sábado, 30 de novembro de 2013

País tem 9,6 mi de jovens sem estudar ou trabalhar

Uma população de 9,6 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham, formada principalmente por mulheres, muitas delas com filhos, é motivo de preocupação quando se observam as condições de vida da população, mostra estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira. A Síntese de Indicadores Sociais 2013, com dados de 2012, mostra que um em cada cinco brasileiros (19,6%) nesta faixa etária não trabalhava nem frequentava escola. Na faixa de 18 a 24 anos, o índice é ainda mais preocupante, de quase um quarto (23,4%).

"Não significa que são encostados ou que são um bando, mas é um fator preocupante porque não é possível que pessoas desta idade não estudem nem trabalhem", diz a técnica do IBGE Ana Saboia. Segundo Ana, os dados não permitem apontar as razões para número tão significativo da chamada "geração nem-nem" (nem estuda nem trabalha), mas, com relação às mulheres a necessidade de cuidar dos filhos é um fator que contribui para não terem atividades produtivas. A proporção de jovens que não vão à escola e não têm emprego se mantém estável, com pequena redução nos últimos dez anos: em 2002, eram 20,2% da população nesta faixa etária.

Os indicadores mostram que 70,3% dos jovens que não trabalham e não estudam são mulheres. Dessas jovens que não têm atividade produtiva, 58,4% tinham pelo menos um filho. A maior parte dos jovens "nem-nem" (38,6%) tem ensino médio completo, ou seja, deveria ter seguido para um curso superior ou ingressado no mercado de trabalho. No outro extremo, um porcentual também alto, de 32,4%, nem sequer completou o ensino fundamental.

O Nordeste é a região com maior proporção de jovens que não estudam nem trabalham, em todas as faixas etárias estudadas. Na faixa de 18 a 24 anos, Alagoas tem nada menos que 35,2% da população que não estuda nem trabalha. Na região metropolitana de Recife, o índice também é preocupante: 31,8% dos jovens de 18 a 24 anos não têm atividade produtiva. Fonte: Estadão - 29 de novembro de 2013

Comentário:Interessante essa população de Nem-Nem não entra na estatística do governo de desemprego.Essa população que a longo prazo  terá aposentadoria do governo é superior um pouco a população da Suécia (9,5 milhões,  PIB-526 bilhões de dólares), é maior do que a população da Finlândia (5,14 milhões, PIB-194 bilhões de dólares)), é maior do que a população da Noruega (  5,09 milhões, PIB-500 bilhões de dólares), Dinamarca (5,6 milhões, PIB-314 bilhões de dólares). É o país do Bem-Estar Social da Miséria. O país tem 17 programas sociais   para baixa-renda.  Enquanto isso, nada de estudar. Pra que estudar? Pra que estudar? pra que estudar? Se tudo o que eu quero o governo me dá...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Maioria das faculdades de Direito não aprova metade dos alunos no Exameda OAB

A maior parte das instituições de ensino de Direito no Brasil não aprovou metade de seus alunos no primeiro exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deste ano, revela o relatório de desempenho das instituições no 10.º Exame de Ordem Unificado, divulgado nesta terça-feira, 29. Entre as instituições com melhor desempenho, estão;

■a Universidade de São Paulo (USP), com 76,84% de aprovados,

■e a Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com 71,11% de aprovados.

Entre os 124.914 inscritos nessa edição do exame, 120.944 estiveram presentes na primeira fase. O número total de aprovados foi de 33.954, um percentual de 28,07% de aprovação (calculado com base no número de candidatos presentes no exame). Em 20 anos, o número de cursos de Direito saltou de 200 para 1.300. O Brasil tem mais faculdade de Direito que o restante do mundo junto. Fonte: Estadão - 29 de outubro de 2013

Comentário: O curso de direito virou um curso profissionalizante. É um curso teoricamente fácil, o estudante ou algum profissional faz com intuito de obter um título superior com finalidade  profissional; procura de emprego, concurso público, cargo que exige curso superior. Os EUA  têm 202 Escolas de Direito.

sábado, 26 de outubro de 2013

Festa de professores com com gogo boys, garotas em gaiolas e tequila

A tradicional festa em homenagem ao Dia dos Professores em Caçapava organizada pela prefeitura na última sexta-feira gerou polêmica nas redes sociais e entre pais de alunos e será alvo de questionamentos da Câmara.

Isso porque o que era para ser um simples baile dançante se transformou em uma festa com dançarinos sem camisa e garotas em gaiolas, tudo regado a doses de tequila. Na plateia, professoras e professores se soltaram e participaram da festa.

O baile aconteceu no Clube da Nestlé, no bairro Jardim Caçapava e, segundo relatos, começou às 23h e terminou depois das 4h.

Estiveram presentes o prefeito Henrique Rinco (PSDB), o vice-prefeito e secretário de Saúde Jairo Junqueira, além do secretário de Educação, Sidnei Sanita.

Segundo informações do governo, Rinco participou apenas da solenidade oficial, antes de começar o baile.

Um funcionário do clube, que não quis se identificar, afirmou que a festa foi organizada pela prefeitura, que teria contratado a banda Mala Direta, de Rio Claro (PS) e o bufê.

Gogo boys.

Uma professora que também não quis ser identificada disse que a Secretaria de Educação disparou por e-mail um convite para que as escolas elaborassem as listas com o nome dos professores interessados e seus respectivos acompanhantes, caso houvesse interesse.

Segundo ela, também foi a secretaria quem entregou os convites dos acompanhantes em cada escola, dois dias antes da festa, que contou com cerca de 350 pessoas.

Após um discurso do prefeito e o estouro de uma champanhe, os dançarinos entraram.

“O secretário de Educação disse que tinha uma surpresa para todos. Eu me espantei com o que vi”, disse a professora, referindo-se à dança com homens de sunga que colocavam tequila na boca dos participantes da festa. “Acho que se alguém quer ir a uma boate com shows desse tipo que vá sozinha, por conta própria. Entendo que não era o local nem o momento adequado para isso”, completou.

O presidente da Câmara, Paulo Lanfredi (PRB), afirmou que pedirá explicações ao governo. “Queremos descobrir o valor gasto e porque trouxeram este conjunto para tocar na festa. Isso quebrou a moral da educação na cidade. Está todo mundo revoltado”. Fonte: O Vale - October 25, 2013

Comentário: É o dia dos professores. É uma data comemorativa da classe de professores. O dia não é para uma festinha privada e sim uma comemoração pública e de significado histórico. Em 15 de outubro de 1827, o decreto imperial, trata da primeira Lei Geral relativa ao Ensino Elementar. Este decreto, outorgado por Dom Pedro I, veio a se tornar um marco na educação imperial, de tal modo que passou a ser a principal referência para os docentes do primário e ginásio nas  províncias. A Lei tratou dos mais diversos assuntos como descentralização do ensino,  remuneração dos professores e mestras, ensino mútuo, currículo mínimo, admissão de professores e escolas das meninas.

Não fica bem  para classe de professores. Talvez o significado de baile atual é diferente de outrora. Educação, exemplo para as crianças, jovens, etc. não significa nada. A famosa frase do de Júlio César é tão atual; À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta. O professorado não sabe o significado de coisa pública. Todos erraram, os professore e o governo municipal.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Geração do diploma lota faculdades, mas decepciona empresários

Nunca tantos brasileiros chegaram às salas de aula das universidades, fizeram pós-graduação ou MBAs. Mas, ao mesmo tempo, não só as empresas reclamam da oferta e qualidade da mão-de-obra no país como os índices de produtividade do trabalhador custam a aumentar.

A decepção do mercado com o que já está sendo chamado de "geração do diploma" é confirmada por especialistas, organizações empresariais e consultores de recursos humanos.

"Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar respostas e de apreender coisas novas. E quando testam isso nos candidatos, rejeitam a maioria", diz o sociólogo e especialista em relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore.

RECÉM-FORMADOS QUE NÃO SABEM ESCREVER UM RELATÓRIO OU FAZER UM ORÇAMENTO: Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento, arquitetos que não conseguem resolver equações simples ou estagiários que ignoram as regras básicas da linguagem ou têm dificuldades de se adaptar às regras de ambientes corporativos.

"Cadastramos e avaliamos cerca de 770 mil jovens e ainda assim não conseguimos encontrar candidatos suficientes com perfis adequados para preencher todas as nossas 5 mil vagas", diz Maíra Habimorad, vice-presidente do DMRH, grupo do qual faz parte a Companhia de Talentos, uma empresa de recrutamento. "Surpreendentemente, terminamos com vagas em aberto."

Outro exemplo de descompasso entre as necessidades do mercado e os predicados de quem consegue um diploma no Brasil é um estudo feito pelo grupo de Recursos Humanos Manpower.

De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão.

É claro que, em parte, isso se deve ao aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. Apesar da desaceleração da economia, os níveis de desemprego já caíram para baixo dos 6% e têm quebrado sucessivos recordes de baixa.

BAIXA PRODUTIVIDADE: Produtividade da industria aumentou apenas 1,1% na última década, segundo a CNI

Mas segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgado nesta semana, os brasileiros com mais de 11 anos de estudo formariam 50% desse contingente de desempregados.

"Mesmo com essa expansão do ensino e maior acesso ao curso superior, os trabalhadores brasileiros não estão conseguindo oferecer o conhecimento específico que as boas posições requerem", explica Márcia Almstrom, do grupo Manpower.

Causas

TRÊS CAUSAS PRINCIPAIS PARA A DECEPÇÃO COM A "GERAÇÃO DO DIPLOMA": Especialistas consultados pela BBC Brasil apontam três causas principais para a decepção com a "geração do diploma".

1-A principal delas estaria relacionada a qualidade do ensino e habilidades dos alunos que se formam em algumas faculdades e universidades do país.

"Ocorre que a explosão de escolas superiores não foi acompanhada pela melhoria da qualidade. A grande maioria das novas faculdades é ruim", diz Pastore.

Para se ter a medida do desafio que o Brasil têm pela frente para expandir a qualidade de seu ensino superior, basta lembrar que o índice de analfabetismo funcional entre universitários brasileiros chega a 38%, segundo o Instituto Paulo Montenegro (IPM), vinculado ao Ibope.

Na prática, isso significa que quatro em cada dez universitários no país até sabem ler textos simples, mas são incapazes de interpretar e associar informações. Também não conseguem analisar tabelas, mapas e gráficos ou mesmo fazer contas um pouco mais complexas.

POSTURA E EXPERIÊNCIA: 2-A segunda razão apontada para a decepção com a geração de diplomados estaria ligada a “problemas de postura” e falta de experiência de parte dos profissionais no mercado.

“Muitos jovens têm vivência acadêmica, mas não conseguem se posicionar em uma empresa, respeitar diferenças, lidar com hierarquia ou com uma figura de autoridade”, diz Marcus Soares, professor do Insper especialista em gestão de pessoas.

 “Entre os que se formam em universidades mais renomadas também há certa ansiedade para conseguir um posto que faça jus a seu diploma. Às vezes o estagiário entra na empresa já querendo ser diretor.”

'TRADIÇÃO BAICHARELESCA: 3-Por fim, a terceira razão apresentada por especialistas para explicar a decepção com a “geração do diploma” estaria ligada a um desalinhamento entre o foco dos cursos mais procurados e as necessidades do mercado.

De um lado, há quem critique o fato de que a maioria dos estudantes brasileiros tende a seguir carreiras das ciências humanas ou ciências sociais - como administração, direito ou pedagogia - enquanto a proporção dos que estudam ciências exatas é pequena se comparada a países asiáticos ou alguns europeus.

 “O Brasil precisa de mais engenheiros, matemáticos, químicos ou especialistas em bioquímica, por exemplo, e os esforços para ampliar o número de especialistas nessas áreas ainda são insuficientes”, diz o diretor-executivo da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Gabriel Rico. Do outro lado, também há críticas ao que alguns veem como um excesso de valorização do ensino superior em detrimento das carreiras de nível técnico.Fonte: BBC Brasil-  9 de outubro

Comentário: Quase metade dos estudantes das redes pública e privada termina o Ensino Médio com o mesmo conhecimento de um aluno de oitava série. Foi isso que concluiu uma pesquisa federal que avaliou os estudantes do Ensino Médio no estado de São Paulo. Pela pesquisa, quase metade dos alunos do terceiro ano teve notas inferior ao patamar fixado como mínimo para a oitava série pela Secretaria Estadual de Educação.

Eles estão prestes a entrar na faculdade, mas na prática não entendem muita coisa do que leem e do que escrevem. O Brasil criou o shopping center da educação. Os estudantes passeiam,  fingem que estudam e os professores fingem que ensinam. Saem das universidades com diploma de ignorância relativa.

domingo, 13 de outubro de 2013

Novo ranking de universidades não tem nenhuma brasileira no top 200

O Brasil não tem nenhuma universidade entre as 200 melhores do mundo na edição 2013-2014 do ranking internacional Times Higher Education (THE), divulgado nesta quarta-feira (30), em Londres. O ranking avalia o desempenho dos estudantes e a produção acadêmica nas áreas de engenharia e tecnologia, artes e humanidades, ciências da vida, saúde, física e ciências sociais.
A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) perderam várias posições na lista das principais instituições do mundo, de acordo com a revista britânica THE. A USP tinha alcançado o 158º lugar no ano passado, e agora figura na faixa dos 226º a 250º lugares. Já a Unicamp caiu da faixa dos 251º a 275º lugares para a dos 301º a 350º lugares.
Entre as novidades da metodologia para o novo ranking está a colocação de artes, humanidades e ciências sociais em igualdade às outras ciências, o que pode explicar a queda de posições da USP e Unicamp.
Veja o ranking das melhores universidades do mundo pela Times Higher Education
1º) Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech)-EUA      
2º) Universidade Harvard-EUA         
3º) Universidade Oxford-Reino Unido          
4º) Universidade Stanford-EUA        
5º) Instituto de Tecnologia de Massachusetts-(MIT)-EUA    
6º) Universidade Princeton-EUA       
7º) Universidade de Cambridge-Reino Unido           
8º) Universidade da Califórnia, Berkeley-EUA         
9º) Colégio Imperial de Londres-Reino Unido          
10º) Universidade de Chicago-           EUA   
225º-250º) Universidade de São Paulo (USP)            Brasil  
301º-350º) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)  Brasil  
 No topo
O primeiro colocado do ranking THE é mais uma vez o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). A Universidade Harvard subiu do quarto para o segundo lugar, alcançando a pontuação da universidade de Oxford (Reino Unido). Em quarto lugar está a Universidade Stanford (EUA). O Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) aparece em quinto lugar. Nenhuma instituição latino-americana aparece na lista, nem de países emergentes como Rússia e Índia.
No ranking das 200 melhores estão universidades de 26 países: EUA (77 instituições); Reino Unido (31); Holanda (12); Alemanha (10); França (8); Austrália, Canadá e Suíça (7); Bélgica, Japão e Suécia (5); Coreia do Sul (4); Dinamarca e Hong Kong (3); China, Irlanda, Israel e Cingapura (2); Áustria, Finlândia, Nova Zelândia, Noruega, África do Sul, Espanha, Taiwan e Turquia (1).
Países: No ranking das 400 melhores universidades:
America do Norte: 128
EUA-109; Canadá –19
América do Sul: 03
Brasil-2; Colômbia -1
Europa:190
Reino Unido – 49; Holanda –13;Alemanha–26;França–11; Suíça–8;Bélgica –7;Suécia–10;Dinamarca –7; Irlanda –5;Espanha –9;Noruega-4; Finlândia –6; Estônia-1; Turquia-5; Itália-15;Áustria-6;Rússia-1;Islândia– 2; Polônia-1;Checoslováquia-1;Portugal-2; Grécia-         1
Ásia:43
China –           2; Singapura-2; Japão –          11;Coreia–8;Hong Kong –6; Tailândia-1; China Nacionalista-8; Índia-5
Oceania: 26
Austrália –21; Nova Zelândia –          5
África: 03
África do Sul-3
Oriente Médio: 07
Irã -1;Arábia Saudita-2;Israel-4

Os países com maiores PIB do mundo
Países em relação às melhores Universidades
1-Estados Unidos – 2012 –PIB- 16 trilhos de dólares
109
2-China-2012- PIB- 9 trilhões de dólares
02
3-Japão-2012-PIB- 5 trilhões de dólares
11
4-Alemanha-2012-PIB- 3,8 trilhões de dólares
26
5-França-2012-PIB- 2,7 trilhões de dólares
11
6-Brasil-2012-PIB- 2,5 trilhões de dólares
02
7-Reino Unido – 2012-PIB- 2,4 trilhões de dólares
49
8-Rússia-2012-PIB-2,2 trilhões de dólares
01
9-Itália-2012-PIB-2,08 trilhões de dólares
15
10-Índia-2012-PIB-1,97 trilhões de dólares
5
Fonte: Do G1, em São Paulo-02/10/2013, Times Higher Education

Comentário: A educação no Brasil lembra muito a Arca de Noé, o governo que salvar todo mundo, mas a Arca não consegue navegar.
Segundo pesquisa, quatro em cada dez universitários no país até sabem ler textos simples, mas são incapazes de interpretar e associar informações. Também não conseguem analisar tabelas, mapas e gráficos ou mesmo fazer contas um pouco mais complexas.
E a America Latina? Apenas três universidades

Ranking completo

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O convidado é você, não seu celular

Os smartphones consomem cada vez mais o nosso tempo e se infiltram em cada canto da nossa vida, levando alguns a dizer que o vício já foi longe demais. Eles estão pedindo a amigos, parentes e até a si mesmos que deixem o celular de lado e se concentrem nas pessoas à sua frente, em vez de se deixarem levar pela enxurrada de informações que chegam por e-mail, Facebook, Twitter e Instagram.

Essas regras, destinadas a estabelecerem "zonas livres de aparelhos", geralmente preveem consequências para os violadores. Um casal de Nova Jersey tem uma punição em vigor: quem pegar o celular à noite sem "uma razão realmente boa" precisa colocar o filho pequeno para dormir.

Enquanto isso, vem ganhando popularidade uma brincadeira de restaurante que se chama "jogo da pilha de telefones". Todos amontoam seus celulares no meio da mesa, e a primeira pessoa que consultar seu aparelho precisa pagar a conta para todos.

"A expectativa de que devemos estar sempre disponíveis para empregadores, colegas e família cria um obstáculo real para a tentativa de reservar um tempo privado", disse ao "Times" a escritora Lesley M. M. Blume. "Mas esse tempo privado é mais importante do que nunca."

O assunto atualmente exige a atenção até dos planejadores de casamentos. Bruce Feiler escreveu no "Times" sobre noivas e noivos que não querem que os convidados tragam seus celulares ou postem fotos da cerimônia on-line. Há muitas razões para isso. Alguns casais querem evitar magoar quem não foi convidado. Outros querem assegurar que apenas as fotos lisonjeiras sejam distribuídas.

Esses eventos têm nome: "casamentos desplugados". Um planejador de eventos de luxo em Boston, que já trabalhou para Chelsea Clinton e Matt Damon, criou o que chama de chapelaria de celulares. Os convidados guardam seus telefones antes da cerimônia e, no decorrer da noite, podem voltar a uma área com sofás para consultá-los.

Feiler foi a um casamento onde o casal deixou claro de antemão que os celulares não estavam convidados. O noivo lhe disse: "Um casamento é para que as pessoas prestem um testemunho. Como elas podem fazer isso se elas nem escutam seus votos, já que estão ocupadas tirando fotos?". Fonte: Folha de São Paulo - 8 de outubro de 2013


Comentário: É a dependência eletrônica. Podemos dizer a adicção. É a dependência psicológica ou compulsão pelo celular, internet e redes sociais.

Mas o nome em voga é a nomofobia.  É a dependência e/ou incapacidade de ficar um minuto sem o celular. O termo é uma contração oriunda do inglês “no mobile phobia”, que afeta principalmente os viciados em redes sociais que não suportam ficar offline.

Eles estão mais preocupados em mostrar ou registrar  o momento do que viver, curtir   ou sentir. O vídeo mostra muito bem esse momentos.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Uma em cada oito pessoas no mundo passa fome



O fotógrafo Kevin Carter recebeu o Prêmio Pulitzer com a foto que sensibilizou o mundo com o tema da fome na África. Na imagem, um urubu observa uma criança desnutrida no Sudão

O número de pessoas que sofrem com a fome no mundo caiu de 868 milhões em 2010-12 a 842 milhões em 2011-13, o que significa que uma em cada oito pessoas no planeta continua sem alimentos suficientes, destaca um relatório divulgado pela ONU.

O constante crescimento econômico nos países em desenvolvimento melhorou o acesso aos alimentos, destaca o relatório "O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo", divulgado a cada ano em Roma pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

A região do mundo com maior número de pessoas que passam fome continua sendo a África subsaariana (24,8%), segundo o relatório. A grande maioria das pessoas que passam fome vive em países em desenvolvimento, enquanto 15,7 milhões estão nos países desenvolvidos, segundo a FAO.

"O constante crescimento econômico nos países em desenvolvimento tem melhorado a renda e o a acesso aos alimentos. Uma recuperação recente no crescimento da produtividade agrícola, apoiada pelo aumento do investimento público e o renovado interesse dos investidores privados na agricultura, melhorou a disponibilidade de alimentos", destaca o documento.

O estudo reconhece que em alguns países, incluindo vários da América Latina, as remessas dos imigrantes "desempenham um papel na redução da pobreza, levando a uma alimentação melhor e a progressos na segurança alimentar."

Os recursos também contribuem para estimular os investimentos produtivos dos pequenos agricultores.

Apesar dos progressos realizados em todo o mundo, "persistem marcadas diferenças na redução da fome" e na África subsaariana foram registrados apenas progressos modestos.

Também não foram observados avanços recentes na Ásia ocidental, enquanto Ásia meridional e África do Norte registraram um "lento progresso", destaca a FAO.

Na América Latina, na Ásia Oriental e no sudeste asiático foram registradas as reduções mais importantes no número de pessoas que passam fome e de subalimentação, segundo a organização, com base em dados do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA).

"Desde 1990-92, o número total de pessoas subalimentadas nos países em desenvolvimento caiu 17%, passando de 995,5 a 826,6 milhões".

A meta ambiciosa fixada em Roma em 1996 na Cúpula Mundial sobre a Alimentação (CMA) - reduzir à metade em 2015 o número de pessoas com fome no mundo -, "não poderá ser cumprida a nível global, apesar de 22 países terem alcançado o objetivo ao fim de 2012", recorda a FAO.

"Para alcançar o objetivo da CMA, o número de pessoas com fome nos países em desenvolvimento teria que cair a 498 milhões em 2015, o que não será possível ao ritmo atual da redução", adverte a organização. Fonte: G1-01/10/2013

Comentário: Cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçados anualmente não só causam grandes perdas econômicas, como também tem impacto significativo nos recursos naturais dos quais a humanidade depende para se alimentar. Essa é a conclusão de um novo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O relatório informa que, a cada ano, os alimentos produzidos, mas não consumidos, utilizam um volume de água equivalente ao fluxo anual do rio Volga, na Rússia, e são responsáveis pela emissão de 3,3 bilhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera do planeta. Além destes impactos ambientais, as consequências econômicas diretas do desperdício de alimentos (sem incluir peixes e frutos do mar) atingem o montante de 750 bilhões dólares por ano, de acordo com as estimativas do estudo da FAO.

“Todos nós, agricultores e pescadores, processadores de alimentos e supermercados, governos locais e nacionais e consumidores individuais, temos de fazer mudanças ao longo de toda a cadeia alimentar humana para impedir que ocorra, desde já, o desperdício e, não sendo isto possível, promover a reutilização ou a reciclagem”, afirmou o Diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva.

“Não podemos simplesmente permitir que um terço de todos os alimentos produzidos seja perdido ou desperdiçado devido a práticas inadequadas, quando 870 milhões de pessoas passam fome todos os dias”, disse ele. Fonte: ONUBR-11 de setembro de 2013