sábado, 18 de maio de 2013

Espanha: Panorama desolador

O panorama é desolador por onde quer que se olhe:

6,2 milhões de desempregados (uma assustadora taxa de 27%); 10% das residências com todos os seus membros sem trabalho;

513 despejos por dia; mais de 11 milhões de espanhóis (dos 47 milhões) abaixo da linha de pobreza;

26,5% dos menores de 16 anos em risco de exclusão social. Cifras alarmantes que se traduzem em dramas pessoais, marcados por uma culpa irracional.

— Muitos pacientes se perguntam “O que fiz de mal?”, “Onde foi que eu errei?”, “Por que meus filhos vão ter condições de vida piores do que as minhas?”. Uma pessoa pode errar mais ou errar menos, mas há algo que está claro: nenhuma delas provocou esta crise, embora sofram com ela — afirma o psicanalista e psiquiatra Josep Moya Ollé, coordenador do Observatório de Saúde Mental da Catalunha

— Eu tinha tudo. Sempre fui de classe média. Carro, hipoteca, viagem de férias, família feliz. De um dia para o outro nossa vida começou a desabar como um castelo de areia. Como não consigo achar uma solução, procurei ajuda para, pelo menos, saber lidar com a catástrofe em que se transformou a minha vida. Hoje não tenho nada e, se não fosse por meus pais e por minha irmã, não teria nem como dar de comer às crianças — conta Marta (nome falso), que exige anonimato.

Ao sentimento de culpa se une a vergonha, que torna silencioso o empobrecimento da classe média. As pessoas não falam sobre o naufrágio de suas vidas, e tentam justificar suas atitudes inventando desculpas que ocultam a verdadeira razão, que é a falta de dinheiro. Mudam o filho do colégio particular para o público porque não estavam de acordo com os métodos de ensino; negam-se a pagar taxas extras de condomínio porque as acham absurdas; deixam o carro indefinidamente na oficina mecânica porque andam muito ocupados. Uma luta interna (e externa) vivida por uma boa fatia da população para enfrentar o paradoxo de não ter como consumir em uma sociedade de consumo: algumas estatísticas apontam que cerca de 13 milhões de pessoas que eram parte da classe média espanhola, já não podem se considerar como tal.

— Entre nossos pacientes há pessoas que nunca usaram os serviços públicos, mas, de repente, caíram em uma situação de precariedade tão absoluta que se viram obrigados a comer em “sopões”. Empresários, inclusive. Há gente que se sente tão envergonhada de fazer fila na rua para conseguir um prato de comida que acaba enfrentando sérias dificuldades para se alimentar. Sentem-se observados e preocupados com a imagem diante das outras pessoas — conta Ernolando Parra, coordenador do programa de atendimento gratuito “Tempos de crise”, oferecido pela ONG Psicólogos Sem Fronteiras. Fonte: O Globo - 18/05/13

Comentário: A Espanha fez da construção civil a principal atividade econômica, com participação no PIB de quase 40%. Como consequência dessa participação gerou expectativas irreais;  sobrevalorização de moradia, excesso de oferta, aumento de preços, excesso de financiamento (chegou ao ponto de financiar 80% do preço de venda). Em qualquer parte do mundo o crescimento da construção civil é o resultado do crescimento de outras atividades industriais. O que houve na Espanha foi especulação imobiliária. Com juros baixos, houve uma sensação aparente de riqueza patrimonial, adquirindo imóveis, aumento de dívidas, etc, sem contrapartida, crescimento salarial em face do aumento da dívida, poupança, etc.  Por exemplo, no Brasil a participação da construção civil no PIB é de 5,8%.

Tem outro agravante, o mercado mundial mudou, estamos na era do conhecimento tecnológico, não há necessidade de ter tantas fábricas e empregos  como antigamente. Existe uma reorganização industrial onde o excedente de mão de obra  não há como ser aproveitada, acrescido com crescimento demográfico e imigrações. Esse é o grande problema da maioria dos países, não há emprego para toda  a  população. Cada vez mais a indústria utiliza menos mão de obra para fabricar um produto, gerando um excedente de mão de  obra cada vez maior. O crescimento do PIB de qualquer país não é suficiente para gerar novos empregos  para os trabalhadores que estão entrando no mercado de trabalho e os demais que perderam empregos que estão procurando.  E com mais um agravante,  novos países que antigamente não fazia parte do comercio mundial, tornaram-se fornecedores desse comércio afetando os demais países tradicionais, substituindo-os na produção de produtos. O que prevalece atualmente é o preço do produto. Os países que tem encargos sociais elevados estão perdendo a competição no mercado mundial  para fornecer produtos com bons preços.  O que prevalece é a lógica do mercado, produto bom e barato.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Venezuela:Falta papel higiênico

O governo da Venezuela aprovou a compra de 50 milhões de rolos de papel higiênico para reabastecer o país ante a falta do produto nos supermercados. O governo diz que a aquisição se deve "a compras nervosas desnecessárias" causadas pelo ambiente político do país. Além do papel higiênico, diversos alimentos e insumos começaram a faltar nos supermercados após a morte do ex-presidente Hugo Chávez, em março. O governo culpa as empresas pelo baixo fornecimento dos produtos, a maior parte deles com preços congelados. A escassez é atribuída pelo presidente Nicolás Maduro aos empresários que, segundo ele, estão aliados à oposição para desabastecer o país e gerar insatisfação popular. O governo responsabilizou ainda uma "campanha midiática por promover uma excessiva demanda" por papel higiênico. Fonte: Valor Econômico - 16/05/2013

Comentário: Daqui a pouco o presidente Madura dirá, que o venezuelano gasta muito papel para fazer a higiene. Ou o pajarito Chávez soprará no ouvido do Madura, tem de usar dos dois lados (double face).

Piada venezuelana:  Um socialista bolivariano , um capitalista e um cubano marcaram um encontro. O socialista chegou atrasado.
-- Desculpem pelo atraso, tive de enfrentar uma fila para comprar papel higiênico.
-- O que é fila? -- perguntou o capitalista.
-- O que é papel higiênico? -- perguntou o cubano

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Contraste de preços na Venezuela

1-Na loja de conveniência de posto de gasolina, uma garrafa de água mineral de 1,5 litro custa 9,79 bolívares [R$ 3,05]. Isso significa que um litro de água custa 65 vezes um litro de gasolina.

2-Um litro de gasolina na bomba custa um pouco menos de 0,1 bolívar [R$ 0,03]. Ou seja, para encher um tanque de 45 litros, um venezuelano gasta 4,5 bolívares [R$ 1,40].

3- Um  iogurte, custa 15 bolívares [R$ 4,70, no câmbio oficial]. Com isso enche o tanque do carro três vezes.  

Outro problema venezuelano é a inflação, que está entre as dez mais altas no mundo. Em 2012, o índice medido pelo governo fechou em 20,1%. Só nos dois primeiros meses deste ano, a inflação acumulado é de 5%. Para comparação, em todo o ano passado, o Brasil registrou 5,84% --índice considerado alto por economistas.

Comentário. O que o pajarito Chávez está pensando no Paraíso? Temos petróleo, mas não temos nada.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Faltam alimentos na Venezuela

Por falta de farinha, venezuelano faz fila e marca braço com caneta

Escassez é a maior em cinco anos e inflação de abril chega a 4,3%

Marcar no braço, a caneta, um número de controle se tornou uma das únicas formas de obter farinha de milho em Barquisimeto, uma das maiores cidades da Venezuela, no Estado de Lara (centro).

Fotos com as longas filas de consumidores com o braço marcado para comprar o produto --ingrediente da arepa, quitute base da dieta do país-- se tornaram nesta semana o símbolo da escassez de produtos na Venezuela, que chegou ao maior patamar dos últimos cinco anos, segundo medição feita pelo Banco Central.

Há outro dado preocupante para o presidente Nicolás Maduro, divulgado nesta semana: a inflação de abril foi 4,3%, contra 2,8% de março. O acumulado dos últimos 12 meses é 29,4%. Além da farinha de milho, cujo nível de escassez é o dobro do geral faltam farinha de trigo, frango, leite em pó, açúcar e papel higiênico.

O governo atribui a alta de preços e o desabastecimento à especulação de empresários que querem dar um "golpe econômico" em Maduro.  Para analistas, os problemas são fruto da queda da produção (desestimulada em parte pelos tabelamento dos de preços), do aumento da demanda e da paralisação nas importações pelo atraso na entrega de divisas oficiais.

Durante visita a Brasília, anteontem, Maduro disse que o Brasil vai ajudar seu país a "conseguir o objetivo de curtíssimo prazo" de aumentar a produção alimentícia local.

"O problema não se resolve pedindo cacau [ajuda] a países amigos', mas estimulando o investimento", criticou Luis Vicente León, do instituto Datanálisis ontem. "Podem passar horas de discursos, ataques, mas sem abastecimento as pessoas se irritam. E não haverá sem empresas, preços e divisas", declarou o analista. Fonte: Folha de São Paulo - sábado, 11 de maio de 2013 

Comentário: Deve ser mais uma mentira dos meios de comunicação? O que existe na Venezuela é uma escassez geral de produtos e alimentos.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os ex-comunistas e o capitalismo

O ranking dos 10 mais da lista dos anistiados políticos soma R$ 25.439.875,94 em indenizações. A quantia é suficiente para instalar 26 mil computadores em escolas públicas, equipar 31 hospitais com aparelhos de tomografia e distribuir exemplares do livro ‘Técnicas de interrogatório sem violência’ entre 392 mil militares. As cifras aparecem na folha de pagamento do Ministério do Planejamento. A identificação dos beneficiários exige uma demorada busca na coleção do Diário Oficial da União.

Todas as indenizações foram aprovadas pela Comissão de Anistia, mas nenhum integrante do ranking recebeu integralmente o dinheiro pago em parcelas. Enquanto esperam, recebem pontualmente as pensões mensais fixadas na mesma decisão que calculou o valor da indenização.

1) José Carlos da Silva Arouca

Indenização: R$ 2.978.185,15

Pensão mensal: R$ 15.652,69.

Relator: Márcio Gontijo

2) Antonieta Vieira dos Santos

Indenização: R$ 2.958.589,08

Pensão mensal: R$ 15.135,65.

Relator: Sueli Aparecida Bellato

3) Paulo Cannabrava Filho

Indenização: R$ 2.770.219,00

Pensão mensal: R$ 15.754,80.

Relator: Márcio Gontijo

4) Renato Leone Mohor

Indenização: R$ 2.713.540,08

Pensão mensal: R$ 15.361,11.

Relator: Hegler José Horta Barbosa

5) Osvaldo Alves

Indenização: R$ 2.672.050,48.

Pensão mensal: R$ 18.095,15.

Relator: Márcio Gontijo

6) José Caetano Lavorato Alves

Indenização: R$ 2.541.693,65

Pensão mensal: R$ 18.976,31.

Relator: Márcio Gontijo

7) Márcio Kleber Del Rio Chagas do Nascimento

Indenização: R$ 2.238.726,71

Pensão mensal: R$ 19.115,17.

Relator: Márcio Gontijo

8 ) José Augusto de Godoy

Indenização: R$ 2.227.120,46

Pensão mensal: R$ 12.454,77.

Relator: Sueli Aparecida Bellato

9) Fernando Pereira Christino

Indenização: R$ 2.178.956,71

Pensão mensal: R$ 19.115,19.

Relator: Márcio Gontijo

10) Hermano de Deus Nobre Alves

Indenização: R$ 2.160.794,62

Pensão mensal: R$ 14.777,50.

Relator: Vanda Davi Fernandes de Oliveira

Os pedidos de anistia com repercussão econômica custaram aos cofres públicos, nesses 10 anos, mais de 4 bilhões de reais. Fonte: Veja - 02/08/2010

Comentário: São os comunistas de coração e  neo-marxista-capitalista no bolso. Coitado do trabalhador que se aposenta com salário mínimo.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Atraso da América Latina é de 100 anos, afirma o BID

A América Latina irá demorar um século para alcançar o nível dos países desenvolvidos, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A instituição recomenda, em seu relatório anual, que os países da região reduzam as diferenças de competitividade e produtividade que os separa dos países desenvolvidos, com o objetivo de aumentar os investimentos na América Latina.

O BID apontou a educação secundária e a baixa qualidade das instituições públicas como as duas áreas críticas, que exigem um fortalecimento acentuado, para que os países latino-americanos aumentem sua competitividade.

O relatório da instituição informa que, na região, somente 20% da população com idade para trabalhar tem educação secundária. O estudo ressalta que, apesar da melhora na década de 1990, os índices de competitividade e produtividade da região estão abaixo dos registrados pelas economias mais dinâmicas da Ásia, Oriente Médio e Leste Europeu. Fonte: DGABC-domingo, 14 de outubro de 2010

Comentário: É a região que tem mais paleontólogos marxistas.É a pura realidade. Os governos da esquerda sempre fizeram opções; pelos pobres, miseráveis, pelos necessitados, pelos excluídos, etc.

A estratégia da esquerda lembra o caranguejo, ele anda para trás quando os outros países andam para frente. Recua enquanto os outros avançam.

Pablo Neruda tinha câncer avançado na época em que morreu

Restos mortais do poeta chileno foram exumados após seu motorista afirmar que ele havia sido envenenado

No Chile, os testes preliminares feitos nos restos mortais do poeta Pablo Neruda (morto em setembro de 1973) mostraram que ele sofria de câncer de próstata em estado avançado. A conclusão inicial é de analistas forenses chilenos.

Vencedor do Prêmio Nobel, Neruda morreu duas semanas depois do golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet (1973-1990). Os restos mortais de Neruda foram exumados depois que seu ex-motorista e assistente Manuel Araya disse que o poeta havia sido envenenado por agentes de Pinochet.

Até o momento, as descobertas parecem sustentar a tese oficial: Neruda morreu de causas naturais. Representantes do Partido Comunista Chileno, no entanto, consideram essas conclusões ainda insuficientes. Os restos mortais do poeta foram exumados no último dia 8.

As escavações foram feitas em um dos pátios da casa-museu do poeta no balneário de Isla Negra. As investigações começaram há dois anos, com base em alegações do Partido Comunista, ao qual Neruda pertencia, e do ex--motorista, de que ele foi envenenado quando passou mal e foi levado para a Clínica Santa Maria, em Santiago. Fonte: Zero Hora - 03/05/2013

Comentário: O fantasma dos restos mortais do  Pablo Neruda ronda a esquerda paleontólica, mas ela não descobriu nada que incriminasse a direita. A esquerda latina sempre a procura de mais um mártir, talvez mais um Pajarito? A esquerda está sempre cheia de carpideiras, aguardando a chegada dos mitos. Até o momento  temos apenas o Pajarito Chávez. Como a esquerda gosta de um partido monolítico, talvez, coloque o Pajarito Chávez numa gaiola para cantar. Eta Pajarito democrático.