sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O deserto de Atacama florido no Chile

As abundantes chuvas dos últimos meses no deserto de Atacama, no Chile, propiciaram o florescimento mais espetacular em 18 anos. Fonte: El País - 29 OCT 2015 - 14:54 BRST

domingo, 18 de outubro de 2015

O declínio da mineração e seu legado na América Latina

A América Latina acaba de viver uma década de bonança na mineração que despertou esperanças de riqueza como poucas vezes em sua história, embalada pelo que parecia ser uma inesgotável demanda chinesa por cobre, carvão e outros minérios. Mas a bonança terminou.

A economia da China demonstrou ser como todas as outras, ou seja, uma economia de altos e baixos. E a redução recente do apetite chinês levou a uma freada brusca nos planos de investimento e venda de projetos multimilionários de mineração em países latino-americanos.

Nesta semana, por exemplo, a Glencore, uma gigante global desta indústria, anunciou que está vendendo a mina de Lomas Bayas, no Chile. Um caso que não é único em meio ao ajuste do setor diante da queda de preços internacionais de muitos produtos básicos.

Mas qual é o legado que fica desta chuva de dólares que caiu na região nos últimos dez anos com chegada de projetos de mineração, muitas vezes diante da resistência de comunidades onde eles se instalaram?

Epicentro global

A América Latina tornou-se neste anos um dos epicentros globais da mineração, recebendo 27% do total de investimentos em exploração, segundo o Banco Mundial.

É difícil subestimar tal volume de dinheiro. O órgão afirma que um só país, o Chile, recebeu dividendos da mineração da ordem de US$41 bilhões (R$ 155,8 bilhões) em 2011, ou 19% de seu Produto Interno Bruto (PIB). O Peru recebeu US$17 bilhões e a Bolívia, US$ 1,3 bilhão.

No Brasil e no México, as duas maiores economias da região, a contribuição desta indústria não foi tão dominante em comparação com as demais atividades, dada a maior diversificação de suas economias, mas o valor recebido por ambos estão longe de serem desprezíveis. No Brasil, por exemplo, a receita gerada pela mineração alcançou US$67 bilhões, ou 3% do PIB.

Apesar da desaceleração, o Banco Mundial espera que os novos investimentos para a região até 2020 cheguem a US$200 bilhões.

Emprego e impostos

A OCMAL (Observatório de Conflitos de Mineração da América Latina  )também alega que o impacto socioeconômico positivo da mineração é menos que supõem os elevados montantes de investimento que caracterizam o setor.

"O significado econômico e social da mineração é muito baixo. Ainda que seja tão importante para as economias do Chile e do Peru, por exemplo, no melhor dos casos só consegue empregar 1% da população economicamente ativa", afirma Padilla. Esta é uma acusação frequentemente direcionada às mineradoras, que respondem com dados da contribuição que fazem às finanças públicas e do impacto direto que isso terá sobre a vida de milhões de pessoas.

Segundo a publicação "Chile, País Minerador", da Sociedade de Mineração do Chile (Sonami), "de cada quatro pesos recebidos pelo Estado chileno entre 2006 e 2011, praticamente veio da mineração. Este montante equivale aos orçamentos dos ministérios da Saúde, Obras Públicas e Economia".

As lições

A América Latina vem experimentando ciclos de bonança e depressão na mineração desde o início do século 16. Terá, então, aprendido as lições necessárias para aproveitar a próxima leva de anos de vacas gordas?

A recomendação é simplesmente não depender tanto da mineração. "Se a bonança das commodities terminou, ao menos por agora, a América Latina precisa diversificar sua economia de produtos primários com uma gama mais ampla de setores competitivos para exportação", diz Lisa Sachs, diretora do Centro de Investimento Sustentável da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

Para a especialista, a ênfase deveria ser agora em investimentos em educação e pesquisa para fortalecer setores de alta tecnologia. Talvez assim as próximas bonanças econômicas da região sejam mais duradouras.

Fonte: BBC Brasil - 18 outubro 2015


Comentário: A conquista da América pelos espanhóis iniciou-se no final do século XV, a partir da Segunda viagem de Colombo,  com objetivo da expansão marítima espanhola visando práticas mercantilistas adotadas pelos Estados daquela  época.  A expansão visava  obter riquezas,  principalmente com o comércio de especiarias. A expansão portuguesa seguiu o mesmo caminho, obtenção de riquezas.

A America Latina continua com o mesmo formato desenvolvimento, fornecedora de matéria  prima (commodities),  mão de obra não qualificada, índice demográfico de pobreza elevada, falta de planejamento familiar e a base de tudo isso a total indiferença com a educação.

O assistencialismo a pobreza apenas reproduz a pobreza em vez de combatê-la. É a filantropia da pobreza. Como disse Eduardo Campos; Vemos as filhas da Bolsa Família serem mães do Bolsa Família. Vamos assistir a elas serem avós da Bolsa Família? É o ciclo da pobreza. Só poderá ser eliminada pela qualificação dos serviços universais de educação e saúde. 

Mas os políticos e os governos  gostam muito do assistencialismo  para reforçar o clientelismo e o partidarismo.

sábado, 3 de outubro de 2015

Regente-Mor de Dilma

1443917864677-bligo-DilmaLula1.jpgLula reafirma seu poder com reforma ministerial de Dilma, diz NYT. 

A reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff reafirma o poder de seu antecessor e padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que emplacou um "confidente" como ministro da Casa Civil, disse o jornal americano New York Times.O diário disse neste sábado que as mudanças feitas pela presidente são um "esforço para conseguir apoio a suas medidas de austeridade enquanto enfrenta pedidos por sua saída".

Dilma anunciou na sexta-feira a redução no número de ministérios, de 39 para 31, o corte de 3 mil cargos comissionados e a redução de 10% no salário dela e dos ministros.

O PMDB ganhou a cobiçada pasta da Saúde e passou a comandar sete ministérios, ao invés de seis. Este é o partido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "o principal crítico de Dilma" e que tem "o poder de decidir os pedidos para iniciar os procedimentos de impeachment contra Dilma", disse o NYT.

A presidente confirmou também a troca do comando da Casa Civil: substituiu Aloizio Mercadante, de sua confiança, por Jaques Wagner, petista próximo a Lula. "Nos bastidores da troca, seu poderoso antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, está reafirmando seu poder ao emplacar um confidente, Jaques Wagner, como ministro da Casa Civil. Ao mesmo tempo, o PMDB... está aumentando seu poder", disse a reportagem.

Segundo o jornal, as mudanças "refletem como Dilma está lutando para remontar uma coalizão fragmentada" enquanto PT e PMDB sofrem com o escândalo de corrupção na Petrobras, sob investigação na operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O NYT diz que Dilma é uma "líder cercada", e cita economistas que afirmam que as medidas resultarão apenas em "economias simbólicas", já que o déficit do Orçamento "inchou" em meio a uma grave crise econômica. Palácio do Planalto: foram cortados oito ministérios e 10% de salários dela e de ministros. A reforma, no entanto, deverá dar tempo para que a presidente reconstrua seu poder, disse o texto, citando analistas políticos. Fonte: BBC Brasil - 3 outubro 2015

domingo, 27 de setembro de 2015

Alckmin: Prêmio à gestão na crise hídrica

Em meio a racionamento, governador tem atuação enaltecida por deputados. Premiação a tucano virá após uma série de críticas à condução das medidas para reagir à pior seca em 85 anos

Em meio a um racionamento de água que atinge milhares de pessoas da Grande SP, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) disse que irá a Brasília no mês que vem para receber pessoalmente um prêmio dado pelo Congresso Nacional por sua gestão nos recursos hídricos do Estado.

O governador foi um dos vencedores do prêmio sobre iniciativas de mobilidade e saneamento criado por uma comissão da Câmara. O nome de Alckmin foi indicado pelo deputado tucano João Paulo Papa (SP), ex-diretor da Sabesp.

O deputado disse que a atual crise hídrica apenas joga luz no esforço do governador no setor de saneamento.

Na avaliação do governador, "São Paulo hoje é um modelo para o Brasil do ponto de vista de recursos hídricos".

O Estado de SP atravessa a pior estiagem dos últimos 85 anos. Agravada no início de 2014, a crise deixou à beira do colapso os principais reservatórios, enquanto diferentes bairros convivem com torneiras secas até 20 horas por dia.

Para a ANA (Agência Nacional de Águas), faltou planejamento ao Estado. Já para o TCE (Tribunal de Contas do Estado), o governo paulista tinha indícios da gravidade da estiagem e poderia ter adotado ações mais eficientes. Fonte: Folha de São Paulo - quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Comentário: Em 26/09/2017,  a situação o Sistema Cantareira continua no volume morto; 16,1%.

 A premiação é criticada por especialistas;

1-Édison Carlos, do Instituto Trata Brasil, reconhece que São Paulo é o mais avançado em saneamento (justificativa dada para a concessão do prêmio), mas, segundo ele, nenhum Estado deveria ser premiado, já que todos estão muito longe de níveis satisfatórios de saneamento.

São Paulo, inclusive, não trata nem metade de seu esgoto. Édison disse acreditar que o momento para o prêmio é "inoportuno".

2-Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, o prêmio é "equivocado" diante do momento vivido pelo Estado. "Acredito que a repercussão foi mais negativa do que positiva para o governador", diz ele.

3- Carlos Thadeu, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a escolha de Alckmin para a premiação é um "acinte". "Milhares de pessoas passam por graves casos de falta de água e o governador é premiado. Não faz sentido", questiona.

4-  Marussia Whately, da rede Aliança Pela Água, a concessão do prêmio "beira a falta de respeito com as pessoas que sofrem e ainda sofrerão com os efeitos da crise hídrica no Estado".

"Já é de conhecimento público, e inclusive citado em relatórios do Tribunal de Contas do Estado, que é falta de planejamento da gestão Geraldo Alckmin", diz sobre os problemas de abastecimento. Fonte: Folha de São Paulo - 24 de setembro de 2015

A fita cassete não morreu

A fita-cassete, que muitos julgavam morta, está mais viva do que nunca. A National Audio Company, uma das últimas empresas que ainda se dedicam a esse produto, afirma estar vivendo seus melhores anos desde que abriu as portas, no remoto ano de 1969. “Nosso modelo de negócio pode ser descrito como teimoso e estúpido. Fomos teimosos demais para desistir”, afirma Steve Stepp, presidente da empresa.

A National Audio é o maior – e um dos últimos – fabricantes de fitas-cassete nos Estados Unidos. Seu sucesso, aliás, talvez resida no fato de ser uma empresa quase sem concorrentes. Só neste ano ela fabricou mais de 10 milhões de fitas, e suas vendas cresceram expressivos 20%. “É provável que o real motivo do crescimento da nossa empresa seja o movimento retrô”, acrescenta Stepp. “Muita gente sente saudade de ter uma fita-cassete nas mãos.” Para muitos, trata-se de uma forma de voltar aos anos noventa, quando os toca-fitas deliciavam os amantes da música, permitindo que escutassem suas bandas favoritas em qualquer lugar.

Música independente

“Houve um movimento de alguns grupos de música independente pela retomada desse som mais quente, e desde então essa tendência não para de crescer”, salienta a diretora de produção da National Audio, Susie Brown.

A empresa, com sede em Springfield (Missouri), tem acordos com a maioria das gravadoras, incluindo Sony Music Entertainment e Universal Music Group, e com um pequeno número de bandas independentes. Aproximadamente 70% do seu faturamento provêm da venda de fitas gravadas com música, e o resto é resultado da venda de fitas virgens.

A empresa, como não poderia deixar de ser, ainda usa em sua linha de produção máquinas fabricadas na década de setenta. Fonte: El País - 6 SEP 2015

Comentário: Velhos tempos, que vivíamos quadro a quadro, passo a passo. Hoje tudo é instantâneo; o presente é o futuro. Os adoradores das redes sociais. Sorria, você está na rede social, é o mundo da Poliana. 

sábado, 19 de setembro de 2015

Lula pede a Dilma que privilegie os fiéis na reforma política

Na primeira conversa com a presidente Dilma Rousseff após a divulgação do pacote fiscal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a ela que faça uma reforma ministerial mais ampla, para garantir sustentação política no Congresso e evitar o processo de impeachment. Lula disse a Dilma, que ela precisa aumentar o espaço dos aliados fiéis e diminuir os cargos dos traidores, porque somente assim conseguirá aprovar o ajuste e barrar iniciativas para afastá-la do Planalto. Fonte: O Estado de São Paulo - 18 Setembro 2015 

Comentário: Parece que veremos a terceirização da presidência?

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Dilma: Prescrição para economia; chá de Losna, Carqueja e Jurubeba


Á presidente Dilma Rousseff defendeu os ajustes fiscais de seu governo alegando que são “remédios amargos”, mas necessários para que o país enfrente uma travessia rumo a retomada do crescimento econômico.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo tem uma série de "reformas estruturais" que estão sendo discutidas com o Congresso e que o país precisa de uma "ponte fiscal" para voltar ao crescimento econômico. Ele afirmou que o pacote com as novas medidas deve estar "bem estruturado para começar a ser votado" até o final de setembro.

País perde selo de bom pagador: A agência de avaliação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou, nesta quarta-feira (9), a nota do Brasil de "BBB-" para "BB+". Com isso, o país perdeu o chamado "grau de investimento", ou seja, deixou de ser considerado um bom pagador, um lugar recomendável para os investidores aplicarem seu dinheiro.

Além de retirar do Brasil o grau de investimento, a S&P sinalizou que a situação pode piorar ainda mais, ao manter a perspectiva negativa para a nota brasileira.

"Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam a crescer, pesando sobre a habilidade do governo e a disposição de enviar um orçamento de 2016 ao Congresso consistente com uma significativa política corretiva sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma", segundo a S&P.

A S&P foi a primeira das três principais agências de classificação de risco a conceder ao Brasil o selo de bom pagador, em abril de 2008, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, é a primeira a colocar o Brasil de volta ao grau especulativo.

O país ainda mantém o grau de investimento de acordo com as outras duas principais agências: Fitch e Moody's.

Avaliação de agências indica risco de calote aos investidores: Um governo consegue dinheiro vendendo títulos no mercado. Os investidores compram papéis com a promessa de receberem o dinheiro de volta no futuro com juros. Quando um governo tem avaliação ruim, considera-se que há risco de dar um calote e não pagar esses investidores.

Se houver desconfiança sobre essa devolução, fica difícil conseguir vender esses títulos, e o país tem de pagar mais juros aos investidores para compensar o risco maior. O país com mais confiança são os EUA.

O chamado grau de investimento indica aos investidores que uma economia tem baixo risco de dar calote, e que as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros nesse país terão risco próximo a zero. Fonte: UOL 10/09/2015

Comentário: Entre os brasileiro espalhou-se a notícia de que haveria uma baita festa no Brasil, com distribuição de fartura, Bolsa Família, Bolsa Família da classe Média, Bolsa Empresarial BNDES, , Minha Casa Minha Vida, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Bolsa Pré‑Sal,  e outros auxílios; Auxílio-gás; Bolsa Atleta; Bolsa estiagem; Bolsa Família; Bolsa Verde; Bolsa-escola; Brasil Alfabetizado; Brasil Carinhoso;Brasil sem Miséria;Programa Comunidade Solidária; Escola da Família; Luz no Campo; Luz para Todos; Mais Médicos; Operação Pipa; Orquestra Criança Cidadã; Pontos de Cultura; Programa Fome Zero; Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego; Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel; Programa Universidade para Todos; Projeto Casa Brasil; Rede de Proteção Social;Renda básica de cidadania;Troque Lixo por Livro

Para os brasileiros eram só alegria, muita fartura, comprando, viajando, churrasquinho na laje, etc. E a festa acabou agora é só tomar chá de losna, carqueja e jurubeba. A prescrição é de uso contínuo, talvez melhore em  2018.