sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ARMAS, MALDITAS ARMAS

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Son armas todos aquellos instrumentos fabricados con el propósito de producir amenaza,   lesión o muerte.

Un rifle de aire o de  postones es indiscutiblemente un arma,   estos “juguetes”  son básicamente de tres tipos según la planta de poder,  es decir según el  mecanismo que utiliza para empujar el postón fuera del cañon.

Neumáticas
De resorte y pistón
De CO2
En todas sus modalidades son peligrosas y potencialmente mortales. Definitivamente no son un juguete y no deben ser manipuladas por cualquier persona y menos en cualquier sitio.

Ayer una niña de 10 años,  que vino desde Coronel a pasar sus vacaciones junto con su papá.  Murió a consecuencia del impacto de un postón,  disparado accidentalmente por su prima de dieciocho años.  El proyectil se alojó en el cuello de la pequeña,  lo que le produjo una hemorragia imparable  que terminó con su vida en minutos.

Nuevamente un ejemplo brutal del riesgo de tener armas en casa,  aunque en nuestra legislación este tipo de armas no tengan restricción o control alguno.  Cada cierto tiempo debemos lamentar este tipo de hechos,  pero solo sirven para ejercitar los lagrimales,   en ningún caso para replantear la actual legislación y tomar una posición que en búsqueda del bien común y cautelando los intereses de la ciudadanía y de los mismos importadores y distribuidores de estas armas,  regule de alguna manera  la adquisición y el uso de estos elementos.

Me pregunto a ratos,   si este accidente no hubiera ocurrido en una barriada pobre de Conchali, si no en un exclusivo condominio de Las Condes,  ¿no estarían ya los diputados discutiendo el tema en la televisión?,  ¿no habría una acción de los medios informativos mas profunda que la simple mención en la crónica roja?  Pero todos los niños no son iguales.

Al  plantear estos temas  se desvirtúa la discusión;   mezclando la tenencia y en algunos casos el porte de armas con la seguridad ciudadana,  el control de la delincuencia  y el delicadísimo concepto de la Legítima Defensa,  contemplado en todas las constituciones del mundo.  Como si fuera tan difícil entender que al menos en el Chile actual los conceptos antes mencionados no tienen relación directa con la tenencia y/o porte de armas por parte del ciudadano común.   Aún mas como si las muertes y heridas accidentales con armas de todo tipo,  no demostraran hasta la saciedad que además de no ser efectivas en la prevención y combate del delito,  son la causa de la desgracia de muchos inocentes y desprevenidos.

Si la represión armada, fuera la solución a los problemas delictuales.  Los gobiernos hace mucho habrían militarizado la lucha anti-delictiva.  Matando al perro para terminar con la rabia.   Pero la realidad nos enseña que la solución no es táctica,  si no estratégica.

El caso de Leslie Valentina Ojeda,  me lleva  recordar uno de los primeros funerales a los que asistí.  Un niño con el que jugué en varias ocasiones -es decir un amigo-  murió  a consecuencia de un disparo en el corazón.  Percutado accidentalmente por su hermano.   Esa familia jamás volvió a ser la misma. Así como tampoco serán los mismos los familiares de Leslie y mucho menos la jovencita en cuyas manos se produjo el accidente.

Los cambios en las leyes son necesarios,  pero no serán por si solos la solución a este tipo de situaciones.  Deben operarse transformaciones  más profundas en la mente y la conciencia del ciudadano común.  Ya que desgraciadamente solo le damos el valor y la dimensión a la vida humana,  cuando contemplamos un cadáver.

Las armas de todo tipo deben ser de uso exclusivo de los profesionales en la materia,  tanto  efectivos policiales como   militares.  En el caso de los  civiles, idealmente que nadie pueda tener, ni mucho  menos aun portar un arma.

Al menos me permitiré soñar con que la Ley de Armas y Explosivos,  en algún momento sea reformada incluyendo estos peligrosos “juguetes” de aire,  además de aumentar los requisitos para poseer armas de fuego.

Leslie Valentina,  descansa en paz pequeñita.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

DNA de negros e pardos do Brasil é muito europeu

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Estudo diz que cerca de 70% da herança genética nacional vem da Europa

Variação de região para região do país é baixa; cor da pele tem elo com poucos genes e, por isso, é parâmetro enganoso

No Brasil, faz cada vez menos sentido considerar que brancos têm origem europeia e negros são "africanos". Segundo um novo estudo, mesmo quem se diz "preto" ou "pardo" nos censos nacionais traz forte contribuição da Europa em seu DNA.

O trabalho, coordenado por Sérgio Danilo Pena, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), indica ainda que, apesar das diferenças regionais, a ancestralidade dos brasileiros acaba sendo relativamente uniforme.

"A grande mensagem do trabalho é que [geneticamente] o Brasil é bem mais homogêneo do que se esperava", disse Pena à Folha.

ASCENDÊNCIA EUROPÉIA

De Belém (PA) a Porto Alegre, a ascendência europeia nunca é inferior, em média, a 60%, nem ultrapassa os 80%. Há doses mais ou menos generosas de sangue africano, enquanto a menor contribuição é a indígena, só ultrapassando os 10% na região Norte do Brasil.

QUASE MIL

Além de moradores das capitais paraense e gaúcha, foram estudadas também populações de Ilhéus (BA) e Fortaleza (compondo a amostra nordestina), Rio de Janeiro (correspondendo ao Sudeste) e Joinville (segunda amostra da região Sul).

Ao todo, foram 934 pessoas. A comparação completa entre brancos, pardos e pretos (categorias de autoidentificação consagradas nos censos do IBGE) só não foi possível no Ceará, onde não havia pretos na amostra, e em Santa Catarina, onde só havia pretos, frequentadores de um centro comunitário ligado ao movimento negro.

GENOMA

Para analisar o genoma, os geneticistas se valeram de um conjunto de 40 variantes de DNA, os chamados indels (sigla de "inserção e deleção"). São exatamente o que o nome sugere: pequenos trechos de "letras" químicas do genoma que às vezes sobram ou faltam no DNA.

Cada região do planeta tem seu próprio conjunto de indels na população -alguns são típicos da África, outros da Europa. Dependendo da combinação deles no genoma de um indivíduo, é possível estimar a proporção de seus ancestrais que vieram de cada continente.

Do ponto de vista histórico, o trabalho deixa claro que a chamada política do branqueamento -defendida por estadistas e intelectuais nos séculos 19 e 20, com forte conteúdo racista- acabou dando certo, diz Pena.

Segundo os pesquisadores, a combinação entre imigração europeia desde o século 16 e casamento de homens brancos com mulheres índias e negras gerou uma população na qual a aparência física tem pouco a ver com os ancestrais da pessoa.

Isso porque os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética, embora seu efeito seja muito visível. O trabalho está na revista "PLoS One".

Fonte: Folha de São Paulo - São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011 

Comentário: O que diz os afros? Tem muita gente afro que acha que é afro mas não é, corre sangue europeu. Tem muita gente branca que acha que é branca, mas corre sangue africano. Quase todo português tem um pé na senzala ou numa oca. O Monteiro Lobato deve estar sorrindo. 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Logo do Google desenhado por aluna é exibido na página principal


A página principal do Google Brasil amanheceu nesta quarta-feira (16) com um desenho feito pela aluna Luiza Carneiro de Faria, de 9 anos, do Colégio Santo Inácio, do Rio de Janeiro. Ela é a vencedora do concurso "Doodle4Google", que incentiva crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos a redesenharem o logo do Google.

Larissa Fernandes de Souza, de 11 anos, da Fundação Bradesco, e Rafael Okino dos Santos, de 15 anos, do E.E. Plínio Negrão, foram os outros dois finalistas. O projeto foi realizado pela primeira vez no Brasil depois de ter sido lançado em 2005 na Inglaterra.

Além de ter o seu desenho exibido na página principal do Google durante toda a quarta-feira, Luiza vai receber um notebook, uma bolsa de estudos de R$ 30 mil e uma sala de computação em sua escola.

O concurso foi dividido em três categorias por idade (6-9, 10-12 e 13-15). Depois que uma comissão selecionou 12 desenhos de cada grupo, as 36 criações foram publicadas no site para a votação do público. Luiza fazia parte do grupo de 6 a 9 anos.

Reflorestamento
Como parte do projeto estava a iniciativa da empresa de, para cada inscrição recebida, plantar uma muda de árvore em áreas do Brasil que precisam de reflorestamento. Conforme o comunicado do Google, cerca de 100 mil árvores foram plantadas nos estados de São Paulo e Paraná, reflorestando cerca de 50 hectares de Mata Atlântica.

Doodle
Doodle é o apelido dado pelo Google para as criações que a empresa faz no logotipo para celebrar datas especiais. O primeiro Doodle foi criado em 1999, quando os engenheiros mudaram o logo do site principal para avisar aos usuários que estavam de folga naquele final de semana. Fonte: G1 - 16/02/2011 

Comentário: Parabéns ao  Google pela iniciativa,  incentivando a criança que a educação é importante e pelo estímulo a criatividade.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Juiz sem CNH dá voz de prisão a agente da Lei Seca

Juiz sem CNH dá voz de prisão a agente da Lei Seca, diz polícia do Rio

Um juiz deu voz de prisão a uma agente da Lei Seca, na madrugada deste domingo (13), durante uma blitz na Lagoa, Zona Sul do Rio, e o caso foi parar em uma delegacia. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, João Carlos de Souza Correa (1ª Vara de Búzios), flagrado sem carteira de habilitação, alegou que a agente Luciana Tamburini foi “debochada”. Já a funcionária disse que o magistrado fez abuso de autoridade.

O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon). Segundo a assessoria da Polícia Civil, o magistrado dirigia um Land Rover preto sem placa. Ao checar a nota fiscal, a agente verificou que o período para o emplacamento estava vencido. O juiz explicou que estava com todos os documentos, e que poderia ter havido algum atraso com o órgão que emitia a placa.

O carro do juiz não foi rebocado, e a esposa dele levou a carteira de habilitação ao local da operação, de acordo com a Polícia Civil. Correa chegou a fazer o teste do bafômetro, mas nada foi detectado.

De acordo com a assessoria do governo do estado, a nota fiscal do veículo foi expedida há mais de 15 dias, excedendo o prazo de circulação sem emplacamento.  A agente informou ao juiz que o veículo seria retido e levado para o depósito em Bonsucesso. No entanto, o magistrado queria que o carro fosse para uma delegacia para ser removido, mas a agente negou o pedido. Ainda segundo o governo, o juiz deu voz de prisão por desacato. O veículo foi retido na delegacia e levado para o depósito.

A Polícia Civil disse que consta no registro de ocorrência que, durante a briga, a agente teria dito: “Você é juiz, mas não é Deus”. O magistrado retrucou dizendo: “Cuidado que posso te prender”. Então, a agente falou: “prende”.

Os dois foram para a delegacia, mas o registro foi feito sem autor, constando como “todos envolvidos”. O caso será encaminhado para o Juizado de Pequenas Causas. Será marcada uma audiência de conciliação entre as partes. Fonte: G1 RJ-13/02/2011  

Comentário: É o país das otoridades.Você sabe com quem você está falando? As “otoridades” deveriam seguir as leis, dar o exemplo. Como disse Julio Cesar sobre sua mulher: À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta. Aqui as otoridades vivem no mundo sagrado com seus direitos e privilégios. 
Nos EUA  Schwarzenegger foi multado por parar em um local proibido  em seu primeiro dia fora do cargo de Governador do Estado da Califórnia. Ele ficou sem graça ao notar a presença do policial, e logo retirou o veículo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Corpo de portuguesa é encontrado em apartamento após quase 9 anos

O corpo de uma idosa portuguesa foi encontrado, na cozinha de seu apartamento em uma vila a 25 km de Lisboa, quase 9 anos depois do registro de seu desaparecimento. A descoberta ocorreu na terça-feira (8), dia em que ela seria despejada por atrasar a prestação do imóvel.

 “Foi uma vergonha para o país. Se não fossem as Finanças (órgão responsável pelo despejo) quererem o dinheiro deles [o corpo continuaria lá]”, diz Aida Martins, de 82 anos. Foi ela quem, em agosto de 2002, avisou as autoridades locais sobre o  desaparecimento da vizinha, Augusta Martinho, que completaria 96 anos neste sábado (12).

A aposentadoria havia sido cortada em 2003. Aida enviou de volta os recibos que se amontoavam na caixa de correio de Augusta. A energia também foi cortada. “Quando eu ia trabalhar, olhava para a janela dela, que tinha a luz acesa todos os dias. Até que um dia a luz apagou-se”, conta a aposentada Fernanda Borges, de 55 anos, também moradora do prédio.

Após localizar um parente pela lista telefônica, como orientada, Aida afirma ter voltado à Guarda Nacional Republicana (GNR, órgão ao qual havia comunicado o desaparecimento)  para abrir o inquérito. “Localizaram uma foto de quando ela era professora em outra cidade e me perguntaram se eu a reconhecia. Disse que sim", afirma Aida, que foi orientada a aguardar. Os pedidos de arrombamento não adiantaram, conta a idosa. “Eu disse: o condomínio paga a fechadura."

Corpo encontrado

O apartamento é o 4º do número 16 da Praceta das Amoreiras. Foi vendido em leilão público, sem visita dos funcionários do governo nem dos compradores. Na terça-feira, os novos proprietários, um funcionário das Finanças e um chaveiro chegaram para tomar posse. A porta de entrada já havia sido aberta, mas o corpo de Augusta impedia a entrada na cozinha. Os bombeiros foram chamados.

 “Havia também o cadáver de um cão e de alguns pássaros, que deviam fazer companhia para ela”, diz Luís Pimentel, comandante dos Bombeiros de Agualva-Cacém, que atenderam à ocorrência. Em 43 anos de profissão, diz ele, foi a primeira vez que se deparou com um caso como esses.

Sem cheiro

A caixa de correio cheia de papéis sugeriu que algo não ia bem com Augusta, segundo Aida. “De noite eu pensava, 'será que ela caiu no mar?'”, conta a vizinha, já que a mulher viajava algumas vezes para o litoral. “Ou estava morta ou desapareceu. Perdeu o tino, sabe?”, comenta Laurinda.

A desconfiança de que a idosa ainda pudesse estar no apartamento vinha da luz permanentemente acesa e das janelas abertas. “Houve infestação de baratas e eu dizia que era dali”, diz Júlio Luís, do café, cujo filho morou no prédio.

Segundo os moradores, durante esses anos não se notou qualquer cheiro. Por isso, alguns supunham que ela estivesse no quarto, com a porta fechada. “Outro dia ainda comentei: 'será que a mulher está la dentro?'”, diz Laurinda.

O corpo da vítima foi levado para o Instituto de Medicina Legal. Ainda não há previsão de quando será feito o enterro.

Outro lado

O departamento de Relações Públicas da GNR informou que ainda não possui informações para confirmar que houve a comunicação do desaparecimento, mas que presumivelmente os documentos apresentados por Aida à reportagem são verdadeiros. Os processos com mais de 5 anos são arquivados e por isso o que seria referente ao caso ainda não foi encontrado, informou.

O Ministério das Finanças diz que agiu dentro da legalidade e que não poderia prestar mais informações. A polícia diz que a área onde fica o apartamento não ficava, à época, sob sua responsabilidade.

O Tribunal de Sintra, que também teria sido avisado do desaparecimento, disse que o assunto é de competência do Ministério Público. O MP foi procurado pela reportagem, mas não respondeu as ligações.

Fonte: G1 - 12/02/2011  

Comentário: É mais tétrico do que contos de terror de Stephen King Incrível como somos parecidos   com os portugueses quanto a burocracia. O jogo de empurra-empurra do problema é  igual.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mubarak renuncia

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, de 82 anos, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (11), após um governo de quase 30 anos e que era contestado desde 25 de janeiro por grandes manifestações populares.

O anúncio da renúncia foi feito pelo recém-nomeado vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, em um curto pronunciamento na TV estatal. Mubarak entregou o poder ao Exército, disse Suleiman.

Os crescentes protestos que derrubaram Mubarak deixaram mais de 300 mortos e 5.000 feridos. Eles começaram em 25 de janeiro, inspirados pela queda do presidente da Tunísia, e tiveram impulso na internet, que comemorou a queda do ditador.

Ainda não havia detalhes sobre como ocorrerá a transferência. O Exército anunciaria um comunicado detalhando a transição.

O ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, deve ser o chefe do Alto Conselho Militar que tomaria o controle do país, segundo fontes militares.

O conselho iria derrubar o gabinete de ministros de Mubarak, fechar as duas casas do Parlamento e governar diretamente com a Corte Constitucional, segundo a TV Al Arabiya.

O país tem eleições presidenciais marcadas para setembro.

A notícia da renúncia, exigida pelos manifestantes, foi imediatamente celebrada com festa nas ruas do Cairo e das outras grandes cidades do Egito.

Por volta das 18h locais (14h de Brasília), na lotada Praça Tahrir, que foi o centro nervoso dos protestos, manifestantes cantavam: 'o povo derrubou o governo'.

Manifestantes se abraçavam, e algumas pessoas desmaiaram de emoção.

O oposicionista Muhamed ElBaradei, uma das principais figuras dos protestos, disse que o Egito "esperou por décadas" por este dia. Ele afirmou esperar que povo e Exército governem juntos durante o período de transição.

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse que respeitava a decisão de Mubarak e pediu diálogo para a formação de um governo de "base ampla" no país.

Mubarak havia partido pouco antes para o balneário de Sharm el Sheij, no Mar Vermelho, a 400 km do Cairo, informou Mohammed Abdellah, porta-voz de seu partido, o Nacional Democrático.

Ele, que tem uma residência no balneário, saiu em meio a mais um dia de grandes protestos de rua.

Na véspera, Mubarak havia anunciado a transferência de seus poderes a Suleiman, mas reafirmou que ficaria no governo até as eleições marcadas para setembro, em um processo gradual de transição.

Isso não satisfez os oposicionistas.

O governo da Suíça anunciou que vai congelar os possíveis bens de Mubarak no país, segundo a chancelaria. Mais cedo nesta sexta-feira, o Exército havia soltado nota prometendo levantar o estado de emergência sob o qual o país vive desde 1981, "assim que as circunstâncias atuais terminassem", em uma aparente demonstração de apoio à transição proposta por Mubarak.

Em Al Arish, no Sinai, confronto entre manifestantes e a polícia deixou um morto e 20 feridos.

Discurso

Na véspera, Mubarak frustrou os manifestantes que esperavam sua renúncia imediata e confirmou, em discurso na TV, que pretende continuar no governo até setembro, à frente da transição de poder. Ele também disse que iria transferir poderes ao seu vice.

Sameh Shoukr, embaixador do Egito nos EUA, explicou que Mubarak transferiu todos os poderes da presidência para seu vice, mas permanece do chefe de Estado "de jure" (de direito).

O embaixador disse que esta versão lhe foi contada pelo próprio Suleiman.

A decisão de Mubarak de ficar durante a transição irritou ainda mais a população local. Milhares de pessoas passaram a noite na praça Tahrir. Em um discurso de tom patriótico, Mubarak afirmou que a transição no Egito em crise vai ocorrer "dia após dia"  até as eleições presidenciais marcadas para setembro. Ele prometeu proteger a Constituição durante todo o processo.

Mubarak disse que propôs emendas aos artigos 76, 77, 88, 93 e 189, e cancelou o 179, que dava poderes extras ao governo em caso de combate ao terrorismo.

O presidente afirmou que iria transferir poderes a Suleiman, segundo a Constituição, mas não esclareceu quando, até que ponto ou de que maneira isso ocorreria.

Em discurso posterior ao de Mubarak, Suleiman, -que já vinha liderando as negociações com a oposição- se comprometeu a tentar fazer "uma transição pacífica de poder" e pediu que os manifestantes acampados no Cairo voltem para casa.

'Saída honrosa'

O deputado trabalhista israelense Benjamin Ben Eliezer afirmou nesta sexta que Mubarak comentou com ele, em uma conversa por telefone na noite de quinta-feira, pouco antes de seu discurso à nação, que estava buscando uma "saída honrosa".

"Ele sabe que acabou, que é o fim do caminho. Só me disse uma coisa pouco antes de seu discurso, que procurava uma saída", afirmou Ben Eliezer à rádio militar. Ben Eliezer, que até recentemente foi ministro do Comércio e da Indústria, é considerado o dirigente israelense mais próximo de Mubarak, a quem visitou em várias ocasiões. Fonte: Do G1, com agências internacionais-11/02/2011 

Comentário: O perigo é a religião predominar na política, a política teocrática. É outra forma de ditadura fundamentalista. O islamismo não admite  pluralismo de pensamento e é a verticalização da religião com todos os aspectos da atividade humana, política, social, etc.

Quer  queira ou não a  democracia  ocidental atual com seu materialismo, seu liberalismo social confronta com o islamismo. A democracia derruba toda estrutura social que é a base do islamismo. Se der certo a democracia no Egito, o Ocidente criou a Nova Cruzada Democrática contra o Islamismo. É o rastilho explosivo  no mundo árabe.

A festa acabou, agora, vem à realidade, os egípcios estão preparados para a democracia? O que torna a democracia forte são as concessões da sociedade  para que ela possa tornar uma democracia representativa, com pluralismo de pensamento,  partidos politicamente fortes, sem radicalismo religioso, etc 

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Crisis en Egipto, esto recién comienza.

Una ola de inestabilidad política recorre las naciones de Medio Oriente,  como un fenómeno viral,  cuyo primer afectado fue Túnez.  En un mes de manifestaciones violentas,  el gobierno debió dimitir y su titular huir del país. Luego vino Egipto,   cuya situación aun no está resuelta,  a este le han seguido Yemen,  Jordania,  Mauritania y Argelia. 

Todas estas naciones tienen en común,   elevados niveles de pobreza,   desempleo.  Descontento popular y desesperanza.  Además comparten el hecho de estar gobernadas por dictaduras de larga data. 

En Egipto Mubarak  lleva treinta años en el poder,  es un hombre anciano que padece una enfermedad que no ha sido relevada.  Esta circunstancia ha creado muchos temores sobre su sucesión.  Ya que según se pensaba en Egipto,  dejaría a su hijo Gamal al frente del gobierno,  heredándole el mando.   Mubarak ha mantenido en forma constante una política de colaboración con EEUU y por ende con Israel. Lo que a amplios sectores del país les ha resultado chocante. Su gobierno no ha logrado en todos estos años,  implementar un modelo de desarrollo social y superar la pobreza.  Creando condiciones de trabajo y de bienestar para la gran mayoría de los ciudadanos.  Su aparato de seguridad ha reprimido con violencia y en forma criminal a los ciudadanos,  causando a estas alturas un estimado de trescientos muertos.

La coyuntura actual

Dos hechos son fundamentales en el actual escenario,  por un lado el debilitamiento del gobierno,  al no poder manejar y ni siquiera aplastar el levantamiento popular.  La razón fundamental es que nunca afrontaron una situación similar;  la dicotomía   insurrección generalizada y  pérdida de apoyo de su principal aliado EEUU. 

Recordemos que para EEUU hay tres aliados estratégicos,  que reciben año a año ingentes cantidades de dinero y aportes tecnológicos y militares. Estos son en orden de importancia;   Israel, Egipto y Colombia.  Es evidente que el gobierno de Obama no está por una solución forzada y violenta,  en una región que vive en la inestabilidad y la confrontación.   Lo más simple en este momento es poner paños fríos y buscar una alternativa temporal,  transitoria.  Que permita oxigenar el ambiente y calmar los ánimos. Cualquiera sea el resultado,  este pasará forzosamente como en todo. Por la aprobación de EEUU,   con lo cual no solo se buscará mantener el vínculo cercano entre  ambas naciones,  si no también preservar el status quo con Israel.

El segundo factor condicionante de esta situación,  es el más complicado.  Tiene que ver directamente con la naturaleza misma de este movimiento.   Pues esta cadena de acontecimientos no ha sido el resultado de una lucha proselitista de algún partido radical,  no responde a los intereses de un grupo de poder económico o de corte religioso fundamentalista  y lo que es peor,  no se limita a las fronteras.  Se trata de descontento puro,  explosión social. Si tratáramos de definir esto,  el término frente amplio, no sería muy exacto aunque si parecido,  pues en él  convergen todos los sectores políticos y sociales.  Tanto en Egipto,  como lo fue en Túnez y como tiende a pasar en las demás naciones que están experimentando  un fenómeno similar. En palabras más sencillas no hay un líder o una cabeza visible,  a quien acusar de terrorista o algo parecido.

Perspectiva

Egipto es sin duda la más importante nación del norte de África y una de las importantes en el mundo árabe.  A su densidad poblacional,  debemos sumarle su importancia militar,  tanto en efectivos como en equipamiento y recursos. Además de su posición geo-estratégica privilegiada.  Tienen la llave del comercio y de la navegación en esa zona,  y esa llave se llama Canal de Suez.  Por si fuera poco,  en el mundo árabe y en parte del africano,   el peso cultural de Egipto es más que considerable.  Razones de peso  para que muchas naciones cercanas y lejanas se interesen en su devenir.

A medida que pasan los días, tiende lentamente a configurarse un cuadro.  No de resolución del problema,  pero al menos de quienes son los que participaran en el mismo.  Todos ellos tienen expectativas que van más allá del simple proceso de transición y la descompresión momentánea de la situación.

Omar Suleiman

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General del ejército,  recientemente y a propósito de la crisis fue nombrado vice-presidente.  Suleiman tiene el rol más delicado en el desarrollo de la crisis.  Debe estar listo para asumir el gobierno en cualquier momento,  como la salida más rápida.  Pero también debe ser capaz de mantener la unidad del enorme ejército de Egipto.  Si esta encrucijada se extiende por demasiado tiempo,  nadie podrá garantizar que el alto mando sea capaz de controlar a los oficiales jóvenes y menos aún a la sub-oficialidad. La peor de todas las posibilidades es que el ejército se fraccione y de paso a un golpe de estado.  Lo cual podría desembocar en una guerra civil en el país y en un reguero de pólvora en todo el medio oriente.

¿Pero que piensan los egipcios de Suleiman?,  un héroe de la guerra de 1973 contra Israel.  Pero también un continuista y cómplice del actual gobierno,  Suleiman dirige los oscuros servicios de inteligencia del régimen de Mubarak y siempre ha sido un incondicional del dictador.   Si Suleiman queda en el gobierno,  solo podrá hacerlo partiendo con acciones concretas,  tales como la liberación de los presos políticos y de los manifestantes que han sido detenidos,  reemplazando autoridades y derogando leyes coercitivas que proscriben a sectores políticos desde hace muchos años.  Y lo más importante de todo fijando un calendario de elecciones,  caso contrario la Plaza de Al – Tahrir  no tardará en llenarse de manifestantes cada vez mas demandantes.

Los Hermanos Musulmanes

Son un partido político ilegal que conforma la oposición más ordenada al gobierno.  Este grupo es una asociación política muy antigua,  fundada en 1928.  Durante décadas se mantuvieron cercanos del extremismo.   Pero desde hace un buen tiempo,   sus dirigentes se han renovado y re-orientado hacia una política que si bien tiene como inspiración la religión musulmana,   rechaza y evita los excesos del fundamentalismo.  Es una organización internacional cuyo brazo en Tierra Santa es Hamás.   Los Hermanos han sido por demasiados años,  un elemento de mucha utilidad para el régimen.  Mubarak los ha utilizado para justificar las condiciones dictatoriales de su gobierno, argumentando un fundamentalismo que hoy en día no es tal. 

 Mohamed el-Baradei

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Premio Nóbel de la paz en 2005  ex director del AIEA, Agencia Internacional de la Energía Atómica. Toda una figura durante los días previos a la invasión de Irak, ya que certificó que ese país no poseía uranio ni medios de fabricar armamento atómico,  con lo cual quedaba sin sustento la argumentación de EEUU para invadirlo.

Le juega en contra el hecho de haber vivido muy poco tiempo en su país,  acaba de llegar  a Egipto y se sumó a una organización política de oposición. 

Por su trayectoria y relación con el mundo occidental,  está siendo apoyado por las naciones occidentales para hacerse cargo de un gobierno de transición. Pero El-Baradei es un desconocido en su casa.

Khaled Nasser

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Hijo del extinto Gamal Abdel Nasser,  quien lideró la revolución de 1952.  Movimiento popular de corte socialista,  con el cual se depuso al último rey de Egipto.   Durante el gobierno de Nasser se nacionalizó todo,  incluido el canal de Suez.  También se produjo la guerra de los Seis Días,  que si bien fue una derrota militar estrepitosa para Egipto,  no lo fue tanto en los campos diplomáticos y políticos y sobre todo en la influencia que este político ejerció sobre el mundo árabe de entonces.

El Nasserismo como expresión política siempre se ha mantenido en Egipto y Nasser hijo llega en el mejor momento. Difícilmente encuentro a Nasser como parte de un gobierno de transición,  pero está  por verse que vendrá después.  Recordemos que toda esta situación nace a partir de protestas de tipo social,  no de choques ideológicos,  religiosos o culturales. ¿Porque el hijo del político e ideólogo mas importante del mundo árabe en los 70 no podría tener una amplia participación en esta crisis y a la vez aprovechar la influencia que los acontecimientos de Egipto ejercerán en las naciones de la región?  Por falta de apoyo internacional no será.

En Egipto por lo pronto la verdadera lucha,  no tiene que ver con el futuro del gobierno.  La verdadera lucha es de los distintos sectores políticos,  por instrumentalizar y legitimar para si,   este movimiento.  Lucha de la cual no se marginarán ni EEUU/Israel,  ni los políticos árabes, ni las facciones fundamentalistas,   ni otras potencias como la Unión Europea,  Rusia o incluso Venezuela.

Este escenario en desarrollo ya empieza a dejar enseñanzas,  al menos para nosotros que estamos lejos física y culturalmente del mundo árabe.

Primero: el islamismo fundamentalista, no es un elemento importante ni definitorio en muchos países árabes,  la prueba es que ellos no están presentes en este momento, no son una opción para el pueblo egipcio.

Segundo: y consecuencia de lo primero,  si la amenaza fundamentalista es menor a lo que se ha dicho siempre,  ¿como se justificarán las incursiones militares y el intervencionismo occidental en lo futuro?

Urge una salida,  una válvula de escape para toda la presión que se ha acumulado en Egipto,  caso contrario no solo habrá perdida de vidas humanas y consecuencias económicas mundiales.  Del caos y la violencia solo pueden surgir mas caos y violencia,  terreno ideal para los fundamentalismos y las odiosidades,   con lo cual se perdería estupidamente todo el abanico de oportunidades que este episodio histórico abre para Medio Oriente.