quarta-feira, 5 de abril de 2017
terça-feira, 4 de abril de 2017
Julgamento da chapa Dilma-Temer de 2014
Na primeira sessão de julgamento da ação que pede a cassação
da chapa que reelegeu Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) em 2014, nesta
terça-feira (4), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu ouvir mais quatro
depoimentos e conceder um prazo maior para as alegações finais, o que vai
provocar o adiamento da sentença.
A decisão mais determinante para o adiamento do julgamento
foi a de ouvir novas testemunhas. Segundo a decisão do TSE, deverão prestar
depoimentos: o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, além do marqueteiro João
Santana, de sua mulher, Mônica Moura, e de André Santana --que seria emissário
de repasses feitos pela Odebrecht.
Segundo a delação de Marcelo Odebrecht, Mantega foi indicado
por Dilma como interlocutor dos repasses de caixa dois ao PT na eleição de
2014. Ainda de acordo com a delação, João Santana, que atuou na campanha,
recebeu recursos de caixa dois no exterior.
Com essa decisão de ouvir novas testemunhas, o julgamento
volta para a fase de instrução, um estágio anterior dentro do processo.
Questão de ordem
Durante a sessão de hoje, o relator do processo no TSE,
ministro Herman Benjamin apresentou uma questão de ordem para que o plenário
avaliasse sua decisão de não ouvir Mantega.
Benjamin usou como argumento o fato de o ex-ministro ser
investigado na Operação Lava Jato, tendo, assim, direito ao silêncio, como
aconteceu durante o depoimento de Mônica Moura. "[A defesa diz que] ela
[Mônica Moura] não prestaria o compromisso de dizer a verdade e que ela não se
submeteria às penas do falso testemunho. A partir daí, só testemunhas que
tivessem o compromisso de dizer a verdade foram ouvidas", declarou
Benjamin.
Os ministros da Corte, porém, avaliaram que Mantega deveria
ter sido ouvido. Ao se pronunciar, o vice-procurador-geral Nicolao Dino,
representante do MPE (Ministério Público Eleitoral), decidiu pedir também para
que fossem ouvidos os depoimentos de João Santana, Mônica Moura e André
Santana.
Segundo Dino, João Santana e Mônica Moura fecharam acordo de
delação premiada e podem trazer informações sobre supostos pagamentos de
campanha por meio de caixa dois.
Ainda segundo a Procuradoria Eleitoral, André Santana teria
atuado com Monica Moura e poderia trazer informações sobre a campanha de 2014. Fonte:UOL - 04/04/2017
segunda-feira, 3 de abril de 2017
Lenín Moreno vence 2º turno no Equador
O socialista Lenín Moreno venceu o segundo turno das
eleições de domingo (2) no Equador, mas o candidato opositor de direita,
Guillermo Lasso, denunciou "pretensões de fraude" no resultado, antes
de anunciar a intenção de "impugnar" a apuração.
Com 99,01% das urnas apuradas pelo Conselho Nacional
Eleitoral (CNE), o candidato governista, aspirante pelo movimento socialista
Aliança País (AP), tem 51,16% dos votos válidos, contra 48,84% de Guillermo
Lasso, ex-executivo do setor bancário e candidato pelo partido Criando
Oportunidades (CREO).
Com 99,01% das urnas apuradas, Moreno tem 5.042.844 votos,
contra 4.813.821 de Lasso. Faltando menos de 1% para ser apurado, o candidato
governista tem mais de 229 mil votos de vantagem. O CNE tem prazo de 10 dias
para apresentar o resultado oficial definitivo. Fonte: G1 03/04/2017
domingo, 2 de abril de 2017
Alemanices: Sapatos fora de casa
Não importa a produção, é preciso tirar os sapatos para
entrar na maioria das casas alemãs. É melhor caprichar no par de meias para não
passar constrangimento.
Os convidados estavam chegando. E não me importei em
recebê-los de vestido novo, meia calça... e chinelo havaianas.
Os sapatos, que também eram novos, ficaram do lado de fora
mesmo. Por osmose ou educação, peguei o costume, que, na verdade, é nada mais
do que uma forma de higiene.
Por aqui, assim como na Áustria e na Suécia, por exemplo, a
maioria das pessoas prefere não entrar com calçados em casa. O principal motivo
é não trazer sujeira, restos de neve, bactérias e germes presentes na sola dos
sapatos.
Já nos primeiros degraus antes da entrada do apartamento que
dividi com um casal de alemães, me deparava com o aviso: "Por favor, tire
seus sapatos aqui." No frio de -1 grau no corredor, era um pouco ruim
pisar no chão frio ou vestir os sapatos de volta depois de ficarem bem gelados.
Mas achava muito fofo ver na frente do apartamento dos
vizinhos os sapatos da família completa: pai, mãe e a filha de quatro anos. Na
porta, o aviso: "Schuhe aus, bitte!" ("tire os sapatos, por
favor").
Pequenas sapateiras de madeira ficam do lado de fora em
frente à porta ou logo na entrada da casa. Quando tem festa em alguma república
de estudantes, as dezenas de pares vão ficar todas amontoadas e misturadas
mesmo.
Nem todos na Alemanha adotam esse hábito, por isso, vale
perguntar se deve ou não tirar os sapatos. Alguns moradores têm um kit com
pares de pantufas de vários tamanhos para as visitas se sentirem mais
confortáveis.
Nem todos têm esses sapatinhos, então é sempre bom checar se
o par de meias está correto ou se não há nenhum furo para evitar constrangimentos.
Sim, você vai sair de casa e pensar: "acho que vou levar meus
chinelos" ou "vou levar uma meia extra para não passar frio"
antes de ir para um jantar na casa dos seus amigos. Durante a festa, não
importa a produção, a regra é descer do salto. Fonte: Deutsche Welle - Data 10.03.2017 - Karina Gomes
Nacionalistas russos pedem devolução do Alasca
Gravura do século 19 relata a
assinatura do tratado
de compra do Alasca entre Rússia e Estados Unidos
|
As dificuldades de ocupar territórios distantes da Rússia,
palcos de alguns dos protestos que abalaram o Kremlin no domingo (26), não
impediram a ressurreição de um movimento popular entre nacionalistas mais
radicais no país: aquele que pede a devolução do Alasca.
Há 150 anos, completados nesta quinta (30), o governo
imperial de Moscou vendeu o território para a administração norte-americana por
US$ 7,2 milhões, valor hoje equivalente a US$ 123 milhões.
Foi uma pechincha, especialmente se considerada a riqueza em
petróleo e gás de seu subsolo que seria descoberta no século seguinte.
Nada disso era conhecido em 1867, contudo. A Rússia estava
enfraquecida pela guerra contra os britânicos na Crimeia (1853-56) e temia
perder seu território na América do Norte sem compensações adequadas.
Já os EUA queriam expandir as fronteiras após sua violenta
guerra civil (1861-65).
RAIO-X
ÁREA 1,71 milhão de km2 (pouco maior que o
Amazonas)
POPULAÇÃO 740 mil (equivalente ao Amapá)
DENSIDADE 0,49 habitante/km2
ECONOMIA 80% petróleo e gás, pesca e outros
CRONOLOGIA
Século 17
Primeiras expedições russas
1799-Estabelecimento da Companhia Russo-Americana
1804-Estabelecimento da América Russa
1867-Venda para os EUA
1959-Território vira Estado
1968-Descoberta de petróleo
O então Aliaska, nome russo retirado da designação nativa da
região para a península junto às ilhas Aleutas, fornecia retaguarda contra tentativas
britânicas ou francesas de recolonização da América do Norte.
Isso não impediu forte resistência doméstica ao negócio,
considerado pela imprensa e por congressistas como uma proverbial
"fria". O principal proponente do negócios nos EUA, o secretário de
Estado William Seward, virou personagem clássico de cartuns satíricos nos quais
o czar Alexandre 2º tirava vantagens da venda de um "pedaço de terra
gelada".
TEORIA CONSPIRATÓRIA
Isso é o que a historiografia clássica diz. Para alguns
nacionalistas russos, o que ocorreu foi um golpe palaciano dado pelo irmão mais
novo do czar, o grão-duque Konstantin, que teria então embolsado o pagamento
com alguns comparsas.
Não existe, contudo, muita produção acadêmica a tentar
sustentar a ideia. Um livro foi lançado em 2014 alinhavando os pontos da
teoria, "A traição e o roubo do Alasca", do historiador Ivan Mironov.
Lá estão a ideia da conspiração palaciana e argumentos
contrários à ideia de que a Rússia estava fraca: ela tinha ajudado o governo de
Abraham Lincoln (1861-1865) durante a guerra civil, e os gastos no Alasca eram
exclusivos dos investidores da Companhia Russo-Americana.
A empresa administrava a região e explorava o comércio de
peles desde 1799, tendo 2.500 russos e 8.000 locais sob seu comando —havia
também cerca de 50 mil nativos no território.
Para o historiador, os descendentes de acionistas, que não
ganharam nada com a venda, deveriam buscar reparação judicial.
Mironov é um nacionalista amalucado que ficou dois anos
preso por tentar matar o pai do programa de privatizações pós-soviéticas,
Anatoli Tchubais, em 2005.
Mas um leitor em especial comprou sua ideia e até escreveu o
prefácio do livro: Dmitri Rogozin. Líder de um partido nacionalista, o Rodina,
ele foi alçado por Putin ao poderoso cargo de vice-premiê responsável pela
indústria de defesa do país.
É um radical, mas não um qualquer, com acesso ao centro do
poder. O que o chefe dele acha da ideia? Há três anos, Putin ouviu uma piada
durante uma entrevista coletiva sobre o Alasca ser um "ice cream",
palavra inglesa para sorvete que, numa mistura fonética com o russo, soa como "Crimeia
gelada". Fonte: Folha de São Paulo
- 30/03/2017
sábado, 1 de abril de 2017
Temer sanciona lei de terceirização
O presidente Michel Temer sancionou na noite desta
sexta-feira (31) o projeto de lei que regulamenta a terceirização no país.
A iniciativa foi publicada em edição extra do "Diário
Oficial da União" e inclui vetos parciais a três pontos da proposta.
COMO FICA A TERCEIRIZAÇÃO
ATIVIDADE QUE PODE SER TERCEIRIZADA
Como era: não havia lei; jurisprudência do TST indicava
vedação à terceirização da atividade-fim da empresa e permitia a contratação
para atividades-meio
Projeto aprovado: permite a terceirização de todas as
atividades, sem a maioria das regras de proteção ao trabalhador do texto que o
Senado queria aprovar
BENEFÍCIOS TRABALHISTAS
Como era: trabalhadores que exerciam as mesmas funções
deviam receber benefícios iguais. Se a empresa oferecesse benefício como um
carro a seus gerentes, todos eles tinham direito ao carro
Projeto aprovado: o gerente contratado da empresa original
terá direito aos benefícios, mas a prestadora do serviço não precisará oferecer
o benefício a seus funcionários, mesmo que exerçam o mesmo cargo na empresa
tomadora
RESPONSABILIDADE POR DÉBITOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS
Como era: a empresa contratante respondia, de forma
subsidiária, apenas se fracassasse a cobrança da contratada (em casos de
falência, por exemplo)
Projeto aprovado: lei explicita a regra atual, de cobrança
subsidiária, que já era aplicada nos tribunais
A empresa contratante deverá garantir segurança, higiene e
salubridade dos trabalhadores terceirizados;
GARANTIAS E EXIGÊNCIAS
Como era: não havia exigência de capital social mínimo para
a empresa prestadora de serviços terceirizados
Projeto aprovado: estabelece faixas de capital social
conforme o número de funcionários
SOBRE TRABALHO TEMPORÁRIO:
O tempo de duração do trabalho temporário passa de até 90
dias para até 180 dias, consecutivos ou não;
Após o término do contrato, o trabalhador temporário só
poderá prestar novamente o mesmo tipo de serviço à empresa após esperar três
meses. Fonte: Folha de São Paulo e G1 - 31/03/2017
Desemprego atinge 13,5 milhões de pessoas
A taxa de desocupação do país fechou o trimestre móvel de
dezembro do ano passado a fevereiro deste ano em 13,2%, alta de de 1,3 ponto
percentual frente ao trimestre móvel anterior. Com o resultado, a população
desocupada do país chegou a 13,5 milhões de trabalhadores, um novo recorde
tanto da taxa quanto da população desocupada de toda a série histórica iniciada
em 2012.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad Contínua), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo trimestre móvel do ano
anterior, a taxa de desemprego cresceu 2,9 pontos percentuais.
TRIMESTRE ANTERIOR
Quando comparada à taxa de desemprego do trimestre encerrado
em novembro do ano passado, o contingente de desempregados cresceu 11,7%, o
equivalente a mais 1,4 milhão de pessoas desocupadas e 30,6% (mais 3,2 milhões
de pessoas em busca de trabalho) em relação a igual trimestre de 2016.
Os números da Pnad indicam, ainda, que a população ocupada,
de 89,3 milhões, teve recuos tanto em relação ao trimestre encerrado em
novembro de 2016 (-1%), quanto em relação ao mesmo trimestre de 2016 (-2%). Fonte: Agência Brasil-31/03/2017
Assinar:
Postagens (Atom)