domingo, 30 de maio de 2010

Colômbia:Mockus e Santos farão 2º turno

Com quase 100% das urnas apuradas na Colômbia, o candidato governista Juan Manuel Santos aparece como vencedor das eleições presidenciais deste domingo, mas não conseguiu evitar um segundo turno em 20 de junho, contra o candidato do partido Verde, Antanas Mockus.O órgão eleitoral colombiano afirma que Santos conquistou mais de 46% dos votos válidos, enquanto Mockus obteve pouco mais de 21%. Para decidir o pleito em turno único, eram necessários 50% mais um dos votos. Fonte: BBC Brasil - 30 de maio, 2010

Festa de São Vito



Começou no sábado, 29 de maio, a tradicional festa de São Vito, no Brás, região central de São Paulo. São 40 barraquinhas montadas no meio da Rua Polignano à Maré que oferecem macarrão, antepastos, pães e doces italianos. A festa acontece todos os fins de semana até o dia 4 de julho. Quem for ao local paga uma entrada que já dá o direito de saborear essas iguarias e show ao vivo.

Em 2009 passaram pelo evento mais de 100 mil pessoas vindas de diferentes bairros da capital, de grande parte do interior do estado e, até mesmo de outros países como Itália, Canadá, Estados Unidos, entre outros. Com apoio de uma equipe extremamente envolvida no evento e de patrocinadores de peso, foram servidos mais de 18 mil pratos de spaguetti, aproximadamente 8 mil lasanhas e 6 mil nhoques regadas com mais de 6 toneladas de molho de tomate. Foram empregadas mais de 2 toneladas de mussarela, 1 mil litros de azeite, 4 toneladas de farinha, 2 toneladas de tomates na confecção de 19 mil ficazzelas preparadas na cozinha industrial da paróquia São Vito. Para as sobremesas foram servidos mais de 12 mil doces variados. O consumo de bebida também bateu todos os recordes quando comparado as edições anteriores da festa. Foram consumidos mais de 62 mil litros de cerveja e 30 mil litros de vinho. Apesar dos números exorbitantes não houve registro de um incidente se quer durante toda a festividade.

A Associação Beneficente São Vito Mártir foi fundada por italianos e descendentes em 1918, quando ocorreu a primeira festa, como uma autêntica manifestação cultural italiana na cidade. São Vito é o padroeiro do vilarejo europeu de Polignano a Mare (pronuncia-se Polinháno a Máre) na Puglia, origem da maioria dos imigrantes que se instalaram no bairro após 1889. A festa ajuda a manter as obras sociais da paróquia, inclusive a creche, que abriga 120 crianças pobres de até 4 anos.

Vídeo:
Polignano a Mare é  uma pequena cidade bucólica,  com menos 20.000 habitantes, com atividades predominantes; turismo, agricultura e pesca.


Vídeo:

Domenico Modugno nasceu em Polignano a Mare






sábado, 29 de maio de 2010

Easy Rider - Dennis Hopper morre na Califórnia

Dennis Hopper morreu, aos 74 anos, neste sábado (29) em sua casa na Califórnia. No início de 2010 foi divulgado que o ator sofria de câncer na próstata em estágio terminal, diagnosticado no final de 2009. Segundo informações divulgadas pela agência Reuters, Hopper estava cercado por amigos e familiares e veio a óbito às 12h15 (horário de Brasília). Hopper ficou conhecido por dirigir e atuar no clássico "Easy Rider - Sem Destino" de 1969, ao lado de Peter Fonda. Além do filme, marco da contracultura, Dennis Lee Hopper interpretou um fotojornalista no longa "Apocalipse Now" (1979), assinado por Francis Ford Coppola, e o vilão Frank Booth de "Veludo Azul"(1986), dirigido por David Linch. Ao lado do amigo e mentor, James Dean, apareceu, na década de 50, nos dramas "Juventude Transviada" e "Giant - Assim Caminha a Humanidade". Fonte: UOL Cinema - 29/05/2010  


Comentário

Easy Rider (Sem Destino) é um road movie americano de 1969, escrito por Peter Fonda, Dennis Hopper e Terry Southern, produzido por Fonda e dirigido por Hopper.Conta a história de dois motociclistas que viajam através do sul e sudoeste do Estados Unidos, com o objetivo de alcançar a liberdade pessoal. O sucesso de Easy Rider ajudou a reacender a fase New Hollywood do cinema norte-americano durante a década de 1960. Um marco na filmografia de contracultura,e a "pedra-de-toque" de uma geração" que "capturou a imaginação nacional",Easy Rider explora as paisagens sociais, assuntos e tensões na América da década de 1960, tal como a ascensão e queda do movimento hippie, o uso de drogas e estilo de vida comunal. Fonte: Wikipédia


Praia russa em Sochi


Sóchi é uma cidade da Rússia situada a sudoeste do país, nas proximidades das montanhas nevadas do Cáucaso e do mar Negro. Segundo o censo de 2002, Sóchi tinha uma população de 328 809 habitantes, tendo perdido residentes desde 1989, quando foram registrados 336 514. 

É uma das cidades com clima mais ameno de toda a Federação Russa, com temperaturas invernais que raramente ficam abaixo de zero graus centígrados. No verão, as temperaturas oscilam entre 26 e 32 graus centígrados. Esta característica somada aos aspectos físicos da região (praias e montanhas) fazem de Sóchi uma "cidade-resort", destino de milhares de russos durante suas férias. 

Aproveitando-se dessas características, a cidade lançou-se como candidata a acolher os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 e foi a escolhida de entre as finalistas (chegaram à fase final PyeongChang (Coréia do Sul) e Salzburgo (Áustria).Fonte: Mundi Viagens

 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Hino Nacional Interpretado por Martinho da Vila

No Período que antecede a Copa do Mundo de Futebol, com o Hino Nacional mais em evidência, o governador Sérgio Cabral, a secretária de Educação, Tereza Porto, e o presidente da CEDAE, Wagner Victer, lançaram nesta segunda-feira, 24 de maio, no Cine Odeon, Cinelândia, o DVD do Hino Nacional, na interpretação do cantor e compositor Martinho da Vila, com regência do maestro Leonardo Bruno. O DVD, legendado e com imagens representativas do Estado do Rio de Janeiro, será distribuido gratuitamente aos alunos da rede pública. O objetivo é conscientizar crianças em idade escolar sobre os hábitos de cidadania, além de ensinar a letra aos estudantes, assim como seu significado, e estimulá-los a cantar. O projeto faz parte do Programa “CEDAE nas Escolas”. 




domingo, 23 de maio de 2010

Café exótico

SAGADA, Filipinas - Goad Sibayan saiu recentemente em busca de café nas montanhas isoladas das Filipinas, conhecidas localmente como a Cordillera.


Chegando a um vale em que pés de café cresciam em abundância, Sibayan vasculhou a mata onde os animais costumam descansar depois de colher com as patas os frutos de café mais saborosos e banquetear-se com eles. bligo-CivetCoffee.jpgVendo um pequeno amontoado marrom sobre uma pedra, ele o colocou em sua palma direita, guardou-o em uma bolsa e sussurrou: "Ouro!".

Não exatamente. Mas o que ele encontrara era o equivalente a isso no mundo dos cafés de alto valor: esterco contendo os grãos de café mais caros do mundo.

Esses grãos, que custam centenas de dólares por quilo, são encontrados no esterco da civeta, um animal peludo cuja aparência lembra a de um felino e que percorre as regiões cafeicultoras do Sudeste Asiático em busca dos frutos de café mais maduros e saborosos.

A civeta acaba por excretar o âmago duro e indigerível da fruta -basicamente, grãos de café incipientes-, mas apenas depois de ela ter sido fermentada nos ácidos estomacais e enzimas do animal, resultando em um café descrito como aveludado, achocolatado e livre de qualquer sabor residual amargo.

 Nos últimos anos, à medida que "connoisseurs" em EUA, Europa e Ásia Oriental foram descobrindo o café de civeta, a demanda crescente começou a alimentar uma verdadeira "corrida do ouro" nas Filipinas e na Indonésia, países com as maiores populações de civetas. Coletores vasculham as florestas das Filipinas, onde o café de civeta emergiu como um novo negócio. Na Indonésia, empreendedores têm capturado civetas e instalado minifazendas de criação do animal, com frequência em seus próprios quintais.

Com tanto dinheiro em jogo, grãos de café de civeta falsos ou de baixa qualidade também têm inundado o mercado.

"Há mais café de civeta do que nunca, mas não confio na qualidade", disse Rudy Widjaja, 68. Sua loja de café em Jacarta, a Warung Tinggi, existe há 131 anos e é considerada a mais antiga do gênero na Indonésia.  A concorrência suscita discussões acirradas. O que é o verdadeiro café de civeta, afinal?

São os frutos escolhidos pela civeta que garantem a qualidade do café? Ou é a trajetória deles pelo trato digestivo do animal? Será que o aroma, a fragrância e o sabor de grãos contidos no esterco de uma civeta criada em uma jaula podem ser tão bons quanto os de grãos excretados por uma civeta silvestre?

Vie Reyes, cuja empresa Bote Central, de Manila, ingressou no ramo do café de civeta cinco anos atrás, disse que só compra grãos de pessoas que os recolhem na natureza. Ela exporta -seus maiores mercados são o Japão e a Coreia do Sul- e também vende o café diretamente em embalagens de 1 kg, por US$ 500.

A população decrescente de civetas na Indonésia está criando obstáculos para as pessoas interessadas em aproveitar o boom do café especial. O café de civeta é há muito tempo produto da ilha de Sumatra, onde a ocupação humana, o desenvolvimento econômico e o desmatamento vêm fazendo o habitat do animal encolher.

bligo-CocoCiveta.jpg Foto: Cocô da civeta com os grãos de um dos cafés mais exóticos do mundo

Widjaja, o dono da loja em Jacarta, disse que os holandeses, que governaram a Indonésia por mais de três séculos, e soldados japoneses, que ocuparam o país durante a Segunda Guerra Mundial, eram os consumidores mais ávidos do café de civeta. Ele contou que esse tipo de café praticamente desapareceu após o final dos anos 1950 e ressurgiu no mercado só depois de sua fama chegar a outros países. Quando, em 2007, ele começou a receber solicitações de compradores interessados em EUA, Japão e Taiwan, garantiu um fornecimento regular de café de civeta silvestre e começou a vendê-lo no ano passado, por US$ 300 o quilo.

Em Liwa, cidade pequena no sudoeste de Sumatra, mais de 30 famílias trabalham com o café de civeta. Mega Kurniawan, 28, entrou no ramo dois anos atrás, criando civetas no quintal de sua casa. Ele já ampliou a criação para três outros locais. Com 102 animais, recolhe cerca de 250 quilos de grãos de café por mês. Suas civetas passam os dias dormindo em suas jaulas de madeira. À noite, os animais se alimentam de pratos de frutos de café, reabastecidos a cada duas horas, ou andam de um lado a outro, com energia cafeinada. Kurniawan disse que, apesar de viverem em cativeiro, as civetas comem apenas cerca de metade dos frutos que lhes são apresentados -escolhem os melhores. Ele rejeitou as críticas de que enjaular os animais afeta o sabor dos grãos. Mas admite que alguns compradores preferem o café de civeta silvestre. "Talvez seja uma questão de prestígio." Fonte: Folha de São Paulo - 17 de maio de 2010  

  

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Infância e Velhice: O que é aquilo?

 A vida é como um círculo, você nasce, percorre a linha do circulo e termina a onde começou. A criança e o velho fecham o circulo. 

Semelhanças entre infância e velhice

"Infância e a velhice são fases de passagem de mudanças e transformações. A criança é um vir a ser e o velho é o que foi, mas na verdade infância e velhice se cruzam" É impressionante que quanto mais idade nós adquirimos mais agimos como se não tivéssemos tal idade. Parece que quanto mais maduro achamos que estamos, não sabemos o que é maturidade. É que a vida não é uma questão de tempo e relógio, as vidas são mais que o tempo.

Parafraseando Carlos Drummond de Andrade em seu poema Idade Madura: “Dentro de mim, bem no fundo, há reservas colossais de tempo, futuro, pós-futuro, pretérito...” E o que seria esse tempo? É o tempo do relógio? Um tempo de sucessão de momentos? Ou é o tempo imaginário?

Memória é importantíssima para integridade pessoal

Estamos invadindo o tempo vivido. Nós conseguimos construir nossa identidade quando construímos um futuro para dentro do passado. E sem perspectiva de futuro nosso presente se torna despedaçado. A imaginação e a experiência de vida tem um papel importante nesse processo. A experiência importa não tanto o que aconteceu na infância, no passado, mas como o futuro poderá ser reconstruído a partir da experiência desse passado. Estamos sempre reconstruindo nossas trajetórias alternativas de vida. Estamos constantemente preenchendo lacunas do passado. É assim que constantemente buscamos o significado da existência no aqui e agora da vida. Para tanto a memória é importantíssima para nossa integridade enquanto pessoa.

Semelhanças entre infância e velhice

As fases da vida do ser humano que transita da infância à velhice, que são fases em que entra em questão a fragilidade da condição humana, nos faz enxergar o velho e a criança como seres entre “duas águas marginais”, entre um futuro e um passado que fazem de seu presente um enigma em si mesmos e para a sociedade em que vivem. Diante do enigma, todos se perguntam sobre quem são e como é o mundo onde estão e no qual se encontram.

A infância e a velhice são fases de passagem de mudanças e transformações. A criança é um vir a ser e o velho é o que foi, mas na verdade infância e velhice se cruzam. Porém, crianças e velhos são sujeitos categorizados socialmente que colocam como exigência um olhar devagar para observar as diferenças e particularidades. Crianças e velhos são sujeitos de vivências individuais e coletivas ao mesmo tempo, que fazem parte de um patrimônio cultural e social, a um só tempo. São eles também que evidenciam a natureza das sociedades modernas classificadas de coisas, de pessoas e de tudo o mais. Para muitos grupos sociais a criança é aquilo que ainda não é, e o velho, aquilo que consiste uma ameaça em termos de futuro. Assim, ambos tornam-se vitimas de algo que está fora deles, fora de um ideal de sociedade. A criança e o velho são assim vistos como seres sem independência, sem desejos, sem autonomia, sem vontades, sem capacidades para gerenciar-se.

A modernidade sucateia as vidas humanas. Então o ideal fica sendo a eterna juventude congelada no tempo. E as pessoas esquecem que o que importa são as experiências de vida sejam vividas em qualquer fase, na infância, na adolescência, na juventude, na maturidade, na vida adulta e na velhice. Diz o poeta Fernando Pessoa “Minha vida tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra cousa todos os dias são meus”. É preciso ver o envelhecimento numa perspectiva de desenvolvimento. Estamos sempre nos desenvolvendo”.

Uma reconstrução imaginativa é criada por nossas atitudes diante das nossas experiências. Por que exploramos potencialidades do passado. O que importa é como nós refletimos sobre as experiências vividas. É assim que amadurecemos nossas habilidades. Os valores são reconstruídos no presente. Fazemos constantemente contrastes de experiências de eventos. Isso tem implicação de como nós pensamos o tempo. O tempo de vida não é uma duração com ritmos pautados para viver. É a experiência do tempo que passa. Nós somos o tempo. Infância e velhice se desdobram, se transformam, se reelaboram, possuem força e fragilidade ao mesmo tempo. Nossa experiência pessoal, nossa história de vida é um valioso memorial.  Autora - Elisandra Vilella G. Sé