sábado, 19 de maio de 2018

Mapa-múndi do cálcio mostra dieta pobre para saúde óssea

A Fundação Internacional de Osteoporose (IOF na sigla em inglês) lançou um mapa-múndi mostrando a média de ingestão de cálcio.
O mapa revela que muitas populações, incluindo a brasileira, não estão recebendo cálcio suficiente em suas dietas.

O cálcio é um componente importante do osso, representando entre 30 e 35% da sua massa, e sendo responsável por grande parte da sua resistência. A baixa ingestão de cálcio tem sido associada à menor densidade mineral óssea, o que aumenta o risco de osteoporose e fraturas.
É importante ingerir cálcio através da dieta, ou seja, pelos alimentos, porque suplementos de cálcio e vitamina D não protegem contra fraturas e podem até fazer mais mal do que bem.

INGESTÃO DE CÁLCIO NO MUNDO
Nos 74 países incluídos no mapa, a estimativa da ingestão média de cálcio entre os adultos varia muito, desde um nível baixo, de 175 miligramas por dia (mg/dia) no Nepal, até um nível alto, de 1.233 mg/dia na Islândia.

Os países da Ásia, África e América do Sul, em sua maioria, têm baixo consumo de cálcio, variando entre cerca de 400 a 700 mg/dia. Há grande variação na América Latina, onde a Colômbia tem uma ingestão média de apenas 297 mg/dia, o Brasil apresenta um valor de 508 mg/dia, enquanto o México está no topo da lista regional, com 805 mg/dia.
"Infelizmente, América Central e América do Sul não têm informações epidemiológicas robustas sobre os níveis de ingestão de cálcio, e os dados disponíveis são insuficientes ou refletem a ingestão dietética de um pequeno grupo populacional," ressaltou a professora Patricia Clark, da Universidade Nacional Autônoma do México

"O mapa revela que os dados publicados na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile e Colômbia mostram as médias de ingestão de cálcio entre os mais baixos do mundo (600 mg/dia), o México é o país com maior ingestão média de cálcio na região (800 mg/dia). No entanto, como em muitos países da América Latina, também apresenta níveis sub-ótimos de vitamina D. Infelizmente, os estudos disponíveis são limitados," acrescentou Patricia.
"O consumo médio dos brasileiros entre 20 e 60 anos é de 505 mg/dia. Isso coloca o Brasil entre os países que estão com pouca ingestão de cálcio no mundo (menos de 600 mg/dia). Estudos brasileiros estabelecem que o cálcio é um dos nutrientes com maior prevalência de ingestão inadequada. Ele mostrou sua preocupação com os baixos níveis de consumo de cálcio no Brasil, onde as taxas de fratura de quadril estão aumentando rapidamente na população mais velha. As fraturas de quadril são a consequência mais grave, cara e potencialmente mortal da osteoporose. Projeções futuras para o Brasil indicam que, em 2050, o número de fraturas de quadril vai ultrapassar de um milhão, a menos que sejam tomadas medidas preventivas," disse o Dr. Cristiano Zerbini, membro do Conselho Mundial da IOF pelo Brasil e coautor do estudo.

RECOMENDAÇÕES SOBRE CÁLCIO PARA A SAÚDE
A quantidade de cálcio necessária varia em diferentes fases da vida, sendo especialmente altas na adolescência, devido ao rápido crescimento do esqueleto, e na velhice, quando a capacidade do corpo de absorver o cálcio diminui. Em adultos mais velhos, a perda óssea ocorre a uma taxa de cerca de 1% ao ano, resultando em perda de cálcio de aproximadamente 15 g por ano.
As recomendações para a ingestão diária de cálcio variam de um país para o outro, geralmente entre 800 e 1.000 mg/dia para adultos saudáveis, com maiores quantidades recomendadas para adolescentes, mulheres na pós-menopausa, idosos e pessoas com osteoporose.

Os alimentos ricos em cálcio incluem;
■ todos os alimentos lácteos (leite, iogurte, queijos),
■ certos vegetais (como brócolis e couve); peixes,
■ incluindo enlatados, como sardinhas; algumas nozes;
■ produtos de soja com cálcio (tofu, leite de soja);
■ e algumas águas minerais (nem toda água engarrafada é água mineral).
Fonte: Diário da Saúde-08/05/2018

José Dirceu se entrega à Justiça

Condenado no âmbito da Lava Jato, ex-ministro começa a cumprir pena de 30 anos e nove meses de prisão por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O ex-ministro José Dirceu se entregou na sexta-feira (18/05) às autoridades para iniciar o cumprimento da pena de 30 anos e nove meses de prisão. Ele foi condenado por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.
 A decisão judicial prevê que o ex-ministro cumpra a pena no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR).
Depois de ter seu último recurso em segunda instância negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a prisão de Dirceu foi decretada na quinta-feira pela juíza substituta de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal em Curitiba, Gabriela Hardt.

O ex-ministro foi acusado de participar de um esquema de contratos superfaturados da construtora Engevix com a Petrobras. O Ministério Público Federal afirma que ele recebeu 12 milhões de reais em propinas.
Em primeira instância, o ex-presidente do PT havia sido condenado em maio de 2016 por Moro a 20 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em setembro do ano passado, porém, o TRF-4 aumentou a pena dele para 30 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.

Preso em agosto de 2015, Dirceu ganhou o direito de responder aos processos que enfrenta em liberdade em maio de 2017. Além desta condenação confirmada em segunda instância, o ex-ministro também foi condenado por Moro em março de 2017 a 11 anos e três meses de reclusão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Fonte: Deutsche Welle -18.05.2018

terça-feira, 15 de maio de 2018

Vangelis

Vangelis (nome artístico de Evángelos Odysséas Papathanassíu) é um músico grego, estilos; neoclássico, progressivo, música eletrônica e ambiente.


 






 



domingo, 13 de maio de 2018

Richard Clayderman

Richard Clayderman, nome artístico de Philippe Robert Louis Pagès, (Paris, 28 de Dezembro de 1953) é um pianista francês..

   



A ditadura dos 'likes'

Estamos todos expostos à crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete à ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

CORREMOS O RISCO DE VIVER EM UMA POSE CONSTANTE. NÃO É PERMITIDO SE ZANGAR OU TER UM DIA RUIM
Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante à qual, talvez, vamos no dirigir anos mais tarde e ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório. Quando recebemos um feedback, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. É uma droga

Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência a que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos de canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis.

NÃO HÁ DESCANSO.
O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados, e segundo quais fóruns, por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo as autoridades a legislar. E os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos. Fonte: El País - 21 ABR 2018 

Crimes cibernéticos

Segundo o Centro de Estudos e Tratamento de Segurança do Brasil (CERT.Br), em 2017, foram registrados 833 mil incidentes de algum tipo de ameaça cibernética no país, contra 647 mil no ano anterior. Os casos mais comuns no ano passado foram a varredura de computadores, prática conhecida como scan (53,1% dos incidentes), seguida pelos ataques de interrupção de serviço, denominados DdoS (26,4%) e por fraudes (7%). Fonte: Agência Brasil -  26/04/2018

ETA anuncia seu fim após meio século de terrorismo na Espanha

Seis anos e meio depois de declarar que se afastaria definitivamente do terrorismo, o grupo basco independentista ETA anunciou seu desaparecimento como organização através de um comunicado divulgado na  quinta-feira, 3 de maio, às 9h06 (horário de Brasília). A forma que utilizou para expressar sua dissolução foi “o desmantelamento total do conjunto de suas estruturas” e “o final de sua trajetória e da sua atividade política”. É o último comunicado de um grupo com 59 anos de história, a derradeira organização terrorista a se extinguir na Europa.
O comunicado foi lido em espanhol por Josu Urrutikoetxea, mais conhecido como Josu Ternera, histórico dirigente do ETA e participante do processo de diálogo mantido pela organização com o Governo de José Luis Rodríguez Zapatero, em 2006. Josu Ternera está em paradeiro desconhecido, pois é procurado pela Justiça espanhola. O texto, intitulado Declaração Final do ETA ao Povo Basco, tem 378 palavras – uma extensão semelhante à do comunicado de outubro de 2011 em que o grupo separatista renunciava à violência – e não faz nenhuma alusão às vítimas da sua ação terrorista. Aliás, busca justificar sua trajetória criminosa.

As instituições e os partidos consideram que o comunicado do ETA corrobora a sua dissolução. Fontes do Governo regional basco avaliam que ele “cumpre as condições exigidas”, mas denunciam suas falhas. “Falta um reconhecimento do dano causado a todas as vítimas, e pretende justificar sua trajetória terrorista”, disse uma dessas fontes.  
Na sexta-feira, no começo da tarde, uma delegação internacional, composta entre outros pelo advogado sul-africano Brian Currin e pelo prefeito de Bayonne (França), Jean René Etchegaray, registrará em cartório a dissolução da organização separatista, num ato a ser realizado em Cambo-les-Bains, localidade basca no lado francês da fronteira. Os Governos das regiões espanholas do País Basco e Navarra (onde também há importante presença basca) não comparecerão. Mas estarão lá representantes dos partidos bascos, com exceção do Partido Popular e do Partido Socialista de Euskadi.
 “O ETA, organização socialista revolucionária basca de libertação nacional, quer informar ao Povo Basco sobre o final de sua trajetória”, diz o comunicado da organização

HISTÓRIA SANGRENTA
O grupo terrorista ETA para trás uma história sangrenta com 853 mortos, segundo o site do Ministério do Interior da Espanha, sendo a maioria bascos; 79 sequestrados, 12 deles assassinados, e 6.389 feridos. Desaparece ficando pendentes de esclarecimento 197 casos – 170 absolvidos, e 27 arquivados.
Nasceu em 1959, mas não foi uma organização surgida para combater a ditadura de Francisco Franco. Sua carreira de assassinatos começou nos estertores do franquismo, em 1968, e se prolongou por mais 43 anos. O ETA praticou o terrorismo durante apenas sete anos da ditadura, e outros 36 entre a transição e a democracia. Foi uma organização terrorista que, em sua pretensão de impor um projeto totalitário no País Basco, tentou desestabilizar a democracia espanhola e o autogoverno basco, ambos atacados com mais sanha nos momentos mais difíceis da transição. Concretamente, entre 1979 e 1980 – anos do referendo constitucional espanhol, da votação do Estatuto de Gernika e da criação do primeiro Governo basco depois da Guerra Civil –, assassinou 244 pessoas, quase um terço dos seus crimes. Pouco antes, em 1977, o grupo havia se beneficiado de uma anistia que libertou todos os seus presos (o que serviu de pretexto ao tenente-coronel Tejero Molina para a sua tentativa de golpe de Estado de 23 de fevereiro de 1981). Seu balanço terrorista e desestabilizador é nítido: 93% de seus 829 assassinatos foram cometidos entre a transição e a democracia, Só 7% durante a ditadura.

A NARRATIVA DE MAIS DE MEIO SÉCULO
O ETA desapareceu da vida pública em 20 de outubro de 2011, quando abandonou definitivamente o terrorismo e chegaram ao fim seus assassinatos, seus sequestros, suas extorsões e suas ameaças
A história do ETA foi um absurdo. Embora inspirado no IRA e nos movimentos de libertação nacional – Cuba, Argélia etc. –, diferenciou-se destes por ter realizado a maior parte da sua trajetória terrorista contra uma Espanha que inaugurava a democracia e um País Basco que estreava o autogoverno, sob o amparo da União Europeia. Nessas condições, estava destinado a desaparecer sem alcançar seus objetivos, tal como aconteceu. Embora progressivamente debilitado desde 1982, com a dissolução do ramo político-militar do ETA, sua injustificada bitola antifranquista, a guerra suja e alguns erros na luta antiterrorista contribuíram para que seu final fosse mais lento.

Ao Governo do PP caberá exigir o cumprimento da legalidade aos detentos do ETA que pretendam se reinserir na sociedade, mas sem se exceder nas condições. É o momento para que o Executivo de Mariano Rajoy cumpra o que muitos de seus correligionários disseram no passado: que quando o ETA se dissolvesse reveriam a política penitenciária, concebida para lutar contra o terrorismo. Tanto o Governo basco como o Parlamento regional terão um papel supervisor. A convivência passa, também, pelo cumprimento da legalidade sem cláusulas abusivas.
O avanço na convivência exige, igualmente, que não se busque apenas esclarecer os casos pendentes de vítimas do terrorismo etarra. Também é preciso olhar para as vítimas da guerra suja, pendentes de investigação em mais de 60% dos casos. Do mesmo modo, para efeitos jurídicos, as instituições devem conceder a todas as vítimas, sejam do ETA, da guerra suja ou de abusos policiais, o mesmo reconhecimento. Fonte: El País - San Sebastián / Madri 3 MAI 2018