quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Governo de Cuba cortará meio milhão de empregos públicos




Mais de meio milhão de servidores públicos de Cuba perderão seus empregos nos próximos meses, ao mesmo tempo em que é anunciada uma transformação radical nos modelos salariais e de trabalho para atenuar a grave situação econômica. A mudança, que há semanas corria como um rumor pela ilha, se tornou pública nesta segunda-feira em um comunicado divulgado pela CTC (Central de Trabalhadores de Cuba), que aprovou a medida para "manter o controle sistemático do andamento do processo".

O comunicado informa sobre a "redução de mais de 500 mil postos de trabalho no setor estadual e, paralelamente, o aumento no setor privado", e detalha que este processo será realizado durante o próximo ano, mais precisamente "até o primeiro trimestre de 2011".

Alguns órgãos do Partido Comunista de Cuba -- único no país -- já foram instruídos para que expliquem aos trabalhadores o que está por vir, enquanto outros já orientaram os funcionários a elaborarem "listas" de pessoas mais ou menos necessárias.

O economista Juan Triana, pesquisador do Centro de Estudos da Economia Cubana, reconheceu que a medida de abrir mão de meio milhão de funcionários é difícil em um país onde a força de trabalho é de três milhões, mas lembrou que já existe meio milhão de trabalhadores no setor privado.

"As contas do Estado já estão saturadas e é muito duro para qualquer governo, mas já não existe mais remédio", disse Triana, além de acrescentar que a absorção desses desempregados deverá ficar a cargo de "pequenas empresas, cooperativas e empresas familiares, pois não acho que Cuba possa inventar nada novo".

O comunicado da CTC não garante uma nova função aos desempregados, mas sugere um "horizonte de opções com novos tipos de empregos não estatais como arrendamento, usufruto, cooperativas e o trabalho por conta própria para onde se deslocarão milhares de trabalhadores nos próximos anos".




CONTROLE
Em Cuba existem centenas de atividades e de negócios que fogem ao controle público, seja em transporte, alimentação, turismo ou quase todos os tipos de serviço, como pode ser comprovado por qualquer visitante "convidado" em plena rua a comprar vários tipos de produtos.
Mas se todas essas atividades não são legalizadas é pela enorme burocracia exigida da iniciativa privada, como lembra o economista dissidente Óscar Espinosa Chepe, que acredita que os problemas poderiam ser resolvidos através do desenvolvimento de um modelo tributário mais eficaz.
Paradoxalmente, o discurso de Chepe e de outros economistas contrários ao regime parece cada vez mais com o do próprio governo: o comunicado da CTC reconhece hoje que há "mudanças necessárias e inadiáveis a serem introduzidas na economia e na sociedade para transformar e tornar mais eficiente o atual processo de trabalho".
Foi o presidente Raúl Castro que insistiu na necessidade de introduzir mudanças e enxugar o governo inchado, o que acabou sendo feito em excesso com mais de um milhão de pessoas.

A foto mostra o modelo de sapataria estatal, tem mais trabalhadores  (6)  do que clientes. É o ócio do trabalho.

O presidente, em discurso realizado no dia 1º de agosto, quis tranqüilizar a sociedade: "Ninguém ficará abandonado a sua própria sorte" porque "o Estado Socialista oferecerá o apoio necessário para uma vida digna".

Na semana passada, o ex-ditador cubano, Fidel Castro, surpreendeu o mundo ao declarar a uma revista americana que o modelo cubano não funciona mais nem para Cuba, e embora tenha explicado dois dias que não se referia ao sistema capitalista, muitos em Havana acham que não havia outra interpretação.

Pelo que foi analisado, Fidel --considerado o "ideólogo" frente ao pragmático Raúl Castro-- dava um respaldo a seu irmão nesta nova readaptação do socialismo cubano cuja última atualização passa por dolorosos eufemismos tão frequentes em outros lugares como os "ajustes de emprego". Fonte: Folha.com - 13/09/2010 

Comentário:
A realidade econômica chegou  aos cubanos, passaram quase 50 anos, a maioria ganhando salário do Estado sem trabalhar e agora  terão de procurar emprego ou montar um negócio.
Um sindicalista americano que visitou a antiga URSS, disse o que mais agradou na visita foi a possibilidade de não fazer nada e receber um salário por isto.
O governo cubano planeja ajudar os demitidos para encontrar  trabalho  no setor privado e bem como criar ocupações nas seguintes atividades; criação de coelhos,  pintor,  fabricação e tijolos, coleta de lixo e pilotagem de balsas ao redor da ilha. Quem nunca trabalhou será muito difícil adaptar-se a essa nova situação, tem de trabalhar. A característica do socialismo é o ócio.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Revival:Electric Light Orchestra- ELO

Electric Light Orchestra foi uma banda de rock britânica dos anos 70 e 80. Depois de várias mudanças na formação, o grupo alcançou sucesso no final dos anos 70 com com disk music.

Elo-Roll Over Beethoven



The Beatles - Roll Over Beethoven



Lo que cuesta comer en Cuba

No hay nada tan complejo y estresante en Cuba como alimentarse. "Es terrible. Poner tres platos diarios de comida a la mesa se lleva de un zarpazo el 90% de los ingresos en mi hogar", argumenta Caridad, una pediatra de 39 años.

Una mujer compra calabazas en las calles cubanas.

"Imagínate mi caso, señala Orlando, un obrero de la construcción de 46 años. Tengo cuatro hijos, esposa y mi madre enferma. No recibo dinero del extranjero y no me pagan un centavo en divisas. ¿Sabes cómo logro que mi familia cene arroz, frijoles y a veces carne de cerdo? Robando, así de simple".

En la Isla casi todo es difícil. Pero lo de la alimentación linda con la locura. Les pongo un ejemplo. Un matrimonio de profesionales con dos hijos y un salario común de 1000 pesos (45 dólares) sólo les alcanza para comer 14 días. El resto del mes, a 'inventar'.

Ahora saquemos la calculadora. Juan, 26 años, empleado de un taller, vive con sus padres jubilados, que entre los dos ganan 377 pesos (15 dólares). Cuando cobra sus 496 pesos (21 dólares) pasa por un agromercado y compra 5 libras de carne de cerdo a 23 pesos (cerca de un dólar) cada libra. Ahí se le van 115 pesos.

Luego se dirige a la tarima de frutas y vegetales. Un aguacate le sale por 10 pesos (medio dólar), tres mangos verdes y no muy grandes los consigue por 22 pesos. Dos libras de guayaba a 10 pesos la libra y 8 plátanos de freír a 3 pesos cada uno.

Compra un poco de ajo y cebolla por 25 pesos. Cinco jabas de nailon a peso: de un tiempo acá en las tiendas y bodegas cubanas no hay bolsas para depositar los productos. Y puede alardear de ser un tipo con suerte, pues no siempre en los mercados se encuentra lo que uno busca.

Cuando llega a su casa y saca cuentas, mueve la cabeza con disgusto. Ha gastado 211 pesos para comer tres días un poco mejor. Y todavía falta por adquirir arroz, huevos, aceite y puré de tomate.

Si a esta compra se suman los alimentos de la canasta básica subsidiada por el Gobierno, cada mes otorgada per cápita a la población (7 libras de arroz, 3 libras de azúcar y 2 de azúcar negro, 20 onzas de frijoles, unas pocas onzas de café y un panecillo diario de 80 gramos), la familia de Juan puede alimentarse la mitad del mes.

Hace tiempo, sus padres sustituyeron el almuerzo por un pan con un trozo de guayaba de barra o una fritura de harina sazonada con cebollinos. Desayunan una tacita de café, cuando tienen. A su hijo no le pueden pedir más: gasta todo su salario en alimentos.

Y más también. En su taller, Juan suele robar lo que se ponga a tiro. Bombillos, pintura, tornillos, alcohol... Cualquier cosa. Ese dinero extra también lo invierte en 'jama' (comida).

Cuando los fines de semana sale con su novia, sólo tienen a su favor el amor que sienten. Siempre andan si un centavo en los bolsillos. A duras penas van el cine y luego al muro cubano de las lamentaciones: el Malecón habanero.

La distinta visión de Raúl y de Fidel

Y como Juan, Rolando o Caridad, vive alrededor del 40% de la población que no recibe remesas del exterior. Decenas de veces, el general Raúl Castro ha reconocido que los frijoles son más importantes que los cañones. Ha dicho incluso que la alimentación es un asunto de seguridad nacional.

A su hermano Fidel esa cuestión parece no interesarle. Con su complejo de líder planetario, lo que le importa son los temas internacionales. Él no padece esos problemas mundanos.

Según contó en su blog el periodista americano Jeffrey Goldberg, que recientemente lo entrevistó, durante el almuerzo, Castro hizo una dieta mediterránea: pescado, ensalada, pan con aceite de oliva y vino. No ha dejado de ser un buen gourmet.

Si alguien en Cuba tiene categoría de héroes, en este caso heroínas, ésas son las amas de casas. Llevan décadas 'inventando' para alimentar a los suyos. Con poco para cocinar, tienen la creatividad del más laureado chef. Lo de ellas es que su familia no se acueste a dormir con el estómago vacío.

Es como el milagro de los panes y los peces. Se merecen un obelisco en la Plaza de la Revolución.

Fuente: El Mundo - martes 14/09/2010

Comentario: Ese es el retrato del socialismo llevado al extremo en las necesidades básicas de la población, no hay alimentos.. Alimentarse es un sueño.  Es el modelo político de algunos países latinos, sobre todo los bolivarianos. Es el socialismo científico, de laboratorio, siempre en investigación en tubos de ensayo. Siempre pone duda en el modelo para perfeccionamiento; Mañana quien sabe, estamos mejorando, los enemigos están sabotando los planos, así por delante, etc.
Antiguamente los rusos bebían vodka para matar el hambre, hoy, la vodka tiene como compañera comida en hartura, en el modelo capitalista. Pobre del Marx.

domingo, 12 de setembro de 2010

A nova turma do Ronald McDonald


Ciclovias - O poder da bicicleta em Bogotá

O flerte de Bogotá com uma cidade pós-automóvel está sendo estudado – e copiado – por planejadores urbanos de todo o mundo. Aos domingos das 7h às 14h, mais de 110 quilômetros de ruas são abertos apenas para bicicletas como parte do programa Ciclovia. As ruas livres de carros são complementadas com ofertas culturais, como aulas de rumba e aeróbica e ambulantes vendendo sucos frescos e lanches. Fonte: UOL Viagem - 10/09/2010 - 20h30




A sobrevivência da utopia socialista

 "Ouvi dizer que na América do Sul ainda existem comunistas,  o que eu acho um charme! Como se nada tivesse acontecido” (Doris Lessing, 82 anos, no livro “The Sweetest Dream”).

Em seu último livro, “A Grande Parada”, Jean-François Revel, membro da Academia Francesa, jornalista e escritor, estudou o escândalo da sobrevivência da utopia socialista após a queda do Muro de Berlim, comprovando que uma ideologia pode implodir no domínio dos fatos, mas persistir nas mentes e no domínio dos espíritos. É preciso tempo para que essas imposturas desapareçam.

Como escreveu o sociólogo José Arthur Rios, na apresentação do livro, “a utopia é, assim, permanentemente adiada. Nunca se realizou; mas amanhã, quem sabe (...) com um pouco mais de boa vontade, mais algumas voltas no parafuso, mas alguns milhares de vozes silenciadas, de presos recolhidos a masmorras. De opositores executados – e já chegamos lá”.

O texto abaixo é um pequeno resumo, adaptado, de um dos capítulos de “A Grande Parada”. Destina-se às novas gerações que não acompanharam o apogeu e o derradeiro espasmo da “doutrina científica”, uma aberração criminosa derrubada não por seus opositores, mas pelos povos que viveram sob ela, nas ruas, sem armas.


Resumo

Atualmente, a reabilitação do marxismo-leninismo está em alta. Ela prolifera em livros e artigos que nos aconselham – essa não é a palavra correta, e sim que nos intimam - a voltar ao “verdadeiro Marx”. Ou seja, ao século passado. A legião de combatentes marxistas redobrou em ferocidade exatamente a partir do ano em que a História acabava de destruir seu objeto de adoração, passando, então, a novamente arrastar a bola de ferro da utopia socialista.

Livres da importuna realidade, à qual passaram a negar qualquer valor de prova, os leais seguidores recuperaram sua intransigência. Sentiram-se finalmente livres para novamente passar a santificar um socialismo devolvido à sua condição primitiva: a utopia. O socialismo praticado dava margem a críticas. A utopia, ao contrário, é por definição inatingível. O comunismo, como utopia, não tem obrigação de apresentar resultados. Sua única função é permitir aos seus adeptos a condenação do que existe em nome daquilo que não existe. Eles querem ser julgados pelo que disseram, quando na oposição, e não pelo que fizeram, quando governo. O exemplo mais recente dessa assertiva é o atual governo do Partido dos Trabalhadores.

O socialismo democrático, a grande utopia das últimas gerações, é irrealizável. O próprio esforço para realizá-lo produz algo tão inteiramente diverso que poucos dos que ainda o desejam estão preparados para aceitar suas conseqüências.

Nos artigos da imprensa ocidental do início da década de 90 proliferavam duas noções que apareciam com grande assiduidade. A primeira é que seria necessário, de uma vez por todas, colocar uma pedra sobre o comunismo e tudo aquilo que a ele se relacionasse. A segunda era que a solução liberal surgia, então, após o desastre marxista, não como o melhor caminho, mas como o único possível.

Ao final da década de 90, no entanto, a virada foi vertiginosa. Essas duas noções voltaram a ser espezinhadas quase universalmente. Tendo sido abandonado na prática, o comunismo passou a ser cada vez menos condenado. E o liberalismo, sendo quase mundialmente condenado, é cada vez mais praticado, especialmente pela esquerda marxista, uma espécie de museu de história natural do pensamento científico mumificado. A defesa póstuma do comunismo tem, como complemento, a colocação do liberalismo no banco dos réus. Uma vez que reabilitar o comunismo seria uma tarefa muito difícil, quase impossível, decidiu-se, então, defendê-lo indiretamente, mostrando que seu oposto, o liberalismo, seria ainda pior.

Na verdade, na Europa, assim como na América Latina, a certeza de pertencer à esquerda repousa sobre um critério bem simples, de fácil entendimento para qualquer deficiente mental: ser, em qualquer circunstância aconteça o que acontecer, venha o que vier, anti-americano e condenar o “imperialismo ianque”.
Na França, por exemplo, o anti-americanismo chegou às raias do delírio, na década de 1990-2000, quando os franceses descobriram que os EUA haviam emergido da Guerra-Fria como uma superpotência isolada.
Sob o impacto do naufrágio, foram admitidos, se bem que a contragosto, a falência e até mesmo os crimes do comunismo. Depois de vários adiamentos, era chegada a hora do juízo final para o comunismo como doutrina. Tudo o mais era arqueologia.

Assim, o comunismo havia produzido nada mais do que a miséria, injustiças e massacres. Não por conta de traições fortuitas ou má sorte, mas pela própria lógica de suas verdades mais profundas. Essa foi a revelação de 1990. Mais do que o socialismo real, a História condenou a própria idéia do comunismo. Não podendo apoiar-se em fatos, ele se reduziu a uma crença supersticiosa de que, em alguma galáxia longínqua, encontraríamos uma sociedade perfeita, próspera, justa, feliz e, evidentemente, comunista.

Os socialistas, embora confessando de tempos em tempos, em suas manobras táticas, os maus resultados e as atrocidades do comunismo, rechaçam categoricamente a noção de que esses “inconvenientes” representassem a essência do socialismo. Essa permanece intacta, imaculada e destinada a uma nova e próxima encarnação.

O comunismo não pode ser condenado pelos seus atos, por mais reacionários. Reacionárias são as pessoas que o julgam pelos seus atos. Pois não são os atos que devem servir de critério e sim as intenções. Como o comunismo, no fundo, não pertence a este mundo, o seu fracasso, aqui embaixo, é culpa do mundo e não do conceito comunista. A partir dessa lógica, os que o recusam, alegando o que ele fez, são motivados, na verdade, por um secreto ódio contra o que precisava ser feito: alcançar a justiça universal. O anti-comunismo é, portanto, condenável, por mais negativo que seja o balanço do comunismo.

Os homens e mulheres que durante os últimos 150 anos tentaram empregar sua inteligência a serviço da Verdade, “caluniando” e buscando estabelecer um relato preciso da impostura comunista, são muito menos generosos que aqueles que serviram ao comunismo, mesmo à custa de vidas inteiras passadas na mentira e na imbecilidade.

Qualquer pessoa que tenha aberto os olhos com lucidez sobre o comunismo, tal como ele era realmente, ou tal como sua queda o revelou, essa pessoa estaria ou ainda está abraçando uma crença egoísta e mesquinha. Tal atitude foi e continua sendo, ainda hoje “de direita”, reacionária, pois esse hipócrita estaria escondendo sua aversão não pelo comunismo em si, mas pela sociedade justa que o comunismo iria criar.

A partir desse complexo amontoado de argúcias, torna-se possível dar o passo seguinte, alegando que os mais infelizes, aqueles pelos quais se deve ter compaixão, nesse período onde se extinguiu “a grande luz a Leste”, não são as vítimas passadas e presentes do comunismo, mas seus antigos adeptos, hoje cruelmente postos à prova por sua morte.

Esse passo foi dado por Danièle Sallenave em seu artigo “Fim do Comunismo: o Inverno das Almas”, no qual ela confessa que o comunismo era “uma tirania odiosa e um modelo econômico nefasto”. Mas, ao mesmo tempo, era o único sistema que poderia nos salvar do “aprisionamento pelo consumo”, do liberalismo desenfreado, do império do dinheiro, da dominação e do desprezo.

Com suas lágrimas, em seu artigo que pode ser comparado a um salmo, ela tenta apagar um século e meio de História no qual o socialismo teve inúmeras oportunidades de demonstrar seu valor.
O remédio comunista transformou em ruínas as sociedades que foram obrigadas a tomá-lo. Ele subjugou, imbecilizou e matou homens e mulheres, destruiu a cultura, mas continua sendo o único remédio. E o liberalismo continua sendo a pior doença, da qual estamos impedidos para sempre de nos curar devido à queda do comunismo.

Assim sendo, o postulado básico permanece inalterado. Embora o comunismo tenha contribuído para agravar as injustiças, ser contra ele é ser contra a justiça, pois o perigo maior continua sendo o capitalismo.
Nesse sentido, toda tentativa de avaliar serenamente o passado do comunismo, embora ele continue a ser um elemento político do presente, toda obra consagrada ao pós-comunismo, às sociedades gravemente mutiladas por décadas de escravidão totalitária, todo balanço, toda pesquisa, passaram a ser considerados “nostalgia da guerra-fria” disfarçada de curiosidade científica. Por que remexer nessas velharias?

Assim, em diversos países, inclusive no Brasil, Chile, Argentina, e mais recentemente no Uruguai, no momento em que o comunismo acabou de ser desmantelado e quando o horror do seu passado surgiu definitivamente com todas as cores, são os que constitucionalmente o combateram, impedindo que suas Pátrias fossem transformadas em democracias populares, que estão no banco dos réus. Afinal de contas, eles não se enganaram? Por que esses obcecados haviam qualificado o comunismo como irreversível? Ora, ele não desapareceu? Isso comprova que eles estavam errados!

Deve ser dito que a longevidade do comunismo foi uma anomalia, que dependeu da excelência de seu sistema repressivo associado à complacência paradoxal das democracias que, por diversas vezes, socorreram sua economia e aquiesceram à sua diplomacia.

No mais, é importante que fique claro que o que marcou a falência do comunismo não foi a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, mas a construção desse Muro, em 1961. Ele foi a prova de que o “socialismo real” havia atingido um tal ponto de decomposição que se viu obrigado a aprisionar seus cidadãos para impedi-los de fugir.

Uma das razões pela qual se deve continuar lutando contra a ocultação da natureza intrinsecamente totalitária e criminosa dessa cultura totalitária é que, embora ela tenha recuado consideravelmente desde a derrocada da União Soviética, continua sendo uma esperança para os inimigos da liberdade, sempre ávidos por instalar um regime de opressão em nome de uma suposta defesa dos oprimidos.

Finalmente, deve ser assinalado que depois do desmoronamento no Leste Europeu e na União Soviética, o comunismo em vez de definhar cresceu de forma assustadora e não assumiu nenhuma responsabilidade pelas conseqüências negativas que causou ao mundo desde a Revolução Bolchevique. Segundo a interpretação comunista, como já assinalou mais de uma vez o filósofo Olavo de Carvalho: o futuro explicará o passado, pois a doutrina científica não tem qualquer compromisso com o passado e empurra o presente com a barriga, uma vez que não é um movimento político e sim uma cultura, um movimento cultural e espiritual. Fonte: Carlos I.S. Azambuja - Sábado, 03 de Outubro de

Comentário: O  sociólogo José Arthur Rios, definiu bem , “a utopia é, assim, permanentemente adiada. Nunca se realizou; mas amanhã, quem sabe (...) com um pouco mais de boa vontade, mais algumas voltas no parafuso, mas alguns milhares de vozes silenciadas, de presos recolhidos a masmorras. De opositores executados – e já chegamos lá”. Assim Guevara, Allende, Bolívar, Marx, Trotsky, Fidel, etc ficam nas mentes insanas, que algum dia eles voltarão. É o messianismo.

A mosca azul e o poder

bligo-BrasiliaMoscaAzul.jpgOs estudiosos afirmam que as primeiras moscas azuis chegaram ao Brasil por intermédio das caravelas de Pedro Alvares Cabral e tinham o nome científico de Nobilis Portugcalensis. Com o passar dos anos, essas moscas sofreram várias mutações. 

Aliás, esta é uma das principais características desse tipo de moscas : adaptação perfeita ao governo vigente. Assim, no Brasil Império, elas eram chamadas de Muscus Imperialis. 

Na l República, a Mosca Azul sofreu seu maior número de mutações: foram conhecidas como Arisocratis Insectus na República Velha. Depois de alguns anos, no Estado Novo, transformaram-se em Dictatores Picantes e, em meados da década de 40, até o inicio da década de 60 foram batizadas de Entregus Internacionalis. 

Entre as décadas de 60 e 70, as moscas atingiram seu estágio mais nocivo, pois atacavam as pessoas tanto físicamente, como mentalmente, por isso, foram classificadas de Milites Corrupti. E, nos dias de hoje, devido ao seu alto nível de sofisticação, não identificada em lugar nenhum fora do Brasil, a Mosca Azul é cientificamente conhecida por Conchaves Amici.

As Moscas Azuis são encontradas em todo o território nacional, mas foi em Brasília que elas mais se adaptaram, o clima de lá é bastante propício a sua proliferação. Elas costumam ficar alojadas nos aparelhos de ar condicionados dos gabinetes, embaixo das mesas e das cadeiras dos políticos.. Depositam seus ovos nos mais diversos lugares, fazendo com que sua disseminação seja bastante eficiente e rápida. Assim, os ovos da Mosca Azul são passados mediante um aperto de mão, tapinhas nas costas, ou mesmo, indiretamente por meio dos "flashes" fotográficos ou das câmaras de televisão.

O veneno da Mosca Azul pode afetar apenas um indivíduo ou um grupo, atingindo de forma generalizada todo o seu corpo político. Uma vez contaminado, o sistema ético da vítima fica totalmente abalado, eliminando, portanto, suas defesas de ordem moral, provocando, deste modo, uma terrível febre de caráter. Em conseqüência disto, o indivíduo contaminado perde qualquer convicção ideológica e passa a sentir uma necessidade incontrolável de mentir. Já nos estágios mais graves, para se manter sob o efeito da picada, os afetados começam a roubar, matar e a traficar influências.

São muitos os esforços no sentido de tentar identificar e erradicar a Mosca Azul do nosso espaço político, mas a tarefa demanda custos, tempo e, em alguns casos, coragem de sacrificar correligionários e amigos contaminados. Pois; ao contrário do que possa parecer, a mosca não é vista com facilidade. Elas conseguem, mediante de um processo complexo de mimetismo, camuflar-se em qualquer objeto que encontrem pela frente, impossibilitando que olhos não treinados, percebam a sua presença. Mas, prestando-se muita atenção, é possível vê-la pousada nos paletós, nos "blasers" ou nas pastas de alguns ilustres congressistas.

Conta-se que certa vez, uma Mosca Azul foi vista numa reunião entre alguns deputados de esquerda e o Presidente. Discutia-se a falta de verbas para saúde, quando um dos deputados viu a mosca pousando na caneta do Presidente. O deputado olhou para um lado e para outro e percebeu que os demais não viram a presença dela. Ele disfarçou de modo que ninguém notasse a sua ansiedade - muito menos a mosca.- e avançou na caneta do Presidente :  - Peguei!

Todos o encararam intrigados. O deputado sorriu amarelo, pediu desculpas, colocou calmamente a caneta em cima da mesa e voltou para seu lugar, com a Mosca Azul presa em suas mãos.  No outro dia, ele era nomeado MINISTRO SEM PASTA

Fonte: autor desconhecido

Comentário: Criticamos muito a política, mas ela é o reflexo da sociedade. O  caráter dos nossos políticos não diferem muito dos demais países. Mas outros países têm outros poderes que conseguem julgar os políticos que ultrapassam uma linha tênue da moralidade. O que ocorre com o nosso sistema, é que nenhum dos governos desde o Império, República, Ditadura Civil e Militar, conseguiram transmitir ou educar a sociedade nos conceitos básicos de moralidade, ética, etc.

O que vemos hoje na sociedade e que terá reflexo ainda piores em outras instituições, como  Judiciário, Forças Armadas é o rebaixamento dos níveis educacionais e o  abrandamento dos valores fundamentais tais como;

- respeito à lei, à disciplina e à autoridade

- a falta de seriedade e de indignidade na vida pública

Tudo isso se transforma em banalização.

Um juiz da Suprema Corte Americana, disse uma vez uma frase curta e famosa: A ética deve prevalecer sobre as leis. O juiz deveria analisar a lei levando em consideração um conjunto de valores morais da conduta humana e não simplesmente analisar a lei  em si. O que temos e sempre tivermos é um Estado Assistencialismo e não uma democracia na acepção da palavra. Quando a mentalidade assistencialista prevalece na Nação, o que vemos é a corrupção, leis e padrão de méritos públicos de acordo com a ambição política. O político não está preocupado com a Nação e sim com sua sobrevivência. É a Mosca Azul.