segunda-feira, 20 de março de 2017

Brasil tem pior recessão da história

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu pelo segundo ano seguido em 2016 e confirmou a pior recessão da história do país, segundo dados divulgados nesta terça-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A retração foi de 3,6% em relação ao ano anterior.

Em 2015, a economia já havia recuado 3,8%. Essa sequência, de dois anos seguidos de baixa, só foi verificada no Brasil nos anos de 1930 e 1931, quando os recuos foram de 2,1% e 3,3%, respectivamente.

Como a retração nos anos de 2015 e 2016 superou a dos anos 30, essa é a pior crise já registrada na economia brasileira. O IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dispõem de dados sobre o PIB desde 1901. Pela primeira vez desde 1996, todos os setores da economia registraram taxas negativas.

“Se a gente olhar o biênio, a retração foi de 7,2%. A gente nunca teve um biênio com uma queda acumulada destas”, disse Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. A série histórica do IBGE vai até 1948. Fonte: G1-07/03/2017


Comentário:
Na projeção de economistas, o pico do Produto Interno Bruto (PIB) per capita alcançado em 2013 só será superado no início da próxima década, entre 2022 e 2023.
"Em 2022, o PIB per capita deve alcançar 31 mil reais (em números deflacionados) e aí supera o patamar de 2013, quando estava em 30,8 mil reais. É praticamente uma década perdida", diz o economista e sócio da consultoria 4E, Bruno Lavieri.
A festa acabou do crédito fácil, emprego, etc. Entramos na ressaca, ou melhor, no volume morto  da represa (PIB, emprego, poupança, etc)  que está quase secando.

domingo, 19 de março de 2017

As melhores cidades do mundo para se viver

O principal público-alvo da lista são companhias internacionais. A ideia é ajudar essas firmas a avaliar as cidades para envio de funcionários ou abertura de sucursais.

"O ranking tem como foco os estrangeiros. Então leva em conta tudo que afeta um expatriado", disse Indre Medeiros, consultora sênior no Brasil da Mercer, empresa responsável pela lista. Medeiros explica ainda que a base de comparação é Nova York.
Segundo Medeiros, o objetivo do ranking é ajudar o investidor estrangeiro a contabilizar não apenas o impacto logístico e financeiro de manter um funcionário fora, mas também avaliar o que pode influenciar no desempenho do expatriado.
O Brasil tem quatro representantes no ranking, todas abaixo da posição 109ª - ocupada por Brasília. A capital do Brasil é a primeira entre as brasileiras que aparecem na lista de 231 cidades.

Brasília (109º), Rio de Janeiro (118º), São Paulo (121º) e Manaus (127º) estão no ranking que, pela oitava vez, elegeu a capital austríaca como o lugar com melhor qualidade de vida no planeta. Viena alcançou melhores notas em transporte, segurança, normas sanitárias e acesso a serviços públicos. Fonte: BBC Brasil - 19 março 2017


Qualidade de Vida – As melhores cidades

1 Vienna Austria
26 Stuttgart Germany
2 Zurich Switzerland
27 Brussels Belgium
3 Auckland New Zealand
28 Adelaide Australia
4 Munich Germany
29 Canberra Australia
5 Vancouver Canada
29 San Francisco, CA United States
6 Dusseldorf Germany
31 Helsinki Finland
7 Frankfurt Germany
31 Oslo Norway
8 Geneva Switzerland
33 Calgary Canada
9 Copenhagen Denmark
34 Dublin Ireland
10 Basel Switzerland
35 Boston, MA United States
10 Sydney Australia
36 Honolulu, HI United States
12 Amsterdam Netherlands
37 Brisbane Australia
13 Berlin Germany
38 Paris France
14 Bern Switzerland
39 Lyon France
15 Wellington New Zealand
40 London United Kingdom
16 Melbourne Australia
41 Milan Italy
16 Toronto Canada
42 Barcelona Spain
18 Ottawa Canada
43 Lisbon Portugal
19 Hamburg Germany
44 New York City, NY United States
20 Stockholm Sweden
45 Edinburgh United Kingdom
21 Luxembourg Luxembourg
45 Seattle, WA United States 47 Chicago, IL United States
22 Perth Australia
47 Tokyo Japan
23 Montreal Canada
49 Washington, DC United States
24 Nurnberg Germany
50 Kobe Japan 51 Madrid Spain
25 Singapore Singapore
51 Yokohama Japan

53 Birmingham United Kingdom

53 Glasgow United Kingdom


Qualidade de Vida – Cidades da América Latina
79. Montevidéu (Uruguai)
124. Lima (Peru)
93. Buenos Aires (Argentina)
127. Manaus (Brasil)
95. Santiago (Chile)
128. Cidade do México (México)
97. Cidade do Panamá (Panamá)
129. Bogotá (Colômbia)
109. Brasília (Brasil)
139. Santo Domingo (República Dominicana)
110. Monterrey (México)
147. Port of Spain (Trinidad e Tobago)
110. São José (Costa Rica)
157. La Paz (Bolívia)
115. Assunção (Paraguai)
174. Manágua (Nicarágua)
118. Rio de Janeiro (Brasil)
183. São Salvador (El Salvador)
121. Quito (Equador)
188. Tegucigalpa (Honduras)
121. São Paulo (Brasil)
189. Caracas (Venezuela)

Ranking completo

Fonte:Mercer - Quality of Living Rankings

sábado, 18 de março de 2017

Morre Chuck Berry, a lenda do rock 'n' roll

Morreu aos 90 anos Chuck Berry, lenda da música norte-americana.   Cantor, compositor e guitarrista, Berry foi o pioneiro do rock 'n' roll, gênero que ajudou a moldar com seus grandes sucessos dos anos 1950, como "Roll Over Beethoven e "Johnny B. Goode". Ele foi um dos responsáveis por solidificar o nascente rock 'n' roll com faixas de sua autoria, lançadas pela gravadora Chess Records, de Chicago, que logo chegaram ao grande público e elevaram o rock ao status de fenômeno pop.

As faixas traziam os vocais característicos de Berry, acordes inventivos na guitarra e uma sensibilidade para a experiência dos jovens da época. Em poucos anos, seu repertório seria adotado por artistas como Beatles, Rolling Stones e Beach Boys, que copiaram a melodia de "Sweet Little Sixteen", do guitarrista, em "Surfin U.S.A.".
Berry também ficou conhecido por seu estilo exuberante no palco, com seu "duck walk" --uma espécie de marcha através do palco, abaixado--, que se tornou sua marca registrada.

"A polícia do condado de St. Charles, no Missouri,  respondeu a uma emergência média na rua Buckner, às aproximadamente 12h40 de hoje (sábado, 18 de março) . A  polícia confirma a morte de Charles Edward Anderson Berry Sr., mais conhecido como o lendário músico Chuck Berry". Fonte: UOL - 18.03.2017 


 

sexta-feira, 17 de março de 2017

América Latina: Atraso tecnológico



O atraso tecnológico da América Latina como decorrência de aspectos geográficos e de fatores microeconômicos

Obs Resumo do artigo de 22 páginas.

Introdução
A importância do efeito da tecnologia no desempenho e na competitividade das empresas é indiscutível: hoje novos produtos e processos dão às empresas a possibilidade de compensar seus fatores escassos ou fraquezas. E esses novos produtos e processos são obtidos por intermédio da tecnologia.
A tecnologia diminuiu muito a importância dos antigos fatores de produção considerados fundamentais. As vantagens clássicas, como salários baixos, matérias-primas abundantes, capital barato ou os grandes mercados internos foram  completamente anulados pela competição global que hoje prevalece entre as nações. O novo paradigma da competição é baseado na capacidade dos países e de suas respectivas empresas de inovarem. No entanto, como pretendemos mostrar, as empresas latino-americanas investem muito pouco em Pesquisa & Desenvolvimento e raramente atuam nos setores denominados de alta tecnologia. Governos têm responsabilidade nesse fato, por não contribuírem para criar um ambiente empresarial apropriado para o surgimento de inovações. Mas talvez a principal causa para essa inapetência tecnológica esteja na própria geografia da região. O presente artigo pretende examinar justamente essa relação entre o espaço latino-americano e a ocorrência de inovações tecnológicas.

A IMPORTÂNCIA DAS CONDIÇÕES GEOGRÁFICAS NO SURGIMENTO DE INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
O que torna alguns lugares do mundo mais propensos à inovação do que outros? David Landes (1998) pergunta por que a Revolução Industrial aconteceu na Europa e mais especificamente na Grã-Bretanha, e não em outros países. O próprio Landes responde com razões de ordem cultural, histórica e geográfica, mas enfatiza que na Grã-Bretanha de meados do século XIX havia uma crescente autonomia da investigação intelectual combinada com um enorme interesse acerca do que na época se chamava “a invenção da invenção”, e que Landes denomina de rotinização da invenção. Esse aspecto acabou sendo o motor que desencadeou o surgimento de inúmeras descobertas científicas e inovações tecnológicas por parte da Grã-Bretanha e que resultou no domínio britânico sobre a economia mundial no final do século XIX.
Também datam do início do século XX as análises do economista russo Kondratiev. Como se sabe, Kondratiev (1925) foi o responsável pelo conceito de que o crescimento econômico ocorre em ondas, e cada uma delas tem uma duração aproximada entre 50 e 60 anos. Cada uma dessas ondas está associada a alguma importante mudança tecnológica. Já aconteceram quatro ondas e estamos agora na metade da quinta.
 Kondratiev dizia que a mudança tecnológica que caracteriza cada onda tem um impacto enorme sobre toda a economia e a sociedade no período da sua vigência. Cada onda, segundo ele, teria quatro subfases:
1. prosperidade com crescimento;
2. recessão;
3. depressão; e
4. decadência com substituição por uma nova onda.

Assim sendo, inicialmente a nova onda provoca um grande crescimento econômico e enormes mudanças na sociedade, incluindo quebra de paradigmas e mudanças culturais. No entanto, ao final do período, a demanda começa cair, além de haver uma saturação devido ao grande número de empresas competindo entre si. Nesse momento, os investimentos também diminuem, as empresas se concentram em racionalização e o desemprego aumenta. É quando começa a surgir a próxima onda com base no surgimento de alguma nova tecnologia revolucionária.

O PANORAMA TECNOLÓGICO DA AMÉRICA LATINA
Até o início do século XVI, alguns dos povos que habitavam a América Latina, principalmente os astecas, maias e incas, detinham conhecimentos científicos e tecnológicos muitas vezes superiores aos que, à mesma época, existiam na Europa ou na China. Em algumas áreas como astronomia, botânica, farmacologia e metalurgia, os espanhóis assimilaram os conhecimentos adquiridos na região e os disseminaram pela Europa.
Hoje, no entanto, a América Latina deixou de ser um importante provedor de  conhecimentos científicos e tecnológicos, pois apesar de representar cerca de 9% da população mundial, a região toda corresponde a apenas 1,6% do total investido  globalmente em Ciência & Tecnologia (C&T).
Erber (2000) aponta três razões estruturais para comprovar a dificuldade e a pouca atenção com a questão tecnológica no continente latino-americano:
1. A desproporção entre o peso econômico da região e os esforços feitos em C&T, sejam eles expressos pelos gastos com pesquisa e desenvolvimento ou pelo número de publicações científicas e patentes depositadas nos EUA;
2. O claramente melhor desempenho em atividades científicas do que em atividades tecnológicas; e
3. O predomínio de tecnologias importadas, provocando uma limitada articulação entre atividades científicas e tecnológicas na região.

Peter Dicken (1998) enfatiza que uma característica importante no desenvolvimento de países do Terceiro Mundo, sejam eles asiáticos ou latinoamericanos, é a forte presença do Estado. No entanto, o autor assinala o fato de que na América Latina os governos não foram tão bem-sucedidos como na Ásia.

Segundo ele, a razão principal para o insucesso dos vários governos desses países foi a falta de preocupação com o aumento da capacitação interna com vistas a aumentos de exportações. Enquanto, na Ásia, a preocupação maior era o crescimento das exportações de produtos industrializados, na América Latina a ênfase era na substituição de  importações.

Dicken chama a atenção para o fato de que a antiga divisão de trabalho, quando as nações desenvolvidas produziam bens manufaturados e as nações em desenvolvimento vendiam suas commodities, sejam estas minerais ou produtos agrícolas, não é mais válida. Hoje o fluxo de mercadorias pelo mundo é extremamente complexo e se tornou possível graças à fragmentação das cadeias produtivas.

Chris Freeman e Luc Soete (1997), ao compararem o desenvolvimento econômico de algumas nações da Ásia, especialmente Coréia do Sul e Taiwan, com o progresso da América Latina na década de 1980 chamam a atenção para a importância das diferenças que existem em alguns poucos aspectos. Fatos, segundo os autores, que foram decisivos para explicar o enorme crescimento dos tigres asiáticos e a estagnação das nações latino-americanas naquele período.

Para eles, as cinco deficiências abaixo citadas estão entre os principais problemas do continente quando comparado com os tigres asiáticos:
1. Sistema educacional deteriorado com baixa formação de engenheiros;
2. Muita transferência de tecnologia, especialmente dos Estados Unidos, mas baixa capacidade de absorção devido ao pequeno investimento das empresas locais em Pesquisa & Desenvolvimento;
3. Fraca infra-estrutura de Ciência & Tecnologia;
4. Atraso no desenvolvimento das telecomunicações; e
5. Nenhuma ênfase ao setor de produtos eletrônicos.

Para que um dado setor econômico de um determinado país tenha propensão a inovar, existem dez fatores cruciais.
1. Recursos Humanos de alta qualidade;
2. Sólida Infraestrutura de pesquisa em Universidades;
3. Infraestrutura de informação de alta qualidade;
4. Ampla oferta de capital de risco;
5. Presença de clusters em vez de empresas isoladas;
6. Rede de fornecedores de alta competência/excelência;
7. Consumidores exigentes e demandantes de qualidade e sofisticação
8. Consumidores que criam a demanda de forma pioneira e inédita antes que outros consumidores em outros países o façam;
9. Intensa rivalidade entre as empresas locais do setor em questão;
10. Contexto local que encoraje o investimento em pesquisa.

Ao percorrer esse conjunto de dez fatores, é fácil perceber que, em sua grande maioria, eles realmente inexistem ou são muito fracos em toda a América Latina. Talvez a única exceção seja o item 6 – rede de fornecedores de alta competência/excelência. Isso pelo desenvolvido parque industrial do Brasil secundado pelo México.

Cumpre destacar que Porter e Stern mencionam a América Latina e destacam como grandes vulnerabilidades da região, no que diz respeito ao surgimento de inovações, a pouca ligação entre as empresas e as universidades. De acordo com os autores, “o sistema de ensino superior na América Latina tem pouca ligação com as empresas e muito pouco envolvimento com as políticas nacionais voltadas para ciência e tecnologia”. Isso é confirmado por outros autores que se dedicaram a analisar a questão científica e tecnológica do continente. Sagasti (1981) aponta como um dos problemas crônicos da América Latina o enorme distanciamento entre a produção de ciência e a geração de tecnologia, o que, segundo ele, é uma conseqüência da inexistência de  relação entre a universidade e a empresa.

Parte do problema é cultural. O México herdou a tradição européia do cientista como acadêmico e não o modelo norte-americano do cientista inventor e empresário. Para um pesquisador universitário ter ligação com a indústria é considerado prostituição pelos colegas. Do lado da indústria, não há forte tradição de investimento em P&D. Até o início dos anos 80, o México tinha uma política industrial de propriedade estatal e protecionismo que resultava em pouco incentivo ao investimento em inovação. Agora as empresas querem modernizar sua tecnologia, mas voltam-se mais para as empresas estrangeiras atrás de ajuda, e não se mostram dispostas a esperar o tempo necessário para que a ciência e a tecnologia nacionais encontrem respostas para suas necessidades.

Em suma, há várias razões para que o envolvimento das empresas e dos países da América Latina com desenvolvimento tecnológico seja pequeno. Mas, para finalizar essa relação, não se pode deixar de mencionar os aspectos culturais e a análise amarga de Montaner:
A real tragédia da América Latina é que o capital é limitado e boa parte dele está em mãos de empresários não comprometidos com o risco ou com a inovação mas sim com a especulação... Não são capitalistas modernos, mas atuam como senhores da terra de tradição feudal.

Considerações finais
A América Latina é muito rica em recursos naturais e de uma forma geral sua mão-de-obra é barata. Esses foram os principais ingredientes que fomentaram as grandes empresas originárias da região, com raríssimas exceções. Por conta desses fatores, nosso continente ostenta algumas empresas poderosas, mas quase sempre atuantes em setores que foram importantes no século XIX, mas que deixaram de ser relevantes neste século XXI. Ser ator global em setores como bebidas, cimento, mineração, agricultura, pesca ou aço não é de todo mau, mas não é suficiente. Como vimos, os países mais avançados apresentam empresas nos setores que hoje dominam a economia mundial como telefonia, software, hardware, equipamentos médicos ou a indústria farmacêutica. Em outras palavras, podemos dizer que mesmo as grandes empresas latino-americanas de uma forma geral estão fora dos setores de alta tecnologia, com raríssimas exceções como a brasileira Embraer. Empresas do nosso continente quando conseguem porte e projeção para atuar no mercado mundial estão em setores de baixa tecnologia na maioria dos casos produzindo commodities: Petrobras e Cemex são ótimos exemplos.

Os governos dos países mais avançados já perceberam, há tempos, que a competitividade das nações é resultado da competitividade de suas empresas e que, portanto, o que lhes compete é criar as condições para que suas empresas locais possam concorrer internacionalmente. Por isso dão toda atenção ao suporte necessário de Ciência & Tecnologia. Mas também já sabem que nenhuma nação pode ser auto-suficiente em todas as tecnologias. Assim, os Estados Unidos se aperfeiçoaram e criam tecnologia em áreas como farmacêutica, informática e telecomunicações, a Alemanha em mecânica, o Japão em robótica, a Inglaterra em biotecnologia e genética.

No entanto, podemos ter esperanças. Como falamos anteriormente, ao citar os ciclos de Kondratiev, nos últimos 250 anos sempre houve um fator tecnológico que, em média a cada 60 anos, definia o que de importante mudava na economia e na sociedade. Já tivemos quatro ciclos completos e estamos neste momento na quinta onda, a onda da Tecnologia da Informação. Acontece que essa onda está atravessando o seu auge, o que significa que nos próximos anos ela começa a perder importância e uma nova onda estará predominando e definindo a nova dinâmica da economia mundial talvez em 20 anos apenas.

Essa sexta onda será a da Biotecnologia e das Ciências da Vida. A América Latina tem amplas condições para se dar bem nessa sexta onda, não só por já estar desenvolvendo pesquisas de qualidade na área mas, principalmente, devido à riqueza que apresenta com sua biodiversidade, mormente na região amazônica, que avança nos territórios de pelo menos cinco países da América do Sul, inclusive o Brasil.

Em cada uma das ondas anteriores, países e regiões souberam se beneficiar e aproveitaram-se da respectiva onda para conseguir seu desenvolvimento social graças ao crescimento econômico alcançado. A América Latina não pode perder essa janela de oportunidade.
Fonte: Paulo Roberto Feldmann-Professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA. USP), São Paulo, SP,