Clayderman

Richard Clayderman, nome artístico de Philippe Robert Louis Pagès, (Paris, 28 de Dezembro de 1953) é um pianista francês..

   



A ditadura dos 'likes'

Estamos todos expostos à crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete à ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

CORREMOS O RISCO DE VIVER EM UMA POSE CONSTANTE. NÃO É PERMITIDO SE ZANGAR OU TER UM DIA RUIM
Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante à qual, talvez, vamos no dirigir anos mais tarde e ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório. Quando recebemos um feedback, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. É uma droga

Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência a que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos de canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis.

NÃO HÁ DESCANSO.
O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados, e segundo quais fóruns, por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo as autoridades a legislar. E os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos. Fonte: El País - 21 ABR 2018 

Crimes cibernéticos

Segundo o Centro de Estudos e Tratamento de Segurança do Brasil (CERT.Br), em 2017, foram registrados 833 mil incidentes de algum tipo de ameaça cibernética no país, contra 647 mil no ano anterior. Os casos mais comuns no ano passado foram a varredura de computadores, prática conhecida como scan (53,1% dos incidentes), seguida pelos ataques de interrupção de serviço, denominados DdoS (26,4%) e por fraudes (7%). Fonte: Agência Brasil -  26/04/2018

ETA anuncia seu fim após meio século de terrorismo na Espanha

Seis anos e meio depois de declarar que se afastaria definitivamente do terrorismo, o grupo basco independentista ETA anunciou seu desaparecimento como organização através de um comunicado divulgado na  quinta-feira, 3 de maio, às 9h06 (horário de Brasília). A forma que utilizou para expressar sua dissolução foi “o desmantelamento total do conjunto de suas estruturas” e “o final de sua trajetória e da sua atividade política”. É o último comunicado de um grupo com 59 anos de história, a derradeira organização terrorista a se extinguir na Europa.
O comunicado foi lido em espanhol por Josu Urrutikoetxea, mais conhecido como Josu Ternera, histórico dirigente do ETA e participante do processo de diálogo mantido pela organização com o Governo de José Luis Rodríguez Zapatero, em 2006. Josu Ternera está em paradeiro desconhecido, pois é procurado pela Justiça espanhola. O texto, intitulado Declaração Final do ETA ao Povo Basco, tem 378 palavras – uma extensão semelhante à do comunicado de outubro de 2011 em que o grupo separatista renunciava à violência – e não faz nenhuma alusão às vítimas da sua ação terrorista. Aliás, busca justificar sua trajetória criminosa.

As instituições e os partidos consideram que o comunicado do ETA corrobora a sua dissolução. Fontes do Governo regional basco avaliam que ele “cumpre as condições exigidas”, mas denunciam suas falhas. “Falta um reconhecimento do dano causado a todas as vítimas, e pretende justificar sua trajetória terrorista”, disse uma dessas fontes.  
Na sexta-feira, no começo da tarde, uma delegação internacional, composta entre outros pelo advogado sul-africano Brian Currin e pelo prefeito de Bayonne (França), Jean René Etchegaray, registrará em cartório a dissolução da organização separatista, num ato a ser realizado em Cambo-les-Bains, localidade basca no lado francês da fronteira. Os Governos das regiões espanholas do País Basco e Navarra (onde também há importante presença basca) não comparecerão. Mas estarão lá representantes dos partidos bascos, com exceção do Partido Popular e do Partido Socialista de Euskadi.
 “O ETA, organização socialista revolucionária basca de libertação nacional, quer informar ao Povo Basco sobre o final de sua trajetória”, diz o comunicado da organização

HISTÓRIA SANGRENTA
O grupo terrorista ETA para trás uma história sangrenta com 853 mortos, segundo o site do Ministério do Interior da Espanha, sendo a maioria bascos; 79 sequestrados, 12 deles assassinados, e 6.389 feridos. Desaparece ficando pendentes de esclarecimento 197 casos – 170 absolvidos, e 27 arquivados.
Nasceu em 1959, mas não foi uma organização surgida para combater a ditadura de Francisco Franco. Sua carreira de assassinatos começou nos estertores do franquismo, em 1968, e se prolongou por mais 43 anos. O ETA praticou o terrorismo durante apenas sete anos da ditadura, e outros 36 entre a transição e a democracia. Foi uma organização terrorista que, em sua pretensão de impor um projeto totalitário no País Basco, tentou desestabilizar a democracia espanhola e o autogoverno basco, ambos atacados com mais sanha nos momentos mais difíceis da transição. Concretamente, entre 1979 e 1980 – anos do referendo constitucional espanhol, da votação do Estatuto de Gernika e da criação do primeiro Governo basco depois da Guerra Civil –, assassinou 244 pessoas, quase um terço dos seus crimes. Pouco antes, em 1977, o grupo havia se beneficiado de uma anistia que libertou todos os seus presos (o que serviu de pretexto ao tenente-coronel Tejero Molina para a sua tentativa de golpe de Estado de 23 de fevereiro de 1981). Seu balanço terrorista e desestabilizador é nítido: 93% de seus 829 assassinatos foram cometidos entre a transição e a democracia, Só 7% durante a ditadura.

A NARRATIVA DE MAIS DE MEIO SÉCULO
O ETA desapareceu da vida pública em 20 de outubro de 2011, quando abandonou definitivamente o terrorismo e chegaram ao fim seus assassinatos, seus sequestros, suas extorsões e suas ameaças
A história do ETA foi um absurdo. Embora inspirado no IRA e nos movimentos de libertação nacional – Cuba, Argélia etc. –, diferenciou-se destes por ter realizado a maior parte da sua trajetória terrorista contra uma Espanha que inaugurava a democracia e um País Basco que estreava o autogoverno, sob o amparo da União Europeia. Nessas condições, estava destinado a desaparecer sem alcançar seus objetivos, tal como aconteceu. Embora progressivamente debilitado desde 1982, com a dissolução do ramo político-militar do ETA, sua injustificada bitola antifranquista, a guerra suja e alguns erros na luta antiterrorista contribuíram para que seu final fosse mais lento.

Ao Governo do PP caberá exigir o cumprimento da legalidade aos detentos do ETA que pretendam se reinserir na sociedade, mas sem se exceder nas condições. É o momento para que o Executivo de Mariano Rajoy cumpra o que muitos de seus correligionários disseram no passado: que quando o ETA se dissolvesse reveriam a política penitenciária, concebida para lutar contra o terrorismo. Tanto o Governo basco como o Parlamento regional terão um papel supervisor. A convivência passa, também, pelo cumprimento da legalidade sem cláusulas abusivas.
O avanço na convivência exige, igualmente, que não se busque apenas esclarecer os casos pendentes de vítimas do terrorismo etarra. Também é preciso olhar para as vítimas da guerra suja, pendentes de investigação em mais de 60% dos casos. Do mesmo modo, para efeitos jurídicos, as instituições devem conceder a todas as vítimas, sejam do ETA, da guerra suja ou de abusos policiais, o mesmo reconhecimento. Fonte: El País - San Sebastián / Madri 3 MAI 2018 

sábado, 12 de maio de 2018

Brasil tem sociedade viciada em Estado

Uma 'sociedade viciada em Estado', com uma cultura de 'desigualdade' e 'desonestidade institucionalizada'. Para o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), esses são os três principais problemas ainda enfrentados pelo Brasil.

Em palestra no Brasil Forum UK- evento no Reino Unido organizado por estudantes brasileiros no sábado, 5 de maio,  Barroso elencou os principais desafios do país e avanços alcançados nos últimos 30 anos, desde que a Constituição Federal entrou em vigor.
No rol de "desafios" a serem enfrentados, ele citou "a permanente dependência e onipresença do Estado". Para o ministro, atualmente "qualquer projeto no Brasil depende do Estado, de financiamento do BNDES, da Caixa Econômica ou da ajuda do prefeito."

"Criamos uma sociedade viciada no Estado. Temos que expandir a sociedade civil. Essa presença excessiva do Estado gera uma cultura de compadrio e favorecimento que está por trás do loteamento de cargos públicos", afirmou.
Após a palestra, perguntado por jornalistas onde ele acredita que o Estado deve "recuar", o ministro não quis responder.

O segundo problema citado por Barroso é o que chamou de 'patrimonialismo'. De acordo com o ministro, o Brasil herdou da colonização portuguesa uma dificuldade em "separar o capital público do privado".
"Essa é uma disfunção que ainda não superamos. Ainda temos, no Brasil, elites extrativistas que conduzem o país apropriando-se do espaço público para repartir em feudos e loteamentos."

A confusão entre o público e privado teria gerado, conforme o ministro, uma "cultura fisiológica de desonestidade institucionalizada". Barroso afirmou que, embora haja uma "corrupção sistêmica", a sociedade brasileira tem tido "a coragem" de não mais varrer para debaixo do tapete.
"A corrupção no Brasil não foi produto de um conjunto de falhas individuais, é uma corrupção sistêmica e endêmica que envolve estatais, agentes públicos, privados, membros do Executivo, do Legislativo", disse, avaliando que a corrupção não é um "fenômeno de um partido ou governo".

'CADA UM QUER SUA PRISÃO ESPECIAL'
Por fim, Barroso argumentou que ainda existe no país uma "cultura histórica de desigualdade", com setores reivindicando privilégios, como foro privilegiado para políticos e prisão especial.

"Ainda vivemos um país em que, talvez pelo fruto da escravidão, há a crença de que ainda existem superiores e inferiores. Criamos cultura em que cada um quer imunidade tributária, quer seu foro privilegiado, seu carro oficial e sua prisão especial", exemplificou.
Entre os "avanços", Barroso mencionou o fato de a democracia no Brasil estar vigorando sem "rupturas". Ele disse que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi um "trauma", mas que não representou uma violação da lei e da Constituição.

"Sei que o impeachment foi um trauma, mas é preciso fazer distinção entre a dimensão política e institucional. Do ponto de vista político, as pessoas podem ter diferentes visões e eu mesmo tenho a minha visão crítica, que eu não posso manifestar. Mas, do ponto de vista jurídico-institucional, seguiu-se o que estava previsto na Constituição."

'UNIVERSIDADE PÚBLICA NÃO DÁ RETORNO'
Durante a palestra, Barroso defendeu aumentar as fontes de financiamento das universidades públicas brasileiras. Para ele, essas instituições são "caras" e não dão o retorno esperado à sociedade.
Ele defendeu, por exemplo, que as universidades possam buscar recursos vendendo projetos, prestando serviços à sociedade e recebendo doações de ex-alunos e empresários.

"Outro problema a universidade pública. Ela custa caro e dá baixo retorno. O Estado brasileiro não tem dinheiro suficiente para bancar uma universidade pública com a qualidade que o Brasil precisa", afirmou, destacando, porém, que não é a favor de privatizar essas universidades.
"A universidade tem que ser capaz de auto-sustentabilidade, prestar serviços com à sociedade, e obter filantropia. Já há ricos suficientes no Brasil. Eles dão dinheiro a Harvard e a Yale."
Para o ministro, o foco do investimento público em educação deve ser o ensino básico. "A universidade publica é muito importante, mas o Estado tem obrigações também com o ensino básico e a universidade tem que ser capaz de arrecadar legitimamente recursos. Não é privatização e arrecadar dinheiro", afirmou durante a palestra.

CANDIDATURA
Barroso também foi perguntado por jornalistas se pensa em se candidatar a algum cargo eletivo.
"Em nenhum momento. Sou juiz e minha ideia é servir ao país como juiz. Se eu me seduzir por essa ideia (candidatura), desautoriza tudo o que eu faço", respondeu. Fonte: BC Brasil em Londres-05/05/2018

Ônibus afegão



Afegãos sentados no teto de um ônibus tradicionalmente decorado atravessam a fronteira com o Paquistão, em Chaman – Reuters– 2001

sábado, 5 de maio de 2018

Ministério de Agricultura reprova quase 60% das amostras de azeite de oliva

A Operação Isis, realizada pelo Ministério da Agricultura, reprovou 59,7% das amostras de azeite de oliva comercializadas no País. Assim, 300 mil litros de produtos irregulares foram retirados do mercado, informou o ministério, em nota. Além disso, mais 400 mil litros de outros produtos classificados como temperos, mas com rótulos de azeite de oliva também foram recolhidos.
A fiscalização analisou 107 marcas de 65 empresas, divididas em dois grupos. No primeiro, 39 empresas tiveram 108 lotes de amostras aprovados. Já no segundo grupo, 26 empresas tiveram 160 lotes reprovados.

Para a análise, foram solicitadas a comprovação de compra da matéria-prima e a nota fiscal de saída do produto. O ministério constatou que muitas empresas não apresentaram fundamentos para vender azeite de boa qualidade. A fraude mais recorrente é a mistura do azeite de oliva com outros tipos de óleos. As empresas com lotes reprovados por fraude foram punidas com autuação e multa com valor mínimo de R$ 5 mil, acrescido de 400% sobre o valor da mercadoria.

A ação teve início em janeiro e terminará em dezembro, com previsão de avaliar mais 470 amostras do produto em todo o Brasil. Os que foram apreendidos ficam proibidos para consumo humano, mas estão liberados para reciclagem industrial, principalmente a fabricação de sabão. O Brasil é o segundo maior importador mundial do azeite de oliva, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2017, o País importou 60 mil toneladas do óleo.

Conforme a coordenadora-geral de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Fátima Parizzi, as duas principais irregularidades na comercialização do produto são a mistura do azeite de oliva com outros óleos e a tentativa de iludir o consumidor pelo rótulo. "O consumidor precisa estar atento e não se deixar enganar pelas embalagens bonitas com ilustrações de azeitona ou com referências a Portugal e Espanha", explicou. "Outro ponto muito importante é o preço. O consumidor deve desconfiar da unidade de 500 mililitros vendida por menos de R$ 10."

No rótulo, para que o produto seja considerado "azeite de oliva virgem", ou "extravirgem", não é permitida a presença de óleos vegetais refinados, de outros ingredientes e aromas ou sabores de qualquer natureza. No caso de azeite de oliva refinado, o rótulo mencionará obrigatoriamente que é do "tipo único", informa Fátima Parizzi. Fonte: Bol Noticias - 01/05/2018