domingo, 14 de novembro de 2010

Revival: The Swingle Singers

Há poucos amantes da música no mundo que não tenham ouvido o nome The Swingle Singers. Desde o lançamento de seu demolidor álbum de estréia, Jazz Sébastien Bach em 1963, esse grupo "a cappella de oito vozes apresentou-se em todos os continentes e nos palcos mais famosos do mundo, mantendo por cerca de quatro décadas um nível de popularidade internacional que supera de longe os sonhos de seu fundador, o americano Ward Swingle.

Assim sendo, seu programa inclui normalmente algum tributo ao grupo original francês, com o tradicional Bach suingado. As platéias também irão divertir-se com composições e arranjos mais modernos, realçados por coreografia e iluminação fascinantes. O instigante é que, independente do repertório, o som permanece inconfundivelmente Swingle Singers. O que define este grupo único não é o pessoal, nem mesmo a escolha da música, mas o som íntimo, próximo do microfone, quase instrumental que deslumbra o mundo anos a fio.

O nome Swingle Singers tornou-se sinônimo de incrível virtuosismo, sintonia e agilidade vocal, impecável excelência e entretenimento de alto nível. No mundo da música "a cappella", o grupo sempre foi e continua sendo reverenciado por todos os que acompanharam sua trajetória. Custa-se a acreditar que tudo começou como um exercício de leitura à primeira vista, para quebrar a monotonia dos "backing vocals" dos anos sessenta.

Oito cantores de sessões de jazz baseados em Paris um dia cantaram em cima de música para cravo de Bach e descobriram nela um suingue natural. Sem alterar qualquer nota da partitura, eles utilizaram o "scatt" e o fraseado do jazz, acrescentaram uma seção rítmica e persuadiram a gravadora Phillips a fazer um registro deles como brinde natalino para a família e amigos. Eles jamais poderiam cogitar o patamar de fama a que esta gravação os elevaria. Fonte: Almanaque virtual

Vídeo: J S Bach Concerto in F Major largo 1969



sábado, 13 de novembro de 2010

Por que não reescrevem tudo?

De uns tempos para cá, não sei se me engano, começaram a proliferar normas destinadas a controlar nossa conduta individual. Falei em algumas aqui e cheguei a aventar a hipótese de que uma agência governamental, ou qualquer outra das muitas autoridades a que vivemos subordinados sem saber, venha a estabelecer normas para o uso do papel higiênico e garantir sua observação através da instalação de câmeras nos banheiros de uso público. Nos banheiros domésticos, imagino que seriam suficientes umas visitas incertas de inspetores com gazuas, para tentar flagrar os que se asseassem ilegalmente.

Não se trata somente de passatempo para burocratas entediados e sem mais o que fazer. Trata-se da convicção, que parece grassar truculentamente em toda parte, de que existe algo "certo", cientificamente certo e, portanto, todos devem comportar-se dentro do certo. Se nas ciências físicas esse negócio de "certo" já é olhado com um pé atrás, nas ciências humanas, que nunca puderam aspirar ao nível de objetividade daquelas, a existência do "certo" é muito discutível, envolve necessariamente valores, valores que permeiam toda ação do homem e não são território da ciência e da objetividade.

Agora leio aqui nos jornais que a compulsão pelo certo acaba de atingir novo limite. Desta vez, por um parecer do Conselho Nacional de Educação, que opinou que o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, deve ser proibido nas escolas públicas, por se tratar de obra racista. Sei que, entre vocês, há leitores de Monteiro Lobato que acharam que não entenderam o que acabaram de ler. Mas é isso mesmo: não pode Caçadas de Pedrinho, porque é racista. Ou, por outra, pode, mas somente "quando o professor tiver a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil".

Eu não vou nem falar nos milhões de brasileiros de todas as idades e todas as gerações que viveram no mundo mágico criado por um dos maiores escritores universais, um gênio naquilo que fez melhor, motivo de orgulho para todos nós, Monteiro Lobato. Nem vou dedicar tempo a entender como é que foi que todos esses milhões, lendo, despreparados, livros racistas, não vieram mais tarde a abrigar preconceitos e ideias nocivas, instilados solertemente na consciência indefesa de crianças. Monteiro Lobato, com toda a certeza, tem tantos defensores quanto leitores, não precisa de mais uma defesa.

E que diabo é "compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil"? A compreensão "certa"? Qual é a compreensão certa de um fenômeno que gera até brigas ferozes entre seus estudiosos e participantes? Estará correta a visão que vê no racismo um fenômeno causado exatamente pela diferença de raças? Terá mais razão o que vê na escravidão um fenômeno basicamente econômico e só secundariamente racial? Quem resolveu isso? Qual a posição oficial do governo? O professor que orientar a leitura de Caçadas de Pedrinho terá que saber. Deus ajude as pobres crianças, torturadas com o que era antigamente somente um livro que as transportava para a fantasia, a aventura e o encantamento inocentes.

Agora, ao que parece, o correto é a leitura tutelada, orientada. Antigamente, a literatura infantil era liberdade, escape, território autônomo em que a imaginação do jovem, ainda não embotada pela experiência, o levava a uma felicidade mais tarde irreproduzível. Agora talvez se diga "você gostou disso, por aquilo; e não gostou disso, porque não é para gostar, está errado". A boa literatura dá lições como consequência, não como objetivo. Deve-se ensinar a ler por prazer, de maneira desarmada e aberta - e não há como desconfiar dos clássicos como Lobato, os clássicos são clássicos porque são clássicos.

A literatura, como a vida, não é certinha. A ficção até que arruma os acontecimentos, lhes empresta enredos e sentidos que na vida real não têm. Mas, como a vida, a ficção mostra contradições, reflete dilemas, exibe defeitos, ilumina a existência humana. Quem entra num romance deve entrar sozinho, a viagem é individual e intransmissível. E até mesmo essa conversa de necessidade de contextualizar o livro é bem discutível. No meu tempo de menino, ninguém precisou contextualizar os livros de Tarzan para aceitar a África dele, assim como não se contextualizava Robin Hood, D"Artagnan, Jorge Amado, Érico Veríssimo ou quem lá fosse que aparecesse num romance, a contextualização era automática, vinha do bom texto.

Finalmente, em que medida os defeitos não são subjetivos, ou seja, não estão apenas na mente e na percepção de quem os aponta? Existirá um racismômetro? E, mais ainda, não haverá outras áreas sensíveis? Acho que a adoção de mais controles é decorrência lógica e questão de justiça. Temos por exemplo a antropologia ultrapassada de Euclides da Cunha, o tal que falou no "mestiço neurastênico do litoral". 

É tão presente nele essa visão antropológica superada (além de ofensiva a grupos raciais; eu mesmo sou mestiço neurastênico do litoral e as mulheres sempre me discriminaram) que o melhor seria mandar um antropólogo correto e moderno reescrever Os Sertões, para quê o velho? Esperemos também alegações de violência contra mulheres (Barba-Azul), machismo (Bolinha), ódio a uma espécie em extinção (o lobo de Chapeuzinho Vermelho), exploração de deficientes verticais (os anões de Branca de Neve), apologia da bruxaria (a Bela Adormecida) e assim por diante. 

Olhando para trás, chego a ter um arrepio, em ver como escapamos por pouco de termos as personalidades deformadas pela leitura irresponsável dos clássicos, esses repositórios de traições, assassinatos, incestos, preconceitos, guerras, adultérios e tudo mais que o planejamento científico logo eliminará. Melhor por enquanto ficar longe deles e aguardar instruções das autoridades. Fonte: Estadão - 07 de novembro de 2010- João Ubaldo Ribeiro 

 Comentário: Parece que o MEC está criando o Conselho Inquisitorial de Literatura ou será que estamos prestes a viver mais uma ditadura, sempre imposta por grupos estereotipados, patrocinada por minorias raciais, religiosas e sexuais,etc.

O mais interessante disso tudo, o denunciante é estudioso de candomblé  e uma das conselheiras é estudiosa em beleza afro.

“Há mais de um jeito de queimar um livro. E o mundo está cheio de pessoas por aí com caixa de fósforos. Cada minoria, acha que tem o direito, ou o dever, de dosar o querosene e acender o fogo. O chefe do corpo de bombeiros Capitão Beatty, em Fahrenheit 451, descreve como os livros foram queimados primeiramente pelas minorias, rasgando uma página ou duas, depois disso, quando os livros já estiverem vazios e as cabeças fechadas, a livraria fechará para sempre”. Fahrenheit 451

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

FARC felicita a eleição de Dilma

Farc afirmam em comunicado que Dilma terá papel determinante para a paz regional

RIO - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) divulgaram um comunicado em que felicitam a presidente eleita, Dilma Rousseff, pela vitória na corrida eleitoral. Por meio do texto, publicado nesta sexta-feira pela agência Anncol, simpática à guerrilha, as Farc dizem que Dilma terá papel determinante para o estabelecimento da paz na região e na irmandade dos povos do continente. ( Leia a íntegra do comunicado )

 "Sua elevação à Presidência da República Federal, juntamente com a sua convicção pública da necessidade de uma solução política para o conflito interno na Colômbia, aumentou a nossa esperança na possibilidade de alcançar a paz através do diálogo e da justiça social", diz o comunicado.

O texto lembra que Dilma foi a primeira mulher eleita presidente do Brasil:

"Permita-nos aderir à justificada alegria do grande povo de Luís Carlos Prestes, diante do feito relevante de ter, pela primeira vez na história do Brasil, uma presidente, uma mulher ligada sempre à luta pela justiça".

Durante campanha, vice de Serra acusou PT de ligação com as Farc

Durante a campanha eleitoral, o vice de José Serra (PSDB), deputado Indio da Costa (DEM-RJ), acusou o PT de ter ligação com as Farc .

- O que a Dilma (Rousseff) tem que responder são duas questões: em primeiro lugar, se o PT tem ou não ligação com as Farc; em segundo lugar, se as Farc têm ou não ligação com o narcotráfico - questionou Indio da Costa na ocasião.

O PT reagiu e entrou com uma ação contra o PSDB e Indio da Costa por danos morais. Em meio às polêmicas sobre o assunto, Dilma se encontrou com o presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos. Após o encontro, disse que tinha uma posição contrária ao narcotráfico:

- Não temos porque participar, a não ser a pedido da Colômbia, de qualquer atividade de pacificação e diálogo com as Farc. Fonte: Globo Online – 12/11/2010

 Farc saluda elección de Dilma a la presidencia de Brasil

ANNCOL

Para todos nuestros lectores en todo el mundo mensaje conocido por ANNCOL en el día de hoy:

Compatriota

DILMA ROUSSEFF

Presidenta electa del Brasil

Desde las montañas de Colombia, nuestro saludo cordial, bolivariano, con anhelo de Patria Grande.

Permítanos adherimos a la justificada alegría del gran pueblo de Luis Carlos Prestes, ante el hecho relevante de tener, por primera vez en la historia del Brasil, una presidenta; una mujer ligada siempre, a la lucha por la justicia.

Presidenta Dilma, para usted, nuestro aplauso y reconocimiento.

Su exaltación a la presidencia de la República Federativa, sumada a su pública convicción de la necesidad de una salida política al conflicto interno de Colombia, ha centuplicado nuestra esperanza en la posibilidad de alcanzar la paz por la vía del diálogo y la justicia social.

Estamos seguros que la nueva presidencia del Brasil jugará papel determinante en la aclimatación de la paz regional y en la hermandad de los pueblos del continente.

De usted, atentamente,

Secretariado del Estado Mayor Central de las FARC-EP

Montañas de Colombia, Noviembre 1 de 2010

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 Comentário: Agora a futura presidente decidirá se continua como Dilma ou Dilmanov. Imagina um acordo ou aceno dos PeTralhas com as FARC´s.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Turistas param o carro no semáforo e caem no sono, em Vitória



Quem passou pelo cruzamento das avenidas Leitão da Silva e César Hilal no início da manhã desta quinta-feira (11) se deparou com uma cena no mínimo inusitada. Dois homens pararam no semáforo do cruzamento e acabaram caindo no sono. A cena atraiu a atenção de pessoas que passavam pelo local e viram os dois rapazes dormindo tranquilamente, até a chegada de uma viatura da Guarda Municipal.

Flagrados pela equipe da TV Gazeta de Vitória, eles acabaram acordando.

- Não foi nada, não aconteceu nada não - diz o motorista

- A gente não sabe onde estamos (sic), aqui ó, o endereço para o aeroporto.

O homem que estava no banco do passageiro tomou um táxi e foi embora. O motorista foi levado para a delegacia e não conseguiu fazer o teste do bafômetro, pois não assoprou direito. Os dois estariam voltando de uma boate na Praia do Canto.
Na Delegacia de Polícia (DP) de Jucutuquara, o motorista Paulo César Almeida Filho disse que veio de São Paulo para tratar de assuntos relacionados à abertura de uma empresa em Vitória e resolveram dormir para se recuperarem do desgaste da viagem, contou a polícia.
 Após ser ouvido, o motorista foi liberado. O ato dos turistas não configurou nenhum tipo de crime, informaram os policiais. Fonte: Gazeta Online-11/11/2010

Tiririca passa no teste de leitura, e pode assumir como deputado federal

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Depois de muita polêmica, a confirmação: Tiririca sabe ler e escrever, e, por isso, pode assumir seu cargo de deputado federal eleito por São Paulo com mais de um milhão de votos.

Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, teve êxito no teste de leitura e escrita feito nesta quinta-feira pela Justiça Eleitoral. Walter de Almeira Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), contou que Tiririca fez um ditado tirado de um livro editado pelo tribunal: "Justiça Eleitoral, uma retrospectiva". A frase ditada foi extraída aleatoriamente de um livro da Justiça Eleitoral. "A promulgação do código eleitoral em fevereiro de 1932 trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral."

Ainda de acordo com o presidente do TRE-SP, Tiririca teve de ler uma notícia de jornal e fazer uma interpretação do que leu e escreveu. As manchetes foram "Procon manda fechar lojas que vendem produtos vencidos" e "O tributo final a Senna".

O presidente do TRE-SP ressaltou, porém, que a decisão sobre a diplomação de Tiririca caberá ao juiz Aloízio Silveira, da primeira zona eleitoral.

A polêmica começou depois de uma reportagem da revista Época, poucas semanas antes da eleição, apontando que Tiririca era analfabeto, de acordo com pessoas que trabalhavam e conviviam com ele. No ato do registro da candidatura, Tiririca, assim como todos os candidatos, entregou um documento atestando que tinha o primeiro grau incompleto, mas que sabia ler e escrever. O documento foi submetido à perícia, que apontou irregularidades na caligrafia - uma pessoa poderia ter escrito por Tiririca. O palhaço se recusou a fazer a perícia do documento, o que foi aceito pelo TRE-SP, já que ninguém é obrigado a produzir uma prova contra si mesmo. E assim o deputado federal Tiririca será diplomado.

Fonte: Yahoo Brasil - - 11 de novembro de 2010

Comentário: O Tiririca é a própria realidade da educação brasileira. Ele não tem culpa, pois o sistema permite. Se o  TRE (Tribunal Regional Eleitoral) permite que um candidato tenha apenas a leitura e a escrita como condições para exercer o mandato de deputado federal, isto significa,  que a educação não é prioritária para país. Não é importante. A própria futura presidente da Republica disse numa entrevista que as prioridades seriam; eliminar a miséria, prosseguir com o desenvolvimento econômico e nada menciona sobre a educação. O futuro de qualquer país passa pela educação.

O mais interessante disso tudo, sai Lula e entra Tiririca. Os dois não são exemplos para as gerações em relação a educação. Como disse um amigo, lembra a escolinha do Professor Raimundo, programa humorístico. O povo escolheu. 

Como disse Bill Gates numa palestra numa escola pública; Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente  nada na vida real. Se pisar na bola, está despedido… Rua!!! Faça certo da primeira vez!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cubanos querem mudanças já, mas sem perder a caderneta

Os cubanos reivindicam mudanças na economia, mas acostumados a um Estado paternal, não querem perder os subsídios dos quais gozaram por 50 anos desde a Revolução, e muito menos a "caderneta de abastecimento", que o presidente Raúl Castro propõe eliminar na reforma do modelo socialista.

"É preciso fazer muitas mudanças em Cuba para ver se podemos deixar de passar dificuldades e viver um pouquinho melhor. Mas com a escassez que existe, não acho que seja o momento de eliminar a caderneta", disse Joaquina Treviño, uma professora aposentada de 78 anos que, com a caderneta em mãos, fazia as compras de sua quota mensal em um armazém do bairro Vedado.

A eliminação da "caderneta", de algumas prestações do seguro social e outros serviços como refeitórios e transportes operários para "aliviar a carga ao Estado", estão etre as diretrizes do futuro modelo econômico que a ilha comunista seguirá, segundo um documento apresentado por Raúl Castro, esta terça-feira, aos cubanos.

Cuba quer reduzir despesas sociais e estimular o capital privado Hugo Chávez e Fidel Castro encontram-se em Cuba Símbolo do igualitarismo que caracterizou durante 50 anos o modelo cubano, a caderneta de abastecimento foi criada em 1963, quatro anos depois da vitória da revolução de Fidel Castro, quando começaram a faltar alguns comestíveis, como a manteiga, devido ao embargo que os Estados Unidos impõem à ilha desde 1962.

O sistema garante uma quota mensal de arroz, feijão, açúcar, frango, óleo, pão e café, entre outros produtos, a ao custo de centavos de dólar, mas foi esta quota foi sendo reduzida nos últimos dois anos, e os cubanos, com um salário médio de 17 dólares por mês, precisam completá-la no mercado negro ou em lojas a altos preços em pesos conversíveis ou 'CUC' (1 CUC equivale a 25 pesos cubanos e a 0,8 dólar).

Segundo o projeto, se avançará para a eliminação da moeda dupla - algo muito reivindicado pela população, que ganha em pesos cubanos e compra em CUC - e a flexibilização da compra e venda de casas, também pedida pela população.

"A caderneta ampara muitas pessoas. Se for eliminada, vão comprar aqueles que têm dinheiro e os outros ficarão às cegas. Serei a primeira a protestar", comentou Irma Vejerano, de 75 anos, 40 deles como gerente de armazém.

Mulata, como muitos cubanos, Irma teme que a eliminação da caderneta afete "sobretudo os mais velhinhos, com pensões miseráveis".

O "Projeto de Diretrizes da Política Econômica e Social", que será submetido a debate popular para, então, ser aprovado em abril pelo VI Congresso do Partido Comunista (PCC, único), começou a circular esta terça-feira em exemplares impressos que se esgotaram rapidamente. Por isso muitos cubanos desconheciam seu conteúdo.

Rolando, um técnico em informática de 29 anos, o procurava esta quarta-feira por toda Havana, embora já tenha "dado uma olhada no exemplar" de um amigo.

"Se fizerem o que diz aqui, isto se ajeita", disse, com otimismo, em alusão às reformas que incluem uma maior abertura ao setor privado e ao capital estrangeiro.

"Países como China e Vietnã conseguiram sair do buraco. Por que os cubanos não podemos? Porque não trabalhamos", disse seu amigo, Gerardo, também técnico em informática, ressaltando que a razão principal "são os baixos salários pagos pelo Estado".

Desde que assumiu o poder, em julho de 2006, após a doença de seu irmão, Raúl Castro deixou claro que eliminaria "gratuidades e subsídios indevidos", e em um discurso no Parlamento, em agosto, pediu para "apagar" a imagem "de que Cuba é o único país do mundo onde se pode viver sem trabalhar".

O presidente retirou, ainda, garantias de rescisão contratual, estímulos a trabalhadores como hospedagens em hotéis, e reduziu gastos nos setores de educação e saúde, que são gratuitos.

O vice-presidente e comandante da Revolução, Ramiro Valdés, pediu aos cubanos que não esperem que o "papai Estado" leve "a comidinha à boca". Fonte: G1 - 10/11/2010 

Comentário : O socialismo cubano lembra o Airbus A380,  têm passageiros de primeira classe, que é a elite cubana, a executiva, indicada pelo partido (as vezes, Lula, Chávez,  Morales, marcam  presença nesse vôo, etc.)  e os demais classe econômica, o povão onde tudo é controlado pela caderneta. O Airbus não consegue levantar vôo é muito pesado, ficando apenas taxiando na pista. Para mostrar que o socialismo funciona, passam filmes, “Isto é o Socialismo” todos usando óculos 3D para dar mais realismo que o sistema funciona.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Extravagancias capitalistas del Mono Jojoy



'Vida y muerte del 'Mono Jojoy'': libro sobre el temido guerrillero

Sus gustos, la sangre fría, los fusilamientos y su guerra, fueron recopilados por Jineth Bedoya.

"Normas básicas de vestimenta: la bota tiene que ser de caucho ecuatoriano; la camiseta blanca o negra de la que llega en la remesa; ropa militar verde, o sudadera negra y boina española para los comandantes". Sin embargo, a unos pocos les autorizó comprar ropa estadounidense, entre la que se encontraban las botas, los camuflados y las camisetas. En el comunicado también prohibió el uso de reloj de oro, anillos de oro, caballos, carros, y los computadores que se compraran tenían que ser autorizados por él.

Eso no impedía que 'Jojoy' se diera sus gustos por ser el jefe. Siempre usaba botas españolas; cuando llegaban fusiles nuevos, él cargaba uno o dos meses el de muestra y luego se lo daba a algún comandante porque a su lado siempre estaba un M-4 que le había regalado el 'Negro Acacio'. El mismo que tenía a su lado cuando murió.

Se autodenominaba 'farolo' (exhibicionista) porque le gustaba que lo vieran con las ametralladoras o las armas largas que se compraban, pero en sí siempre tenía la misma pistola y el mismo fusil. También exhibía los uniformes que le llegaban de diferentes partes del mundo y que rotaba mensualmente, pero como con las armas, siempre terminaba usando el mismo camuflado y, en los últimos meses, el uniforme del Ejército colombiano.

Entre sus colecciones había uniformes españoles, estadounidenses,una gabardina rusa, que nunca usó y un uniforme ruso flora, el que usaron las tropas soviéticas en el Octubre Rojo, prenda difícil de conseguir y que es sólo para coleccionistas, pero que llegó a las manos de 'Jojoy' traído directamente de la antigua Unión Soviética.

Así como tenía debilidades por los uniformes, le pasaba lo mismo con las gorras. En su colección las había de todas las marcas y estilos, especialmente las españolas, algunas rusas y sombreros; tenía uno especial que usaron las tropas estadounidenses en la guerra del Golfo, en 1990.

La que siempre llevaba y que lo hizo famoso era del Ejército español y la mandó a reponer en tres oportunidades, porque la selva iba desgastando el tejido. Pero lo que nadie pensaría, por el antecedente del reloj "chiviado" de 'Raúl Reyes', era su reloj Rolex original. Cuando los hombres de la Policía Judicial inspeccionaron el cadáver del jefe guerrillero, en el campamento de La Escalera, no podían dar crédito a la originalidad de la joya, pero era cierto. 'Jojoy' tenía muchísimos relojes. Baratos, caros, imitaciones, de pila o de cuerda, con pulsos de cuero o de plástico, y todos terminaba regalándoselos a algún comandante, a alguna guerrillera que conquistaba o a los de su guardia.

Pero los que eran un tesoro para él, además porque lo valían, eran sus dos Rolex que siempre llevaba y se turnaba por semanas. Uno fue un regalo del 'Negro Acacio', de dieciocho millones de pesos y que tenía puesto el día del bombardeo final. El otro, de sesenta millones y con pulso de oro, que 'Jhon Cuarenta' le mandó comprar como regalo de cumpleaños en el mismo sitio donde compró el suyo un reconocido senador colombiano.

'Jhon Cuarenta' se lo vio al senador en una revista. Lo lucía en una foto de la sección social, en medio de un coctel. El guerrillero se obsesionó a tal punto que les ordenó a sus hombres que montaran toda una red de inteligencia para saber dónde lo había comprado el político. A los pocos meses, la joya iba en una cajita, con el envoltorio del almacén y una tarjeta fi rmada por él, rumbo a las selvas del Yarí.

Otros, en cambio, le regalaban lociones de todas las marcas y olores. Él las usaba los primeros días y luego las regalaba o las guardaba. Tampoco se acostumbraba a ellas y siempre tenía a la mano una colonia barata o una Agua Brava. Algo más que no le faltaba, así no las usara, eran sus quince cobijas.

Las cargaba uno de sus hombres de seguridad y entre ellas había una térmica traída de Estados Unidos. Sus anteojos, indispensables porque tenía astigmatismo, eran siempre la misión de 'Romaña'. Él se los tenía que mandar a hacer en una óptica de Bogotá. El guerrillero también era el encargado de proveerlo del exclusivo coñac Rémy Martin, su licor favorito; y de los champús y jabones que venden en las tiendas de aromaterapia. A veces completaba hasta cien.

Pero nada comparable con su ropa interior. Era de suponerse que si usaba un Rolex, mínimo debía tener unos Calvin Klein. La verdad, nunca pudo dejar los canzoncillos de guerrillero; esos que llegaban en las dotaciones y que tenían que aguantar las largas caminatas y los climas selváticos. Y aunque no le faltaron los de marca, uno de sus hombres recuerda que una mañana dijo, muy jocoso, que no sabía cómo los burgueses podían gastarse tantos pesos y dólares en esas porquerías que "no apretaban bien las huevas".

Sus gustos, de alguna manera, no le permitían exigirle tanto a sus comandantes, aún más sabiendo que muchas de las cosas que tenía llegaban de sus manos, pero eso no le impidió que autorizara sanciones para los mandos medios que "resultaban con extravagancias". Los fusilamientos seguían a la orden del día.

"De ahí salió otro poco de ajusticiamientos, porque los comandantes se lavaban las manos en los que recién habían ingresado a las fi las y así no tomaran trago, o no tuvieran joyas o cosas lujosas, entregaban sus cabezas para salvarse", señala Marta.

Y de esa ola de asesinatos también llegó la paranoia del 'Mono' sobre los infi ltrados. Creía que todos los que llegaban eran agentes de la CIA o paramilitares. Creía que los vendedores ambulantes que pasaban por sus pueblos (los que el bloque Oriental dominaba), eran policías o gente del Ejército.

Recorriendo caseríos de Uribe, Mesetas, La Macarena y Vista Hermosa, en el Meta, se puede contar por decenas el número de hombres y mujeres comerciantes que fueron señalados de infiltrados y terminaron ajusticiados.

"El 'Mono' decía que los paisas eran paramilitares disfrazados, que engatusaban a las viejas ofreciéndoles la tanguita barata y maricadas, y los indígenas que se dejaban comprar por la Policía -dice Moisés-. Por eso, en La Julia mataron a un indiecito, de unos dieciséis años, que no pidió permiso para entrar. Llegó un viernes con sus bultos de cobijas y sábanas y el domingo lo fusilaron. Por eso el que no entrara a La Julia recomendado o con alguien de la guerrilla, inmediatamente era tachado de infiltrado, y no salía".

El suicidio en las FARC

Por la guerra se quitaban la vida, en silencio.

Cada regaño en público era aplastante. Los más frecuentes eran porque los jefes de frentes o compañías no peleaban o porque las cuentas de las remesas y los suministros que se adquirían para el bloque no cuadraban. En los últimos años, la falta no pasaba del regaño y 'Jojoy' se había vuelto 'flexible', pero un tiempo atrás las cosas eran a otro precio y no hay una cifra de cuántos pudieron haber muerto en sus consejos de guerra. Y era que su cambio tenía una razón: desde el 2004, cuando las Fuerzas Militares lanzaron el plan Patriota y la Operación JM contra sus campamentos, cerca de setenta guerrilleros optaron por suicidarse.

Los combates eran tan duros y la desventaja de armamento y condiciones tan desiguales frente al Ejército, que los subversivos decidían quitarse la vida. Eso fue generando un inconformismo generalizado en los campamentos. Entonces, por sugerencia de algunos integrantes del secretariado, como quedó registrado en algunos correos electrónicos, 'Jojoy' tuvo que cambiar la táctica frente a sus hombres, "pero la frase que decía en público lo dejaba a uno instantáneamente como traidor: 'Usted hace más daño que el enemigo, parece un agente: flojo, cobarde, incapaz'. Con esas palabras ya el resto del campamento lo miraba a uno como un infiltrado", agrega un desmovilizado.

No era la muerte del consejo de guerra. Era una muerte silenciosa y disfrazada. La de la marginación y la desconfianza, que por lo general terminaba en fusilamiento ordenado por los mandos medios. Fuente: El Tiempo -06 de Noviembre del 2010