O mundo teve o maior salto no seu gasto militar em uma
década em 2019, devido ao aumento da despesa com defesa dos Estados Unidos de
Donald Trump e da China de Xi Jinping.
O dado foi aferido pelo IISS (Instituto Internacional de
Estudos Estratégicos, na sigla em inglês), baseado em Londres e referência no
assunto no mundo, em sua publicação anual “O Balanço Militar”.
No ano passado, o crescimento real de gastos com defesa
subiu 4% em relação a 2018, em comparação ajustada ao dólar constante de 2015.
É o dobro do salto registrado de 2017 para 2018, de 1,8%.
Ao todo, o mundo gastou US$ 1,73 trilhão com o setor militar
em 2019. Os EUA são a potência incontestável, com US$ 684,6 bilhões aplicados
em defesa, ou 39% do valor global. Fonte: Folha de São Paulo - 14.fev.2020
O próximo navio-líder da força naval do Brasil será um
porta-helicópteros e também um navio de combate anfíbio, o HMS Ocean, da
Marinha Real inglesa. Em operação há 20 anos, o gigante de 203 metros e 21,5
mil toneladas terá a compra negociada por um bom preço, coisa de 84,6 milhões
de libras esterlinas, pouco mais de R$ 350 milhões, a serem pagos em parcelas.
Com essa aquisição, fica afastada a possibilidade de um eventual programa de
recuperação do porta-aviões NAe A-12 São Paulo, desativado há 10 meses. A
revitalização e modernização custariam mais de R$ 1,2 bilhão.
O Ocean ainda está ativo no Reino Unido. Só será recolhido à
base de Devonport a partir de março de 2018, quando o contrato bilateral já
estará concluído. A autorização para que a Marinha dê início aos entendimentos
foi comunicada pelo Ministério da Defesa ao almirantado há cinco dias, segundo
o site Forças de Defesa, que revelou a decisão.
O navio leva 18 helicópteros de vários tipos, entre os quais
os preparados para missões antissubmarino, de ataque e apoio à tropa. Na
Marinha inglesa, o navio é empregado em ações expedicionárias. Pode ser
rapidamente modificado para realizar missões humanitárias, por exemplo, em
casos de catástrofes naturais.
Antes da transferência, o porta-helicópteros passará por um
período de preparação no Reino Unido, sob supervisão de oficiais brasileiros,
para "revisão de equipamentos e sistemas", de acordo com nota do
Comando da Marinha.
Tripulantes, especialistas e técnicos serão submetidos a um
ciclo de cursos associados ao treinamento, nos centros de instrução da Royal
Navy, "visando à familiarização dos militares com o navio".
Depois disso, já nas instalações navais do Rio, e ao longo
de um ano, efetivos da aviação embarcada, dos fuzileiros navais e dos
operadores de bordo farão viagens de exercício, "para adaptação à doutrina
de operação". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Fonte: UOL Noticias - 06/12/2017
Helicóptero mais complexo já construído no Brasil pode
transportar 28 soldados ou então atacar navios inimigos com mísseis Exocet
O Brasil tem um desses, o H-225M , fabricado pela Helibras,
e que pode ser armado com o Exocet, o famoso míssil anti-navio desenvolvido na
França, pela MBDA Missile Systems.
O primeiro aparelho desse tipo para a Marinha do Brasil (MB)
foi apresentado a imprensa e autoridades nessa terça-feira (25), em Itajubá
(MG), na fábrica da Helibras, empresa que faz parte do grupo Airbus. O
H-225M é a versão naval do H225 “Super
Puma”, como é chamado o mesmo aparelho fabricado na Europa, pela Airbus
Helicopters. No Brasil, ele é o “Caracal”.
Grande, rápido e com sistemas de alta tecnologia, o
H-225M é o helicóptero mais avançado já
construído pela indústria nacional. O projeto da célula (o “corpo” do
helicóptero) é europeu, mas a integração dos equipamentos de busca e armamentos
foi desenvolvido por empresas brasileiras, como a Avibras e Mectron, que
participam do programa H-XBR. O projeto prevê a produção de 50 helicópteros
AS225 em diferentes versões para Marinha, Exército (EB) e a Força Aérea
Brasileira (FAB).
A Helibras já entregou 26 unidades do novo helicóptero para
as forças armadas brasileiras: sete aparelhos para a MB, nove para o EB e
outros 10 para a FAB, incluindo os dois modelos de transporte oficial de
autoridades.
HELICÓPTERO DE GUERRA NAVAL
O H-225M da Marinha é o primeiro Caracal com sistema de
armas. Para lançar um artefato desse tipo não basta apenas instalar um “cabide”
de armamentos, sobretudo para disparar o Exocet. O helicóptero possui um radar
de busca marítima (modelo APS-143), capaz de encontrar embarcações a mais de
300 km de distância e que ajuda no sistema mira do míssil – o novo helicóptero
pode levar dois Exocet. Ao todo, a MB vai receber cinco H225 .
O Exocet que será usado nos H-225M ainda tem componentes
nacionais. O motor, por exemplo, será construído pela Avibras, enquanto o
sistema de orientação é projetado pela Mectron. O “caminho” do Exocet até o
alvo é programado pelo radar do helicóptero e, na fase final, o radar do
próprio míssil assume o comando até alcançar a parte inferior do casco da embarcação,
onde explode.
MAIOR HELICÓPTERO DO BRASIL
Apesar do tamanho e peso – o H-225M tem quase 20 metros de
comprimento e pode decolar pesando 11 toneladas -, o novo helicóptero da
Marinha acelera como se fosse leve. A força gerada pelos dois motores
turboshafts (turbinas), cada uma com cerca de 2.800 hp, pode levar o aparelho
até 320 km/h, quase a mesma velocidade máxima dos AH-2 Sabre, o helicóptero de
ataque da FAB.
O H-225M é comandado por dois pilotos e dois operadores de
sistemas de busca e armas. No entanto, também pode ser convertido para
transportar tropas, com espaço para até 28 soldados totalmente equipados – como
comparação, o Embraer KC-390 comporta 80 soldados. Já o alcance do helicóptero
gira em torno de 860 km – a FAB já voa na versão com sonda de reabastecimento.
O novo helicóptero da Marinha também é equipado com sistemas
de contramedidas contra mísseis, os chamados “Flares” e “Chaff”. O primeiro,
parecido com fogos de artificio, é concebido para afastar mísseis orientados
por calor, enquanto o segundo elemento são como tiras de alumínio, que
confundem os radares de outras aeronaves ou mísseis com esse tipo de
orientação.
“O ganho que a
indústria brasileira teve com a transferência de tecnologia no projeto H-XBR é
enorme. O Brasil agora tem a capacidade de desenvolver e construir alguns dos
helicópteros mais avançados do mundo. Além disso, esse foi a primeira aeronave
desenvolvida seguindo os requisitos da Marinha brasileira”, celebrou Richard
Marelli, presidente da Helibras.
A fabricante ainda afirma que existe a possibilidade de
exportar a versão brasileira do H225. “É uma venda complexa, por que depende de
uma série de autorizações dos países onde os componentes são fabricados. Mas é
viável. No entanto, primeiro precisamos de clientes”, completou Marelli. Fonte:
Airway - 26 de outubro de 2016
A Embraer venceu a norte-americana Beechcraft em uma disputa para fornecer 20 aviões leves de apoio para a Força Aérea dos Estados Unidos, que serão utilizados por militares do Afeganistão para treinamento e contra-insurgência.
A Embraer e sua parceira norte-americana, Sierra Nevada, ganharam o negócio de US$ 427,5 milhões, anunciou o Pentágono nesta quarta-feira (27).
As duas empresas ganharam um contrato de US$ 355 milhões inicial em dezembro de 2011, mas o negócio foi desfeito depois de ser questionado pela Beechcraft, então conhecida como Hawker Beechcraft.
O Super Tucano é um potente avião turboélice, robusto e versátil, capaz de executar uma ampla gama de missões, que incluem ataque aéreo leve, vigilância, interceptação aérea e contra-insurgência. A aeronave está em operação em nove forças aéreas ao redor do mundo e, há mais de cinco anos, emprega armamentos inteligentes, de última geração, em missões operacionais reais.
Com mais de 190 encomendas e mais de 170 unidades entregues, o Super Tucano já superou a marca de 180 mil horas de voo e 28 mil horas de combate. A aeronave está equipada com avançadas tecnologias em sistemas eletrônicos, eletro-ópticos, infravermelho e laser, assim como sistemas de rádios seguros com enlace de dados e uma inigualável capacidade de armamentos, o que a torna altamente confiável e com excelente relação custo-benefício para um grande número de missões militares, mesmo em pistas não pavimentadas e ambientes hostis. Essas características, juntamente com sua experiência comprovada em combate, fazem do Super Tucano a escolha lógica para a missão LAS ( Light Air Support, ou Apoio Aéreo Leve). Fonte: UOL Economia e Embraer - 27 de fevereiro de 2013