terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Berlusconi é agredido e sofre fratura e corte no rosto

Silvio Berlusconi foi agredido por um homem com problemas mentais no domingo (13 de dezembro), durante um comício em Milão, e acabou internado em um hospital com cortes na boca, dentes quebrados e fratura no nariz.
O ataque aconteceu por volta das 18h30min (15h30min pelo horário de Brasília), quando Berlusconi dava autógrafos  a partidários. Antes, o discurso do primeiro-ministro, transmitido ao vivo pela TV, foi interrompido por opositores, que pediam sua renúncia e o chamavam de “palhaço”. Berlusconi se irritou e gritou de volta “vergonha” pelo menos três vezes.  O primeiro boletim médico indica que Berlusconi sofreu uma “pequena fratura” no nariz, teve dois dentes quebrados e sofreu lesões nos lábios ao ser atingido por uma pequena estatueta metálica lançada de pouca distância pelo atacante.
O agressor foi identificado como Massimo Tartaglia, 42 anos, e preso logo após o incidente. Segundo a polícia, ele não tem antecedentes criminais, mas sua carteira de motorista foi apreendida há alguns meses. Além disso, se submete a tratamento psicológico há 10 anos em um hospital de Milão. Policiais revelaram que Tartaglia jogou uma miniatura do Duomo (catedral) de Milão contra o premier. Inicialmente, fontes haviam dito que o político havia recebido um soco.
Fontes: Zero Hora e UOL Noticias - 14 de dezembro de 2009
 Comentário:A política italiana tem muita pizza e panetone. Mas aqui, além de pizza e panetone tem muita meia e cueca. 

domingo, 13 de dezembro de 2009

Filhos da democracia do Chile não participam de eleição

Obs: O artigo é muito extenso, mas muito interessante.
Quando o general Augusto Pinochet realizou um referendo sobre seu mandato em 1988, uma onda de jovens eleitores foi a diferença decisiva que marcou enfaticamente a transição do país para a democracia.
Mas quando os chilenos forem para as urnas neste domingo, com o destino da coalizão que governa o país há 20 anos na balança, os jovens eleitores provavelmente não terão um papel tão importante. Embora sua democracia tenha amadurecido e sua administração econômica estável tenha se tornado motivo de inveja na América Latina, o Chile desenvolveu um sério caso de apatia política entre os seus cidadãos mais jovens.
Apenas 9,2% dos chilenos entre 18 e 29 anos estão registrados para votar no domingo, o menor número para uma eleição presidencial desde que a democracia foi restaurada em 1990, e só um pouco mais baixo do que o número que registrado em 2005, quando os chilenos elegeram Michelle Bachelet, a primeira mulher a se tornar presidente do país.
"Espero que esses 9% se transformem em 0%", disse Gonzalo Castillo, um estudante de história de 18 anos na Universidade do Chile, que recusou-se a se registrar. "Todos os candidatos representam os interesses da oligarquia, os interesses das grandes empresas."
Os jovens do Chile estão frustrados por causa do sistema que exige que qualquer um que se registre seja obrigado a votar para o resto de sua vida, sob pena de ser multado. Eles dizem que o sistema, estabelecido sob o mandato de Pinochet, limita sua liberdade de expressão e motivou-os a não se registrarem.
Mas a geração mais jovem do Chile também é profundamente apática em relação ao processo político tradicional em geral, e ferozmente independente em relação aos assuntos que preocupam seus pais, que em sua maioria viveram na época da ditadura.
"A juventude do Chile hoje vê o discurso político como a língua de seus pais, não como a sua língua", diz Juan Eduardo Faundez, diretor do National Yourth Institute. "Eles são filhos da democracia, e têm outras opções e outras demandas em relação à sociedade chilena, e à classe política."
A juventude chilena deu uma amostra de seu poder em 2006, quando dezenas de milhares de estudantes do segundo grau protestaram em todo o país pedindo melhorias no sistema educacional.
Mas nem mesmo a energia jovem das ideias de um cineasta de 36 anos de idade, Marco Enriquez-Ominami, que está concorrendo como candidato independente, foi suficiente para fazer com que os jovens fossem às urnas este ano.
Enriquez-Ominami, que renunciou à sua vaga como congressista pelo Partido Socialista para concorrer à presidência, conseguiu sacudir a corrida eleitoral entre a coalizão Concertacion, no poder, e sua concorrente de direita.
Nas pesquisas da semana passada, Sebastian Pinera, um empresário bilionário de centro-direta, estava liderando com 44%, contra 31% de Eduardo Frei, um ex-presidente que pretende suceder Bachelet na contínua linhagem de presidentes apoiados pela Concertacion.
Enriquez-Ominami, que cresceu em parte no exílio na França, estava em terceiro lugar com cerca de 18%, de acordo com as pesquisas.
À véspera da eleição de domingo, nenhum candidato parecia ter mais de 50% dos votos, necessários para evitar um segundo turno em janeiro. Mas com 16% do eleitorado ainda indeciso - o maior número antes de uma eleição presidencial desde 1988 - os resultados são difíceis de prever, dizem os analistas.
A Concertacion, composta por socialistas, radicais e democratas-cristãos, construiu a democracia pós-ditadura e estabeleceu programas sociais e políticas econômicas estáveis e simpáticas ao mercado, tudo isso garantiu o respeito internacional ao Chile.
Nesta eleição, a Concertacion se recusou a realizar primárias para selecionar seu candidato, como fazia antes, negando aos candidatos de fora uma chance para competir.
Isso deu a Enriquez-Ominami uma oportunidade para divulgar a si mesmo como um candidato independente. Sua campanha ameaçou estilhaçar o sistema eleitoral deixado por Pinochet, que garantia que duas coalizões se enfrentariam em todas as eleições.
A capacidade de Enriquez-Ominami de representar um desafio sério sugere que alguns chilenos estão cansados da Concertacion, apesar do sucesso de Bachelet, cujos programas sociais e administração eficiente da economia garantiram-na uma taxa de aprovação de 74% nas pesquisas recentes. Frei, 67, cujo pai Eduardo Frei Montalva também foi presidente, é visto como parte da máquina política conservadora, dizem os analistas.
Independentemente de quem vencer no domingo, é pouco provável que as políticas econômicas do Chile mudem, já que nenhum candidato está propondo grandes reformas nesse campo, dizem os analistas.
Frei prometeu expandir os programas sociais que começaram com Bachelet, que melhorou as condições para as mulheres e aumentou dramaticamente o número de berçários. Pinera disse num discurso na sexta-feira que ele iria aumentar a segurança pública e atacar o tráfico de drogas, e falou sobre a necessidade de lidar com os problemas da classe média, que ele disse ter sido ignorada durante os anos de Bachelet.
Numa entrevista na sexta-feira, Enriquez-Ominami disse que ele pressionaria por reformas políticas e melhorias no sistema de educação.
A popularidade de Bachelet dificilmente foi transferida para Frei. Membros do governo de Bachelet esperavam que os jovens eleitores pudessem desempenhar um papel estratégico nestas eleições, que se mostraram uma das mais competitivas desde que as eleições livres foram retomadas em 1989.
Em 1988, 95% dos eleitores com menos de 29 anos eram registrados, representando 36% do total de eleitores naquele ano, de acordo com números do governo. Se todos os eleitores com menos de 29 anos fossem registrados no Chile hoje, eles somariam 32% do eleitorado, disse Faundez. Mas o número de jovens eleitores registrados veio caindo desde 1988 e, no último mês de abril, chegou a uma baixa histórica de 7,5%, fazendo com que Bachelet autorizasse o National Youth Institute a gastar US$ 1 milhão numa iniciativa de emergência para registrar eleitores. O instituto conseguiu registrar 170 mil eleitores em dois meses, fazendo com que o número voltasse a 9%, disse Faundez.
Enriquez-Ominami, apesar de suas tentativas de apelar para os eleitores mais jovens, mostrando-se como uma alternativa moderna e independente, também se mostrou incapaz de fazer com que o número de eleitores subisse.
Numa entrevista na sexta-feira, Enriquez-Ominami culpou o sistema de registro voluntário e voto obrigatório do Chile por desencorajar os eleitores jovens a participarem do processo político. "O voto deveria ser um dever, não uma obrigação", disse ele.
Bachelet tentou mudar o sistema em abril para que o registro fosse automático aos 18 anos e a votação fosse voluntária, e não obrigatória como é hoje. A medida não foi aprovada no Congresso, onde alguns temiam que isso pudesse reduzir ainda mais a participação do eleitorado.
Como os jovens chilenos não votam, isso encorajou os candidatos a ignorarem suas preocupações. "É um ciclo vicioso em que as pessoas que controlam o país, para perpetuarem-se no poder, falam apenas com a geração mais velha", disse Faundez.
Esse hiato era palpável na Universidade do Chile na sexta-feira.
"Os jovens do Chile nunca sentiram que estavam incluídos no processo político", disse Sebastien Alfaro, 19, que disse que se registrou e planeja votar para Enriquez-Ominami. "Somos vistos apenas como um número para os candidatos. Eles nunca criam projetos concretos, ou propõem políticas para os jovens."
Fonte: UOL Noticias-  The New York Times - 13/12/2009
Comentário: Na America Latina os eleitores acham que as eleições são uma forma de mudança, com esperança de mais emprego, mas programas de saúde, etc, porém  esquecem  que  através de uma sociedade forte, consciente,é que faz as mudanças necessárias. Hoje o jovem é da geração eletrônica, internet,   é a democracia tribal, liberdade irrestrita sem responsabilidade. O jovem pensa como um núcleo tribal e acha que esse núcleo pode expandir de forma harmônica na sociedade.  Mas esquece que esse núcleo provoca colisões, atritos. 
O jovem constrói sua ética conforme seu grupo, ajustada a seu capricho e a exigência do presente imediato, não existe fundamentos de valores, despreza as instituições tradicionais e desconhece o sentido das regras, normas, etc.
 O jovem atual lembra muito a essência da contestação dos hippies da década de 60, onde esses  jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder  econômico. Hoje é uma mistura de hippie e de Easy Rider, porém usufruindo de tecnologia e consumismo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O adeus ao Bat Masterson, almofadinha do Velho Oeste

Quem andava por volta de 1960,  de calças curtas devem se lembrar de Bat Masterson, o lendário herói de telefilmes por volta de 1960. Era interpretado por Gene Barry e suas aventuras no West selvagem eram narradas em telefilmes em preto e branco, de meia hora de duração cada um. Carlos Gonzaga criou a versão brasileira para a balada que introduzia os programas e que virou hit - ""No Velho Oeste ele nasceu/e entre bravos se criou/seu nome lenda se tornou... Bat Masterson! Bat Masterson!!"
O herói viveu suas aventuras na série produzida pela NBC entre 1958 e 61. No Brasil, passavam na TV Rio, na Tupi e, mais tarde, na Globo e no SBT. Gene Barry, que fazia o papel, tinha pinta de galã. Ele morreu anteontem em Los Angeles, aos 90 anos, de causas não anunciadas. Foi modelo e isso o credenciou para dar estilo ao almofadinha que o Bat da ficção era. Além da pistola na cintura, usava bengala, chapéu coco e ternos bem cortados. É muito difícil que na realidade tenha sido assim.
O verdadeiro Bat chamava-se William Bartley Materson, não era xerife nem delegado e sim, auxiliar do célebre Wyatt Earp. O que ninguém discute é que era bom de briga e tiro, e obstinado defensor da lei. Na telinha, o herói também curtia as mulheres - dançarinas de cancã em saloons movimentados - e não resistia a uma roda de pôquer nem a outra de uísque. Gene Barry cantava. Em 1961, veio ao Brasil e fez shows no Rio e em São Paulo.
Fonte: O Estado de São Paulo - Sábado, 12 de Dezembro de 2009  
Comentário:
Mais um mito da  TV, do tempo do caixote, preto e branca esvai-se. É do tempo da calça far‑west ou rancheira, do toca disco, etc. Assistíamos  TV imaginando tudo colorido, hoje, tudo é colorido, mas as pessoas enxergam tudo em preto e branco. O cinema naquela época era festa,  a meninada aguardava a abertura do cinema, trocando gibis, jogando bafo com figurinhas, etc, hoje, o pessoal come pipocas.
Naquela época existia o famoso jingle dos cobertores Parahyba;
Já é hora de dormir
Não  espere a mamãe mandar
Um bom sono pra você
E um alegre despertar
Hoje, a meninada nesse horário está na balada.
Velhos tempos e novos tempos

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Zelaya: Ser ou não ser, eis a questão?

As opções do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, para deixar a embaixada do Brasil em Tegucigalpa são;
·         sair do país como asilado político ou
·         entregar-se à Justiça, onde tem processos pendentes, disse hoje o ministro do Interior do Governo de fato, Oscar Matute.
"Que opção resta a José Manuel Zelaya Rosales? Sair com um pedido de asilo de uma nação irmã ou se submeter às autoridades judiciais para que seus advogados (...) façam as defesas pertinentes", disse Matute.
O ministro lembrou, em declarações à rádio "HRN", que "é de público conhecimento que Zelaya tem ações judiciais pendentes nos tribunais da República" por crimes políticos e comuns.
Matute reiterou que o Governo de fato se negou ontem à noite a outorgar um salvo-conduto a Zelaya, solicitado pela embaixada do México, porque "não definiram o status sob o qual pretenderam amparar" o líder deposto pelo golpe de Estado no dia 28 de junho.
"Era um simples salvo-conduto", mas "se o México fizer uma solicitação com todas as formalidades e requisitos que estabelece a Convenção de Caracas (sobre asilo) o Governo do presidente Roberto Micheletti está disposto a considerá-la", disse.
"Se houver algum pedido formal de asilo para José Manuel Zelaya Rosales, com muito gosto o atenderemos, sem demora alguma", afirmou Matute.
Zelaya, no entanto, reiterou que não solicitou nem quer asilo político de nenhum país, mas, se sair de Honduras, que seja como presidente da República.
Matute lembrou que no dia 2 o Congresso Nacional rejeitou a restituição de Zelaya.
O ministro e o diretor da Academia Diplomática da Chancelaria, Rafael Leiva, lembraram que o Brasil considera Zelaya somente um "hóspede" em sua embaixada, onde está abrigado desde 21 de setembro.
Fonte: UOL Noticias - 10 de dezembro de 2009
Comentário:
Honduras está dando exemplo para os políticos respeitarem  a Carta Magna e não fazer dela um projeto político onde predomina o absolutismo. Esse é um grande defeito da América Latina, pois os políticos  acham  que estão acima da constituição. O que temos na América Latina; ditaduras e autoritarismos de toda sorte; repúblicas populistas e/ou nacionalistas; democracias tuteladas e não consolidadas.
Como disse Oscar Arias, enquanto seguimos discutindo sobre ideologias e sobre todos os ismos, qual é o melhor? Capitalismo, Socialismo, Comunismo, Liberalismo, Neoliberalismo, Social Cristão.. etc.,— os asiáticos encontraram um ismo muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o pragmatismo. A América Latina é um imenso laboratório de ideologias, sem resultados concretos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Os melhores filmes da década

A conceituada revista norte-americana Entertainment Weekly fez uma eclética lista dos 10 melhores filmes da década (2000 a 2009). Os três longas da franquia O Senhor dos Anéis, baseada na obra de J.R.R. Tolkien, levaram juntos o primeiro lugar.
Abaixo, confira a relação completa:
1. O Senhor dos Anéis – trilogia (2001, 2002, 2003, de Peter Jackson)
2. O Segredo de Brokeback Mountain (2005, de Ang Lee)
3. Gladiador (2000, de Ridley Scott)
4. Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008, de Christopher Nolan)
5. Wall-E (2008, de Andrew Stanton )
6. Moulin Rouge – Amor em Vermelho (2001, de Baz Luhrmann)
7. Filhos da Esperança (2006, de Alfonso Cuarón)
8. O Virgem de 40 anos (2005, de Judd Apatow)
9. Encontros e Desencontros (2003, de Sofia Coppola)
10. Quase Famosos (2000, de Cameron Crowe)
Qual o seu favoritor?
Revista Monet -  08/12/09
Comentário:
Cada revista especializada tem seu ranking dos melhores filmes da década.
O jornal britânico The Times publicou uma lista com os 100 melhores filmes da década. O longa brasileiro Cidade de Deus aparece na 66ª posição.
Considero a obra de filmes de Charles Chaplin
O discurso no filme O Grande Ditador é muito atual para Geração Baby Boomer de tecnologia, celular ,etc. e  principalmente uma reflexão para a escola bolivariana que pretende recriar a demo-ditadura. 

domingo, 6 de dezembro de 2009

Natal


Comentário:
Foi inaugurado no Parque Ibirapuera a árvore de Natal. Hoje como é domingo teve muitos fogos e músicas. No Brasil observa-se total descaracterização de  símbolos pátrios, solenidades cívicas, e datas históricas. Por exemplo, o governo atual dá mais importância ao símbolo do partido como promoção do que os símbolos pátrios, pois o governo é de todos não de uma agremiação partidária.. Enquanto aqui, o presidente profere, eu faço, eu mando, nos Estados Unidos o presidente profere, a Nação, a sociedade, etc. Nosso símbolos pátrios  atuais são o carnaval e futebol, pois tudo termina em festa. Com essa mentalidade o Brasil pretende ou procura fazer parte dos países  que tem alguma influência no mundo. A nossa formação histórica é tão descaracterizada pela mídia, qualquer data passa em brancas nuvens, com exceção dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que publicam fatos históricos ocorridos nessas regiões. Não cultuamos a cultura histórica do país, que reflete na própria sociedade brasileira,  que olha para o futuro sem referência do passado. Parece um modelo de celular sempre buscando satisfação tecnológica..
Hoje teve muita música, samba,  muita música baiana. etc. Nada de música para reflexão, coral, música natalina, etc. É mês de Natal.    
Natal e Advento
Começa com as vésperas do domingo mais próximo ao 30 de novembro e termina antes das vésperas do Natal. Os domingos deste tempo se chamam 1º, 2º, 3º, e 4º do Advento. Os dias 16 a 24 de dezembro (Novena de Natal) tendem a preparar mais especificamente as festas do Natal.
O tempo do Advento tem uma duração de quatro semanas. Este ano, começa no domingo 01 de dezembro, e se prolonga até a tarde do dia 24 de dezembro, em que começa propriamente o Tempo de Natal. Podemos distinguir dois períodos. No primeiro deles, que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: sua vinda ao fim dos tempos, sua vinda agora, cada dia, e sua vinda há dois mil anos.
No segundo período, que abarca desde 17 até 24 de dezembro, inclusive, se orienta mais diretamente à preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos destes dias nos preparam diretamente para o nascimento de Jesus. Com a intenção de fazer sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos. Desta forma, na Missa já não rezamos o Glória. Se reduz a música com instrumentos, os enfeites festivos, as vestes são de cor roxa, o decorado da Igreja é mais sóbrio, etc. Todas estas coisas são uma maneira de expressar tangivelmente que, enquanto dura nosso peregrinar, nos falta alo para que nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, haverá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Golpe em Honduras: Olhar da esquerda

Comentário:
Lendo este artigo nota-se que a esquerda ou comunismo não mudou quase nada, prevalecendo os chavões ideológicos desde a guerra fria. É o embate entre a burguesia e o proletariado.
Hoje a esquerda utiliza  armas mais refinadas para conquistar o poder através da democracia, buscando a  alteração da constituição através da consulta popular ou plebiscitária, transformando-a  numa demo-ditadura. Se a constituição é contrária ao projeto proletariado muda‑se. Parece-me um novo tipo de guerra social, muda-se o contexto de armamento com pressão social popular que não tem nada a perder para que uma minoria possa atingir seus objetivos e perpetuar no poder.  Para a esquerda é necessário a pobreza, pois é o novo exército social, sem armas, mas com muita pressão, com seus generais postados em pontos estratégicos do governo, tais como; mídia, ONG´s, políticos, etc. É a dialética na comunicação.  
O pensamento do filósofo  Herbert Marcuse  encaixa muito no pensamento da escola bolivariana;  distinção entre as necessidades falsas ( a elite da esquerda manipula) e as necessidades verídicas ( o que a elite da esquerda oferece ao proletariado, mínimo necessário). As necessidades falsas são determinadas por forças externas, a qual o indivíduo não possui controle algum. Tais necessidades são produto de uma sociedade totalitária, repressora dos pensamentos e comportamentos humanos. Por outro lado, as necessidades verídicas representam a realização de todas as necessidades vitais, reais, como ao alimento, roupa, teto.
Resumo do artigo
Apesar do golpe em Honduras ser mais um golpe dentre tantos ocorridos na América Latina, ele ocorre num momento distinto: a ascensão do bolivarianismo no continente, encabeçado pela Alternativa Bolivariana para as Américas, tendo a maior expressão no governo da Venezuela; e o enfraquecimento da política norte-americana para o continente, devido à crise mundial e ao atoleiro no qual se tornaram as duas guerras no Oriente Médio. Nessa conjuntura o fato é que toda a diplomacia internacional tem se manifestado contra o golpe de Estado, apesar do imperialismo pressionar à negociação com os golpistas. 
Neste momento se faz importante uma análise sobre os fatos, mostrando as semelhanças e diferenças do período anterior, para denunciar o governo fascista de Micheletti e nos armar para a luta socialista e internacionalista neste continente no próximo período.
O avançar no processo de lutas de classe nesse país e a crise financeira mundial fazem com que Honduras se incorpore nesse grupo no dia 10 de outubro de 2008. A partir da entrada na ALBA, a direita golpista hondurenha passa a conspirar de maneira mais incisiva contra o governo de Zelaya, ao mesmo tempo em que a ofensiva popular aumenta, exigindo uma mudança institucional profunda de um sistema que privilegia apenas as multinacionais e a oligarquia local. A resposta a essa batalha seria uma reforma constitucional que garantisse os direitos do povo hondurenho e radicalizasse a democracia.
Nossa posição deve ser de solidariedade internacional ao povo hondurenho, com apoio incondicional ao movimento popular desse país. Devemos fazer uma crítica contundente à elite golpista que governa a 500 anos aquele Estado e condena o povo à pobreza e à repressão, e a crítica àqueles que, embora condenem o golpe publicamente, aplicam uma política de frear os movimentos populares em curso na América Latina atualmente. É importante nos posicionarmos ao lado de governos progressistas como o da Venezuela, o da Bolívia, o do Equador e de outros que se contraponham ao processo de negociação com a oligarquia hondurenha, pois nessa nova aliança latino-americana se demonstra a principal alternativa do movimento anti-liberal e anti-capitalista em nosso continente. Assim , a bancada parlamentar do PSOL e seus militantes espalhados por todo o país deverão denunciar o regime opressor imposto em Honduras, ao mesmo tempo que se colocar ao lado da Alternativa Bolivariana a fim de destruir os golpistas sem ceder às negociações com o imperialismo e a oligarquia local.
Por fim reiteramos a declaração do Seminário Internacional "Crise do capitalismo, recolonização e alternativas populares" em La Paz , Bolívia: "NOSSO CHAMADO É A SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA MUNDIAL COM NOSSO IRMÃO, O POVO HONDURENHO. TODOS E TODAS SOMOS HONDURENHOS. ESTAMOS EM PÉ DE GUERRA. NOS DECLARAMOS EM ESTADO DE MOBILIZAÇÃO PERMANENTE."
Fonte: Pravda - 26.07.2009