terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Crescimento do Brasil : Panorama global é instável

O crescimento do PIB mundial caiu para 2,9% este ano - sua taxa mais baixa desde a crise financeira - e espera que se mantenha em 3% nos próximos dois anos.

A economia está se recuperando gradualmente. Foi aprovada a reforma previdenciária e melhores perspectivas de progresso na reforma estrutural estão aumentando a confiança e apoio ao investimento, que também é impulsionado por condições financeiras mais fáceis. A inflação baixa e a retirada mais fácil de do se
guro de desemprego e FGTS contribuirão  para reforçar o consumo. Partindo do pressuposto de que a agenda de reformas continuará  avançando, o crescimento é projetado para ganhar impulso em 2020. No entanto, o alto desemprego está caindo apenas lentamente, e os empregos recém-criados são de baixa qualidade, incluindo muitos empregos informais.

A política monetária foi flexibilizada, o que é adequada, pois a inflação deverá permanecer abaixo da meta em 2020 e 2021. Ainda há margem para flexibilização adicional. Garantir a sustentabilidade fiscal e o cumprimento das regras fiscais exigirá ajustes adicionais nos gastos obrigatórios, ao mesmo tempo em que salvaguardam transferências sociais efetivas e investimentos públicos. O aumento da produtividade dependerá da melhoria do clima de negócios através de reformas nos impostos, regulamentação e redução das barreiras comerciais. A preservação de ativos naturais exigirá esforços de execução mais determinados. Fonte: OCDE

domingo, 8 de dezembro de 2019

Mais uma geração perdida

Imagine 30 milhões de palavras em três anos. Dez milhões de palavras por ano. Esse é o número de palavras que uma criança rica escuta a mais que uma criança pobre (em um estudo de Hart e Risley para os Estados Unidos, mas que vale também para nós). É comum falar que o problema do Brasil é a educação.

Mas o buraco é muito mais embaixo. As diferenças entre crianças ricas e pobres já é gigantesca antes do 1º ano do ensino fundamental. Ao longo do sistema de ensino, o abismo só aumenta.

Outro lugar-comum é dizer que falta qualidade; falta infraestrutura; e os professores são mal pagos. Ou seja, se magicamente melhorarmos a estrutura do sistema educacional, pronto, está tudo resolvido.

O buraco é mais embaixo. Falta demanda por educação. As famílias pobres brasileiras investem pouco em educação. Isso significa que pais cobram pouco dos filhos, terceirizam a educação para a escola e apoiam pouco as crianças que querem realmente estudar. E os pais estão certos! Investir em educação significa gastar tempo e dinheiro em algo que vai dar retorno em 20 anos ou mais. Para uma pessoa pobre, isso é uma eternidade.

O buraco é ainda mais embaixo. Uma criança medíocre de uma família de classe média não vai ter problemas em se inserir no mercado de trabalho, ainda mais se for branca. Uma criança pouco acima da média e pobre (e ainda mais se for negra) vai ter que saltar diversos obstáculos. Não vai ter exemplos de sucesso para seguir. Vai ver os pais, tios e amigos serem discriminados. Não vai ter mentor.

Sua família não vai ter dinheiro para curso de inglês. Ou judô. E vai ter recebido menos informação ao longo da vida. Vai ter que superar tudo isso na marra.

Eu entendo os pais que não se comprometem com a educação dos filhos, ao ver que há pouca chance de eles terminarem numa situação melhor que Sísifo, rolando pedra morro acima só para vê-la rolando morro abaixo, de volta, eternamente.

O buraco é realmente mais embaixo. Se começarmos a fazer políticas públicas decentes para educação, vamos ver resultados em 20 anos. Mas a maioria dos políticos não faz ou sequer tem noção do diagnóstico correto. No governo do PT, achava-se que a saída era universalizar ensino universitário. Nada disso. O desenho correto é investir em primeira infância.

Mas, por mais que o modelo do PT tenha sido ruim, nada é pior do que acontece hoje, no Brasil. Fora a perda de tempo com discussão ideológica do Enem, agora temos um importantíssimo acordo entre o MEC e o Ministério da Família para promover cultura de paz nas escolas.

Gastamos o tempo (caro) de dois ministérios num programa inútil. Quase um ano de governo, e simplesmente não temos nenhuma ação para melhorar o sistema educacional do país. Teremos mais uma geração perdida, com todos pagando caro pelo racismo e pelo elitismo endêmicos do sistema educacional, pela desvalorização dos professores e pelos gastos focados nas partes erradas do sistema.

O tempo de uma autoridade pública custa caro, capital político é finito, e um governo só tem quatro anos para tentar mudar o país. Nos últimos anos, tivemos o programa Criança Feliz, instituído em 2016 com apoio das Nações Unidas e que já atendeu 678 mil famílias. É muito pouco.

Deveríamos estar criando um projeto de país que investe muito mais recursos e políticas na primeira infância. Não há perspectiva de algo mudar com esse governo. No caso da educação, mais do que nunca, o Brasil é o país do futuro. Fonte: Folha de São Paulo - 30.nov.2019-Rodrigo Zeidan Professor da New York University Shanghai (China) e da Fundação Dom Cabral. É doutor em economia pela UFRJ.

Comentário: O Brasil continua perdido no tempo, pois, a educação anda no lombo de burro. As camadas mais pobres não visualizam que a educação é o planejamento futuro dos filhos. Eles  preocupam com o trabalho que é imediatismo  e as mesadas sociais do governo. E a política sabe como manobrar essa parte social. Negocio mesmo é Pancadão, cultura e lazer. Só falta estudar
A letra da musica da Legião Urbana define bem esse país: Que país é esse
Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação

Dados do Inep - MEC
■Em 2018, foram registradas 27,2 milhões de matrículas no ensino fundamental. - Inep
■O ensino médio registrou 7,7 milhões de matrículas no ano de 2018,
■As matrículas na educação infantil  5,2 milhões de crianças
Em resumo, os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

China ocupa 1° lugar no relatório PISA sobre avaliação de alunos

O relatório PISA divulgado coloca a China em 1° lugar, seguida de outros países asiáticos como a Singapura e a Coreia do Sul. O Programa internacional de avaliação de alunos de 15 anos, mede as competências na leitura, matemática e ciências e abrangeu 32 milhões de adolescentes de 79 países do mundo.  

Ásia e a China em particular voltam a brilhar na classificação PISA, mas este estudo de referência sobre os sistemas de educação no mundo é alarmante pois não nota praticamente nenhuma melhoria dos resultados dos alunos desde o ano 2000.

A análise, publicada de 3 em 3 anos pela OCDE, que avalia as competências em ciências, matemática e compreensão da escrita de alunos de 15 anos tornou-se uma referência mundial seguida atentamente pelos governos mundiais.

Os testes foram submetidos em maio de 2018 a 600.000 jovens de 79 países e territórios, uma mostra representando 32 milhões de alunos.

Assim vários países asiáticos figuram entre os melhores alunos na leitura, mais desenvolvida na edição deste ano, mas também nas ciências e matemáticas.

Pequim, Shanghai, Jiangsu e Zhejian, lideram seguidos de Singapura, Macau e Hong Kong ambos também da China, Estónia e Canadá.

Ainda na Ásia, a Coreia do Sul está igualmente bem classificada aparecendo na sétima posição.

Por cá na Europa, a Bélgica ocupa 22° lugar na tabela de classificação do estudo  Pisa, enquanto a França surge na vigésima terceira posição, Portugal, em 24° lugar e a Suíça em 28°.

Em relação à precedente edição, certos países progrediram, como Estónia, Polónia ou Portugal, onde um esforço particular foi feito sobre a formação de professores e valorização da profissão, segundo a OCDE.

ESTUDOS FEITOS EM 2018 E RELATÓRIO PUBLICADO EM 2019
O relatório considera no entanto decepcionante que apesar de ter havida uma alta de 15% das despesas no ensino primário e no liceu nos países da OCDE nos últimos 10 anos, a maioria dos países não vê nenhuma melhoria do resultado dos alunos deste que entrou em vigor o estudo PISA em 2000.

Na realidade, apenas 7 dos 79 sistemas de ensino analisados mostram melhorias significativas  na leitura, matemática e ciências, segundo o relatório, e apenas um deles, Portugal, é membro da OCDE.

Não é compreensível tendo em conta que as necessidades educativas dos adolescentes de 15 mudaram de maneira fundamental tendo a introdução dos aparelhos digitais transformam a maneira como as pessoas leem e trocam informações.

FALTA DE VISÃO CRÍTICA
A digitalização provocou a emergência de novas formas de textos e a multiplicação de fontes na internet para além do manual tradicional de ensino criou confusão nos alunos que não sabem fazer a diferença entre o verdadeiro e o falso.

Conclusão: "sem uma sólida instrução os adolescentes correm o risco de ficar de ficar à margem da sociedade, incapazes de enfrentar os desafios do mundo do trabalho e as desigualdades vão continuar a aumentar", afirma o secretário geral da OCDE, Angel Gurria, na apresentação do relatório PISA 2019. Fonte: RFI - 03/12/2019

PISA 2018: Os melhores países




O infográfico combina as pontuações médias de cada país nas três áreas principais de teste para mostrar qual foi o desempenho mais alto no nível geral. Com uma pontuação média de 1.736, a China lidera a lista à frente de Cingapura e Estônia em segundo e terceiro, respectivamente. Os EUA só alcançam o 22º lugar com uma pontuação média total de 1.485. A média para todos os países da OCDE testados foi de 1.465.

O aparente domínio da China nessa medida de aproveitamento dos estudantes deve, no entanto, ser tomado com certa cautela. Diferentemente dos outros países testados, as pontuações da superpotência são baseadas em alunos de Pequim e Xangai e suas duas províncias vizinhas - Jiangsu e Zhejiang - que abrigam apenas 183 milhões dos 1,4 bilhões de habitantes da China. O relatório observa, no entanto, que o nível de renda dessas regiões chinesas está bem abaixo da média da OCDE. Fonte: Statista - 3 / dez / 2019

Pontuações do PISA ligadas ao status de professor na sociedade: estudo
O desempenho dos alunos se correlaciona com o modo como a sociedade considera e remunera seus professores, afirma um estudo de 35 nações realizado por um empresário de educação de Dubai. A China está no topo e o Brasil no mais baixo, com a Alemanha na posição intermediária..

Os governos que desejam pontuações mais altas de alunos nas pesquisas mundiais do PISA sobre habilidades em leitura, matemática, ciências e trabalho em equipe devem se esforçar para melhorar a atenção  dada pela sociedade aos professores e bem como sua remuneração, recomendam a Fundação Varkey, de Londres / Dubai.

A pesquisa do Índice Global de Status dos Professores da Varkey (GTSI) encontrou uma ligação direta entre o status dos professores e o desempenho dos alunos, medido pelo PISA - um conjunto de pesquisas regulares de avaliação de alunos publicadas pela Organização para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris. Fonte: DW-18.11.2018

Pontuações do PISA ligadas ao status de professor na sociedade: estudo
O desempenho dos alunos se correlaciona com o modo como a sociedade considera e remunera seus professores, afirma um estudo de 35 nações realizado por um empresário de educação de Dubai. A China está no topo e o Brasil no mais baixo, com a Alemanha na posição intermediária..

Os governos que desejam pontuações mais altas de alunos nas pesquisas mundiais do PISA sobre habilidades em leitura, matemática, ciências e trabalho em equipe devem se esforçar para melhorar a atenção  dada pela sociedade aos professores e bem como sua remuneração, recomendam a Fundação Varkey, de Londres / Dubai.

A pesquisa do Índice Global de Status dos Professores da Varkey (GTSI) encontrou uma ligação direta entre o status dos professores e o desempenho dos alunos, medido pelo PISA - um conjunto de pesquisas regulares de avaliação de alunos publicadas pela Organização para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris. Fonte: DW-18.11.2018


segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Alemanha cresce 0,1% e escapa da recessão

O Produto Interno Bruto (PIB) alemão cresceu 0,1% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, evitando uma recessão técnica após uma contração de 0,2% no trimestre anterior, informou nesta quinta-feira (14/11) o Departamento Federal de Estatísticas (Destatis).

Os economistas falam de uma "recessão técnica" quando o PIB se contrai por dois trimestres consecutivos. A última recessão técnica na Alemanha ocorreu no final de 2012.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB alemão cresceu 0,5%. No segundo trimestre, inicialmente havia sido divulgada uma contração da economia de 0,1%, que o Destatis agora corrigiu para 0,2%.

O crescimento econômico surpreendeu especialistas, que esperavam uma segunda retração em série.
O Ministério da Economia alemão ponderou nesta quinta-feira que os números da economia permaneceram fracos no terceiro trimestre e ressaltou que não há sinais de recuperação, acrescentando que as empresas alemãs não esperam um aumento nas exportações nos próximos
meses.

"Os indicadores ainda não apontam uma recuperação conjuntural, mas os indicadores climáticos de negócios enviam um primeiro raio de esperança", frisou o ministério em seu relatório mensal.
"Não temos uma recessão técnica, mas os números de crescimento ainda são muito fracos", disse o ministro da Economia alemão, Peter Altmaier.

A maioria dos analistas não espera uma recessão no futuro próximo, apesar da desaceleração do crescimento. O que se espera é que neste ano o crescimento fique claramente abaixo do de 2018, quando o PIB teve um aumento de 1,5%. O prognóstico é que o crescimento neste ano seja de 0,5%.

A desaceleração é atribuída sobretudo ao conflito comercial entre China e Estados Unidos e à incerteza gerada pelo Brexit, que prejudicam cadeias de abastecimento e a confiança de investidores, respingando nas exportações de setores-chave da economia alemã.

A indústria automotiva, pilar econômico alemão, atravessa um período de demanda decrescente, enquanto tenta acelerar a cara transição para abandonar os motores a diesel.
Apesar da conjuntura, em setembro o país registrou um  aumento nas exportações de 4,6%. Ao longo do ano, o crescimento acumulado das exportações é de 1%.

Atualmente, o consumo privado é considerado o principal fator de crescimento na Alemanha, devido em grande parte à baixa taxa de desemprego. No entanto, a desaceleração econômica pode afetar negativamente o ânimo dos consumidores.

De acordo com a sociedade alemã de pesquisa de mercado GfK, o ânimo de consumo em novembro é o menor registrado desde o terceiro trimestre de 2016.
Na semana passada, o painel independente de economistas que assessora o governo alemão afirmou que não há sinais de uma "recessão geral e profunda". O governo tem resistido a pedidos para utilizar seu superávit orçamentário em programas de estímulos econômicos. Fonte: Deutsche Welle – 14.11.2019

domingo, 1 de dezembro de 2019

Brasil teve campos de concentração em 1942

O Brasil manteve campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), revelam documentos oficiais que estavam lacrados pelo governo e que ajudam a desvendar um período até aqui obscuro da história.
A partir de 1942, cerca de 3.000 pessoas de origem alemã, italiana e japonesa foram mantidas em dez campos de concentração criados em sete Estados brasileiros (PA, PE, RJ, MG, SP, SC e RS).
Sem nenhuma semelhança com os campos nazistas, os espaços de confinamento brasileiros permitiam que os prisioneiros saíssem para fazer compras na cidade, receber visitas e até tocar em festas.

Esse período da história brasileira jamais foi incluído nos livros didáticos porque, até 1996, era considerado secreto pelo governo, que permitia somente o acesso parcial aos dados. Os arquivos oficiais foram lacrados com base em uma lei que proibia consultas ou pesquisas por 50 anos. Em 1988, o prazo caiu para 30 anos.

"Essa é uma história que está para ser escrita e foi omitida por ser inoportuna. Esses arquivos revelam os carrascos de uma fase desagradável da história política brasileira", diz a professora da USP e coordenadora do projeto Arquivo-Universidade, Maria Luiza Tucci Carneiro, especialista em racismo e anti-semitismo.

A criação dessas áreas para prisioneiros ocorreu a partir de agosto de 1942, época em que o Brasil saiu da neutralidade em relação à guerra e se posicionou a favor dos Aliados (EUA, Inglaterra e França). O bloco lutava contra os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O Brasil era governado por Getúlio Vargas.
De acordo com Perazzo, autora da tese intitulada "Prisioneiros de Guerra. Os Cidadãos do Eixo nos Campos de Concentração Brasileiros", a perseguição aos imigrantes já existia alguns anos antes da eclosão da guerra. A diferença é que, antes da adesão aos Aliados, os imigrantes eram vistos como "cidadãos indesejados".

A partir de 1938, alemães, japoneses e italianos começaram a ser severamente reprimidos no Brasil por representarem uma ameaça ao projeto nacional-moderno do governo, já que tinham ideologias diferentes das sugeridas no país.
A reclusão nos campos foi praticamente uma precondição para o apoio do Brasil aos Aliados. A historiadora explica que o tratamento dado aos imigrantes deixou de ser uma questão nacional para projetar-se como um dos elementos de negociação no campo da política internacional.
O Brasil teve sua recompensa depois da guerra. Enquanto a Europa estava quase destruída, o país aproveitava um dos períodos mais promissores no que diz respeito à geração de empregos, provenientes da industrialização com o apoio do Aliados. Fonte: Folha de São Paulo - 08/12/2002

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Lacalle Pou ganó y será el presidente de Uruguay

El blanco Luis Lacalle Pou llegó a los votos necesarios para tener una ventaja que Martínez no puede superar y será el presidente. Martínez reconoció la derrota y anunció que mañana lo irá a saludar. Luis Lacalle Pou sumó sobre las 12 del mediodía de hoy jueves 3.090 votos (que luego se incrementó) en una primera revisión del segundo escrutinio lo que le dio una ventaja sobre Daniel Martínez ya insuperable y lo convirtió en el próximo presidente de Uruguay a partir del 1° de marzo. El País - Jueves, 28 Noviembre 2019  

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Uruguai:Lacalle Pou anuncia la victoria y Martínez no admite la derrota


La Corte Electoral deberá escrutar los votos observados (35.229) y los anulados (53.619). La proclamación oficial será el viernes próximo.
Escrutado el 100% de los votos, el candidato blanco recogió 1.168.019 sufragios contra 1.139.353 del postulante oficialista; 28.666 votos de diferencia con 35.229 observados que se empezarán a contar el próximo martes. Fuente: Lunes, 25 Noviembre 2019