sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Uma dura lição para o PT

Como o processo eleitoral ainda não terminou, o resultado do primeiro turno permite afirmar que o PT saiu dele com uma derrota relativa: não alcançou seu principal objetivo, que era o de eleger Dilma Rousseff sem a necessidade de um segundo turno.


Na verdade, desde que chegou ao poder, o PT foi enfraquecendo sua vértebra republicana, caminhando para a vala comum dos outros partidos quanto a escândalos. . Não é raro ouvir de militantes petistas a tese de que sem essas práticas não se governa. O que a evidência tem demonstrado é que a assimilação dessas teses e dessas práticas representa muito mais risco do que benefício político, além de uma descaracterização em termos de valores republicanos.


Dilma e Serra precisam extrair uma bela lição da campanha de Marina. Não são apenas cimento, ferro, estradas e obras que rendem votos. O "eu fiz" ou "fiz mais" também não resolve tudo. Uma campanha para a Presidência precisa irradiar valores vinculantes, uma perspectiva de civilização. Os dois candidatos mais votados pouco falaram de valores.


Uma eleição presidencial é também uma promessa de futuro, uma visão de destino que a sociedade quer e precisa se dar. O futuro não se define apenas no factível em termos de obras, mas também na regulação social pelo metro dos valores. A política é um dos fatores sociais nos quais os indivíduos querem encontrar uma razão de vida. A política é a atividade que consegue configurar de forma mais abrangente um sentido de pertencimento a uma comunidade de destino. Uma disputa presidencial apartada de valores e de sentido civilizador perde a sua razão principal de ser.


Fonte: O Estado de S. Paulo - 05/10/2010


Comentário  A critica tem razão, os candidatos esqueceram de transmitir uma mensagem para a família, para o trabalhador, sobre valores,  ética, etc. O futuro de uma Nação não é somente de resultados concretos e sim de valores intangíveis que formam a sociedade. Houve uma disputa de currículo, quem fez mais.


A diferença entre um estadista e um governante está nesses valores,  que procura despertar na sociedade. O estadista se preocupa com a próxima geração e o político com a próxima eleição.


Lembro bem do John Kennedy que disse: Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país. A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro


 

Oktoberfest, muito chope e festa alemã em Blumenau

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Quando os portões da Vila Germânica foram abertos, às 22h de ontem, teve início, em Blumenau, no Vale do Itajaí, a maior festa alemã da América Latina.


A expectativa da organização da 27ª Oktoberfest é de atrair mais de 800 mil pessoas durante os 18 dias do festa. O desfile típico, que abriu oficialmente a festa, ocorreu na Rua XV de Novembro. Além de muito chope regado à música alemã, a Oktoberfest oferece aos visitantes apresentações de grupos folclóricos, desfiles típicos e variedade gastronômica.


Realizada desde 1984, a Oktoberfest é a segunda maior festa alemã do mundo, atrás apenas da precursora e homônima de Munique, na Alemanha. Das danças tradicionais às vestimentas típicas dos colonos – usadas por muitos durante a comemoração – quase tudo remete à Alemanha. Quase porque o público é diversificado. Pessoas de todo Brasil e de países vizinhos visitam Blumenau para conhecer de perto a cultura alemã e a herança dos imigrantes que desde 1850 povoam a região. Nas 26 edições anteriores da festa, mais de 17 milhões de pessoas passaram pelo pavilhões do Centro de Exposições do Parque da Vila Germânica.


A chuva deu uma trégua e, às 19h30min, começou o desfile de abertura da 27ª Oktoberfest. Animados, membros de 112 grupos desfilaram na avenida. Ocorreu ontem, também, a sangria do primeiro barril de chope.


Confira a segurança nas estradas federais e estaduais durante o feriado, a previsão do tempo.


DICAS


DANCE AO SOM DAS BANDAS TÍPICAS


Esta dica é para você que se sente perdido em meio a tantas marchinhas retumbando pelos pavilhões, e não se conforma em desconhecer os mais simples passos das danças germânicas. Se para você, o único movimento que consegue ensaiar é o balançar alternado dos dois dedos indicadores em riste, garantimos que não tem erro. Aí é só curtir as noites da Oktoberfest ao som das 45 bandas típicas que vão se apresentar todos os dias, a partir das 19h.


BRINQUE NO PARQUE DE DIVERSÕES


Neste Dia das Crianças, finalmente os marmanjões encontrarão o pretexto ideal para matar a antiga saudade de montar os cavalhinhos do carrossel.


Pois então, leve os filhos para passar uma tarde no Parque de Diversões da Vila Germânica. Se você viajou com a família para curtir a Oktoberfest, mas não aguenta mais a impaciência da criançada, pode distraí-los numa disputa com carrinho de choque ou assustá-los no trem fantasma.


NOITE DO STAMMTISCH


Pendure desde já o aviso na porta da geladeira e prepare o barril de chope. No dia 20, o Setor 3 da Vila Germânica vai ficar pequeno para abrigar a Noite do Stammtisch, o tradicional encontro de amigos, cuja vontade única é comer, beber e jogar conversa fora. Serão cerca de 100 grupos que trarão aos pavilhões o mesmo entusiasmo dos tradicionais encontros da Rua XV de Novembro, onde o chope é o principal combustível da festa.


PRESTIGIE AS DANÇAS FOLCLÓRICAS


Terminou o arrasta-pé no palco com as bandas alemãs? Nada de aproveitar o intervalo para dar aquela escapadinha ao banheiro. O agito ainda está longe de terminar. Fique para conferir as apresentações de dança e música dos grupos folclóricos da região. São 18 grupos, pertencentes à Associação Folclórica Germânica do Vale do Itajaí, que vão se apresentar diariamente nos três setores do parque, durante o intervalo das trocas de bandas.


Fonte: Diário Catarinense - 8 de outubro de 2010 




quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Código de Defesa do Consumidor e a Eleição Presidencial

bligo-PoliticoPinoquio.jpgOs termos propaganda e publicidade não são sinônimos. Propaganda  é a disseminação de idéias políticas, religiosas, cívicas entre outras.  O termo publicidade tem um caráter comercial. Publicidade seria a arte de despertar no público o desejo de comprar, levando-o à ação. Entretanto, a propaganda e publicidade em termos políticos ou de ideologia ou governamental, elas se fundem no momento em que o governo quer vender, ou melhor,  veicular um informe do governo ou idéias políticas.. A publicidade transforma  as idéias da propaganda num conteúdo mais simples, algo que o governo tem de oferecer para causar impacto ou atenção.


Assim poderemos analisar  as campanhas políticas quanto a sua publicidade, idéias,  que procuram chamar a atenção dos eleitores.


Agora temos a campanha do segundo turno para Presidência da República. Com dois candidatos que deveriam em termos de ideologia serem tão distintos nas idéias,  porém,   para que produto político seja penetrável em todas camadas sociais, as ideologias são colocadas de lado. É o principio da publicidade, se você tem um produto, enalteça apenas as suas qualidades. A política está nesse caminho sem ideologia, para que cada partido venda seu produto político sem os efeitos colaterais da ideologia.


Agora temos dois candidatos, Dilma do Partido dos Trabalhadores, PT, se fomos ler o Manifesto do Partido dos Trabalhadores,  dá até medo,  é a estatização da economia. O programa político e econômico do PT aprovado em Recife antes da candidatura  do Lula a presidência foi jogado no lixo.


Veja o tópico principal do programa do PT de 2002, que eles jogaram no lixo para vencer a eleição, lembra muito o socialismo bolivariano. “ de A implementação de nosso programa de governo para o Brasil, de caráter democrático e popular, representará uma ruptura com o atual modelo econômico, fundado na abertura e na desregulação radicais da economia nacional e na conseqüente  subordinação de sua dinâmica aos interesses e humores do capital financeiro  globalizado. Trata-se, pois, de  propor para o Brasil um novo modelo de  desenvolvimento economicamente viável e socialmente justo. Foi criado na época da eleição do Lula,  Lula Paz e Amor, sem medo de ser feliz. Agora com a Dilma segue o mesmo esquema.


Em 2007 a Dilma declarou que era favor do aborto, agora é contra. No ano retrasado o PT foi a favor do aborto e até expulsou um político da Bahia que era contra o aborto. Não é favorável a privatização. Os últimos bancos estatais que deveriam ser privatizados foram incorporados pelo Banco do Brasil. O passado da Dilma foi apagado, ex-guerrilheira, ideólogo do roubo de dezenas milhões de dólares, etc. Isso ela esqueceu, apenas lembra a tortura. Ela é partidária do desenvolvimento a qualquer custo e o meio ambiente apenas é um detalhe. O Lula também é assim. Agora para obter o apoio do Partido Verde vestiu-se de Verde. É o Hulk de saia. Passou o primeiro turno como se fosse uma boneca de ventríloquo. O Lula fazia o show político ou era o papagaio esperto que ficava no ombro da Dilma.


O "Blog da Dilma", feito por militantes do PT criticava Marina Silva antes da eleição. Chamava de traíra, ecochata, não tem "conhecimento" e "caráter" para governar o Brasil. E agora?


O produto político idealizado pelo marketing do PT para a Dilma é cara do Lula. Fizeram uma mulher andróide com software do pensamento do Lula. Até quando ela suportará esse pensamento lulismo é uma incógnita?


 O candidato do PSDB, um partido que tenta ser um partido social-democrata europeu,  mas tem resquício da mentalidade esquerdista da década de 60 da Cepal. É um partido que tem medo de assumir o neo-capitalismo.  


O PT inventou o político biogenético, cérebro neo-capitalista  e o coração socialista e marxista.


Os partidos esqueceram quem impulsiona o país é a tecnologia, educação, conhecimento, etc. Aquela máxima do Max, capital, trabalho, expropriação dos meios de produção acabaram. O que impera hoje, é a criação de linhas de produção, com tecnologia. A tecnologia é um fator primordial, que muda a cada instante. Isso a esquerda não entende nada. Fica no velho chavão ideológico. A época dos Fred Flinstone e Barney já passou muito tempo, mas na América Latina ainda persiste essa economia baseada numa oferta de mão de obra, que a própria tecnologia não necessita.


Os temas polêmicos dos partidos são colocados de lado, apenas oferecem a cobertura de um bolo que não sabemos quais são os ingredientes. É publicidade enganosa


A publicidade enganosa está exemplificada no art. 37 do CDC e é aquela que, através da sua veiculação, pode induzir o consumidor em erro. Pode ser por omissão, quando o anunciante omite dados relevantes sobre o que está sendo anunciado e, se o consumidor soubesse esse dado, não compraria o produto ou serviço ou pagaria um preço inferior por ele. A publicidade enganosa por comissão é aquela no qual o fornecedor afirma algo que não é, ou seja, atribui mais qualidades ao produto ou ao serviço do que ele realmente possui., A publicidade enganosa provoca uma distorção na capacidade decisória do consumidor, que se estivesse melhor informado, não adquiriria o que for anunciado.


Para o induzimento em erro não se considera apenas o consumidor bem informado, mas também o desinformado, ignorante ou crédulo Uma publicidade pode ser totalmente correta e mesmo assim ser enganosa, como por exemplo, quando omite algum dado essencial. O que fora anunciado é verdadeiro, mas por faltar o dado essencial, torna-se enganosa por omissão.


É nesse formato  de propaganda política enganosa que os eleitores escolherão quem será o novo Presidente da República, com muita omissão de temas econômicos, ideologia, reforma trabalhista  e política. 

Peruano Mario Vargas Llosa vence o Prêmio Nobel de Literatura

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O escritor peruano Mario Vargas Llosa é o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2010, anunciou hoje a Academia Sueca em sua sede, em Estocolmo. Como prêmio, vai receber 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhão).


Em comunicado, o comitê informou que Llosa recebeu o prêmio "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual".


Nascido em 1936, o novelista e ensaista é tido como um dos maiores nomes da literatura em língua espanhola. Seu principal tema é a luta pela liberdade em seu país. Entre suas principais obras estão "A Casa Verde", "Lituma nos Andes" e "A Cidade e os Cachorros". Em 1981, Llosa publicou "A Guerra do Fim do Mundo", sobre a Guerra de Canudos, que dedicou ao escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de "Os Sertões".


Já entre seus prêmios mais importantes estão o Prêmio Cervantes (1994) e o Prêmio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha (1986).


Reconhecimento


Mario Vargas Llosa afirmou que o prêmio é um reconhecimento da literatura da América Latina e em língua espanhola, em uma entrevista à rádio colombiana RCN.


"Não pensava que sequer estava entre os candidatos", disse o escritor de 74 anos em Nova York, na primeira reação após receber a notícia do prêmio. "Acredito que é um reconhecimento à literatura latinoamericana e à literatura em língua espanhola, e isto sim deve alegrar a todos", acrescentou ele, que ministra aulas na Universidade de Princeton.


"Ele havia levantado às 5h para dar aulas. Recebeu a ligação informando às 6h45, enquanto trabalhava intensamente", contou Peter Englund, presidente do júri do Nobel de Literatura.


Com o resultado, o escritor sucede a romena naturalizada alemã Herta Mueller e o francês Jean-Marie Gustave Le Clézio, vencedores das edições de 2009 e 2008, respectivamente.


Vargas Llosa irá à cerimônia de entrega do prêmio em 10 de dezembro, em Estocolmo. Ele fará o discurso em nome de todos os premiados, com exceção do Nobel da Paz, realizado em um ato paralelo, em Oslo.


Llosa, mais uma vez, confirma a tendência dos últimos anos da Academia de não premiar o favorito nas apostas. Antes do anúncio de hoje, o poeta sueco e escritor Tomas Transtromer era o favorito, vindo em seguida três outros poetas; Adam Zagajewski, da Polônia, Ko Un, da Coreia do Sul, e Adonis, da Síria.


O anúncio dos Nobel começou na segunda-feira (4), com o de Medicina, que foi para o fisiologista britânico Robert Geoffrey Edwards. Na terça-feira, houve o anúncio do de Física, para os pesquisadores russos Andre Geim e Konstantin Novoselov. Nessa quarta, o prêmio de Química foi concedido para o cientista americano Richard Heck e os japoneses Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki.  A rodada prossegue na sexta-feira (8) com o anúncio do Nobel da Paz e, na segunda (11), com o de Economia.


OS 10 ÚLTIMOS VENCEDORES


2009-Herta Mueller (Alemanha)


2008-Jean-Marie Gustave Le Clezio (França)


2007-Doris Lessing (Grã-Bretanha)


2006-Orhan Pamuk (Turquia)


2005-Harold Pinter (Grã-Bretanha)


2004-Elfriede Jelinek (Áustria)


2003-J.M. Coetzee (África do Sul)


2002-Imre Kertesz (Hungria)


2001-V.S. Naipaul (Grã-Bretanha)


2000-Gao Xingjian (França)


Fonte:UOL Noticias - 07/10/2010 




quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Venezuela, el gran balneario de ETA

El Gobierno de Hugo Chávez no controla a la colonia terrorista desde hace 10 años - Activistas deportados a México se trasladan a Caracas - El etarra Cubillas Fontán tiene estrechas relaciones con jefes de la Guardia Nacional y el espionaje venezolano


El teatro Teresa Carreño, en Caracas, estaba abarrotado el pasado día 13. Hugo Chávez convocó a los delegados del Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) en un acto en el que se mezclaron partido, Gobierno y Estado. Entre las 2.500 personas que vitorearon al presidente se encontraba Xabier Arruti Imaz, de 55 años, delegado chavista en Chichiribiche y ex director general de la alcaldía del municipio de Monseñor Iturriza en el Estado de Falcón, uno de los primeros vascos vinculados al entorno de ETA que recaló en este país. Ahora, Arruti, dueño del restaurante playero Txalupa, se ha convertido en uno de los activistas políticos más fieles a Chávez. "Soy militante de base, me ha elegido la base desde el primer congreso constituyente", asegura orgulloso.


El descubrimiento de que miembros de ETA han dado cursos de explosivos hasta 2008 a terroristas colombianos de las FARC en, al menos, seis campos venezolanos ha puesto el foco en un país que acoge a etarras desde los años ochenta, pero que, según señalan varios informes reservados de inteligencia dirigidos al Gobierno español, se ha convertido desde que gobierna Hugo Chávez en la mayor reserva de refugiados y huidos etarras de Suramérica. Según estos informes, a los que ha tenido acceso EL PAÍS, la mayoría de los 60 miembros de ETA que residen en Venezuela están alejados de la organización terrorista; otros siguen activos en la clandestinidad desde que la justicia española pidió su extradición por un largo rosario de asesinatos. Y los miembros de un tercer grupo no se ocultan, pero llevan a cabo labores encubiertas que abarcan financiación, la acogida a nuevos fugados y el entrenamiento armado. En este último grupo se encuentra Arturo Cubillas, de 46 años, supuesto responsable de ETA en Venezuela, presunto organizador de los cursos de explosivos en la selva venezolana y funcionario de seguridad en el Gobierno de Hugo Chávez.


La colaboración de los servicios secretos venezolanos en el control y seguimiento de la comunidad etarra es nula desde hace una década. "Estamos casi ciegos", se queja un mando de la lucha contra ETA en el exterior. "Trabajamos como podemos, conocemos algunas cosas de esta gente, pero sabemos mucho menos de lo que deberíamos saber. La aparición en Francia de José Lorenzo Ayestarán -uno de los que tienen delitos de sangre- ha sido una sorpresa. Nadie nos avisó de su fuga. Se pierde la pista de gente de la que necesitaríamos una información constante. Parecerá que están dormidos, pero no podemos olvidar que algunos son auténticos killers (asesinos)", añade la misma fuente. Ayestarán, de 52 años, colgó su delantal y cuchillo de pescadero en Sucre para volver a las armas. "Su caso es una excepción", alega Xabier Arruti, el delegado chavista.


Marino Alvarado, de 50 años, abogado venezolano de Sebastián Etxaniz y Juan Víctor Galarza, los dos únicos etarras junto a José Ramón Foruria que entregó Chávez a España sin proceso de extradición, explica el hostigamiento y control al que estaba sometida la comunidad etarra antes del chavismo: "Había un acoso policial constante. Les detenían y vigilaban a todos".


Un miembro de la comunidad vasca en Venezuela que atendió a varios detenidos en estos controles rutinarios y pide el anonimato apostilla: "Les obligaban a ir constantemente a la sede de la Disip [policía política]. Tenían que hacer presentaciones periódicas, les interrogaban sobre sus actividades y cuando venía de visita alguna personalidad política española les detenían durante varios días. Luego les soltaban. Yo les asistí muchas veces. Con Chávez se relajó mucho, se acabó el control, eso es una evidencia que no se puede negar".


El caso del etarra Arturo Cubillas Fontán, cuyo nombre aparece en el ordenador intervenido a Raúl Reyes, dirigente de las FARC muerto en un bombardeo del Ejército colombiano, es un ejemplo inquietante del trato que el Gobierno de Hugo Chávez da a los etarras residentes en Venezuela. Cubillas pasó de manejar los pucheros de la Casa Vasca, donde celebraba el Gudari Eguna [día del soldado vasco], y los fogones de su restaurante Oker, el nombre de su comando, a dirigir la Oficina de Administración y Servicios del Ministerio de Agricultura y Tierras en 2005; y desde 2007 es jefe de Seguridad del Instituto Nacional de Tierras (Inte), un organismo que ha confiscado 40.000 fincas supuestamente improductivas.


El auto del juez Eloy Velasco de la Audiencia Nacional y la orden de detención que ha dictado contra Cubillas y otros miembros de ETA y las FARC no ha sorprendido a personas próximas a la colonia etarra. "Arturo no ha sido bien visto aquí, entre la comunidad vasca. Es un tipo muy peleón, de los que dice en público cosas que no se deben decir y que nos incomodaban. Es una persona imprudente. Éste es un caso de individualidad, un hombre mal encajado. Cuando se llega aquí se firma un documento en el que te comprometes a no hacer ningún tipo de actividad política o relacionada con tu pasado", señala una persona que ha tratado de cerca al etarra.


Los puestos de Cubillas en el Gobierno de Chávez sorprendieron hasta a sus más allegados. "Un cargo tan público, de cierta importancia, de los que sale publicado en la Gaceta Oficial es algo muy frontal y descarado porque al mismo tiempo no se esconde", comenta uno de sus amigos vascos. Goizeder Odriozola, la mujer venezolana de Cubillas, dejó también los fogones cuando Chávez llegó al poder y ha ocupado seis altos cargos en la Administración. En la actualidad es directora de la Oficina de Información y Relaciones Públicas del Ministerio de Agricultura y Tierras. Además, es asesora personal de Elías Jaua, el vicepresidente ejecutivo de la República. "Ella tiene todo el derecho a ocupar esos cargos, pero él es un imprudente. No le he visto voluntad alguna de pasar desapercibido. De lo único que se ha cuidado hasta ahora es de que no haya otra foto de él, además de esa policial en la que parece tener 16 años. Ahora puede perjudicar a otros", critica otro de sus conocidos.


El pasado lunes, antes de que se hiciera pública la orden de detención dictada por la Audiencia Nacional, Cubillas seguía en su despacho del Inte en Caracas. Un miembro de la Guardia Nacional acompañó al periodista hasta la Oficina de Atención al Campesino y un agente de seguridad confirmó su presencia. "El señor Cubillas está en camino y le recibirá ahora mismo, por favor escriba aquí sus datos". Al comprobar que el visitante era periodista, Cubillas dejó de existir para el Inte. "Hermano, el jefe de seguridad es otra persona. No conocemos al señor Cubillas", comunicó al visitante otro agente diferente.


Una larga cola de personas aguardaba en la recepción del instituto agrario. Entre ellos, Orlando Licon, de 65 años, un hombre delgado y enjuto que sostenía con firmeza una carpeta repleta de documentos. "Me han confiscado 3.000 hectáreas de tierras productivas en el Estado de Cojedes. No me han pagado nada. Van con brigadas de choque, ponen una bandera y una foto de Chávez y dicen que la tierra es suya. Lo hacen por la fuerza y con el apoyo de la Guardia Nacional. Tengo documentos que acreditan la propiedad de mi familia desde 1715". Rodeado de hombres armados de la Guardia Nacional, el etarra Arturo Cubillas acude a confiscar tierras en los Estados llaneros de Guárico y Barinas, según señalan testigos presenciales. Los pucheros y la venta de libros de la editorial Txalaparta son historia en la vida venezolana de Cubillas desde que llegó Chávez, el presidente que esta semana reconoció haber recibido en el palacio de Miraflores "en secreto y por la puerta de atrás" a Raúl Reyes, el fallecido jefe de la guerrilla colombiana de las FARC.


Dos personas vinculadas a las fuerzas de seguridad venezolanas que piden el anonimato aseguran que Cubillas mantiene una relación estrecha por razón de su cargo con mandos de la Guardia Nacional y de la Dirección de Inteligencia Militar (DIM). "Les he visto muchas veces echar tragos juntos. Ha asistido a reuniones de seguridad. No le puedo decir más, me juego mucho", asegura uno de ellos. Un chófer de las FARC interrogado por policías españoles en Bogotá (Colombia), identificado en su declaración con el apodo de Patxo, declaró lo siguiente: "Recibieron (los dos etarras que acaban de dar un curso de explosivos en Venezuela) una llamada de un tal Fontán. Los dos bajaron del coche y saludaron efusivamente a Arturo Cubillas. También aguardaba un varón con vestimenta civil que llevaba un chaleco con el escudo de la DIM y un grupo de personas armadas que, a juzgar por su conversación, parecían militares venezolanos que prestaban escolta y seguridad al resto del grupo".


Venezuela se ha convertido en un imán para etarras en apuros. La última evidencia la protagonizó Andoni Zengotitabengoa, detenido en Lisboa (Portugal) cuando pretendía volar a Caracas. Los informes policiales alertan del trasvase de etarras desde México, donde llegaron a residir 80, a Venezuela. La fiscalía de la Audiencia Nacional que dirige Javier Zaragoza impulsó en 2006 la extradición de varios refugiados que dirigían la trama financiera y muchos huyeron hacia el cálido y seguro refugio venezolano. "El amparo de Chávez y la determinación de México les empujaron hacia Venezuela", afirma una fuente diplomática española. De pronto, y como por arte de magia, aparecieron en Francia los veteranos José Luis Eziolaza, Dienteputo, y Juan Cruz Maiztegui. Venían huyendo de México y recalaron en el comité ejecutivo de ETA, una organización diezmada y compuesta de alevines inexpertos que rompen hasta la regla más sagrada en la historia criminal de la banda: no matar en Francia. Lo hicieron en París la pasada semana.


Los veteranos de ETA en Venezuela, la mayoría con edades comprendidas entre los 45 y 55 años, preocupan a los servicios de inteligencia españoles. De los siete etarras cuya extradición pidió España y denegó Chávez, cinco están desaparecidos, aunque viven en Venezuela, según señalan fuentes policiales españolas; Uno, José Lorenzo Ayestarán, de 52 años, acaba de ser detenido en Francia cuando se había reintegrado en la banda y preparaba un secuestro; el último, Luis María Olalde Quintela, fue el único que se presentó ante la fiscalía venezolana, enfermo y arrastrando su cuerpo en una silla de ruedas. Entre los siete suman 40 asesinatos, según la documentación aportada por la Justicia española, unos historiales escalofriantes que no impresionaron a los jueces venezolanos. Desde que gobierna Chávez (1999), España ha solicitado a Venezuela la extradición de 21 personas, siete de ellas miembros de ETA, pero ninguna ha sido detenida ni entregada, según asegura un portavoz del Ministerio de Justicia español.


¿Detendrá la policía venezolana a Cubillas como solicita el juez Velasco? Iris Varela, diputada del PSUV por Táchira, en la frontera en Colombia, contesta así: "ETA no es una organización terrorista, son luchadores de un pueblo que luchan por su independencia". ¿Y los 1.000 asesinatos que han cometido?, le pregunta el periodista en los jardines de la Asamblea Nacional. "A mí no me constan", responde. "El que se siente comprometido por un ideal tiene derecho a utilizar las armas. ¿Cómo se ha conseguido la independencia de muchos países? Yo se lo digo: luchando. La Constitución de Venezuela prohíbe la extradición de venezolanos y estas personas lo son", arguye mientras exhibe un ejemplar de la carta de derechos de Venezuela.


La Coordinadora Simón Bolivar representa a los sectores más duros del chavismo, acoge en sus actos a representantes del colectivo etarra y ha invitado a Caracas a centenares de miembros de la izquierda radical abertzale, encabezados por el dirigente de Askapena Iñaki Gil de San Vicente, cuya imagen apareció en el ordenador de Raúl Reyes en una fotografía en la que acompañaba al fallecido jefe de las FARC. San Vicente, que forma parte de varias asociaciones radicales chavistas, no ha respondido a este periódico sobre sus relaciones con las FARC. Ahora, la coordinadora chavista prepara actos de apoyo a Cubillas. Juan Contreras, su director y amigo del enlace de ETA, es claro: "No permitiremos que se entregue a nadie"


Xabier Arruti, el delegado chavista en Chichiribiche, esgrime que los primeros etarras llegaron en los ochenta gracias a un acuerdo entre Felipe González y Carlos Andrés Pérez y afirma que ahora no hay apoyo a los terroristas. "Yo no soy militante de ETA, tengo el estatuto de refugiado de ACNUR y un documento de 1986 del Ministerio de Justicia en el que se dice que no tengo causas pendientes". En 1980 una nota oficial del Gobierno Civil de Vizcaya le vinculó con el comando Amaya de ETA.


El etarra Sebastián Etxaniz trabajaba como camarero en su restaurante playero de Tucacas hasta que fue detenido. La Comisión Interamericana de Derechos Humanos solicitó el pasado diciembre a Venezuela que abone a Etxaniz y a Galarza la indemnización de 325.000 euros que el Gobierno de Chávez les concedió en 2002 y más tarde retiró cuando los entregó a España. "Siguen reclamando el cumplimiento del acuerdo", asegura su abogado Marino Alvarado, director de la ONG venezolana Provea.


Los canales de televisión del Gobierno inauguraron esta semana un nuevo anuncio propagandístico. Se titula: "Contra la manipulación informativa" y en pantalla aparece una foto fija de la fachada de la Audiencia Nacional en Madrid.


Fuente: El País -  Caracas - 21/03/2010




Morre Norman Wisdom, "palhaço favorito" de Charlie Chaplin

Norman Wisdom, o cômico ator britânico a quem Charlie Chaplin definiu como seu "palhaço favorito" e quem levou risos aos albaneses durante a ditadura comunista de Enver Hoxha, morreu nesta segunda-feira aos 95 anos.



Nascido em Londres e famoso por seus papéis cômicos no cinema, Wisdom morreu em uma casa de idosos na ilha de Man, na Irlanda, informou sua família. Alguns dos filmes em que atuou, como "Loja do Doido" (1953), foram os únicos ocidentais tolerados na Albânia comunista, onde Wisdom era considerado quase como um herói.


Ele mesmo pôde comprová-lo em 1995 quando visitou esse país após a queda do comunismo e, para sua grande surpresa, foi recebido com enorme idolatria por centenas de fãs, entre eles o então presidente da Albânia e atual primeiro-ministro, Sali Berisha.


Em uma visita mais recente à Albânia, que coincidiu com uma viagem da seleção nacional inglesa, Sir Norman - título recebido pela rainha Elizabeth II em 2000 - descobriu que, aos 86 anos, era mais popular que o jogador David Beckham. "Ignoro por que sou tão popular aqui. Devem estar todos loucos", comentou então Wisdom, sorridente, embora tenha dito que sua popularidade talvez se devesse à ausência de sexo e violência em seus filmes.


Seu empresário, Johnny Manns, o definiu não só como "um grande humorista", mas também como "uma pessoa encantadora", enquanto alguns críticos o descreveram como "um profissional 100%".


O cineasta Kevin Powis, que contou com Wisdom em 2007 no filme "Expresso", disse que ele "era uma lenda viva" e que sempre foi "um prazer estar em sua companhia". De pequena estatura, Wisdom fazia rir com sua jaqueta mal cortada e sua tendência a tropeçar continuamente.


Atuou em 32 comédias de televisão, 19 filmes e tornou-se famoso em países tão distantes como China e Argentina. Filho de um motorista e uma estilista, que se divorciaram quando tinha nove anos, Wisdom e seus irmãos chegaram a roubar comida.


Deixou a escola aos 13 anos e trabalhou primeiro como contínuo e depois como garçom a bordo de uma embarcação com destino a Buenos Aires. Sua estreia nos palcos aconteceu em 1946 em um music-hall do norte de Londres, onde lhe ofereceram um contrato para sete anos.


A popularidade chegou a ser tamanha que Charlie Chaplin chegou a dizer: "Se há alguém que possa me substituir, é Norman Wisdom". Em 1981, se afastou do gênero humorístico para interpretar um viajante aposentado e doente de câncer em um drama para a rede "BBC" intitulado "Going Gently".


Apesar de sua imagem de desastrado, tinha tato para os negócios. Construiu uma casa luxuosa na ilha de Man, onde encheu de antiguidades. Era proprietário de um Rolls-Royce, mas gostava de percorrer a ilha em sua motocicleta porque dizia se sentir "jovem outra vez".


Fonte: UOL Noticias - 05/10/2010


Comentário: A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. Charles Chaplin


Vídeo: Norman Wisdom-Dentist (A Stitch In Time)




Politicamente incorreto

O show de Danilo Gentili, realizado dois dias antes das Eleições de 2010, tratou de temas e personagens da política brasileira.


Parte 1





Parte 2


 


Parte 3


 


Parte 4


 


Parte 5