sábado, 11 de fevereiro de 2017

Brasil estaciona e é pior dos Brics em ranking de avaliação de inglês

O Brasil se manteve estagnado no ranking mundial de avaliação do nível de proficiência em inglês. Se comparado com os países dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África Do Sul), o país é o último colocado no que se refere ao domínio da língua.

Com pontuação de 50,66, o Brasil continua na categoria de "proficiência baixa" ao ficar na 40ª posição no Índice de Proficiência em Inglês (EPI, na sigla em inglês) da EF Education First, empresa de educação internacional especializada em intercâmbio. Nesta edição, o índice mediu o domínio da língua em 72 países.

No ano passado, o desempenho dos brasileiros foi melhor, com pontuação de 51,05, mas ficou na 41ª posição entre 70 países avaliados. O resultado só não foi pior do que o apontado em 2012, na segunda edição do estudo, quando o nível de proficiência dos brasileiros foi classificado como muito baixo.

"O Brasil continua estagnado, o que mostra que as políticas de ensino do idioma não se mostraram efetivas nos últimos anos.

BRICS
Entre os Brics, o Brasil apresenta a pior posição no ranking, atrás de China (39), Rússia (34) e Índia (22), que apesar de o inglês ser uma das línguas oficiais, ele não é tão disseminado no país. A África do Sul não faz parte do índice porque o inglês é uma das línguas oficiais. Na edição de 2015, o Brasil havia ultrapassado a China.
"A nossa observação é que estamos parados por falta de definições fundamentais em educação. Estamos falando da capacidade competitiva dos brasileiros e da empresas na qual o Brasil não pode se dar ao luxo de estar desconectado das outras nações, por isso, precisamos dar esse importante passo de tornar o inglês como parte estratégica para competir no mundo", afirmou Timm.
Ele afirma ainda que a China entendeu que o inglês é o básico dessa pirâmide de educação e que um grande número de empresas chinesas precisam estar disponível para se fazer negócios. "Tem uma correlação do inglês com a possibilidade de fazer negócios. E a China, com a definição de ser tornar um líder mundial de inovação, entendeu que o inglês é um ponto importante para a concretização desses negócios."

AMÉRICA LATINA
Sobre a América Latina, Luciano Timm ressalta que a proficiência entre os adultos é fraca e tem diminuído em muitos países desde o ano passado. Dos 14 países que participam do ranking, 12 apresentam queda nas faixas de proficiência mais baixas –inclusive, o Brasil.

BRASIL
No país, apenas Distrito Federal e Rio Grande do Sul, com pontuação de 53,01 e 52,88, respectivamente, têm proficiência considerada moderada. Na edição 2015, o Estado de São Paulo também configurava nessa categoria com 53,6, mas, este ano, os paulistas tiveram uma pontuação de 51,49 e foram rebaixados para a categoria de proficiência baixa.

MELHORES E PIORES
Depois de ocupar a segunda posição por dois anos consecutivos, a Holanda obteve o melhor desempenho, com 72,16. O Iraque, país do Oriente Médio, teve a menor proficiência, com 37,65, posição que já havia ocupado na edição de 2014.
Pela primeira vez, um país asiático faz parte do grupo de proficiência mais alta: Cingapura, com 63,52. Malásia e Filipinas também estão entre os 15 primeiros países do mundo.

"Em uma economia global volátil, a proficiência em inglês é uma das poucas habilidades com capacidade comprovada para gerar oportunidades e reforçar a empregabilidade", disse Minh N. Tran, Diretor de Pesquisa da EF Education First. "É preciso uma grande dose de esforço e investimento para dirigir um país ou empresa para um futuro com uma força de trabalho capaz de dominar o idioma", conclui.

O levantamento foi elaborado com base em dados obtidos de mais de 950 mil pessoas que realizaram o teste de inglês on-line em 2015. Somente os países com um mínimo de 400 participantes foram incluídos no índice.

Entre as habilidades avaliadas estão o domínio de gramática, vocabulário, leitura e compreensão de adultos que não têm o inglês como língua nativa. O resultado do exame leva em conta o padrão internacional do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR). Fonte: Folha de São Paulo - 16/11/2016   
 
ÍNDICE DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA
Notas nos países da América Latina
Pais
Proficiência
Ranking
Argentina
Alta
58,4
R. Dominicana
Moderada
57,24
Uruguai
Baixa
51,63
Costa Rica
Baixa
51,35
Brasil
Baixa
50,66
Chile
Baixa
50,1
México
Baixa
49,88
Peru
Baixa
49,83
Equador
Baixa
49,13
Colômbia
Muito baixa
48,41
Panamá
Muito baixa
48,08
Guatemala
Muito baixa
47,64
Venezuela
Muito baixa
46,53
El Salvador
Muito baixa
43,83

 PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA
Brasil está em faixa baixa

Pais
Proficiência
Ranking
Holanda
Muito alta
72,16
Dinamarca
Muito alta
71,15
Suécia
Muito alta
70,81
Noruega
Muito alta
68,54
Finlândia
Muito alta
66,61
Singapura
Muito alta
63,52
Luxemburgo
Muito alta
63,2
Áustria
Alta
62,13
Alemanha
Alta
61,58
Polônia
Alta
61,49
Bélgica
Alta
60,9
Malásia
Alta
60,7
Filipinas
Alta
60,33
Suiça
Alta
60,17
Portugal
Alta
59,68
R. Tcheca
Alta
59,09
Sérvia
Alta
59,07
Hungria
Alta
58,72
Argentina
Alta
58,4
Romênia
Alta
58,14
Eslováquia
Moderada
57,34
Índia
Moderada
57,3
R. Dominicana
Moderada
57,24
Bulgária
Moderada
56,79
Espanha
Moderada
56,66
Bósnia e Herz.
Moderada
56,17
Coreia do Sul
Moderada
54,87
Itália
Moderada
54,63
França
Moderada
54,33
Hong Kong
Moderada
54,29
Vietnã
Moderada
54,06
Indonésia
Moderada
52,94
Taiwan
Moderada
52,82
Rússia
Baixa
52,32
Japão
Baixa
51,69
Uruguai
Baixa
51,63
Macau
Baixa
51,36
Costa Rica
Baixa
51,35
China
Baixa
50,94
Brasil
Baixa
50,66
Ucrânia
Baixa
50,62
Chile
Baixa
50,1
México
Baixa
49,88
Marrocos
Baixa
49,86
Peru
Baixa
49,83
EAU
Baixa
49,81
Equador
Baixa
49,13
Paquistão
Baixa
48,78
Colômbia
Muito baixa
48,41
Panamá
Muito baixa
48,08
Turquia
Muito baixa
47,89
Tunísia
Muito baixa
47,7
Guatemala
Muito baixa
47,64
Cazaquistão
Muito baixa
47,42
Egito
Muito baixa
47,32
Tailândia
Muito baixa
47,21
Azerbaijão
Muito baixa
46,9
Sri Lanka
Muito baixa
46,58
Catar
Muito baixa
46,57
Venezuela
Muito baixa
46,53
Irã
Muito baixa
46,38
Jordânia
Muito baixa
45,85
El Salvador
Muito baixa
43,83
Omã
Muito baixa
43,44
Kuwait
Muito baixa
42,98
Mongólia
Muito baixa
42,77
Argélia
Muito baixa
41,6
Arábia Saudita
Muito baixa
40,91
Camboja
Muito baixa
39,48
Laos
Muito baixa
38,45
Líbia
Muito baixa
37,82
Iraque
Muito baixa
37,65

Vivemos na era do narcisismo

Os comportamentos narcisistas nos rodeiam. Famosos que se exibem nas redes sociais, a obsessão pelas ‘selfies’. Fala-se em epidemia, mas, é assim tão preocupante?

Foi o belo e vaidoso Narciso, personagem da mitologia grega incapaz de amar outras pessoas e que morreu por se apaixonar pela própria imagem, que inspirou o termo narcisista. O conceito foi depois reinterpretado por Freud, o primeiro que descreveu o narcisismo como uma patologia. Nos anos setenta, o sociólogo Christopher Lasch transformou a doença em norma cultural e determinou que a neurose e a histeria que caracterizavam as sociedades do início do século XX tinham dado lugar ao culto ao indivíduo e à busca fanática pelo sucesso pessoal e o dinheiro. Um novo mal dominante. Quase quatro décadas depois ganhou força a teoria de que a sociedade ocidental atual é ainda mais narcisa.

Este comportamento parece expandir-se como uma praga na sociedade contemporânea. E não só entre os adolescentes e jovens que inundam as redes sociais. “A desordem narcisista da personalidade –um padrão geral de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia– continua sendo um diagnóstico bastante raro, mas as características narcisistas estão certamente em alta”, explica a psicóloga Pat MacDonald, autora do trabalho Narcissism in the Modern World (narcisismo no mundo moderno). “Basta observar o consumismo galopante, a autopromoção nas redes sociais, a busca da fama a qualquer preço e o uso da cirurgia para frear o envelhecimento”, acrescenta em uma entrevista por telefone.

As pesquisas realizadas a partir de 2009 por Jean Twenge, da Universidade do Texas, são uma das principais referências para as hipóteses mais catastróficas. Depois de estudar milhares de estudantes norte-americanos, a psicóloga proclamou que esses comportamentos tinham aumentado no mesmo ritmo que a obesidade desde 1980 e haviam alcançado níveis de epidemia. Ela publicou dois livros –The Narcissism Epidemic (a epidemia do narcisismo), com Keith Campbell, da Universidade da Geórgia, e Generation Me (geração eu)—, nos quais afirma que os adolescentes do século XXI “se acham com direito a quase tudo, mas também são mais infelizes”.

Os traços narcisistas nem sempre são fáceis de reconhecer e, sendo moderados, não há por que serem um problema. São comportamentos egoístas, pouco empáticos, às vezes um tanto exibicionistas, de pessoas que querem ser o centro da atenção, ser reconhecidas socialmente, que costumam resistir a admitir seus erros ou mentiras e que se consideram extraordinárias (embora sua autoestima seja, na realidade, baixa). Um exemplo extremo, contado por Twenge, é o de uma adolescente que em um reality da MTV tenta justificar assim o bloqueio de uma rua para realizar sua festa de aniversário, sem se importar que haja um hospital no meio: “Meu aniversário é mais importante!”.

“A imagem conta mais do que o que fazemos, e queremos alcançar muitos sucessos sem esforço”, opina o psicanalista J.C. Bouchoux

Em outras ocasiões este tipo de comportamento é mais sutil, mais comum e, às vezes, mais prejudicial. É aquela pessoa que exige uma atenção exagerada a seus comentários e problemas e, se não consegue, conclui que é diferente dos outros e que nunca recebe o respeito que merece. Ou um chefe encantador que, de repente, faz você se sentir culpado por um projeto fracassado que era ideia dele. “Para tampar seus problemas, uma pessoa com elevado nível de narcisismo costuma buscar uma ou duas vítimas próximas, não precisa mais do que isso, mas pode tornar-lhes a vida impossível”, afirma o psicanalista francês Jean-Charles Bouchoux, autor de Les Pervers Narcissiques (os perversos narcisistas), que acaba de ser traduzido para o espanhol e vendeu mais de 250.000 exemplares na França. “Há um aumento do narcisismo porque agora a imagem conta mais do que o que fazemos e porque queremos ter muitos êxitos sem esforço”, opina.

Proliferam os casos na política –é difícil navegar na Internet sem ver o nome de Donald Trump associado ao narcisismo– e na televisão. O assunto fascina, como mostram os índices de audiência dos realities. Talvez a principal novidade sejam as redes sociais, lugar onde os millennials (nascidos entre 1980 e 1997) e os não tão millennials, os famosos e os não tão famosos, transformam o corriqueiro em algo extraordinário. Todos os dias são colocadas no Instagram 80 milhões de fotografias, com mais de 3,5 bilhões de curtidas: “Eu, comendo”, “Eu, com minha melhor amiga”, “Eu em um novo bar”. No Facebook, milhões de usuários dão detalhes de sua vida ao mundo. A Internet está nos convertendo não só em espectadores passivos, mas em narcisistas ávidos pela notoriedade fácil, obcecados por conseguir amigos virtuais e pelo impacto de nossos posts?

Convém ter muito cuidado com as fotos de si mesmo. Nem todos os que tiram selfies são narcisistas, mas um estudo realizado por Daniel Halpern e Sebastián Valenzuela, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, concluiu que as pessoas que tiraram mais fotos de si mesmas durante o primeiro ano da pesquisa mostraram um aumento de 5% no nível de narcisismo no segundo ano. “As redes sociais podem modificar a personalidade. Autorretratar-se, quando se é narcisista, alimenta esse comportamento”, explica, por telefone, Halpern. “Nas redes podemos nos mostrar como queremos que nos vejam. Essa imagem perfeita que acreditamos que os demais têm de nós pode alterar a que nós temos de nós mesmos”, adverte. Ter impacto nas redes pode causar dependência e também temor (o medo do vazio de uma postagem sem uma curtida sequer).

Além disso, o narcisismo crescente movimenta dinheiro. Um recente relatório do Bank of America Merrill Lynch calcula que o consumo relacionado com os produtos que nos fazem sentir melhor e tornam possível uma aparência à prova de selfies –chamam a isso de vanity capital– movimenta no mundo 3,7 trilhões de dólares (11,65 trilhões de reais). A lista inclui carros e outros artigos de luxo, cirurgias estéticas, vinhos de qualidade, joias e cosméticos.

Como chegamos até aqui? A inabalável corrida por conquistas pessoais exigida de jovens e adultos explica parte da ânsia narcisista. “A sociedade é hiperdemandante e hiperexigente. Agora, por exemplo, é preciso ter muitos amigos, vivemos hiperconectados. Meu pai não tinha amigos, tinha sua família, e era feliz”, explica Rafael Santandreu, psicólogo e autor de Ser Feliz en Alaska, que vincula o narcisismo –e a frustração que pode provocar– com a depressão, a ansiedade e a agressividade.

Há causas que nascem na infância. As teorias de Twenge tocaram em um nervo cultural ao culpar pais e educadores por terem criado uma geração de narcisistas dizendo-lhes o quanto são especiais, sem se importar com suas conquistas. Um estudo europeu publicado em 2015 na revista PNAS mostra que o narcisismo está relacionado a uma educação parental que sobrevaloriza os filhos, haja ou não fundamento. “São elogiados em excesso e, com o tempo, as crianças se consideram únicas”, explica um dos autores, Eddie Brummelman, do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento Infantil, da Universidade de Amsterdam. “A autoestima é confundida com narcisismo. O que é preciso cultivar é a autoestima, que se consegue com carinho, apoio, atenção e limites”, acrescenta.

Quer dizer que não se deve pensar grande? Não exatamente. Cultivar certo ego saudável é benéfico. É o que afirma Craig Malkin, psicólogo clínico da Escola de Medicina de Harvard. “Um pouco de narcisismo na adolescência ajuda os jovens a suportar a tempestade e o ímpeto da juventude. Só as pessoas que nunca se sentem especiais ou as que se sentem sempre especiais são uma ameaça para elas mesmos ou o mundo. O desejo de se sentir especial não é um estado mental reservado para imbecis ou sociopatas”, afirma em Rethinking Narcissism (repensando o narcisismo).

Craig integra o grupo que considera que a maioria dos estudos sobre narcisismo não tem sido justo com os jovens e que os que falam de epidemia exageram. O Inventário da Personalidade Narcisista, um questionário básico para os pesquisadores do mundo todo, incluindo Twenge, é falho, argumenta Craig. Entre outras coisas, esta ferramenta considera negativo querer ser um líder ou alguém dizer que é decidido. “As pessoas que gostam de dizer o que pensam ou que querem liderar são claramente diferentes dos narcisistas, que costumam recorrer à manipulação e à mentira.” Um exaustivo estudo publicado em 2010 em Perspectives on Psychological Science tenta refutar a teoria da epidemia. Foi realizado com um milhão de adolescentes nos EUA entre 1976 e 2006. Os pesquisadores encontraram pouca ou nenhuma diferença psicológica entre os millennials e as gerações anteriores, a não ser mais autoestima. Em uma tentativa de relativizar o problema, o estudo é aberto com uma frase de Sócrates: “As crianças de hoje [século V a. de C.] são umas tiranas. Contradizem seus pais, engolem a comida e tiranizam os professores”.

De um lado e outro do debate, não parece haver dúvida de que é recomendável fugir das pessoas com elevados níveis de narcisismo. Kristin Dombek resume isso bem em The Selfishness of Others (o egoísmo dos outros), ensaio em que analisa a abundância no mundo virtual anglo-saxão de informações relacionadas com os narcisistas, sobre como reconhecê-los e enfrentá-los: “Um desses blogueiros dizia: o que uma pessoa deve fazer quando conhece um narcisista? Colocar os tênis e sair logo correndo”. Fonte: El País - 4 FEV 2017   

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Anvisa proíbe uso e venda de produtos com Noz da Índia e Chapéu de Napoleão

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou hoje (7) resolução na qual proíbe, em todo território nacional, a fabricação, comercialização, distribuição e importação de Noz da Índia (Aleurites moluccanus) e do Chapéu de Napoleão (Thevetia peruviana) em medicamentos, alimentos ou qualquer forma de apresentação ao consumidor. As duas sementes, usadas para emagrecimento, tem propriedades laxativas.

O consumo de tais sementes está associado a mortes ocorridas em Campo Grande e São Luís, e um terceiro caso ainda está em apuração em Santos (SP). A decisão foi tomada após evidências de toxicidade do produto. Além da proibição, a agência reguladora determinou o recolhimento de todo o estoque existente no mercado brasileiro. A medida sanitária proíbe também a divulgação, em todos os meios de comunicação, de medicamentos e alimentos que apresentem esses insumos.

O produto também é conhecido por Nogueira de Iguape, Nogueira, Nogueira da Índia, Castanha Purgativa, Nogueira-de-Bancul, Cróton das Moluscas, Nogueira Americana, Nogueira Brasileira, Nogueira da Praia, Nogueira do Litoral, Noz Candeia, Noz das Moluscas e Pinhão das Moluscas.

A decisão da Anvisa foi baseada em nota técnica emitida pelo Centro Integrado de Vigilância Toxicológica do Estado de Mato Grosso do Sul, após casos de intoxicação pelo uso da Noz da Índia.

A resolução inclui a proibição da distribuição e o uso da planta Chapéu de Napoleão ou jorro-jorro. Essas sementes, quando ingeridas, também são tóxicas e seu uso é proibido em diversos países. Fonte: EBC-  07/02/2017

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Os cursos superiores com o maior número de matrículas no Brasil


 
Comentário: Os USA possuem 232 escolas de direito com 126 mil  estudantes  matriculados, enquanto o Brasil tem 1.300 escolas e 853.211 estudantes..

domingo, 5 de fevereiro de 2017

A vida de cachorro na Alemanha

O melhor amigo do homem costuma acompanhá-lo por toda parte – de parques a restaurantes –, mas tem uma vida bem regrada no país. Adestramento, impostos e seguros para cachorros fazem parte da rotina dos donos.
Eles estão em toda parte. Não apenas nas ruas e parques, mas em lojas, livrarias e restaurantes. Na Alemanha, o melhor amigo do homem não se restringe ao ambiente caseiro, e sua presença é permitida em diversos estabelecimentos.
Em restaurantes, os cachorros deitam respeitosamente aos pés dos donos e aguardam o fim da refeição. Nos parques e ruas, muitos correm sem coleira.

A VIDA DE CÃO É REGRADA NO PAÍS, E EXISTEM INCLUSIVE LEIS BEM ESPECÍFICAS PARA ELES.
1-Para começar, há o adestramento. Mesmo que não seja obrigatório colocar os animais numa escola para cachorros, cerca de 25% dos cães frequentam esses estabelecimentos, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Göttingen. Existem aproximadamente 2.300 deles no país.
2- Os que ficam de fora das escolas também costumam ser muito bem treinados – em casa mesmo, pelos próprios donos. Mais do que sentar e dar a pata, eles aprendem a respeitar a autoridade do dono, agir de maneira discreta em público, não desviar o caminho quando uma pessoa, bicicleta ou outro animal passam perto.
3-Ter cães bem treinados é algo natural no país. Para além da cultura em torno do adestramento, trata-se de uma questão de lei. Em muitos estados alemães, o dono precisa comprovar que o cão é obediente e que pode ser controlado.

LEI CANINA, SEGURO, CHIP DE IDENTIFICAÇÃO: Na Renânia do Norte-Vestfália, por exemplo, os cachorros são divididos em três categorias. Os pequenos, com menos de 40 centímetros ou menos de 20 quilos, não precisam de treinamento específico. Aqueles que ultrapassam essas medidas são considerados grandes, e é necessário comprovar que são adestrados.
"Isso pode acontecer por meio de testes com veterinários ou com o próprio treinador", explica o representante do Clube Canino Alemão (VDH), Udo Kopernik. Há ainda os cães de raças consideradas agressivas, para os quais os treinos são ainda mais rigorosos.
Na Baixa Saxônia, as regras são ainda mais rígidas. "Todos os donos e cães devem fazer um teste quando o animal tem um ano", diz Kopernik. Em alguns estados, também pode ser exigido um seguro, que cobre todos os custos caso o animal cause danos materiais ou ataque alguém.
A regra geral é que os cães tenham chips de identificação e que seja pago um imposto sobre eles. Esse é um dos poucos tributos municipais do país, e todas as cidades o mantêm.

IMPOSTOS: Em 2013, cerca de 300 milhões de euros foram arrecadados com o imposto canino. O custo fica entre 60 e 120 euros anuais para o primeiro cachorro, subindo para até 270 euros a partir do segundo. Já para raças perigosas, o valor pode chegar a até mil euros. Cães que acompanham cegos ou que são usados em operações de busca e resgate costumam ter descontos ou isenção.

MERCADO DE ANIMAIS LUCRATIVO: Além dos impostos, os cães também movimentam um mercado lucrativo. O setor de animais de estimação movimenta cerca de 9,1 bilhões de euros por ano no país, 0,3% do PIB alemão, segundo a pesquisa da Universidade de Göttingen. E os cães representam a maior parcela desse mercado, com 50% do valor dos negócios: são 4,6 bilhões de euros por ano gastos apenas com eles.

POSTOS DE TRABALHO: Juntos, os animais de estimação geram de 185 mil a 200 mil postos de trabalho, dos quais de 95 a 100 mil são dedicados apenas a cachorros. Em 2013, havia cerca de 6,9 milhões cães na Alemanha, aponta a pesquisa.

PAÍSES COM MAIS CACHORROS: A Polônia está no topo da lista de amantes caninos, com uma média de 19,2 cães para cada 100 habitantes. Na sequencia vem Portugal, com 17,1. A Alemanha surge apenas na oitava colocação, com uma média de 8,4 cachorros para cada 100 habitantes.
"Apesar de eles serem bem vistos, ainda temos uma proporção pequena de cachorros por pessoa. Acho que poderia ser bom para nossa sociedade se tivéssemos, sim, mais cachorros", diz Kopernik.

NÃO É PARA TODOS: Quando se mudou para a Alemanha há três anos, a brasileira Débora Leite Otte trouxe na bagagem sua shitsu Polly. Mas em uma semana a cadela embarca novamente para o Brasil, onde ficará aos cuidados da mãe de Débora.
Além do rol inesperado de normas com as quais a brasileira se deparou, que vão do imposto ao fato de, em alguns casos, cachorros terem de pagar passagem nos trens, ela encontrou pouca simpatia por parte de proprietários de imóveis. "Não consigo um apartamento que aceite cachorros", lamenta. Fonte: Deutsche Welle - 24.11.2015

Comentário: País organizado é outra coisa.  No Brasil o IBGE estimou a população de cachorros em domicílios brasileiros em 52,2 milhões, o que dá uma média de 1,8 cachorro por domicílio que tem pelo menos um cão.
A população de gatos em domicílios brasileiros foi estimada em 22,1 milhões, o que representa aproximadamente 1,9 gato por domicílio que tem esse animal.
A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existem 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães abandonados nas ruas.
Os consumidores brasileiros desembolsaram R$ 16,7 bilhões no ano passado com produtos e serviços para os bichos de estimação, segundo dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação).
Os números colocam o Brasil como segundo maior mercado pet do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que lideram disparados (US$ 30,4 bilhões). Em seguida, aparecem Reino Unido, França, Alemanha e Japão. O mercado pet representa 0,38%  do PIB.
Ainda tem plano de saúde para animal, hotel e creche para cachorro. Coitado dos cães e gatos sem teto. Talvez exclusão social?