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domingo, 10 de abril de 2022

O mundo caminha para uma desglobalização?

 

Primeiro, a crise da pandemia expôs rupturas na economia. Agora, a guerra na Ucrânia afeta os mercados de commodities. Tais interrupções estão estimulando uma mudança na concepção das cadeias de abastecimento.

Certamente, você já ouviu falar em globalização. Mas e sobre desglobalização?

Interrupções nas cadeias de abastecimento, aumento de preços, escassez – todas essas realidades diárias poderiam ser conectadas a um processo conhecido como desglobalização.

Especialistas afirmam, inclusive, que a guerra na Ucrânia, junto com a pandemia, marca um ponto de virada rumo a uma era desglobalizada.

Mas que forma ou que rumo tomaria esse novo mundo?

 UMA BREVE INTRODUÇÃO À GLOBALIZAÇÃO: Segundo pesquisadores e estudiosos do tema, há, basicamente, três tipos de globalização: econômica, social e política.

A globalização econômica é a integração da economia mundial em termos de comércio, um processo que tem seus defensores e críticos.

De acordo com quem defende esse conceito, a globalização aumenta o padrão de vida das pessoas, retirando-as da pobreza.

Por outro lado, os louros dessa globalização não costumam ser divididos de forma igualitária.

"Tanto em termos internacionais quanto nas sociedades industrializadas, a desigualdade aumentou", afirma Andreas Wirsching, professor de história da Universidade Ludwig Maximilian de Munique. A globalização econômica resultou em "muitos vencedores, mas também muitos perdedores, isso é inegável", complementa.

As desvantagens da globalização também incluem consequências sociais e ecológicas, pondera Cora Jungbluth, economista e especialista sênior da fundação alemã Bertelsmann Stiftung, com sede na cidade de Gütersloh.

Trabalhadores de países de alta renda têm visto empregos migrarem para países onde o custo de produção é menor, enquanto "empresas multinacionais têm terceirizado etapas de produção mais poluentes para países em desenvolvimento e emergentes, contribuindo, assim, para as questões ambientais", diz Jungbluth.

GLOBALIZAÇÃO EM RECUO DESDE A CRISE DE 2008: Assim como a globalização reflete um processo crescente de interdependência econômica, a desglobalização marca justamente o recuo da integração econômica global. E há indícios de que isso está acontecendo há algum tempo.

Medida que é chave na globalização, a participação do comércio no Produto Interno Bruto (PIB) global atingiu seu auge em 2008, antes do início da crise.

"A proporção média das exportações em relação ao PIB em todo o mundo aumentou muito significativamente nos anos 1990 e 2000. Entretanto, desde a crise financeira de 2008 e 2009, essas medidas têm estagnado ou mesmo diminuído", explica Douglas Irwin, professor de Economia na Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos.

Irwin e outros especialistas observam que essa tendência tem ocorrido lado a lado com a ascensão do populismo e de medidas econômicas protecionistas. Há, no entanto, outros fatores importantes que têm freado a globalização.

ENTÃO VEIO A PANDEMIA: Em termos econômicos, a crise do coronavírus tem contribuído para interrupções nas cadeias de abastecimento. Não há como esquecer a consequente escassez, o aumento de preços e também o armazenamento de produtos – aquele momento em que você se deparou com o último rolo de papel higiênico.

Tais interrupções estimularam uma mudança fundamental na concepção dessas cadeias de abastecimento, explica Megan Greene, economista e membro sênior da Harvard Kennedy School, nos Estados Unidos.

"A pandemia mudou uma tendência de produção 'just-in-time' (em que a produção, o transporte e a compra são feitos de maneira regrada e pontual) para a manutenção de estoques", diz Greene. Ela descreve esse novo sistema de contingência como "cadeia de abastecimento global com planos de apoio", de modo que as empresas não são abandonadas quando há rupturas na cadeia global de abastecimento.

Dentro desse modelo com planos de apoio, Jungbluth acrescenta que países e empresas têm considerado reduzir as cadeias de abastecimento: "Talvez 'trazer de volta para casa', com insumos e tecnologias-chave mais próximos de seus locais de produção", algo que resulta em mais flexibilidade do lado de quem oferta. Essencialmente, isso caracteriza um afastamento da globalização, com foco na eficiência e no custo-benefício.

AGORA A GUERRA NA UCRÂNIA: Os impactos da invasão russa à Ucrânia têm sido perceptíveis aos consumidores muito devido às sanções impostas à Rússia, sobretudo nos setores de energia e de produtos agrícolas.

"Há ausência de importação de energia, que é necessária, uma vez que a Europa precisa de energia fóssil da Rússia. E o mundo inteiro precisa de produtos agrícolas da Rússia e da Ucrânia", afirma Thiess Petersen, economista e colega de Jungbluth na Bertelsmann Stiftung.

A Rússia e a Ucrânia são exportadores globais muito significativos de trigo e óleo de girassol, por exemplo.

Irwin corrobora a tese de que a interrupção das exportações devido à guerra e às sanções impostas à Rússia têm levado a aumentos de preços.

"Temos visto os preços das commodities subirem bastante como resultado da guerra, a exemplo de produtos como trigo e petróleo (pelo menos inicialmente)", diz Irwin.

A consequência disso é o aumento de preços para o consumidor final, o que, por sua vez, estimula a inflação.

Por outro lado, as sanções contra a Rússia estão isolando o país – que tem uma economia significativa – do resto do mundo.

Economistas enxergam esse cenário não apenas como a desintegração de mercados interconectados, mas sim o desenrolar de um progresso que a globalização trouxe consigo.

A escassez e os altos preços de alimentos básicos serão observados não apenas em países de alta renda, mas também em nações em desenvolvimento e emergentes. Para países altamente dependentes de importações de farinha e petróleo baratos, isso "pode até levar à fome", acrescenta Jungbluth.

O FIM DA ERA GLOBALIZADA? A crise de 2008, o protecionismo tarifário subsequente, a reestruturação da cadeia de abastecimento devido à pandemia, a desintegração de mercados interconectados por causa da guerra na Ucrânia, conclui Petersen, talvez estejam nos levando "ao início de uma espécie de desglobalização".

Neste contexto, Greene pondera que não há um índice para medir a globalização. E contesta a narrativa atual, promovida a partir do início da pandemia, com relação a fatores como onshoring (recolocação de negócios dentro das próprias fronteiras), nearshoring (recolocação de negócios em países próximos) e regionalização da cadeia de abastecimento. Essa narrativa, segundo Greene, não é sustentada por muitos indicadores de globalização, a exemplo de pesquisas de dados.

"Na mais recente pesquisa realizada pela Câmara de Comércio de Xangai, nenhuma empresa americana afirmou que voltaria para operações onshore, ou seja, sair da China e voltar para os Estados Unidos", aponta Greene.

Por outro lado, a economista destaca que apesar de investimentos de longo prazo terem continuado de maneira acelerada na China, investimentos de curto prazo ficaram mais evidentes a partir da invasão russa na Ucrânia, o que também indica um ponto de virada.

"O auge da globalização ficou para trás. Eu diria que estamos vendo a globalização progredir muito mais lentamente do que antes, mas ainda não estamos no território da desglobalização", afirma Greene.

ADMIRÁVEIS NOVOS BLOCOS: As sanções do Ocidente contra a Rússia e a fuga de capitais da China indicam uma tendência global, segundo Jungbluth: "Nos últimos anos, os países têm tentado reduzir as chamadas 'dependências críticas', o que também pode levar à desglobalização".

Já Irwin traça paralelos com a era da Guerra Fria, quando "certos países que estavam politicamente alinhados também se tornaram mais alinhados economicamente, e não tão integrados com outros".

Jungbluth, Petersen e outros economistas acreditam que o mundo caminha, atualmente, para dois blocos econômicos geopolíticos distintos: um deles seria formado por países democráticos, de economia de mercado (União Européia, Japão, Coréia do Sul, Oceania, Américas do Norte e do Sul), e outro por estados autocráticos (China, Rússia e seus parceiros comerciais mais importantes).

"O que temos visto é um retorno à geopolítica, e essas tendências também levam à desglobalização, por meio da tentativa de diminuir as dependências econômicas de países que têm conceitos distintos", diz Jungbluth.

ESTAMOS, PORTANTO, NO LIMIAR DE UMA NOVA ERA? Conforme o historiador Andreas Wirsching, essa é uma discussão popular. "Você quase pode pensar nesses dois momentos juntos: a pandemia de 2020, e agora essa guerra em 2022. Tem-se a sensação, a impressão, como habitantes aqui e agora, que algo está fundamentalmente mudando. Mas como os vários fatores podem ser encarados juntos, isso só se tornará aparente no futuro".

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Você está perdido no mundo como eu?

 

Steve Cutts , inglês, especialista em ilustração e criação de animação, convida a sociedade refletir sobre o estilo de vida excessivamente consumista.

sábado, 14 de agosto de 2021

Há 60 anos era erguido o Muro de Berlim

Após a 2ª Guerra, a atual capital alemã fora dividida politicamente, mas a circulação era livre. Até que, em 13 de agosto de 1961, uma construção literalmente cimentou a divisão entre o mundo comunista e o capitalista.

"Portão de Brandemburgo fechado". Com essa manchete, nas primeiras horas de 13 de agosto de 1961 a agência de notícias Associated Press (AP) anunciava um acontecimento decisivo para a história mundial: a construção do Muro de Berlim.

Nesse dia foi bloqueada a marca registrada da metrópole alemã, situada diretamente na junção entre o Leste e o Oeste. Simultaneamente, soldados do Exército Nacional do Povo (NVA) e tropas de operários da comunista República Democrata Alemã (RDA) obstruíam todos os demais caminhos para Berlim Ocidental, de início com arame farpado.

A operação "Salvaguarda das Fronteiras", comandada pelo futuro chefe de Estado alemão‑oriental Erich Honecker, era o último passo para literalmente cimentar a divisão de Berlim. Pois em breve se começaria a erguer um quase intransponível muro de pedra e concreto, de 3,60 metros de altura.

Desse modo, selava-se a última e maior brecha por onde, desde a divisão estatal da Alemanha, em 1949, escapara grande parte dos cerca de 2,6 milhões de refugiados da RDA – na esperança de uma vida melhor, dos pontos de vista material, cultural e político, na República Federal da Alemanha (RFA), no oeste.

SÍMBOLO CONCRETO DA GUERRA FRIA

O êxodo em massa empurrara o Estado alemão-oriental cada vez mais à beira da ruína econômica. Faltavam urgentemente sobretudo operários especializados e médicos. Para evitar a continuação da sangria demográfica e, desse modo, colocar uma tranca diante da RDA, os dirigentes em Berlim Oriental só viam uma saída: o Muro.

Na propaganda oficial, contudo, o fechamento da fronteira é justificado de modo bem diferente: "A manutenção da paz exige exige que se dê um fim às atividades dos revanchistas alemães-ocidentais." Essa retórica agressiva era típica de uma época em que a superpotência comunista União Soviética (URSS) e seu rival capitalista Estados Unidos travavam um duelo implacável pelo modelo social supostamente melhor.

Na disputa, a RDA estava do lado e sob a influência da URSS, enquanto a RFA integrava a facção dos EUA. O perigo de uma terceira guerra mundial, desta vez atômica, era muito real. Ambos os lados expandiam constantemente seus arsenais militares. Fala-se de um "equilíbrio do terror". Essa era, que só terminaria com a queda do Muro de Berlim, em 1989, entraria para a história como Guerra Fria.

OS QUATRO SETORES DO PÓS-GUERRA

Em todas essas décadas, a Berlim dividida foi foco da disputa dos sistemas. Símbolo político da dominação dos nacional-socialistas, de 1933 a 1945, ela fora seccionada em quatro setores pelas potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial.

Na parte leste, os soviéticos é que mandavam; no oeste, os americanos, britânicos e franceses. Todas as tentativas dos comunistas de colocarem a metrópole inteiramente sob seu controle fracassaram diante da resistência dos Aliados ocidentais.

O então presidente americano John F. Kennedy definiu Berlim Ocidental democrática como uma "ilha de liberdade no mar comunista". No entanto, foi forçado a aceitar a construção do Muro, da mesma forma que os diretamente atingidos: os mais de 3 milhões de residentes de ambos os lados da "muralha anti-imperialista", como o regime da RDA denominava a proteção de fronteira de cerca de 155 quilômetros de extensão.

Nos 28 anos de sua existência, mais de 140 cidadãos morreram por causa do Muro de Berlim. Hoje, para recordar esses destinos há o memorial central da rua Bernauer Strasse, onde ainda se manteve um trecho de mais de 200 metros do Muro. Curiosos de todo mundo vão até lá para ter uma ideia do que significou a divisão da atual capital alemã. Fonte: Deutsche Welle – 13.08.2021

domingo, 20 de setembro de 2020

Maior bordel da Europa abre falência devido a pandemia

 O maior bordel da Europa, localizado na cidade alemã de Colônia, foi forçado a declarar falência após cinco meses sem atividade devido à pandemia de coronavírus.

"De certa forma é inimaginável, mas eu tive que pedir a suspensão dos pagamentos à Justiça na terça-feira (01/09). Estamos acabados", confirmou o gerente do bordel Pascha, Armin Lobscheid, em declarações ao jornal local Express.

O bordel, onde trabalhavam 120 prostitutas, ficou sem fundos para pagar o prédio de dez andares e seus outros 60 funcionários, entre massagistas, pessoal de limpeza e segurança.

Lobscheid criticou as autoridades pela falta de clareza em relação a uma possível retomada do negócio – as atividades de prostituição foram proibidas na Alemanha devido à pandemia, sem previsão de volta.

SEXO AINDA ESTÁ ATIVO

"Talvez pudéssemos ter evitado a insolvência com a ajuda dos bancos, se tivessem confirmado que poderíamos retomar os negócios no início do próximo ano", disse. Ele também advertiu que "todos na indústria sabem" que o negócio do sexo ainda está ativo, mas no anonimato e sem contribuir para os cofres públicos.

Segundo Lobscheid, a situação coloca em perigo as prostitutas porque, como a demanda continua, elas agora se encontram com clientes em hotéis, apartamentos e carros.

"Elas não têm mais proteção e estão expostas à falta de defesa contra cafetões e clientes, já que dificilmente podem ir à polícia se algo acontecer. Os clientes sabem disso e as obrigam, por exemplo, a fazer sexo sem preservativo."

O que o proprietário do edifício fará está em aberto, já que o imóvel sempre abrigou um bordel. É improvável que seja autorizado para uso como hotel ou centro de recepção de refugiados, como foi sugerido, pois isso exigiria. Fonte: Deutsche Welle – 03.09.2020

Supermercados alemães pedem que Berlim pressione Bolsonaro

 Duas das maiores cadeias de supermercados da Alemanha, Edeka e Lidl, manifestaram preocupação com o desmatamento no Brasil e pediram que o governo alemão pressione o governo do presidente Jair Bolsonaro a conter a devastação ambiental.

"Tendo em vista o aumento da demanda global por soja e os desenvolvimentos na região amazônica, compartilhamos suas preocupações", diz uma carta da Lidl enviada à eurodeputada alemã Anna Cavazzini, uma crítica ferrenha da política ambiental de Bolsonaro.

"A rede Edeka está observando os acontecimentos no Brasil com grande preocupação", diz a outra rede, também em carta enviada à eurodeputada.

No documento, a Edeka também afirma que pediu que produtores de soja brasileiros se comprometam a atuar para que áreas do Cerrado não sejam destruídas e convertidas em zonas de cultivo.

A Edeka afirmou ainda que, enquanto membro da Federação Alemã do Comércio de Alimentos (BVLH), pediu que o governo da chanceler federal alemã, Angela Merkel, pressionasse o governo Bolsonaro a agir para conter o desmatamento e dar prioridade à proteção florestal.

A rede Lidl também é membro da federação que apresentou o pedido ao governo alemão. "Na nossa visão, o desmatamento não é o único aspecto problemático, mas também o fato de que monoculturas em larga escala e uso intenso de pesticidas empobrece o solo e favorece a erosão", disse o conglomerado.

Ambas as redes ainda afirmaram que estão comprometidas com a adoção de "cadeias de abastecimento sem desmatamento". A Lidl, por sua vez, afirmou que o grupo prefere soja da União Europeia (UE) e incentiva a mudança para um cultivo de soja mais sustentável no Brasil.

De acordo com o jornal alemão Taz, que publicou uma reportagem sobre o posicionamento das duas redes, a declaração dos dois conglomerados pode aumentar a pressão para que o governo alemão reavalie seu rumo em relação ao Brasil.

No mês passado, Merkel acenou retirar seu apoio à retificação do acordo de livre comércio da UE com o Mercosul, referindo-se ao desmatamento da Amazônia. Entretanto, ela ainda não desistiu de modo definitivo do tratado.

Em maio, as principais redes de supermercados do Reino Unido ameaçaram boicotar produtos brasileiros se o Congresso Nacional aprovasse a polêmica lei de regularização fundiária, conhecida a "MP da grilagem", posteriormente convertida em projeto de lei.

A carta aberta tem cerca de 40 signatários, incluindo algumas das redes de supermercados mais importantes do Reino Unido, como Tesco, Sainsbury's, Morrisons e Marks & Spencer, além da rede Burger King, do fundo público de pensões sueco AP7 e de outras empresas de gestão de investimentos. Fonte: Deutsche Welle – 090.09.2020

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Japão relembra 75 anos da bomba atômica em Hiroshima

O Japão lembrou nesta quinta-feira (06) os 75 anos da detonação da primeira bomba nuclear lançada durante a Segunda Guerra Mundial e que matou cerca de 140 mil pessoas na cidade de Hiroshima.
Por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), as tradicionais cerimônias pelo dia 6 de agosto de 1945 foram reduzidas ou canceladas. A principal delas, no Parque Memorial da Paz, no centro da cidade portuária, contou com um número pequeno de autoridades e não teve a presença dos moradores pela primeira vez - o evento foi transmitido por streaming.

Durante a celebração no Parque, participaram sobreviventes do ataque, políticos, autoridades e representantes de 80 nações. Às 8h15 (hora local), momento em que a bomba atômica lançada pelo caça norte-americano Enola Gay atingiu o solo, um minuto de silêncio foi respeitado.
Já a tradicional cerimônia das lanternas flutuantes, para honrar a memória das vítimas, foi cancelada para evitar aglomerações.

A semana de cerimônias no Japão ainda terá mais uma etapa, no dia 9 de agosto, quando o país relembra o lançamento da segunda bomba nuclear, dessa vez, na cidade de Nagasaki, que matou outras 74 mil pessoas.

Quem também se manifestou pela data foi o papa Francisco através de uma mensagem enviada para o governador de Hiroshima, Hidehiko Yuzaki.

"Para que a paz floresça, todos devem baixar as armas, sobretudo, as mais potentes e destrutivas, como as nucleares, que podem paralisar e destruir cidades e países inteiros", escreveu o líder católico segundo o portal "Vatican News".
O Pontífice ainda repetiu a mensagem que leu durante sua visita ao Parque Memorial, em 24 de novembro de 2019, ressaltando que "o uso da energia atômica para fins bélicos é imoral, assim como é imoral possuir armas nucleares". "Que as vozes proféticas dos sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki continuem a servir de alerta para nós e para as gerações futuras", concluiu. Fonte: Ansa Brasil - 08:46, 06 Ago 2020  
Comentário:
Em 6 de agosto de 1945, o avião Enola Gay lançou, sobre Hiroshima, a primeira bomba nuclear da história. A bomba carregava o inocente apelido de "Little Boy". A cidade tinha então 350 mil habitantes. Um em cada cinco morreu em questão de segundos. Hiroshima foi praticamente varrida do mapa.

O Enola Gay
O ataque a Hiroshima estava planejado para acontecer em 1 de agosto de 1945, mas teve que ser adiado devido a um tufão. Cinco dias depois, o Enola Gay partiu com 13 tripulantes a bordo. A tripulação só ficou sabendo durante o vôo que lançariam uma bomba atômica.

As vítimas
Durante meses após os ataques, dezenas de milhares de pessoas morreram por causa dos efeitos das explosões. Somente em Hiroshima, até o fim de 1945, 60 mil pessoas morreram por conta da radiação, de queimaduras e outros ferimentos graves. 

A reconstrução

Devastada, Hiroshima foi reconstruída do zero. Apenas uma ilha, no rio Ota, foi mantida e se tornou o Parque Memorial da Paz. Hoje, há uma série de memoriais: o Museu Memorial da Paz de Hiroshima; a Estátua das Crianças da Bomba Atômica; as Ruínas da Indústria e Comércio; e a Chama da Paz, que vai permanecer acesa até a última bomba atômica do planeta ser destruída. Fonte: Deutsche Welle

sábado, 1 de agosto de 2020

Seis países com a maior comunidade japonesa fora do Japão

1-BRASIL
População de japoneses e descendentes no Brasil somam mais de 1,6 milhão, segundo o relatório da CIA sobre o Japão e sobre o Brasil, ambos atualizados em fevereiro de 2019.
Japão e Brasil têm uma longa história de intercâmbio cultural e econômico. Hoje, o Brasil abriga a maior população de descendentes e japoneses fora do Japão.

2-ESTADOS UNIDOS
A população de japoneses e descendentes somam aproximadamente 1,350 milhão nos Estados Unidos, segundo dados atualizados da CIA.
Cerca de 1/3 da população do Havaí é de origem japonesa. Os estados das Califórnia, Washington e Oregon são outros locais onde também existem grandes comunidades japonesas nos Estados Unidos.

3-FILIPINAS
A população de japoneses e descendentes somam cerca de 120 mil nas Filipinas, de acordo com dados da CIA.

4-REINO UNIDO
O Reino Unido abriga cerca de 120 mil cidadãos com ascendência japonesa, segundo dados da CIA. Já em 1867, os jovens japoneses eram enviados para estudar na Cambridge University e Oxford University. Desde então, os japoneses imigraram para o Reino Unido para estudos ou a trabalho.

5-PERU
A população de japoneses e seus descendentes é de aproximadamente 95 mil no Peru, segundo dados da CIA.
O Peru foi o primeiro país sul-americano a estabelecer laços com Japão. Ele também foi o primeiro a aceitar a imigração japonesa na América do Sul (1899).

6-CANADÁ

A população de japoneses e descendentes soma aproximadamente 80 mil no Canadá, segundo o relatório da CIA.A imigração japonesa para o Canadá é focada na Costa Oeste, principalmente em Vancouver. Fonte: Mundo-Nipo - 2019

sábado, 11 de julho de 2020

Confira 10 curiosidades para sobre o 'Dia da Pizza', 10 de julho

CONHEÇA OUTRAS 10 CURIOSIDADES:

1. ORIGEM:
A origem da pizza não é muito certa. Acredita-se que antes de Cristo os fenícios costumavam acrescentar carne e cebola em cima do pão, que tinha aspecto achatado semelhante ao pão sírio. Mas a iguaria teria adquirido o aspecto moderno somente no século XVI, com a introdução do tomate na Itália.
O alimento vinha da América e acabou se tornando um dos mais importantes ingredientes da pizza. Além disso, dizem que os egípcios foram os primeiros a fazerem uma pizza, ao misturar farinha e água. Alguns especialistas, porém, creem que a receita teve origem na Grécia, com massas a base de farinha de trigo ou arroz.
Os antigos egípcios, muçulmanos e chineses também estão na corrida para serem considerados os responsáveis pela criação da pizza, mas a única certeza é de que foi em Nápoles, na Itália, que surgiu a primeira massa redonda.

2. DIA MUNDIAL DA PIZZA:
A data é comemorada no dia 10 de julho desde 1889, quando o rei Umberto I e a rainha Margherita provaram uma pizza pela primeira vez.
A receita realizada por Rafaelle Esposito, em Napóles, na Itália, no século XIX, foi recheada com ingredientes que remetiam às cores da bandeira italiana: mussarela (branco), tomate (vermelho) e manjericão (verde), dando origem à pizza Margherita.

3. MADE IN ITALY:
Considerada um símbolo nacional, engana-se quem acha que a pizza italiana é feita apenas com ingredientes produzidos no país.
Da mussarela da Lituânia ao molho concentrado chinês, do azeite de oliva da Tunísia ao trigo canadense, quase duas em cada três pizzas servidas na Itália usam uma mistura de produtos importados.

4. FONTE DE FELICIDADE:
Em 2019, uma pesquisa realizada por ocasião do "Dia Internacional da Felicidade", celebrado no dia 20 de março, revelou que a pizza é uma das maiores fontes de felicidade para os italianos. De acordo com 42% dos italianos, o alimento é o prato que mais deixa as pessoas alegres, informou o estudo feito pela Deliveroo.

5. BRASILEIRA X ITALIANA:
Vinda junto com os imigrantes italianos no século XIX, a pizza italiana sofreu algumas adaptações para conquistar os brasileiros.
Com massa grossa, fina, bordas recheadas ou não, a pizza consumida no Brasil tem os sabores e formatos mais diversos, podendo ser a tradicional, de metro e até de panela de pressão. Cada pizzaria tem seu segredo e sua receita, incluindo no cardápio variedades gourmet e pizzas doces.
Já a pizza napolitana é mais fina, com borda menos crocante e simples. Além disso, é menor, sendo uma excelente opção para ser comida individualmente.
Geralmente, há menos recheio para que os sabores de cada ingrediente sejam explorados ao máximo.
Além da margherita, as receitas mais servidas na Itália são:
·    Marinara: é temperada apenas com molho de tomate, alho, orégano e azeite de oliva;
·    Diavola: base com ingredientes da margherita com salame picante (ou peperoni);
·    Prosciutto e funghi champignon: molho de tomate e queijo mussarela permanecem como base, mas são cobertos com fatias de presunto e cogumelos;
·    4 Stagioni: esta pizza é dividida em quatro partes, com quatro ingredientes diferentes (cogumelos, presunto, alcachofra e azeitonas pretas), mantendo a base com molho de tomate e mussarela;
·    Boscaiola: mussarela, cogumelos e linguiça.
·    Mare e monti: molho de tomate, mussarela, cogumelos, camarões, alho e salsinha.

6. EUA:
Além de Itália e Brasil, a paixão pela pizza também atinge os Estados Unidos e, em junho de 2017, foram os norte-americanos que "roubaram" dos napolitanos o título de "maior pizza do mundo". Com 2,13 kms de extensão, os pizzaiolos da cidade de Fontana, na Califórnia, bateram os 1,8 km criados em Nápoles em 2016.

7. PIZZARIAS NO BRASIL:
De acordo com estimativas da Associação Pizzarias Unidas do Brasil, existem pouco mais de 40 mil unidades, formais e informais, no país.
Em relação as existentes em São Paulo, uma pesquisa realizada em abril deste ano revelou que, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), as pizzarias que operam exclusivamente com delivery registraram uma média de 12,8% de aumento no faturamento. O grande impacto negativo, no entanto, se mostrou nas pizzarias que antes das medidas restritivas contra a Covid-19 adotavam o modelo de operação apenas em salão.

8. PIZZA GIGANTE:
 Um grupo de 30 pizzaiolos napolitanos preparou ao vivo uma pizza de 500m de comprimento dentro do complexo Fico Eataly World, em Bolonha, na Itália. Ao todo, ela tinha 100m dedicados à clássica margherita e 20m para cada recheio tradicional das 20 regiões da Itália.

9. DIA DA PIZZA ROMANA:
No ano passado, a cidade de Roma e todo o Lazio, no centro da Itália, realizaram em setembro o "Dia da Pizza Romana", no qual diversos restaurantes e pizzarias ofereceram um menu clássico, além de criações.

10. POLÊMICA FORNO:
O uso de forno elétrico para produzir pizza na Itália provocou polêmica no mês passado e gerou reação da Associação de Pizzaiolos Napolitanos, que alertaram que o reconhecimento da "Arte dos Pizzaiolos" como Patrimônio Imaterial da Humanidade da Unesco pode estar em risco. Fonte: Ansa Brasil - 12:26, 10 Jul 2020  

terça-feira, 28 de abril de 2020

Muçulmanos celebram o Ramadã em meio a restrições pandêmicas

Milhões de muçulmanos em todo o mundo celebram o Ramadã, o mês sagrado do Islã, desde 23 de abril.
A Grande Mesquita de Meca, o maior local de peregrinação do Islã, parece vazia..Fonte: BBC News World - 26 de abril de 2020

quinta-feira, 5 de março de 2020

Passo de tartaruga o PIB brasileiro de 2019

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2019, segundo divulgou nesta quarta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o desempenho mais fraco em 3 anos, com o resultado afetado principalmente pela perda de ritmo do consumo das famílias e dos investimentos privados. Em valores correntes, o PIB do ano passado totalizou R$ 7,3 trilhões em 2019.

Foi a 3ª alta anual consecutiva após 2 anos de retração, mas a recuperação lenta ainda mantém a economia do país abaixo do patamar pré-recessão.
Já o PIB per capita (por habitante) teve alta de apenas 0,3% em termos reais em 2019, alcançando R$ 34.533 em 2019.

 “São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2013”, destacou Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE.

Segundo ela, em valores correntes, o PIB brasileiro ainda segue 3,1% abaixo do pico (ponto mais alto da economia brasileira), registrado no primeiro trimestre de 2014. "Por outro lado, estamos a 5,4% do vale, o ponto mais baixo que foi alcançado no 4º trimestre de 2016", explicou.

Em 2017 e 2018 o crescimento foi de 1,3% em ambos os anos, após retrações de 3,5% em 2015 e de 3,3% em 2016.  G1 — São Paulo e Rio de Janeiro-04/03/2020

Comentário:
O balanço do Caged Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)  mostrou;
§ Em dezembro, número de trabalhadores com carteira assinada registrou 33,7 milhões
§Número de aposentados e pensionistas, 30,4 milhões
§ 644 mil é o número de postos formais criados no Brasil em 2019
§ 1,7 milhão foi o total de empregos formais perdidos no Brasil no quinquênio 2015-2019
§ 41,1% foi a parcela da população ocupada que trabalhou na informalidade em 2019
§ O trabalho por conta própria. Foi dos principais traços do emprego brasileiro em 2019 bateu  o recorde de pessoas trabalhando por conta própria. Foram, na média total do ano, 24,2 milhões de pessoas trabalhando nessa categoria. Isso inclui tanto aqueles trabalhadores registrados – como os MEIs (microempreendedores individuais) – como os informais, como quem trabalha com aplicativos de entrega. Desse total, cerca de 80% estavam empregados informalmente.
§ Conta própria. 19,3 milhões foi a média de pessoas trabalhando por conta própria sem CNPJ em 2019

Comentário: O governo vive no hospital. Parece que gostou. Ora está na UTI, agora, está na semi‑UTI . O governo de 2020 está otimista,  diz que vai para apto. Se ficar muito tempo poderá  pegar infecção inflacionária e voltar para UTI. Mas todo governo é otimista, sendo brasileiro ainda é  pior, exageradamente otimista,  desta vez vai  sair do atoleiro, ou melhor da merda. É o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) de Crescimento. O governo  está  a procura da pílula da felicidade. A insanidade do Brasil é fazer sempre a mesma coisa e várias vezes esperando obter resultados  diferentes. Voltando sempre para o UTI. 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Bolsonaro é retratado como "assassino do clima" no Carnaval alemão

Famosa pela sátira política, festa na Alemanha é marcada por críticas à extrema direita.   

O presidente Jair Bolsonaro foi tema de carros alegóricos durante os tradicionais desfiles carnavalescos na Alemanha nesta segunda-feira (24/02). A Rosenmontag, "segunda-feira das rosas", é o ponto alto do Carnaval de rua do oeste alemão, famoso por suas sátiras políticas.
Em Düsseldorf, um carro alegórico trouxe um boneco do presidente brasileiro na posição de Cristo Redentor, mas com serras elétricas no lugar dos braços abertos. Nelas, lia-se "assassino do clima" e "Bolsonaro". Em volta do boneco, havia tocos de árvores decepadas e ensaguentadas. Fonte: Deutsche Welle- 24.02.2020

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Estátua em monumento a Marechal Deodoro da Fonseca é furtada no Rio

Uma das estátuas que compõe o monumento em homenagem ao Marechal Deodoro da Fonseca, no Centro do Rio de Janeiro, foi furtada neste fim de semana. A escultura em bronze pesa cerca de 400 quilos, tem em torno de dois metros de altura e representa a mãe do Marechal, dona Rosa Paulina da Fonseca. Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil, entre 1889 e 1891.

A Polícia Civil informou que o registro do caso foi feito na 9ª DP (Catete), que abriu inquérito para apurar os fatos. “Foi realizada a perícia no local. Diligências estão sendo feitas para identificar e prender os autores”, diz a nota da polícia.

Segundo a Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Subsecretaria Municipal de Conservação, no caso de vandalismo ou furto de grandes peças, como a da mãe do Marechal, é necessário fazer um levantamento orçamentário, depois uma licitação para que seja confeccionada uma nova escultura e feita a reposição.

O restaurador e fundador do grupo SOS Patrimônio, Marconi Andrade, lamenta que mais um monumento da cidade seja danificado. Segundo ele, o monumento, que data de 1937 e abriga os restos mortais do marechal Deodoro e de sua esposa, é alvo de furtos frequentes de figuras históricas e placas informativas. O objetivo dos criminosos é derreter e vender o bronze das peças. Para Andrade, falta fiscalização constante do patrimônio histórico e cultural.

Com um dos maiores acervos do país, a gerência cuida, atualmente, de 1.371 monumentos (entre bustos, esculturas, estátuas, relógios e chafarizes). O órgão informou manter um contrato de manutenção de cerca de R$ 900 mil. Os monumentos sob a tutela do município são vistoriados e os reparos necessários, como limpeza, conserto hidráulico, elétrico e reposição de pequenas peças são programados para que sejam executados ao longo do ano. Fonte: Agencia Brasil -17/02/2020

Comentário: 
BIBLIOGRAFIA: Rosa da Fonseca 

Desde as origens do Exército Brasileiro, na épica Batalha dos Guararapes, destacaram-se vultos que, mercê de seus atributos de liderança, coragem, desprendimento, abnegação e estoicismo, serviram de exemplo vivo, cujas memórias são perpetuadas pela Força Terrestre ao nomeá-los seus Patriarcas e Patronos.

Em reconhecimento à magnitude de sua personalidade e aos seus exemplos de união familiar, de patriotismo e de devoção ao Brasil e à causa militar, o Exército Brasileiro instituiu dona Rosa da Fonseca como a Patrono da Família Militar.

Rosa Maria Paulina da Fonseca nasceu em 18 de setembro de 1802, na então Cidade de Alagoas, capital da Província de mesmo nome, atual município de Marechal Deodoro.

Em 1824, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, casa-se com o Major do Exército Imperial Manoel Mendes da Fonseca, valoroso militar e grande monarquista.

Mulher de caráter varonil, sempre o apoiou em suas resoluções e o acompanhou, intimorata, nos transes da vida, até seu falecimento, já reformado no posto de Tenente-Coronel, em 24 de agosto de 1859.

Dessa união nasceram dez filhos, sendo duas mulheres, Emília e Amélia, e oito varões. Todos os homens abraçaram a carreira das Armas, ocupando posições de destaque na vida militar, na Política e na Administração Pública Brasileira.

Quando eclodiu a Guerra da Tríplice Aliança, sete de seus filhos seguiram para os campos de batalha. Permaneceu junto a ela seu filho Pedro Paulino, tenente reformado do Exército, literato e estatístico, futuro governador de Alagoas e senador federal por esse Estado.

Na cruenta Batalha de Curuzu, entre 1º e 3 de setembro de 1866, tomba em combate seu filho mais jovem, Afonso Aurélio, aos 21 anos de idade, Alferes do 34º Batalhão de Voluntários da Pátria, atingido quando galgava as muralhas daquela fortificação.
Poucos dias depois, em 22 de setembro de 1866, durante a sangrenta Batalha de Curupaity, outro de seus filhos, o Capitão de Infantaria Hyppólito, perde a vida heroicamente.

Em 6 de dezembro de 1868, na célebre Batalha de Itororó, as "Termópilas paraguaias", a primeira das batalhas da "Dezembrada", outro de seus filhos sucumbe ante o fogo inimigo, o Major de Infantaria Eduardo Emiliano.

Nessa mesma Batalha, dois outros filhos, Hermes e Deodoro, foram gravemente feridos, sendo que esse último recebera três ferimentos por tiros de fuzil.

Durante as comemorações pela vitória em Itororó, ao ser informada da morte de Eduardo e da situação de Hermes e Deodoro, teria dito: "Sei o que houve. Talvez até Deodoro esteja morto, mas hoje é dia de gala pela vitória; amanhã, chorarei a morte deles".

Conta-se também que, ao receber o Oficial que lhe apresentaria os pêsames em nome do Imperador, respondeu que a vitória que a Pátria alcançava, e que todos tinham ido defender, valia muito mais que a vida de seus filhos.

Rosa Maria Paulina da Fonseca, a "Mãe dos Sete Macabeus", faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 11 de julho de 1873, aos 70 anos de idade. Dentre seus filhos que regressaram vivos da Guerra da Tríplice Aliança, destacou-se, especialmente, o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, Proclamador da República, Chefe do Governo Provisório e Primeiro Presidente Constitucional da República dos Estados Unidos do Brasil.

Destacou-se, também, de forma singular, o eminente médico militar, General de Brigada João Severiano da Fonseca, escolhido, em 1962, para ser o Patrono do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro.

Seu neto, o Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, foi o 8º Presidente da República, exercendo seu mandato entre 1910 e 1914.

Ao instituir o dia 18 de setembro, data natalícia de Dona Rosa da Fonseca, a Matriarca Exemplar, como o Dia da Família Militar, o Exército Brasileiro presta a devida homenagem à família, na figura de Rosa da Fonseca, reconhecendo a importância do espírito de sacrifício e de luta, o qual possibilita aos integrantes da Força Terrestre alcançarem o sucesso pessoal e profissional, com o sentimento de dever cumprido, seja qual for a missão. Fonte: Exercito Brasileiro

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Urbanização de São Paulo e a enchente

                      A urbanização de São Paulo
 

Rio Pinheiros - Sua História e Perspectivas

sábado, 25 de janeiro de 2020

Luzes iluminam o Festival da Primavera em Datong

O Festival de Lanterna China Datong de 2020 e o primeiro Festival Internacional ACSEE na China teve início na Cidade Antiga de Datong, na cidade de Datong, na província de Shanxi, no norte do país, em 20 de janeiro, segundo os organizadores.
Patrocinado pelo governo de Datong, o China Datong Lantern Festival deste ano está em sua sétima temporada e vai até 16 de fevereiro.

Um total de seis grupos de lanternas tem como tema feliz Datong, a revolução energética, o alívio da pobreza, as tradições chinesas, o Festival da Primavera e o entretenimento para crianças.
Durante o evento, 23 atividades em seis categorias - combinando lanternas, Festival da Primavera e cultura da moda - serão organizadas para oferecer a moradores e visitantes experiências inesquecíveis do Ano Novo Chinês. Fonte: Chindaily 2020-01-21







Chineses celebram ano novo lunar

 Chineses de todo o mundo celebram ano novo zodíaco na sexta-feira. O Ano do Rato começará no sábado, desencadeando um novo círculo do zodíaco de 12 anos, com traço do animal atribuído às características de ser rápido, engenhoso e versátil
Nas artes folclóricas da China, as pessoas costumam combinar as imagens de ratos com lâmpadas de óleo, melões, sementes de cereais e frutas, incorporando o significado auspicioso de prosperidade e abundância. Fonte: Xinhua Published: 2020/1/25

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

As Duas Pulgas

Duas pulgas estavam conversando e então uma comentou com a outra:
- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar.
Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero.
É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.
Elas então contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando.

Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:
- Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele.
Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.
Elas então contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu.. . A primeira pulga explicou porquê:
- Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando.

Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.
E então um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos.
... Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar.

Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha, que lhes perguntou:
- Ué, vocês estão enormes! Fizeram plásticas?
- Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI.
Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.
- E por que é que estão com cara de famintas?
- Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?
- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.

Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer, e perguntaram à pulguinha:
- Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia?
- Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora.
- Mas o que as lesmas têm a ver com pulgas. quiseram saber as pulgonas...
- Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse
a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinhos, só observando o cachorro e então ela me disse:
"Não mude nada. Apenas sente na nuca do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança".

MORAL DA HISTÓRIA:
Você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente. Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento.
"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta." Fonte: Max Gehringer

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Bolsa Família sem portas de saída

ADEUS AO TRABALHO - Lucinete Nobre mora em Junco do Maranhão, o município com a maior proporção de habitantes assistidos pelo Bolsa Família. Ela deixou de trabalhar na roça e sustenta a família com os 216 reais que recebe por mês: “Tomara que continue assim pelo resto da vida"

Na cidade maranhense de Junco do Maranhão, a maioria dos 3 790 habitantes passa o dia vendo televisão, cuidando dos afazeres domésticos ou batendo papo na porta de casa. São raros os que têm horário para cumprir no trabalho. Isso porque, em Junco, 90,5% da população vive com o dinheiro do Bolsa Família. É o município brasileiro com a maior proporção de cidadãos assistidos pelo programa federal. Lançado no primeiro mandato do presidente Lula, o Bolsa Família completa uma década no mês que vem. O objetivo anunciado era reduzir a pobreza e a desigualdade social com a transferência direta de dinheiro às famílias miseráveis. Dez anos depois, a pobreza de fato regrediu. Em 2003, o Brasil tinha 12% da população vivendo com menos de 2,8 reais por dia. Em 2011, o índice caiu para 4,2%. O Bolsa Família contribuiu para essa melhora, mas, obviamente, não foi o único responsável pelo bom resultado.

Impulsionado pelo consumo mundial de commodities como aço e ferro, o PIB do país experimentou um crescimento anual médio de 4,3% entre 2004 e 2011. O estímulo econômico fez ascender para a chamada nova classe média 35 milhões de brasileiros. O poder de compra do salário mínimo e o total de crianças matriculadas nas escolas aumentaram. Embora a pobreza venha diminuindo, a quantidade de dependentes do Bolsa Família cresce a cada recadastramento. Em uma década, o número saltou de 3,6 milhões de famílias para 13,8 milhões. Ao todo, são hoje subsidiados 50 milhões de brasileiros, um quarto da população do país. Nesse período, apenas 1,7 milhão de famílias deixaram de receber o auxílio. Os números superlativos fazem do Bolsa Família o maior programa de transferência de renda condicionada do mundo.

O Bolsa Família está presente em todos os 5 570 municípios brasileiros. Destes, 1 750 têm mais da metade da população vivendo parcial ou totalmente com o recurso federal. Ocorre que muitos beneficiários continuam sem perspectiva ou oportunidade de encontrar uma ocupação. É certo que, na vida em sociedade, a maioria produtiva deve auxiliar os incapazes, mas permitir que famílias inteiras sejam subsidiadas para sempre por um sistema que não estimula sua força de trabalho é favorecer a dependência. Fonte: Veja - 15 set 2013

Comentário:
Lembrando o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos; Vemos as filhas do Bolsa Família serem mães do Bolsa Família. Vamos assistir a elas serem avós do Bolsa Família?  O "ciclo da pobreza", explicou, só será ultrapassado pela qualificação dos serviços universais de educação e saúde.

 BOLSA FAMÍLIA SUSPEITOS DE FRAUDE EM 2018
O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de irregularidade em benefícios pagos pelo governo que somaram R$ 2,25 bilhões em 2018. A maior parte das suspeitas foi encontrada em benefícios previdenciários acima do teto do INSS, acumulados indevidamente ou concedidos mediante uso irregular de documentos, num total de R$ 957,1 milhões. Outros R$ 649,5 milhões em repasses duvidosos são do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.
Os dados serão encaminhados ao Poder Executivo e devem servir de base para o governo direcionar os trabalhos da força-tarefa que faz a revisão dos benefícios com indícios de irregularidade. O pente-fino foi instituído pela Medida Provisória (MP) 871, transformada em lei pelo Congresso Nacional.
A auditoria analisou 55,6 milhões de benefícios pagos em 2018, incluindo Previdência, assistência, Bolsa Família, seguro-desemprego e seguro-defeso (benefício de um salário mínimo pago a pescadores artesanais durante o período de proibição da atividade de pesca).
Na análise dos dados da Previdência, o TCU detectou no ano passado 34 mil casos de acumulação indevida de benefícios, além de 25,2 mil casos de uso irregular do CPF ou do Número de Inscrição do Trabalhador (NIT). Há ainda 1.457 pessoas que receberam valores acima do teto do INSS (na época, de R$ 5.645,80) indevidamente. Fonte: Estadão - 01/09/19