domingo, 9 de fevereiro de 2020

Taxa de desemprego na China 2012-2024

A partir das estatísticas em questão, pode-se ver que a taxa de desemprego na China tem sido razoavelmente constante em torno de 4% nos últimos anos. Isso pode ser explicado parcialmente pelo fato de que, devido à sua herança socialista, a política de pleno emprego historicamente desempenhou um papel importante nas considerações econômicas do governo chinês.

Outra explicação possível pode ser encontrada na metodologia do índice, que, de acordo com o National Bureau of Statistics, reúne apenas dados de emprego para regiões urbanas. O debate sobre se a metodologia deve ser ajustada adequadamente a fim de criar uma imagem estatística mais precisa ainda está em andamento entre políticos e estatísticos chineses,

Uma das principais preocupações no atual estado de emprego da China está nas grandes diferenças regionais. A partir de 2016, a taxa de desemprego nas regiões mais centrais e ocidentais da China era notavelmente mais elevada do que nas regiões orientais da China. Em Pequim, o centro político e cultural da China, o desemprego variou apenas 1,4% em 2016,

O desemprego dos jovens  também é aparente na China, mas, com suas próprias características. É mais provável que os jovens com curso  superior tenham dificuldades  em encontrar empregos, de acordo com a Pesquisa de Finanças Domésticas da China. Uma razão para isso pode estar na expansão das matrículas desde 1999, O número de estudantes recém-matriculados em universidades públicas aumentou de cerca de 2,7 milhões em 2001 para cerca de 7,5 milhões em 2016,

Além da taxa de desemprego, os indicadores mais usados para medir as atividades econômicas de um país são o crescimento do PIB e a taxa de inflação. De acordo com uma previsão do FMI, o crescimento do PIB na China diminuirá  para 6,3% em 2019, representando uma queda de quatro por cento  em relação a 2010. Esta estimativa é baseada por dados trimestrais de crescimento publicados pela NBS, que recentemente relatou um crescimento de 1,4% do PIB no primeiro trimestre de 2018,
Fonte: Statista Research Department, 23 de set de 2019

Comentário: Segundo INEP, o Brasil em 2016 tinha  8 milhoes de estudantes matriculados no ensino superior.  A China na mesma época  tinha 7,5 milhoes de estudantes matriculados em universidades públicas. Enquanto o PIB da China cresceu 6,7%  em 2016 o Brasil teve uma queda negativa  do PIB, 3,6%.
O governo passa a idéia que todo mundo pode e deve ter um diploma universitário, O ensino superior transformou-se  em profissionalização, a faculdade deixou de ser um centro de saber, de conhecimento, de inovação e crítica da sociedade, para simplesmente especializar-se  em produzir diploma para futuros profissionais.
São despejados milhares profissionais  a cada ano, de forma descontrolada num mercado de trabalho saturado  

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