domingo, 10 de dezembro de 2017

Marinha decide comprar navio de ataque por R$ 350 milhões

O próximo navio-líder da força naval do Brasil será um porta-helicópteros e também um navio de combate anfíbio, o HMS Ocean, da Marinha Real inglesa. Em operação há 20 anos, o gigante de 203 metros e 21,5 mil toneladas terá a compra negociada por um bom preço, coisa de 84,6 milhões de libras esterlinas, pouco mais de R$ 350 milhões, a serem pagos em parcelas.

Com essa aquisição, fica afastada a possibilidade de um eventual programa de recuperação do porta-aviões NAe A-12 São Paulo, desativado há 10 meses. A revitalização e modernização custariam mais de R$ 1,2 bilhão.

O Ocean ainda está ativo no Reino Unido. Só será recolhido à base de Devonport a partir de março de 2018, quando o contrato bilateral já estará concluído. A autorização para que a Marinha dê início aos entendimentos foi comunicada pelo Ministério da Defesa ao almirantado há cinco dias, segundo o site Forças de Defesa, que revelou a decisão.
O navio leva 18 helicópteros de vários tipos, entre os quais os preparados para missões antissubmarino, de ataque e apoio à tropa. Na Marinha inglesa, o navio é empregado em ações expedicionárias. Pode ser rapidamente modificado para realizar missões humanitárias, por exemplo, em casos de catástrofes naturais.

Antes da transferência, o porta-helicópteros passará por um período de preparação no Reino Unido, sob supervisão de oficiais brasileiros, para "revisão de equipamentos e sistemas", de acordo com nota do Comando da Marinha.
Tripulantes, especialistas e técnicos serão submetidos a um ciclo de cursos associados ao treinamento, nos centros de instrução da Royal Navy, "visando à familiarização dos militares com o navio".
Depois disso, já nas instalações navais do Rio, e ao longo de um ano, efetivos da aviação embarcada, dos fuzileiros navais e dos operadores de bordo farão viagens de exercício, "para adaptação à doutrina de operação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Fonte: UOL Noticias - 06/12/2017










sábado, 9 de dezembro de 2017

Polaroid lança câmera inspirada em clássico da década de 70



A famosa marca de câmeras Polaroid lançou nesta sexta-feira (8) um novo equipamento inspirado no grande sucesso da década de 1970, a "One Step 2".
A câmera chega no mercado custando 119 euros (cerca de R$ 458) e é uma versão mais moderna da edição lançada em 1977. "Nos últimos anos, testemunhamos um forte retorno da fotografia analógica instantânea. No mundo frenético e digital de hoje, um objeto tangível fora da tela do smartphone torna-se um objeto precioso", explicou Oskar Smolokowski, CEO da Polaroid Originals.
A One Step 2 é carregada via cabo USB e em comparação com o modelo original da Polaroid, seu flash está posicionado verticalmente para melhorar a qualidade dos retratos. Além disso, a nova câmera terá filmes preto e branco e colorido, que custarão 16 euros (cerca de 61 reais). Ela será também compatível aos clássicos filmes vintages.Fonte:Ansa - 08.12.2017

Arte dos Pizzaiolos Napolitanos vira Patrimônio da Unesco



A "Arte dos Pizzaiolos Napolitanos" foi escolhida nesta quinta-feira (7) como novo Patrimônio Imaterial da Humanidade pelo Comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A decisão foi anunciada por ministros italianos e confirmada pela entidade mundial. Com isso, é a primeira vez na história que a arte de fazer um alimento vira um patrimônio mundial.

"Vitória! A identidade gastronômica italiana é cada vez mais protegida no mundo", disse o ministro para as Políticas Agrícolas, Maurizio Martina, através das redes sociais. Ele ainda lembrou que a campanha italiana durou oito anos e que foi aprovada  pelos membros da ONU.

Segundo a nota divulgada pela Unesco, a arte dos napolitanos "é uma prática culinária que consiste em quatro diferentes fases, desde a preparação da massa até o cozimento em forno".
"A prática é originária de Nápoles, onde cerca de 3000 pizzaiolos agora vivem e trabalham, e desempenha um papel-chave na promoção de encontros sociais e intercâmbio entre gerações. O conhecimento e as habilidades relacionadas a esses elementos são transmitidas na 'botteg' do pizzaiolo, onde jovens aprendizes podem observar sua maestria no trabalho", escreveu o comitê.

"O Made in Italy obtém um outro grande sucesso. É a primeira vez que a Unesco reconhece como patrimônio da humanidade um serviço ligado a uma das mais importantes produções alimentares, confirmando esta como uma das maiores expressões culturais de nosso país", disse Martina em um pronunciamento.
Segundo o representante do governo, essa é uma "ótima notícia" para iniciar 2018 como o "ano da comida" na Itália.

OUTRAS PREMIAÇÕES
Além da "Arte dos Pizzaiolos Italianos", outras 11 práticas foram incluídas na lista de Patrimônios Imateriais da Humanidade da Unesco.
"Jogos tradicionais Assyk", do Cazaquistão;
"Artesanato de figuras de argila de Estremoz, de Portugal;
"Fabricação Artesanal de órgãos e música", da Alemanha;
"Rebetiko, música urbana", da Grécia;
Festival "Kumbh Mela", da Índia;
"Pinisi - a arte de construção dos barcos em Sulawesi", na Indonésia;
Jogo de equitação acompanhado por música e narração de histórias "Chogan", do Irã;
Arte de Confeccionar e tocar o instrumento de cordas "Kamantech/Kamancha", do Irã e Azerbaijão;
Gaita-de-foles "Uilleann piping", da Irlanda;
"Kok Boru", jogo de equitação tradicional do Quirguistão;
"Nsima", tradição culinária do Malauí.
 Fonte: Ansa – 09.12.2017  

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Policiais fazem selfies sorrindo com Rogério 157

Imagens que circulam na internet mostram fotos estilo "selfie" de policiais junto com o bandido Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, preso na manhã desta quarta-feira, 6.

Em algumas das imagens, os policiais e o traficante aparecem sorrindo - em uma delas, uma policial está quase apoiada no ombro de Rogério e ambos estão sorrindo.

O Secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, disse que os policiais que fizeram selfies com Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157,  serão investigados pela Corregedoria Interna da Polícia Civil. O secretário afirmou que "houve uma euforia dos policiais, mas é possível que se tenha passado do ponto".

Segundo o secretário, o caso será objeto de apuração interna e os policiais envolvidos nas fotos deverão ser ouvidos.

"Não deve glamorizar criminosos, ele é mais um dos 4 mil criminosos que a polícia prende por mês. Foi uma prisão emblemática, houve uma euforia, mas pelas fotos é possível que se tenha passado do ponto. Mas temos que entender a euforia e evitar qualquer tipo de atitude que possa glamorizar esses criminosos", disse o secretário, em coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia, no centro.

Rogério foi preso na Favela do Arará, zona norte do Rio de Janeiro, quando a polícia realizava uma operação integrada na comunidade, e na Mangueira e Tuiuti, na zona norte do Rio de Janeiro. Um efetivo de 2,9 mil homens das Forças Armadas, membros das polícias Civil, Militar e Federal participaram da ação.

Rogério foi o responsável pelo tráfico na Rocinha depois que tirou o poder de seu antecessor e ex-aliado, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que está preso. Fonte: Estadão - 06 Dezembro 2017

Comentário: Confraternização entre celebridades instantâneas???
Certa vez o pintor americano Andy Warhol, disse  que todos terão seus quinze minutos de fama antes do advento da internet. Agora é a  eternidade. A rede social  lembra muito o Chacrinha  que dizia;  vai para o trono ou não vai?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Censo de 1872, único a registrar população escrava

Num Brasil imperial de dimensões continentais e grandes desafios logísticos, o primeiro levantamento populacional foi realizado com sucesso em 1872, como parte das políticas inovadoras de D. Pedro II. O recenseamento é considerado, mesmo para os padrões atuais, bastante completo: traz o único registro oficial da população escrava nacional, os imigrantes separados por nacionalidade e faz ainda um inventário inédito dos grupos indígenas.

A análise dos números mostra um país essencialmente rural, de população predominantemente negra e mestiça, com uma parcela ainda significativa de escravos, 15,24% da população. Os estrangeiros somavam 3,8%, a maioria deles portugueses, alemães, africanos livres e franceses.
Revela também o início da política de “embranquecimento” do povo, com a entrada dos primeiros grupos de imigrantes europeus. Da população total de 1872 (9.930.478), 1.510.806 ainda eram escravos a despeito do fim do tráfico.

O censo de 1872 aponta o total da população de estrangeiros no Brasil: 382.132. Separa os brancos por origem. São 125.876 portugueses, 40.056 alemães e 8.222 italianos, entre várias outras nacionalidades citadas. Mas, no caso dos negros, coloca-os todos no mesmo grupo: africanos. São 176.057 africanos vivendo no país naquele momento, segundo o levantamento. Mas a única divisão que eles mereceram foi entre escravos (138.358) e alforriados (37.699).

O censo apresenta, além da contagem da população, informações específicas sobre pessoas com deficiência, acesso à escola e profissões exercidas, entre outras. Na época, a profissão de lavrador era a que tinha o maior número de trabalhadores, seguida por serviços domésticos. Das profissões liberais, a de artista tinha mais representantes, inclusive entre a população escrava.

Em 350 anos de tráfico negreiro, entraram no país cerca de 4 milhões de africanos; entre 1870 e 1930 vieram morar aqui praticamente 4 milhões de imigrantes europeus.

No fim do século XIX, aponta o levantamento, 58% dos residentes no país se declaravam “pardos ou pretos”, contra 38% que se diziam brancos.

Os motivos que levaram o governo imperial a se empenhar em tão complexa tarefa são, até hoje, razão de debate entre especialistas.

— A visão mais clássica é de que, no Império, havia a necessidade de saber mais sobre a população para conhecer sua base tributável e também com fins militares, para pegar os jovens para o serviço militar — afirma o demógrafo Mario Rodart, coordenador do Núcleo de Pesquisa Histórica Econômica e Demográfica da UFMG, responsável pela digitalização do censo junto com Clotilde Paiva e Marcelo Godoy . — Por conta disso, o foco das políticas públicas era todo nesse sentido. Mapear quem estava vindo da Europa fazia todo o sentido.
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 — Há um outro grupo, no entanto, que acredita que já havia uma ideia de um governo mais técnico, que precisava se balizar em números para instituir políticas públicas. Os números eram necessários para organização do sistema eleitoral, e também do sistema educacional. Já se difundia, por exemplo, a ideia da obrigatoriedade das primeiras letras e os números ajudaram a organizar a oferta de escolas.

Na época, acabava de entrar em vigor, em 28 de setembro de 1871, a Lei do Ventre Livre, que tornava libertos todos os filhos e filhas de mulheres escravas. Por pressões internacionais, o Brasil havia iniciado uma campanha pelo fim da escravatura.

Em 1850, com a Lei Eusébio de Queiróz, foi estabelecido o fim do tráfico negreiro. Em 1885 foi promulgada a Lei dos Sexagenários, tornando libertos os escravos com mais de 60 anos. O fim da escravidão ocorreu em 1888, no dia 13 de maio, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea.

Os dados estão disponíveis na internet. Pelo programa disponível é possível acessar as tabelas configuradas na época e combinar os dados de acordo com o objetivo da busca. Fonte: O Globo - 12/01/2013 

Comentário:
No mesmo período o censo dos EUA (1870) indicava uma população de 39 milhões e uma população  de analfabeto de 26%, com 31% da população nas escolas.
Enquanto o Brasil tinha uma população de analfabeto de 85%. A população escrava praticamente analfabeta, 99,98%.
Não levando em conta a ideologização do problema racial, o Brasil só começou a se desenvolver, no final do século XIX e começo do século XX.
Só através da imigração europeia que o país teve um salto no modelo econômico de agrário para industrial. O país necessitava  de mão de obra qualificada.