sábado, 28 de outubro de 2017

"Colored or White or Black", is Beautiful?



A marca Personal decidiu por retirar o slogan "Black is Beautiful" após uma enxurrada de críticas recebidas na internet pela campanha do "primeiro papel higiênico preto do Brasil" estrelada por Marina Ruy Barbosa.

A peça publicitária foi criada pela empresa Neogama. Em comunicado divulgado nas redes sociais, a Personal reconheceu que houve uma "associação equivocada da frase adotada pelo movimento negro".

"Sempre é tempo de aprender. Tomamos a decisão de retirar o slogan da campanha e pedir desculpas para cada pessoa que, de alguma forma, se sentiu ofendida por nossa escolha", informou a Personal (leia o comunicado abaixo na íntegra).

A campanha do papel higiênico preto fez repercutir uma polêmica em pouco tempo após seu lançamento.
Como estratégia de divulgação do produto, foi usada a hashtag #BlackIsBeautiful, e foi aí que a polêmica começou.

Internautas se mostraram indignados com a referência (Black Is Beautiful), movimento cultural disseminado nos anos 60 nos Estados Unidos e que visava empoderar negros.
 Diante da repercussão, Marina Ruy Barbosa fechou os comentários do post que fez sobre o lançamento em sua conta do Instagram, mas diante das críticas acabou resolvendo se manifestar e pediu desculpas pela campanha. Fonte: UOL, em São Paulo-25/10/2017


Comentário: Como numa propaganda. Pode o papel higiênico ser sexy? Descubra por si.
Pode ser suave, absorvente, folha dupla ou tripla, levemente perfumado, para o uso pretendido, o papel mantém a cor.
 

Madri assume controle da Catalunha

Neste sábado (28/10), o Boletim Oficial do Estado (BOE) – diário oficial espanhol – publica o decreto real formalizando as ordens estipuladas no dia anterior pelo governo presidido por Mariano Rajoy, dissolvendo o Parlamento da Catalunha e convocando eleição na região para 21 de dezembro. As medidas foram anunciadas horas depois que o Parlamento regional aprovou na sexta-feira uma declaração unilateral de independência.

O BOE também publica a destituição do chefe do governo catalão, Carles Puigdemont, e todo o seu gabinete, além do diretor-geral dos Mossos d'Esquadra (polícia regional). As decisões foram tomadas no âmbito do artigo 155 da Constituição. Segundo o texto, Rajoy assume as competências até então exercidas por Puigdemont.

Rajoy delegou à vice-presidente espanhola, Soraya Sáenz de Santamaria, as funções de chefe do Executivo da Catalunha. O BOE publicou medida determinando que o presidente do governo assume as funções e competências que correspondem ao presidente da Generalitat (Executivo) da Catalunha. Entretanto, outro artigo do decreto especifica que Rajoy delega essas funções à sua vice-presidente.

O BOE publica também outro decreto real de medidas em matéria de organização da Generalitat, que extingue os escritórios e "embaixadas" catalãs no exterior e demite os delegados em Bruxelas e Madrid, afetando também as representações da Catalunha na Alemanha, França e Suíça, Reino Unido e Irlanda, Áustria, Itália, União Europeia e Estados Unidos.

Em pronunciamento na sexta-feira, após a reunião de seu gabinete em que as decisões foram tomadas, o presidente do governo espanhol declarou que os ministérios ficarão a cargo temporariamente dos assuntos e funções até agora exercidos pela administração regional catalã.

Rajoy anunciou ainda que o governo central vai encaminhar um recurso ao Tribunal Constitucional para pedir a anulação da declaração de independência aprovada pelo Parlamento da Catalunha, realizada horas antes.
O chefe de governo espanhol disse que, com as medidas, o governo espanhol deseja "dar voz" aos catalães o mais rapidamente possível. O plano original do governo previa um prazo máximo de seis meses para a convocação.
O mandatário conservador considerou que o momento é de "prudência e serenidade", "mas também de confiar que o Estado dispõe de meios suficientes para recuperar a normalidade legal e afastar as ameaças".
Ele insistiu que a intervenção na Catalunha não busca suspender a autonomia da região, mas recuperá-la, e por isso anuncia eleições. "São as urnas, as de verdade, as que têm lei, controles e garantias, que podem sentar as bases da convivência", afirmou. Fonte: Deutsche Welle – 28.10.2017

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Espanha destitui Governo catalão, dissolve parlamento e convoca novas eleições

Em pronunciamento em Madri, o prrimeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, declarou que a partir desta sexta-feira o presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, está deposto junto com todo o seu Governo. Além disso, o parlamento catalão foi dissolvido e novas eleições serão convocadas para o dia 21 de dezembro. "Respondemos aos que pretendem impor um sequestro inadmissível dos catalães e o furto do território ao conjunto dos espanhóis", disse o premiê.

As decisões foram mais um desdobramento de um dia tenso na crise espanhola: enquanto em Madri o Governo central conseguia autorização do Parlamento para intervir na Catalunha, tal como permite o artigo 155 da Constituição, o Parlament (Parlamento) catalão declarava a independência da região depois de uma votação secreta da qual a oposição não tomou parte. Fonte: El País - Madri / Barcelona 27 OUT 2017 

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O que é bullying - e o que não é

Mas, será assim tão fácil identificar um caso de bullying? Especialistas garantem que sim. Para tanto, a agressão deve reunir quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. Em outras palavras: discussões ou brigas pontuais entre alunos não são bullying. Conflitos entre aluno e professor também não.

E mais: o bullying físico, aquele que engloba violência como socos, chutes e empurrões, é o de mais fácil identificação. Mas existem outros sete tipos: psicológico, moral, verbal, sexual, social, material e virtual. Meninos praticam (e sofrem) mais bullying físico. Meninas, moral.
Quem sofre bullying, não importa o tipo, tende a apresentar um comportamento típico: no recreio, permanece isolado do resto do grupo ou próximo a adultos que podem protegê-lo das investidas do agressor. Em sala de aula, fala pouco, falta muito e tira notas baixas. Nas atividades em grupo, é sempre o último a ser escolhido. Em casa, quando está perto da hora de ir para a escola, costuma se queixar de dor de cabeça, enjoo ou tontura.

POR QUE SERÁ?
"Em geral, as crianças não relatam seu sofrimento por medo ou vergonha. Por essa razão, a identificação precoce por pais ou professores é de suma importância", avalia Barbosa Silva.

COMO RESPONDER
Vigora no país desde o dia 9 de fevereiro de 2016 uma lei que obriga as escolas a combater o bullying.

O Programa de Combate à Intimidação Sistemática determina que equipes pedagógicas sejam capacitadas para desenvolver ações de prevenção e solução do problema, e que pais e familiares sejam orientados para identificar vítimas e agressores. Estabelece também que sejam realizadas campanhas educativas e fornecida assistência psicológica, social e jurídica a todos os envolvidos.

"Na prática, o combate ao bullying não melhorou em nada. O que as escolas fazem é dar palestras para os alunos, passar redação sobre o tema e ponto final. A capacitação dos educadores continua muito fraca e, sem ela, nada vai mudar", avalia a psicóloga Valéria Rezende da Silva, autora do livro Bullying Não É Brincadeira.

Mas não basta capacitar os professores. A maioria deles já sabe distinguir entre brincadeira e perseguição, zoeira e ameaça, trolagem e intimidação. É preciso também engajar os pais e responsáveis na vida escolar de seus filhos, na opinião da psicopedagoga Maria Irene Maluf, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

"Precisamos desfazer a ideia de que o bullying é um problema para os professores resolverem. Na maioria das vezes, ele começa fora dos muros escolares", ressalta Maluf.

Soluções para o problema existem, afirma a pedagoga Cléo Fante, autora de Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz. O mais famoso programa antibullying do mundo talvez seja o finlandês KiVa - acrônimo de "Kiusaamista Vastaan", que significa "Contra o Bullying", em livre tradução.

Diferentemente de outras metodologias, que focam o combate e a prevenção na figura da vítima e do agressor, o KiVa parte da premissa que, quando não faz nada, o espectador endossa a ação do agressor. "Em vez de apoiarem os praticantes de bullying ou de se omitirem de ajudar as vítimas, as testemunhas são orientadas a intervir, melhorando o convívio escolar", explica Fante.
O KiVa foi criado em 2009 depois que um estudante de 18 anos invadiu sua escola na cidade de Jokela, em Tuusula, e matou oito pessoas.

Segundo levantamento com 30 mil alunos de 7 a 15 anos, o modelo pedagógico, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Turku, chegou a erradicar o bullying em até 80% das escolas e a reduzir sua prática em outras 20%. Não por acaso, já foi exportado para mais de 20 países da Europa e América do Sul. Fonte: BBC Brasil - 25 outubro 201

Temer escapa da segunda denúncia na Câmara



Como esperado, o presidente Miche Temer conseguiu derrubar a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República por organização criminosa e obstrução de Justiça contra ele  e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República) na Câmara dos Deputados. 

Temer foi denunciado por organização criminosa e obstrução de Justiça, e os seus dois auxiliares por organização criminosa. Foi um placar mais apertado do que a primeira denúncia, em 3 de agosto. Agora, foram 251 votos pelo arquivamento  e 233 pelo prosseguimento da denúnciam com duas abstenções e 25 ausências.

Na primeira, foram 263 pela rejeição, 227 a favor da denúncia e abstenções. O dia da votação também foi mais tumultuado. Depois de idas e vindas e risco de adiamento da sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pressionou e conseguiu quórum para iniciar a votação no fim da tarde.

Temer precisava de apenas 171 votos (um terço dos 513 totais), mas os 251 favoráveis ficaram abaixo da previsão do governo, anunciada nos últimos dias, que espera entre 260 e 270 votos. O placar é inferior até ao mínimo de votos necessários para aprovação de um projeto de lei complementar ou uma proposta de emenda à Constituição, caso da reforma da Previdência, que precisará de 308 votos. Fonte: Estado de Minas-26/10/2017