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sexta-feira, 26 de junho de 2020

FMI prevê encolhimento ainda maior do PIB brasileiro

O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá recuar 9,1% em 2020, em meio aos impactos negativos da pandemia de coronavírus.
A previsão consta no novo relatório Panorama Econômico Mundial, publicado nesta quarta-feira (24/06), que atualizou projeções de abril que já apontavam um cenário extremamente negativo para as economias brasileira e mundial.

A previsão negativa de abril (recuo de 5,3%) já apontava para a maior retração desde 1962, quando teve início a série histórica disponibilizada pelo Banco Central. Tanto os dados de abril quanto os disponibilizados nesta quarta-feira apontam para uma queda maior até do que a de 1990, a pior da série, quando o PIB brasileiro teve queda de 4,35%. O segundo maior recuo foi em 1981, com 4,25%.

Em janeiro, antes de a crise do coronavírus atingir proporções globais, o FMI havia previsto que o PIB brasileiro poderia crescer 2,2% em 2020.
Para 2021, os dados continuam mais otimistas. Na projeção desta quarta-feira, o FMI estima um crescimento de 3,6% no PIB brasileiro.
A nova previsão do FMI também é mais negativa que as projeções mais recentes de analistas brasileiros. Em maio, o governo Bolsonaro estimou que o PIB de 2020 terá uma queda de 4,7%, em meio aos efeitos da pandemia de covid-19. Na segunda-feira, o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central com base nas estimativas do mercado, apontou para uma retração de 6,51%.
Já o Banco Mundial estimou na primeira semana de junho que o PIB brasileiro deverá ter uma queda de 8%.

CENÁRIO PESSIMISTA PARA O MUNDO
Em abril, o FMI havia apontado que a economia global sofrerá uma retração de 3% em 2020 em razão da pandemia. Os dados agora são ainda piores: queda de 4,9%.
A crise deve ser grave nos países desenvolvidos, que devem registrar, em média, uma retração de 8% – a previsão de abril apontava para uma queda de 6,1%.
·    A Alemanha, por exemplo, deve sofrer uma retração de 7,8% no seu PIB.
·    Os Estados Unidos, de 8%.
·    A Itália, um dos países mais afetados pela covid-19 na Europa, deve sofrer uma queda de 12,8% – em abril, o recuo previsto chegava a 9,1%.
·    No entanto, o relatório aponta previsão de crescimento de 5,4% na Alemanha em 2021. Na Itália, de 6,3%.
Outros países europeus que aparecem no topo de mortes por covid-19 no continente também devem sofrer recuos de dois dígitos:
·    Reino Unido (-10,2%),
·    Espanha (-12,8%) e
·    França (-12,5%).

Já os países emergentes, grupo do qual o Brasil faz parte, vão, em média, sofrer uma retração de 3% – em abril, a queda prevista era de 1%. Nesse grupo, apenas o México deve registrar resultado pior do que o Brasil, aponta o FMI, com retração de 10,5%.
A retração prevista para o Brasil é apenas levemente melhor do que a média da América Latina e do Caribe. As duas áreas devem, em média, sofrer um encolhimento de 9,4% na economia. Fonte: Deutsche Welle-24.06.2020

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Coronavírus: A “devastação total” da economia de Las Vegas

A cidade dos cassinos, cuja atividade está completamente ligada ao turismo, está paralisada há dois meses por causa da pandemia e sem perspectivas de recuperação
O conceito de normalidade em Las Vegas já era discutível antes da pandemia. Normal, não é. Mas a imagem dos últimos dias beira o surrealismo. Todos os cassinos da cidade estão fechados por ordem do Estado. Os poucos hotéis que funcionam não têm serviços e operam com 5% da sua capacidade. A comida só é servida em domicílio. O aeroporto está deserto. Na famosa Strip, a rua dos hotéis e cassinos, famílias de moradores passeiam de bicicleta com as crianças no meio da pista. Os adolescentes fazem corridas de skate entre os cassinos. Não há música, nem fontes, nem nada para anunciar. É como se alguém tivesse largado um enorme cenário, vazio e silencioso, no meio do deserto.
Por trás desse cenário está sendo gestada uma catástrofe econômica e, possivelmente, humana. A região de Las Vegas concentra dois dos três milhões de habitantes de Nevada. A Strip de Las Vegas é o coração econômico do Estado. A autoridade de turismo da cidade calcula que 368.000 empregos (37%) dependem do turismo. Las Vegas tem 150.000 leitos de hotel (mais que Nova York) com uma média de ocupação de 90%. O turismo gerou 57,6 bilhões de dólares em 2018, 51% do PIB do sul de Nevada.
A cidade inteira depende de atividades que estão paralisadas e, além disso, não voltarão em um futuro próximo: hotéis, restaurantes, jogos e shows. O que em outros lugares é uma parte da economia em Las Vegas é a economia, ponto. Alan Feldman, ex-executivo da MGM e especialista em Jogo Internacional da Universidade de Nevada, qualifica a situação como “devastação total”. “É um fechamento completo. Tento tomar cuidado com as palavras, porque começam a me faltar. ‘Sem precedentes’ já não vale. É uma destruição completa de tudo.”

AS CIFRAS DE DESEMPREGO NOS EUA SÃO PAVOROSAS
Nesta semana chegou a 14,7%. Las Vegas inveja essa cifra. O índice em Nevada passou de 4% para 22% entre fevereiro e maio, e 80% das baixas são na região de Las Vegas. Ninguém se livra da situação. Uma porta-voz da empresa Caesars Entertainment relata que 90% dos funcionários foram para casa. “Não estamos gerando faturamento”, afirma. O Caesars é um gigante do turismo, dono do Caesar’s Palace e do hotel Paris, dentre outros. Dos 60.000 filiados ao Sindicato da Culinária, que reúne os trabalhadores de hotelaria de Las Vegas, 98% estão sem trabalho, segundo sua porta-voz Bethany Khan. Algumas grandes marcas, como Wynn, aceitaram continuar pagando os salários, mas a maioria, não.

FILAS PARA ENTREGAS DE ALIMENTOS
As filas de gente começam a surgir por toda Las Vegas. Os três cassinos da rede Station viraram centros de distribuição de comida enquanto estão fechados. Larry Scott, diretor-executivo da ONG Three Square, que organiza essas entregas de alimentos, conta que nos primeiros dias do fechamento receberam “centenas de toneladas” de comida perecível dos cassinos. Depois, uma remessa de não perecíveis. “Agora já não recebemos mais nada deles.” Os alimentos continuam sendo oferecidos graças a doações, por enquanto. A Three Square distribui mais de 500 toneladas de produtos por semana.
 “A principal mudança que vimos é nas marcas dos carros que fazem fila para receber comida”, diz Scott. “Isso nos diz que todas as classes sociais foram afetadas.” Segundo Scott, 12% da população de Nevada está com dificuldades para obter alimentos. “As análises dizem que pode subir para 14%. O que veremos são muitos meses em que os trabalhadores pobres cairão na pobreza severa”.
O refúgio Rescue Mission, em Las Vegas, reúne diariamente a face mais miserável da cidade dos cassinos, gente cronicamente sem lar, que vai até lá buscando uma cama e um prato de comida. Heather Enge, diretora-executiva da organização, conta que são oferecidas 1.000 refeições diárias. O número de necessitados subiu em março, mas baixou em abril, quando as pessoas começaram a receber as ajudas federais. “Em umas duas semanas os números voltarão a subir”, prognostica. “Se formos honestos, nenhum de nós está a mais de um par de pagamentos de uma vida diferente”. É esse o tempo que Las Vegas está sem renda: dois meses.

RECUPERAR A ATIVIDADE ECONÔMICA
A cidade passa por uma condição básica: recuperar o jogo. Não se pode levantar o resto da economia sem esse pilar. “O jogo é 30% a 40% do negócio da Strip”, afirma Feldman, o ex-executivo da MGM. “Os bons hotéis e os shows existem por causa do jogo. Ninguém mais pode se permitir montar produções assim.” Mas como se joga sem tocar em cartas, fichas ou dados, ou sentado a metros de distância, ou sem poder ver o rosto dos outros jogadores? Toda a economia da cidade repousa sobre uma atividade aparentemente incompatível com o distanciamento físico. O hotel-cassino Wynn foi o primeiro a publicar um protocolo sobre como pretende reabrir. As fichas e caça-níqueis serão desinfetados. Os assentos serão retirados. Haverá gel desinfetante nas mesas, os hóspedes usarão máscara…

Mas uma roda de pôquer com máscaras e desinfetante sobre a mesa é, no mínimo, anticinematográfico. A realidade é que “o conceito de normal já não existe mais”, afirma Feldman. “Os cassinos terão que pensar até que ponto se pode usar a tecnologia, para jogar por vídeo com um dealer, por exemplo.” Feldman acredita que será preciso “ser criativo” e imaginar esse futuro para o setor. “Também havia quem achasse que os leitores de jornais jamais renunciariam à experiência do papel”, raciocina Feldman. “Temos que fazer 20 anos de inovação nos próximos 2 anos.” Fonte: El País - Las Vegas - 13 May 2020 

domingo, 14 de junho de 2020

FMI prevê 5 desafios para Itália enfrentar pós-pandemia

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou neste domingo (14) que existem cinco desafios que a Itália deve enfrentar durante seu projeto de retomada econômica após a emergência do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Durante discurso em uma reunião dos Estados Gerais, que debate o relançamento do país em Roma, a número um do FMI explicou que o governo italiano precisará;
  1. reduzir a burocracia na administração pública;
  2. ter eficiência nos investimentos;
  3. realizar uma reforma tributária e usar sua arrecadação para uma recuperação mais inclusiva e justa;
  4. fazer a flexibilização das regras para melhorar a concorrência;
  5. além de enfrentar as disparidades regionais".
A executiva ainda parabenizou o país europeu por lidar com a pandemia da Covid-19 de forma restritiva e exemplar, sendo "o primeiro a proteger agressivamente a população".
"Ao fazer isso, também protegeu o sucesso da economia a longo prazo, e agora está reabrindo com muito cuidado e consideração. Três quartos do mundo estão nesta fase, estão reabrindo", disse. Fonte: Ansa Brasil - 12:52, 14 Jun 2020

Comentário: É o que o Brasil necessita.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Covid-19 lança caos na indústria do turismo na Europa

A crise do coronavírus jogou o setor de turismo da Europa no caos, com fronteiras fechadas e companhias aéreas  com os aviões em solo. Mas se isso é frustrante para os turistas, corre o risco de arruinar os negócios de férias e devastar as economias que dependem deles.
Do Algarve em Portugal às ilhas gregas e dos resorts chiques da costa italiana de Amalfi aos pubs e clubes das costas espanholas, ninguém sabe se os turistas da Europa virão este ano ou como sobreviver se não o fizerem.

As perdas já são dramáticas. A comissão européia estima que os hotéis e restaurantes da UE perderão metade de sua renda este ano.
As receitas de turismo caíram 95% na Itália e 77% na Espanha em março, segundo o grupo bancário UBS.

No sul da Europa, onde a recuperação da crise de 2008 dependia em grande parte do turismo, o setor é vital para as economias nacionais.
É responsável por;
·    20% do PIB na Grécia,
·    18% em Portugal,
·    15% na Espanha e
·    13% na Itália, segundo o Banco Mundial.

O comissário do mercado interno da UE, Thierry Breton, pediu um "plano Marshall" usando fundos dos vastos pacotes de estímulo econômico da Europa para recuperar hotéis, restaurantes e operadores turísticos do colapso, e o executivo da UE prometeu diretrizes para um reinício coordenado das viagens.
Os empresários cada vez mais desesperados exigem ações, mas muitos governos estão  reticentes.Feriados em outros países da UE ainda não são possíveis para os alemães, disse a chanceler Angela Merkel.Fonte: The Guardian - Sat 2 May 2020 

domingo, 17 de maio de 2020

Alemanha entra em recessão técnica em meio à pandemia

País entra em recessão técnica após registrar contração trimestral mais acentuada desde a crise financeira de 2008. Devido à crise provocada pela covid-19, economistas preveem queda do PIB ainda maior nos próximos meses.

Em meio à pandemia do novo coronavírus, a economia alemã recuou 2,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao período anterior – a maior contração trimestral registrada desde a crise financeira de 2008/2009 e a segunda maior desde a Reunificação do país, em 1990, anunciou anunciou o Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) nesta sexta-feira (15/05).

A agência também revisou os dados do PIB para o último trimestre de 2019, de crescimento zero para uma contração de 0,1%, o que significa que o país já sofreu contrações em dois trimestres consecutivos – o que configura uma recessão técnica.
Segundo analistas, a queda registrada é apenas um prelúdio do que ainda está por vir em consequência da crise provocada pela pandemia, que, em meado de março, levou ao fechamento do comércio e de fábricas na Alemanha.

Economistas esperam um recuou ainda maior no segundo trimestre, uma vez que o país manteve as medidas de isolamento social durante todo o mês de abril e no início de maio. Apesar da reabertura de boa parte da economia, setores como o do turismo continuam paralisados.
Ainda assim, as perspectivas para a Alemanha parecem ser um pouco melhores do que as da França e da Itália, cujas economias recuaram 5,8% e 4,7% no primeiro trimestre, respectivamente.

Isso se deve em parte ao fato de a Alemanha ter permitido a reabertura de fábricas e locais de construção, além do pacote de ajuda anunciado pelo governo da chanceler federal Angela Merkel, que inclui medidas de resgate para os estados e a permissão às empresas para reduzir a jornada de trabalho dos funcionários, de modo a evitar demissões em massa.

Em relação ao primeiro trimestre de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 2,3% nos primeiros três meses deste ano, após uma expansão de 0,4% no último trimestre do ano anterior, seguindo dados do Destatis sazonalmente ajustados.
O governo alemão prevê que o país enfrente neste ano a pior recessão econômica do pós-guerra, com uma queda no PIB de 6,3%. Fonte: DW | 15.05.2020

domingo, 10 de maio de 2020

Coronavírus: Queda do turismo global devido a pandemia pode chegar a 80%

Agência da ONU estima que setor, onde estão cerca de 10% de todos os empregos do mundo, vai sofrer maior impacto desde a Segunda Guerra Mundial. Impacto do coronavírus será particularmente grande para companhias aéreas.

O setor de turismo vive sua maior crise desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e a queda no número de viagens pode chegar a 80% em 2020. A estimativa é de um relatório divulgado nesta quinta-feira (07/05) pela Organização Mundial do Turismo (OMT).

No primeiro trimestre deste ano, os desembarques de turistas caíram 22% – em março, a cifra chegou a 57%. As regiões mais afetadas foram Ásia e Europa.
"O mundo enfrenta uma crise sanitária e econômica sem precedentes. O turismo foi duramente atingido, com milhões de empregos em risco num dos setores da economia com maior necessidade de mão de obra", afirmou o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.

As companhias aéreas foram duramente afetadas desde o início do surto na China, no final de 2019, com a maioria dos voos em terra. Os grupos hoteleiros, os operadores de cruzeiros e os operadores turísticos também estão sofrendo.
A OMT, uma agência da ONU, tinha previsto no início do ano que o turismo internacional cresceria até 4% em 2020, mas mudou as suas previsões no final de março, estimando um declínio de entre 20% e 30%.

Agora, estima a agência, na melhor das hipóteses, com as restrições de viagem começando a diminuir no início de julho, as chegadas de turistas poderão ficar 58% menores. Se as fronteiras e as restrições de viagem só forem levantadas no início de dezembro, a queda será de 78%. Se as restrições forem levantadas no início de setembro, o organismo das Nações Unidas prevê uma queda de 70%.

Segundo estes cenários, a queda das viagens internacionais poderia conduzir a uma queda de 910 bilhões para 1,2 bilhão de dólares em receitas provenientes do turismo. Entre 100 e 120 milhões de empregos diretos no setor de turismo desapareceriam.


A indústria do turismo é responsável por cerca de 10% do Produto Interno Bruto e empregos do mundo. Fonte: Deutsche Welle -07.05.2020

EUA registram 33 milhões de pedidos de seguro-desemprego

Em seis semanas, quantidade de pedidos de auxílio já equivale a 22% da força de trabalho. Especialistas apontam que desemprego no país pode chegar a 16% em meio à pandemia.

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos anunciou na quinta-feira (07/05) que mais 3,1 milhões de pessoas solicitaram o auxílio desemprego na última semana, elevando o total das últimas seis semanas para 33 milhões.

O pico de pedidos pelas parcelas de pagamento recebidas pelos desempregados do país aconteceu na última semana de março, com 6,86 milhões, e desde então os números vêm caindo, mas o impacto da pandemia de covid-19 ainda continua a castigar a economia americana.

Na segunda semana de fevereiro, quando a pandemia não havia se espalhjado oficialmente pelo país, os EUA haviam registrado 211 mil pedidos de auxílio.

A quantidade acumulada nas últimas seis semanas equivale a 22% da população considerada ativa para o trabalho.

De acordo com o Departamento de Trabalho, os maiores aumentos nas solicitações de auxílio desemprego aconteceram nos estados da Califórnia, Texas, Geórgia e Nova York.

Na sexta-feira, o órgão do governo americano divulgará os índices de desemprego do mês de março, e a expectativa é de um crescimento dramático por causa da paralisação de parte da economia do país. Analistas apontam que a marca pode chegar a 16%, depois de alcançar 4,4% em março. Fonte: Deutsche Welle – 07.05.2020

quinta-feira, 5 de março de 2020

Passo de tartaruga o PIB brasileiro de 2019

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2019, segundo divulgou nesta quarta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o desempenho mais fraco em 3 anos, com o resultado afetado principalmente pela perda de ritmo do consumo das famílias e dos investimentos privados. Em valores correntes, o PIB do ano passado totalizou R$ 7,3 trilhões em 2019.

Foi a 3ª alta anual consecutiva após 2 anos de retração, mas a recuperação lenta ainda mantém a economia do país abaixo do patamar pré-recessão.
Já o PIB per capita (por habitante) teve alta de apenas 0,3% em termos reais em 2019, alcançando R$ 34.533 em 2019.

 “São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2013”, destacou Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE.

Segundo ela, em valores correntes, o PIB brasileiro ainda segue 3,1% abaixo do pico (ponto mais alto da economia brasileira), registrado no primeiro trimestre de 2014. "Por outro lado, estamos a 5,4% do vale, o ponto mais baixo que foi alcançado no 4º trimestre de 2016", explicou.

Em 2017 e 2018 o crescimento foi de 1,3% em ambos os anos, após retrações de 3,5% em 2015 e de 3,3% em 2016.  G1 — São Paulo e Rio de Janeiro-04/03/2020

Comentário:
O balanço do Caged Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)  mostrou;
§ Em dezembro, número de trabalhadores com carteira assinada registrou 33,7 milhões
§Número de aposentados e pensionistas, 30,4 milhões
§ 644 mil é o número de postos formais criados no Brasil em 2019
§ 1,7 milhão foi o total de empregos formais perdidos no Brasil no quinquênio 2015-2019
§ 41,1% foi a parcela da população ocupada que trabalhou na informalidade em 2019
§ O trabalho por conta própria. Foi dos principais traços do emprego brasileiro em 2019 bateu  o recorde de pessoas trabalhando por conta própria. Foram, na média total do ano, 24,2 milhões de pessoas trabalhando nessa categoria. Isso inclui tanto aqueles trabalhadores registrados – como os MEIs (microempreendedores individuais) – como os informais, como quem trabalha com aplicativos de entrega. Desse total, cerca de 80% estavam empregados informalmente.
§ Conta própria. 19,3 milhões foi a média de pessoas trabalhando por conta própria sem CNPJ em 2019

Comentário: O governo vive no hospital. Parece que gostou. Ora está na UTI, agora, está na semi‑UTI . O governo de 2020 está otimista,  diz que vai para apto. Se ficar muito tempo poderá  pegar infecção inflacionária e voltar para UTI. Mas todo governo é otimista, sendo brasileiro ainda é  pior, exageradamente otimista,  desta vez vai  sair do atoleiro, ou melhor da merda. É o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) de Crescimento. O governo  está  a procura da pílula da felicidade. A insanidade do Brasil é fazer sempre a mesma coisa e várias vezes esperando obter resultados  diferentes. Voltando sempre para o UTI. 

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Gasto militar global tem o maior aumento da década em 2019

O mundo teve o maior salto no seu gasto militar em uma década em 2019, devido ao aumento da despesa com defesa dos Estados Unidos de Donald Trump e da China de Xi Jinping.
O dado foi aferido pelo IISS (Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, na sigla em inglês), baseado em Londres e referência no assunto no mundo, em sua publicação anual “O Balanço Militar”.
No ano passado, o crescimento real de gastos com defesa subiu 4% em relação a 2018, em comparação ajustada ao dólar constante de 2015. É o dobro do salto registrado de 2017 para 2018, de 1,8%.
Ao todo, o mundo gastou US$ 1,73 trilhão com o setor militar em 2019. Os EUA são a potência incontestável, com US$ 684,6 bilhões aplicados em defesa, ou 39% do valor global. Fonte: Folha de São Paulo - 14.fev.2020 

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Taxa de desemprego na China 2012-2024

A partir das estatísticas em questão, pode-se ver que a taxa de desemprego na China tem sido razoavelmente constante em torno de 4% nos últimos anos. Isso pode ser explicado parcialmente pelo fato de que, devido à sua herança socialista, a política de pleno emprego historicamente desempenhou um papel importante nas considerações econômicas do governo chinês.

Outra explicação possível pode ser encontrada na metodologia do índice, que, de acordo com o National Bureau of Statistics, reúne apenas dados de emprego para regiões urbanas. O debate sobre se a metodologia deve ser ajustada adequadamente a fim de criar uma imagem estatística mais precisa ainda está em andamento entre políticos e estatísticos chineses,

Uma das principais preocupações no atual estado de emprego da China está nas grandes diferenças regionais. A partir de 2016, a taxa de desemprego nas regiões mais centrais e ocidentais da China era notavelmente mais elevada do que nas regiões orientais da China. Em Pequim, o centro político e cultural da China, o desemprego variou apenas 1,4% em 2016,

O desemprego dos jovens  também é aparente na China, mas, com suas próprias características. É mais provável que os jovens com curso  superior tenham dificuldades  em encontrar empregos, de acordo com a Pesquisa de Finanças Domésticas da China. Uma razão para isso pode estar na expansão das matrículas desde 1999, O número de estudantes recém-matriculados em universidades públicas aumentou de cerca de 2,7 milhões em 2001 para cerca de 7,5 milhões em 2016,

Além da taxa de desemprego, os indicadores mais usados para medir as atividades econômicas de um país são o crescimento do PIB e a taxa de inflação. De acordo com uma previsão do FMI, o crescimento do PIB na China diminuirá  para 6,3% em 2019, representando uma queda de quatro por cento  em relação a 2010. Esta estimativa é baseada por dados trimestrais de crescimento publicados pela NBS, que recentemente relatou um crescimento de 1,4% do PIB no primeiro trimestre de 2018,
Fonte: Statista Research Department, 23 de set de 2019

Comentário: Segundo INEP, o Brasil em 2016 tinha  8 milhoes de estudantes matriculados no ensino superior.  A China na mesma época  tinha 7,5 milhoes de estudantes matriculados em universidades públicas. Enquanto o PIB da China cresceu 6,7%  em 2016 o Brasil teve uma queda negativa  do PIB, 3,6%.
O governo passa a idéia que todo mundo pode e deve ter um diploma universitário, O ensino superior transformou-se  em profissionalização, a faculdade deixou de ser um centro de saber, de conhecimento, de inovação e crítica da sociedade, para simplesmente especializar-se  em produzir diploma para futuros profissionais.
São despejados milhares profissionais  a cada ano, de forma descontrolada num mercado de trabalho saturado  

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Coronavírus: Poderia prejudicar a economia global?

É um problema sério de saúde. A Organização Mundial da Saúde declarou emergência para a China, embora não para o mundo, pelo menos até agora.
Inevitavelmente, isso terá consequências econômicas. Mas quão severo e até onde eles se espalharão?
Os economistas são muito cautelosos quanto a colocar números nesse estágio inicial.
Mas é possível identificar de que forma o impacto assumirá e examinar os danos econômicos causados por episódios semelhantes anteriores, notadamente o surto da síndrome respiratória aguda grave - mais conhecida como Sars - em 2002-3, que também começou na China.
É na China que já existe algum dano econômico. As restrições de viagem foram impostas em partes do país em um momento [o Ano Novo Chinês] em que muitas pessoas viajam. Logo o negócio do turismo já está sendo atingido.

TERMINAL E LOGÍSTICA
Os gastos dos consumidores com entretenimento e presentes também serão afetados. Para entretenimento, muitos relutam em participar de atividades fora de casa que podem levar à exposição ao vírus. Muitas pessoas certamente cancelaram planos por vontade própria para evitar riscos de exposição à doença.
O impacto é ampliado pelo fato de que Wuhan, a cidade onde começou, é um importante centro de transporte.
As restrições de viagem também são um problema para qualquer empresa que precise transportar mercadorias ou pessoas. As cadeias de suprimentos industriais serão afetadas. Algumas entregas podem ser interrompidas e outras ficarão mais caras.
Perderá a atividade econômica como resultado das pessoas não poderem ou desejarem viajar para o trabalho.

TAXA DE RECUPERAÇÃO: SAÚDE E FINANCEIRA
Haverá também um custo financeiro direto no tratamento de pacientes suportados por seguradoras de saúde (públicas e privadas) e pelos pacientes.
Fora da China, muito dependerá da propagação da doença. Se houver surtos em outros lugares, alguns dos mesmos efeitos podem ser aparentes, embora quase certamente em uma escala muito menor.
A extensão desses efeitos dependerá em grande parte da facilidade de transmissão do vírus e da taxa de mortalidade entre os infectados. Até agora, encorajadoramente, muitas pessoas fizeram recuperações completas, embora tenha havido trágicas exceções.
Geralmente, os problemas econômicos são rapidamente refletidos pelos mercados financeiros, onde as opiniões dos traders sobre quanto valem os ativos são afetadas por suas expectativas sobre desenvolvimentos futuros.

CHANCE DE VACINA
Nesta ocasião, houve algumas consequências negativas para os mercados de ações, principalmente na China. Mas eles não são grandes. Até o Shanghai Composite Index é mais alto do que há seis meses atrás.
Existem algumas empresas que poderiam ganhar, como fabricantes de drogas. O que está disponível imediatamente é o alívio dos sintomas. A longo prazo, pode haver uma oportunidade lucrativa no desenvolvimento de uma vacina contra o vírus.
Paul Stoffels, diretor científico da Johnson & Johnson, disse que suas equipes já haviam realizado o "trabalho básico" de uma vacina. Ele pensou que poderia estar disponível em cerca de um ano.

Também houve um aumento na demanda por máscaras e luvas cirúrgicas para proteger contra a infecção. As ações de empresas chinesas que fabricam esses itens - remédios e equipamentos de proteção - tiveram um forte aumento nos preços.

RÁPIDA RECUPERAÇÃO?
O melhor exemplo histórico é provavelmente o surto de Sars. Uma estimativa de custo para a economia global  foi de US $ 40 bilhões.
Jennifer McKeown, da Capital Economics, uma consultoria de Londres, estima que o crescimento global foi um ponto percentual mais fraco no segundo trimestre de 2003 do que teria sido sem Sars. Isso foi um sucesso bastante substancial, mas ela também diz que depois o crescimento global foi bastante  rápido.
Ela diz que o quadro era  complicado por outros fatores que afetaram o crescimento global na época, mas conclui que "é muito difícil detectar qualquer dano duradouro ao PIB global (atividade econômica) da Sars, que foi um vírus incomumente grave e generalizado". Fonte: BBC News - 26 de janeiro de 2020

sábado, 25 de janeiro de 2020

Contraste entre Brasil e China: Movimentção de conteineres

A movimentação de contêineres na  China foi registrada 226 bilhões de TEU em dezembro de 2018. Isso registra um aumento em relação ao número anterior de 216.684.000.000 TEU em dezembro de 2017. Os dados de movimentação são atualizados anualmente, com média de 175.936.350.500 TEU de dezembro de 2008 a 2018.  Fonte: Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento

Brasil
O Porto de Santos é o mais importante,  movimentou carga conteinerizada  no ano passado, em 4,1 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o que representa 1% de crescimento.
O Brasil movimentou 112,8 milhões de TEU. Fonte: ANTAQ
Comentário: A China movimenta 2.000 vezes a carga conteneirizada do Brasil

sábado, 18 de janeiro de 2020

China tem o menor crescimento econômico em quase 30 anos

Apesar de ritmo lento devido a disputas com os Estados Unidos e queda no consumo, economia do país asiático cresce 6% em 2019, pouco abaixo do registrado em 2018, e já mostra sinais de recuperação.

A economia chinesa cresceu no ano passado no ritmo mais lento das quase últimas três décadas, afetada pelas disputas comerciais com os Estados Unidos e pelo fraco desempenho no consumo doméstico. Dados divulgados nesta sexta-feira (17/01) mostram, porém, que a segunda maior economia do mundo encerrou um ano difícil mais forte.
A trégua nas tensões comerciais entre Pequim e Washington reavivou a confiança do mercado e as medidas adotadas pelo governo para impulsionar a economia parecem surtir efeito.

Como já era esperado, o crescimento de 6,1% registrado no ano passado ficou abaixo dos 6,6% de 2018, segundo dados do Departamento Nacional de Estatísticas da China. Apesar de robusta para os padrões globais, e ainda dentro das previsões do governo, esta foi a menor expansão registrada desde 1990 e marca três anos consecutivos de queda.
Apesar de a segunda maior economia do mundo perder fôlego gradualmente nos três primeiros trimestres de 2019, ela se manteve firme em 6% entre outubro e dezembro.

O ano de 2020 é considerado crucial para as ambições do governo chinês de atingir seu objetivo de dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) do país e os rendimentos ao longo da próxima década, transformando a China em uma nação "moderadamente próspera".
Analistas avaliam que para que essas metas de longo prazo sejam atingidas, a China dever manter o crescimento anual em torno dos 6%, ainda que algumas autoridades tenham alertado que neste ano a economia poderá enfrentar desafios ainda maiores do que em 2019. Fonte: Deutsche Welle-17.01.2020
Comentário: Enquanto isso, o Brasil acelera em ponto morto.


Year
USA
GDP Growth Rate
Year  China
Real growth (%)
Ano
Brasil
Taxa PIB (%)
2018
2.9%
2018
6.6
2018
1,12%
2017
2.4%
2017
6.8
2017
1,06%
2016
1.6%
2016
6.7
2016
-3,30%
2015
2.9%
2015
6.9
2015
-3,55%
2014
2.5%
2014
7.3
2014
0,50%
2013
1.8%
2013
7.8
2013
3,00%
2012
2.2%
2012
7.9
2012
1,92%
2011
1.6%
2011
9.5
2011
3,97%
2010
2.6%
2010
10.6
2010
7,53%
2009
-2.5%
2009
9.4
2009
-0,13%
2008
-0.1%
2008
9.7
2008
5,09%
2007
1.9%
2007
14.2
2007
6,07%
2006
2.9%
2006
12.7
2006
3,96%
2005
3.5%
2005
11.4
2005
3,20%
2004
3.8%
2004
10.1
2004
5,76%
2003
2.9%
2003
10.0
2003
1,14%
2002
1.7%
2002
9.1
2002
3,05%
2001
1.0%
2001
8.3
2001
1,39%
2000
4.1%
2000
8.5
2000
4,11%
1999
4.8%
1999
7.7
1999
0,47%
1998
4.5%
1998
7.8
1998
0,34%
1997
4.4%
1997
9.2
1997
3,40%
1996
3.8%
1996
9.9
1996
2,21%
1995
2.7%
1995
11.0
1995
4,42%
1994
4.0%
1994
13.0
1994
5,33%
1993
2.8%
1993
13.9
1993
4,67%
1992
3.5%
1992
14.2
1992
-0,47%
1991
-0.1%
1991
9.3
1991
1,51%
1990
1.9%
1990
3.9
1990
-3,10%
1989
3.7%
1989
4.2
1989
3,28%
1988
4.2%
1988
11.2
1988
-0,10%
1987
3.5%
1987
11.7
1987
3,60%
1986
3.5%
1986
8.9
1986
7,99%
1985
4.2%
1985
13.4
1985
7,95%
1984
7.2%
1984
15.2
1984
5,27%
1983
4.6%
1983
10.8
1983
-3,41%
1982
-1.8%
1982
9.0
1982
0,58%
1981
2.5%
1981
5.1
1981
-4,39%
1980
-0.3%
1980
7.8
1980
9,11%