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sábado, 4 de março de 2017

O que você tem a ver com a corrupção?

A pensadora alemã de origem judia Hannah Arendt (1906–1975) ficou famosa por conceitos, elaborados a partir do evento do nazismo, como o da banalização do mal e a aceitação do mal menor. Analisando como os hábitos éticos e morais de uma sociedade, no caso da Alemanha antes da Segunda Guerra, mudaram do dia para noite, Hannah questionava a aceitação do mal menor, o que para ela era a aceitação do mal em si.

Cultura de colocar o interesse pessoal à frente do coletivo, vamos refletir os nosso atos de cada dia:
Ficar com o troco a mais dado pelo caixa,
furar fila,
copiar pela internet o trabalho de outra pessoa,
estacionar em vagas de deficientes,
furar o sinal vermelho,
trocar etiqueta de preço,
colar em provas
consumir produtos dentro do supermercado e não pagar
atravessar fora da faixa de segurança
não parar para pedestre na faixa de segurança
baixar música pirata da internet
falar ao celular enquanto dirige
andar no acostamento para driblar congestionamento
não dar lugar para idoso em ônibus
não peço nota fiscal,
tento subornar um guarda,
são exemplos de contravenções cotidianas muitas vezes praticadas sob o pretexto de que “só uma vez não faz mal”.
Traçando um paralelo com a sociedade brasileira atual, pode-se dizer que, aceitando um pequeno ato de corrupção, aceita-se os grandes atos também
Muito desta cultura vem da origem patrimonial brasileira, em que a tendência é colocar sempre o interesse pessoal à frente do coletivo.
Além disso, caímos frequentemente no erro da generalização, que é um mecanismo para reproduzir a impunidade, porque não se identifica ou pune os verdadeiros culpados.
“Corrupção é fazer o que sabemos que é errado” – Giovanni Calabraide Cardenas, 7 anos.
“Ela existe na política e dentro de casa, como colar na prova” – Maria Eduarda Portela, 7 anos.
O que você acha da corrupção? “Ela tem som de palavrão e é uma coisa muito feia que não devemos fazer” – Letícia Costa, 8 anos.
Fonte: Diário Catarinense - 15 de novembro de 2009
Comentário: Devemos refletir os nossos atos, pois o governo é o reflexo da sociedade. A sociedade que enaltece o jeitinho brasileiro contamina a própria nação.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A boa e velha corrupção

Uma pesquisa da University College, de Londres, publicada na revista "Nature Neuroscience", descobriu que o cérebro humano se habitua a mentir. O trabalho envolveu dezenas de pessoas, a quem se ofereceram opções que testavam sua honestidade. Diante de situações em que se dariam bem se mentissem, elas não falharam —mentiram e se deram bem. Ficou demonstrado que, se praticadas com regularidade, pequenas mentiras levam a uma desonestidade compulsiva, que o cérebro não vê como condenável.

Não é uma novidade para nós, no Brasil, e sem necessidade de pesquisa. E com uma variante: nossos governantes mentem, roubam e apagam as pistas, e nós é que nos habituamos a isso.

É verdade que, de tempos em tempos, o país acorda para o esculacho e se deixa seduzir por um moralista, que promete varrer a sujeira, caçar os marajás ou acabar com os 300 picaretas do Congresso. Daí Jânio Quadros (1960), Fernando Collor (1989) e Lula (2002). Eleitos esses elementos, o que acontece? A vassoura toma um porre, o caçador de marajás revela-se o marajá‑açu e o outro resolve governar justamente com os 300 picaretas, ampliados para 400.

No decorrer dos séculos, conformamo-nos com o uso do poder para fins lucrativos, por governantes em busca de vantagens particulares, como fazendas, casas de praia, canais de TV, jatinhos, viagens à Europa, joias, vinhos, festas. Era a velha corrupção, tal como praticada pelo PMDB, PSDB e que tais. Com o PT, parecíamos diante de uma nova corrupção —a do poder pelo poder, a da tomada do Estado para a execução de um projeto ideológico.

Mas os partidos políticos são formados por seres humanos. E estes, por mais ideológicos, ao descobrir que se dão bem mentindo, passam a mentir também em causa própria —rumo à boa e velha corrupção. Fonte: Folha de São Paulo - 04/01/2017  02h00 – Ruy Castro

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Lava Jato denuncia Lula, Odebrecht, Palocci e mais 6 por corrupção e lavagem de dinheiro

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro por contratos firmados entre a Petrobras e a construtora Norberto Odebrecht S/A, segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato. Lula é apontado como o "responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na administração federal". Esta é a quarta vez que Lula é denunciado na Lava Jato.
Além de Lula, também foram denunciados o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, o ex-ministro Antonio Palocci e Branislav Kontic, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Paulo Melo, Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro. Fonte: UOL, em São Paulo e no Rio 15/12/2016

domingo, 11 de dezembro de 2016

Codinomes dos políticos beneficiários dos pagamentos da Odebrecht




Alguns dos citados em delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-executivo da empreiteira



Citado
             


Posição atual

Apelido
Quanto a Odebrecht diz que pagou (R$)
Michel Temer (PMDB-SP) 
Presidente da República

10.000.000
Eliseu Padilha (PMDB-RS) 
Ministro da Casa Civil
Primo
4.000.000
José Yunes (PMDB-SP) 
Assessor especial da Presidência da República e amigo de Michel Temer

Valor não determinado
Moreira Franco (PMDB-RJ) 
Secretário do Programa de Parcerias em Investimentos do governo de Michel Temer
Angorá
Valor não determinado
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) 
Ex-ministro dos governos Temer e Lula
Babel
5.880.000
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) 
Ex-deputado federal
Caranguejo
11.500.000
Renan Calheiros (PMDB-AL) 
Presidente do Senado
Justiça
6.020.000
Romero Jucá (PMDB-RR) 
Senador
Caju
19.150.000
Eunicio Oliveira (PMDB-CE) 
Senador
Índio
2.100.000
Jaques Wagner (PT-BA) 
Ex-ministro do governo Dilma e ex-governador da Bahia
Polo
20.500.000
Adolfo Viana (PSDB-BA)
Deputado estadual
Jovem
50.000
Anderson Dornelles (PT-RS)
Ex-assessor da presidente Dilma Rousseff
Las Vegas
350.000
Antonio Brito (PSD-BA)
Deputado federal
Misericórdia
230.000
Antônio Imbassahy (PSDB-BA)
Deputado federal

299.700
Arthur Maia (SD-BA)
Deputado federal
Tuca
600.000
Arthur Virgílio (PSDB-AM)
Prefeito de Manaus
Kimono
300.000
Benito Gama (PTB-BA)
Ex-deputado federal

30.000
Carlinhos Almeida (PT-SP)
Prefeito de São José dos Campos

50.000
Ciro Nogueira (PP-PI)
Senador
Cerrado, Piqui
1.600.000
Claudio Cajado (DEM-BA)
Deputado federal

305.000
Colbert Martins (PMDB-BA)
Suplente de deputado federal, eleito vice-prefeito de Feira de Santana (BA)
Médico
591.443
Daniel Almeida (PC do B-BA)
Deputado federal, líder do PCdoB na Câmara
Comuna
100.000
Delcidio do Amaral (PT-MT)
Ex-senador
Ferrari
500.000
Duarte Nogueira (PSDB-SP)
Deputado federal, eleito prefeito de Ribeirão Preto
Corredor
750.000
Edvaldo Brito (PSD-BA)
Vereador
Candomblé
300.000
Flávio Dolabella (-)
Funcionário público
Fazendeiro
45.000
Francisco Dornelles (PP-RJ)
Vice-governador do Rio
Velhinho
200.000
Gim Argello (PTB-DF)
Ex-senador
Campari
2.800.000
Heráclito Fortes (PSB-PI)
Deputado federal
Boca Mole
250.000
Hugo Napoleão (DEM-PI)
Ex-governador, ex-deputado e ex-senador pelo Piauí
Diplomata
200.000
Inaldo Leitão (PR-PI)
Deputado federal
Todo Feio, Cunhado
100.000
Iracema Portella (PP-PI)
Ex-deputada federal

500.000
João Almeida (PSDB-BA)
Ex-deputado federal

500.000
José Agripino Maia (DEM-RN)
Senador
Pino, Gripado
1.000.000
José Carlos Aleluia (DEM-BA)
Deputado federal
Missa
580.000
Jutahy Magalhães (PSDB-BA)
Deputado federal
Moleza
850.000
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Senadora


Leur Lomanto Junior (PMDB-BA)
Deputado estadual

250.000
Lídice da Mata (PSB-BA)
Senadora
Feia
200.000
Lucio Vieira Lima (PMDB-BA)
Deputado federal
Bitelo
1.900.000
Marco Maia (PT-RS)
Deputado federal
Gremista
1.350.000
Orlando Silva (PC do B-SP)
Deputado federal

100.000
Paes Landim (PTB-PI)
Deputado federal
Decrépito
180.000
Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE)
Deputado federal
Educador
200.000
Paulo Magalhães Junior (DEM-BA)
Vereador
Goleiro
50.000
Paulo Skaf  (PMDB-SP)
Presidente da Fiesp

6.000.000
Robério Negreiros (PMDB-DF)
Deputado distrital

50.000
Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Presidente da Câmara dos Deputados
Botafogo
600.000
Fonte: Folha de São Paulo - 10/12/2016