Planalto diz que Dilma gastou, por mês, R$ 62 mil com cartão
de suprimentos; Alvorada diz que informação é sigilosa
Geladeira cheia Segundo dados do Planalto, Dilma gastou, de
janeiro a maio, cerca de R$ 280 mil em seu cartão de suprimento para despesas com
alimentação, média de R$ 62 mil mensais.
De 13 a 31 de maio — os 18 primeiros
dias de afastamento — o gasto bateu R$ 54 mil. O Planalto diz que o cartão foi
reabastecido e Dilma já pode fazer compras para o Alvorada.
A assessoria da petista diz que tomará medidas para
apurar o vazamento de informações sigilosas “sobre a segurança” do palácio. Fonte: BlogFolha - 07/06/2016
02:10
Eleitores suíços rejeitaram em uma votação esmagadora a
proposta que garantiria renda básica equivalente a R$ 9 mil para todos os
cidadãos do país.
Os resultados finais de um referendo realizado neste domingo
mostraram que 77% dos eleitores se opuseram ao plano e 23% foram favoráveis.
Se tivesse sido aprovada, a proposta garantiria renda
incondicional para todos os adultos, independente deles trabalharem ou não.
Eles receberiam 2.500 francos suíços (cerca de R$ 9 mil). O Estado pagaria
ainda 625 francos suíços (R$ 2.270) para sustentar cada criança.
A quantia reflete o alto custo de vida na Suíça, mas não
ficou claro como a medida impactaria em classes que recebem salários mais
altos.
Os defensores da medida argumentavam que como o trabalho
está cada vez mais automatizado, há menos empregos disponíveis.
A ideia não é nova - há 500 anos, o autor Thomas More
defendeu a renda básica no livro Utopia, e projetos em escala regional foram
testados em diversos países - mas a possibilidade de implementação
incondicional, institucionalizada e em larga escala é inédita.
Custos
Com uma renda per capita estimada em US$ 59 mil ao ano (R$
211 mil) e taxa de desemprego inferior a 4%, o país não carece de políticas
públicas de combate à pobreza. Isso, dizem defensores do projeto, permitiria ao
país "dar-se ao luxo" de experimentar uma utopia.
Mas, apesar da abundância econômica do país, o projeto não
sairia barato aos cofres públicos. A estimativa oficial é de um custo de 208
bilhões de francos (R$ 750 bilhões), para atender 6,5 milhões de adultos e 1,5
milhão de crianças.
Desse valor, cerca de 55 bilhões viriam de cortes em outros
projetos sociais. Outros 128 bilhões seriam financiados pelos assalariados:
todos teriam 2500 francos abatidos de seu salário mensal, e aqueles que
ganhassem menos que isso dariam todo seu salário ao governo e receberiam o
subsídio em troca.
Os 25 bilhões de francos que faltariam para cobrir o rombo
poderiam ser obtidos por meio de um aumento no imposto de valor agregado (IVA),
que atualmente é de 8% e passaria a 16%.
Pouco apoio
A proposta recebeu pouco apoio de políticos suíços - nenhum
partido a defendeu abertamente. O plano só foi votado como uma proposta de lei
de iniciativa popular, depois que ativistas colheram mais de 100 mil
assinaturas de apoio.
Críticos da proposta disseram que desvincular o trabalho do
dinheiro recebido seria ruim para a sociedade. Fonte: BBC Brasil - 5 junho 2016
Comentário: Os defeitos e problemas dessa ideia são óbvios. Ter um
rendimento garantido pode desestimular o trabalho. Dar uma compensação material
para uma pessoa sem que, em troca, tenha produzido algo de valor é uma proposta
questionável tanto do ponto de vista econômico quanto do social e ético. Os
riscos de corrupção e clientelismo político que iniciativas desse tipo têm são
elevados. Finalmente, essa não é uma ideia barata. Tais subsídios podem se
tornar um fardo pesado para o Estado e criar enormes e crônicos déficits no
orçamento público. Moisés Naím
O Brasil descarta um terço da comida que produz segundo a
FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação.
A perda de alimentos em países pobres ocorre na colheita, no
manuseio e no transporte. Nos ricos, concentra-se nas etapas finais, em
mercados e lares. Mas o Brasil é "sui generis": tem problemas em
todas as etapas, resume o pesquisador Gustavo Porpino, analista da Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Aqui, o descarte de comida ainda boa para consumo em casas e
mercados representa 40% da perda total.
Esse desperdício não depende muito de políticas públicas.
"Todos têm uma parcela de culpa e podem fazer algo para mudar", diz
Camila Kneip, coordenadora de nutrição da ONG Banco de Alimentos, que recolhe
excedentes em mercadões, restaurantes e casas.
Gustavo Porpino, da
Embrapa, analisou hábitos de famílias para sua tese de doutorado. Constatou que
o desperdício em casa ocorre por compras não planejadas, desejo de oferecer
abundância e preconceito com sobras. "O consumidor precisa conhecer a vida
rural, entender de onde sai o alimento e o que se gasta para produzi-lo."
Quando se coloca nessa conta o gasto de água, o problema se
torna mais gritante: para a produção de uma maçã, são usados 125 litros.
O Instituto Akatu estima que 41 mil toneladas de comida são
desprezadas no Brasil diariamente e, com isso, 100 bilhões de litros de água,
que equivalem a 10% do volume útil do Sistema Cantareira.
Campeão de desperdício
O Brasil é um dos dez países que mais descartam alimentos em
todo o mundo
■10% nos mercados e nas casas
■ 30% nas centrais de abastecimento
■ 50% no manuseio e transporte
■ 10% na colheita
O que isso significa
■ por dia 41 mil toneladas desperdiçadas que alimentariam 25 milhões de
pessoas por dia (13% da população do Brasil).
■ por ano 15 milhões de toneladas desperdiçadas no Brasil
que alimentariam 9 bilhões de pessoas em um único dia ou toda população do
Brasil por 47 dias.
Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), os pesquisadores do Instituto Akatu fizeram a seguinte
conta:
Uma família média brasileira gasta 478 reais mensais para
comprar comida. Se o desperdício de 20% de alimentos deixasse de existir em
casa, 90 reais deixariam de ir para o ralo. Guardando esses 90 reais todos os
meses, depois de 70 anos (expectativa média de vida) a família teria uma
poupança de 1,1 milhão de reais. Fonte: Folha de São Paulo - 05/06/2016
O ex-boxeador americano Muhammad Ali, 74, morreu em um
hospital de Phoenix, nos Estados Unidos, por problemas respiratórios, nesta
sexta-feira (3). A morte foi anunciada na madrugada (de Brasília) deste sábado.
Seu porta-voz, Bob Gunnell, anunciou nesta quinta (2) que o ex‑atleta estava
hospitalizado.
De acordo o Bob Gunnell, porta-voz da família, Ali morreu de
choque séptico devido a causas naturais não especificadas. O funeral será
realizado na sexta-feira (10) em Louisville, Kentucky, disse Gunnell.
Ali foi campeão olímpico, participou da "Luta do
Século" original, venceu o combate mais famoso da história, foi o primeiro
tricampeão mundial dos pesados, dominou o boxe no período mais competitivo
entre os grandalhões dos ringues e se tornou a primeira estrela globalizada do
esporte, com duelos em países do Terceiro Mundo.
Nascido Cassius Marcellus Clay Jr. em 1942, na cidade de
Louisville, oriundo de uma família humilde, Ali descobriu o boxe na infância
por acaso. Aos 12 anos, quando roubaram sua bicicleta, procurou Joe Martin, um
policial que dava aulas em um centro de recreação, para reclamar do roubo.
Nunca mais viu a bicicleta, mas logo estava calçando as luvas de boxe.
Rapidamente ele conquistou títulos amadores que lhe abriram
caminho até a Olimpíada de Roma, em 1960. Lá, aquele jovem tagarela ganhou a
medalha de ouro entre os meio-pesados (categoria de peso imediatamente inferior
à dos pesados no amadorismo). Ao retornar aos Estados Unidos, foi acolhido como
herói, homenageado por autoridades e assinou contrato com um grupo de
milionários que o patrocinou.
Naquela época, prevalecia o racismo. Os restaurantes, hotéis
e cinemas, especialmente os do sul do país, reservavam espaços para que os
negros se acomodassem separados dos brancos.
O boxeador se adaptou facilmente ao profissionalismo, no
qual estreou ainda em 1960. Poucos meses após conquistar o título mundial dos
pesos-pesados, ao bater Sonny Liston, a quem apelidou de "O Grande Urso
Feio", em fevereiro de 64, revelou que se convertera ao islamismo, abrindo
mão do seu "nome de escravo", Cassius Clay, e passando a se chamar
Muhammad Ali. Em suas próprias palavras, era agora "O Rei do Mundo" e
"O Mais Bonito".
Três anos depois, ainda campeão, foi convocado a comparecer
ao centro de recrutamento do Exército, onde recusou o alistamento para a Guerra
do Vietnã. Ali teve a licença de pugilista cassada e foi destituído do cinturão
em 1967. Nos anos seguintes, ganhou a vida com palestras no circuito
universitário.
Após uma longa batalha jurídica, recuperou a licença de
pugilista e retornou aos ringues em 1970, contra dois rivais de categoria,
Jerry Quarry e o argentino Oscar "Ringo" Bonavena. No ano seguinte,
enfrentou na "Luta do Século" "Smokin" Joe Frazier, que
então era o dono de seu cinturão, em um choque de invictos.
Ali perdeu por pontos em 15 assaltos, mas em 1974 ganhou
nova oportunidade de lutar pelo título, desta vez contra George Foreman, na
"Rumble in the Jungle" ("Briga na Selva"), no Zaire. Ali
subiu ao ringue como o azarão. Afinal, Foreman tomara o cinturão de Frazier ao
derrubá-lo seis vezes em dois assaltos, e precisara do mesmo número de assaltos
para destruir outro algoz de Ali, Ken Norton.
Sem a agilidade e os reflexos do auge da carreira, Ali usou
a cabeça. Encostou-se nas cordas e permitiu que o rival o castigasse, assalto
após assalto, até que Foreman se cansasse. Então, no oitavo assalto, partiu
para o ataque e derrotou o rival. O combate foi transformado em livro por
Norman Mailer ("A Luta") e gerou um documentário, "Quando Éramos
Reis", ganhador do Oscar em 1996.
Ali disputou depois aquela que foi eleita pela publicação
especializada "The Ring" a melhor luta da história, a "Thrilla
in Manila", seu terceiro duelo com Frazier, nas Filipinas. "Foi o
mais próximo que cheguei da morte", falou sobre a luta, que venceu no 14º
assalto.
Em 1978, Ali perdeu o título para o novato de sete lutas
Leon Spinks, mas o recuperou no mesmo ano para se tornar o primeiro tricampeão
dos pesados. Anunciou sua aposentadoria, mas retornou contra seu ex-sparring
Larry Holmes, agora campeão, e contra Trevor Berbick. Perdeu as duas e pendurou
as luvas em definitivo.
Ele passou, então, a se dedicar a missões de cunho
humanitário e político, visitando países como Cuba, China e Rússia. Foi ao
acender a pira olímpica nos Jogos de Atlanta-96 que o mundo descobriu os
avançados sintomas do Mal de Parkinson, que reduziu drasticamente a sua
mobilidade e a sua capacidade de comunicação. Passou os últimos anos de sua
vida dependente de tratamentos e remédios, e suas aparições públicas se
tornaram cada vez mais raras. Fonte: Folha de São Paulo - 04/06/2016
A sociedade como um todo será chamada a fazer sacrifícios. Deputados
aprovam reajuste para funcionários com impacto de ao menos R$ 58 bilhões até
2019, mesmo com país em recessão e rombo fiscal. Para analista, mais pobres
serão os mais penalizados com provável alta de impostos.
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta
quinta-feira (02/06), com aval do presidente interino Michel Temer, um pacote
de reajuste para funcionários públicos dos Três Poderes que causará um impacto
de ao menos 58 bilhões de reais até 2019 – e logo no momento em que o país
registra dois anos de recessão e tem a expectativa de fechar 2016 com um rombo
de ao menos 170 bilhões de reais nas contas públicas.
Para José Matias-Pereira, especialista em administração
pública da Universidade de Brasília (UnB), qualquer aumento de despesas vai
agravar mais ainda a situação do país.
"Entendo que vamos chegar a um momento em que a
sociedade, como um todo, será chamada para fazer sacrifícios – e isso
significa, naturalmente, a elevação de tributos", diz Matias-Pereira.
"E quando isso acontece são as populações mais pobres que pagam o preço e
que são as mais penalizadas.". Fonte: Deutsche Welle - Data 02.06.2016
Comentário: Em plena crise, o país no volume morto econômico,
a Câmara dos Deputados aprovou aumento
salarial para a realeza, vassalos,
fidalgos, a nobreza do Estado enquanto a plebe fica com o desemprego, sem
salário, pagando impostos, etc. É o trem da alegria dos funcionários públicos
Com uma taxa de desemprego de dois dígitos, aumento do endividamento
e dos preços no supermercado, os dados do Produto Interno Bruto (PIB)
divulgados nesta quarta-feira (1) confirmam o que o brasileiro vem sentindo na
pele e no bolso nos últimos meses: a economia enfrenta sua pior recessão em 25
anos. O PIB encolheu 5,4% no primeiro trimestre de 2016, em comparação ao mesmo
período do ano passado, a oitava queda consecutiva. Já em relação ao último
trimestre de 2015, a queda foi de 0,3%. Em valores correntes, o PIB totalizou
5,94 trilhões de reais.
Desta vez, todas as atividades que compõem o PIB
apresentaram queda, até a agropecuária, que vinha contribuindo positivamente
para o indicador nos trimestres anteriores, descolado da recessão que atingia
os demais setores. A atividade no campo se contraiu 3,7% no trimestre de 2016,
frente ao mesmo período do ano passado. Segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o resultado é explicado pelo desempenho ruim na
safra de alguns produtos, como o milho.
■A indústria, por sua vez, manteve a trajetória de queda,
com recuo de 7,3%, puxada pela menor produção de máquinas e equipamentos, do
setor automotivo e de metalurgia.
■A construção civil também sentiu o impacto do menor
investimento, e se retraiu 6,2% no período. Com menos poder de renda, mais
desemprego e temeroso com o cenário nacional, o consumidor também deixou de
comprar.
■O setor de serviços teve queda de 3,7% no primeiro trimestre, influenciado pela
queda de 10,7% no comércio.
■ Pelo quinto trimestre seguido, o consumo das famílias
apresentou resultado negativo. No primeiro trimestre de 2016, o consumo das
famílias caiu 6,3%. Segundo o IBGE, o resultado é explicado pela deterioração
dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do
período.
Apenas no setor externo o PIB registrou um bom resultado. As
exportações foram o único item a apresentar aumento no nível de atividades no
primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações de bens e serviços cresceram 13%, puxadas
pela melhora dos preços das commodities no mercado internacional e da
desvalorização cambial. Por outro lado, as importações de bens e serviços
caíram 21,7%.
A retomada do mercado de trabalho e dos investimentos,
entretanto, deve ser mais lenta. "As empresa não estão trabalhando com o máximo
de suas capacidades, ou seja, há funcionários fazendo jornadas menores e
máquinas sem utilização. Isso deve postergar a retomada dos investimentos e,
consequentemente das contratações, mesmo com sinais de melhora da
economia", afirma economista Juan Jensen, do Insper. Nesse sentido, o
desemprego tende a se manter elevado ainda este ano e, somente em 2017, voltar
a cair. Fonte: El País - São Paulo 1 JUN 2016
Comentário: Ainda não atingimos o 2º volume morto econômico.
De acordo com Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio
Contínua (Pnad Contínua), em abril havia 11,4 milhões de trabalhadores
desempregados.
A Velha e/ou Nova Matriz Econômica do PT se baseia em cinco
pilares: política fiscal expansionista, juros baixos, crédito barato fornecido
por bancos estatais, câmbio desvalorizado e aumento das tarifas de importação
para "estimular" a indústria nacional. A crença do governo passa a ser a de que
"um pouco mais de inflação gera mais crescimento econômico". O povo até
gostou criou a nova classe média emergente consumista.
Em entrevista à Folha, Dilma Rousseff foi inquirida sobre a
quantidade de encontros que manteve com Marcelo Odebrecht, presidente da maior
construtora do país, preso em Curitiba desde 19 de junho de 2015. “Eu não
recebi nunca o Marcelo no [Palácio da] Alvorada”, afirmou Dilma. “No Planalto,
eu não me lembro.” Essa resposta não é verdadeira.
De acordo com os arquivos eletrônicos do Planalto,
consultados pelo blog da Folha, Dilma recepcionou o mandachuva da Odebrecht
pelo menos quatro vezes desde que virou presidente, duas das quais no Palácio
da Alvorada —ambas em 2014, ano da campanha à reeleição.
Num desses encontros que Dilma afirma que “nunca” ocorreram
no palácio residencial, o empreiteiro chegou em tempo para servir-se do almoço,
às 11h30 do dia 26 de março de 2014 (clique sobre a imagem abaixo para
ampliá-la). Noutro encontro, Odebrecht foi recebido pela inquilina do Alvorada
às 9h30 do dia 25 de julho de 2014 (veja na imagem reproduzida no rodapé do
post).
As duas audiências concedidas por Dilma no Palácio do
Planalto, seu local de trabalho, ocorreram em 2013. Uma no início do ano, em 10
de janeiro. Outra no segundo semestre, em 10 de outubro.
Dona de uma memória que seus auxiliares consideram
prodigiosa, Dilma apagou os encontros com Marcelo Odebrecht da lembrança num
instante em que suas relações com o empreiteiro estão crivadas de suspeitas. Fonte:
Blog Folha Josias de Souza 29/05/2016