sábado, 3 de março de 2018

Memória e futuro do desastre do PIB

Economia do Brasil está na lanterna da América Latina nas últimas três décadas

Se der  tudo muito certo, a economia vai se recuperar do desastre apenas em 2022. Quer dizer, se o país crescer 3% ao ano de 2018 até 2021, voltará então ao nível da renda por cabeça (PIB per capita) de 2013, véspera da grande recessão.

Terão sido oito anos de atraso em um país já retardado pelos besteirões dos anos 1980 e 1990. Não é trivial haver tanta autodestruição, essa recorrência de décadas perdidas. O Brasil está entre os países da América Latina que menos cresceram desde 1990 (ou mesmo depois de 2003, anos melhores). Desconsideradas as pequenas ilhas, superamos apenas a Venezuela e empatamos com o México.
Essa memória deprimente vem a propósito do crescimento do PIB em 2017, de 1%. Ao menos a recessão termina em todos os setores, inclusive na construção civil e na finança, que impediram crescimento melhorzinho. Fonte: Folha de São Paulo - 2.mar.2018 às 2h00

Comentário: Na realidade o futuro do Brasil já passou e vivemos apenas a ilusão do tempo.
Os filmes que assistimos no  país são as franquias dos filmes Volta para o Passado,  parte 1, 2 3, etc.. Desconhecemos o filme De Volta para o futuro??

Série histórica do PIB – 1964 – 2017

ANO
PIB-%

ANO
PIB
1964
3,4

2000
4,4
1965
2,4

2001
1,4
1966
6,7

2002
3,1
1967
4,2

2003
1,1
1968
9,8

2004
5,8
1969
9,5

2005
3,2
1970
10,4

2006
4,0
1971
11,3

2007
6,1
1972
11,9

2008
5,1
1973
14,0

2009
-0,1
1974
8,2

2010
7,5
1975
5,2

2011
4,0
1976
10,3

2012
1,9
1977
4,9

2013
3,0
1978
5,0

2014
0,5
1979
6,8

2015
-3,8
1980
9,2

2016
-3,6
1981
-4,3

2017
1,0
1982
0,8



1983
-2,9



1984
5,4



1985
7,8



1986
7,5



1987
3,5



1988
-0,1



1989
3,2



1990
-4,3



1991
1,0



1992
-0,5



1993
4,9



1994
5,8



1995
4,2



1996
2,2



1997
3,4



1998
0,3



1999
0,5



Fonte: IBGE

sexta-feira, 2 de março de 2018

Homicídios no Brasil

Rio tem taxa de mortes superior à do país, mas é o 14º estado com mais assassinatos

Fonte: Folha de São Paulo - 2.mar.2018

quinta-feira, 1 de março de 2018

Fitch reduz nota do Brasil

A agência de classificação de risco financeiro Fitch reduziu a nota de risco soberano do Brasil, de BB a BB- com perspectiva estável, depois do fracasso das negociações para a reforma da Previdência, considerada essencial para sanar os déficits públicos. A nota serve como uma baliza para grandes investidores: quanto mais baixa, mais longe o país fica de conseguir o selo de "bom pagador", o que ajuda o fluxo de investimentos e impacta em outras taxas da economia.

"A redução [da nota] do Brasil se deve a seus persistentes e amplos déficits, ao elevado e crescente peso da dívida do governo e ao fracasso para legislar com reformas que melhorem os resultados das finanças públicas", explicou a agência em um comunicado.
A Fitch questiona a viabilidade da reforma, a poucos meses das eleições presidenciais e legislativas de outubro, que ainda não têm nenhum candidato do agrado do mercado. Esse calendário "significa que a reforma da Previdência será abandonada até depois das eleições e há incerteza sobre a capacidade do próximo governo de garantir sua aprovação de forma oportuna", acrescenta. A Bovespa, que estava em alta, mudou de direção após o anúncio, e caía 0,5% no começo da tarde.

Em janeiro, a Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito da dívida do Brasil de "BB" para "BB-". A agência elogiou os esforços do Governo Temer, considerado uma administração pró‑receituário básico do mercado, mas disse que os resultados não são suficientes. Para a agência, não há apoio suficiente na classe política para avançar as reformas liberais que interessam ao mercado financeiro. Fonte: El País - 23 FEV 2018