quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O convidado é você, não seu celular

Os smartphones consomem cada vez mais o nosso tempo e se infiltram em cada canto da nossa vida, levando alguns a dizer que o vício já foi longe demais. Eles estão pedindo a amigos, parentes e até a si mesmos que deixem o celular de lado e se concentrem nas pessoas à sua frente, em vez de se deixarem levar pela enxurrada de informações que chegam por e-mail, Facebook, Twitter e Instagram.

Essas regras, destinadas a estabelecerem "zonas livres de aparelhos", geralmente preveem consequências para os violadores. Um casal de Nova Jersey tem uma punição em vigor: quem pegar o celular à noite sem "uma razão realmente boa" precisa colocar o filho pequeno para dormir.

Enquanto isso, vem ganhando popularidade uma brincadeira de restaurante que se chama "jogo da pilha de telefones". Todos amontoam seus celulares no meio da mesa, e a primeira pessoa que consultar seu aparelho precisa pagar a conta para todos.

"A expectativa de que devemos estar sempre disponíveis para empregadores, colegas e família cria um obstáculo real para a tentativa de reservar um tempo privado", disse ao "Times" a escritora Lesley M. M. Blume. "Mas esse tempo privado é mais importante do que nunca."

O assunto atualmente exige a atenção até dos planejadores de casamentos. Bruce Feiler escreveu no "Times" sobre noivas e noivos que não querem que os convidados tragam seus celulares ou postem fotos da cerimônia on-line. Há muitas razões para isso. Alguns casais querem evitar magoar quem não foi convidado. Outros querem assegurar que apenas as fotos lisonjeiras sejam distribuídas.

Esses eventos têm nome: "casamentos desplugados". Um planejador de eventos de luxo em Boston, que já trabalhou para Chelsea Clinton e Matt Damon, criou o que chama de chapelaria de celulares. Os convidados guardam seus telefones antes da cerimônia e, no decorrer da noite, podem voltar a uma área com sofás para consultá-los.

Feiler foi a um casamento onde o casal deixou claro de antemão que os celulares não estavam convidados. O noivo lhe disse: "Um casamento é para que as pessoas prestem um testemunho. Como elas podem fazer isso se elas nem escutam seus votos, já que estão ocupadas tirando fotos?". Fonte: Folha de São Paulo - 8 de outubro de 2013


Comentário: É a dependência eletrônica. Podemos dizer a adicção. É a dependência psicológica ou compulsão pelo celular, internet e redes sociais.

Mas o nome em voga é a nomofobia.  É a dependência e/ou incapacidade de ficar um minuto sem o celular. O termo é uma contração oriunda do inglês “no mobile phobia”, que afeta principalmente os viciados em redes sociais que não suportam ficar offline.

Eles estão mais preocupados em mostrar ou registrar  o momento do que viver, curtir   ou sentir. O vídeo mostra muito bem esse momentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário