quarta-feira, 1 de junho de 2022

Inflação da zona do euro bate recorde e chega a 8,1% em maio

Disparada de preços nos últimos 12 meses na região é atribuída ao impacto da guerra na Ucrânia nos custos de energia e alimentos, após altas provocadas por problemas nas cadeias de fornecimento devido à pandemia.

A inflação nos 19 países da zona do euro nos últimos 12 meses subiu para 8,1% em maio, ante 7,4% em abril, segundo números divulgados nesta terça-feira (31/05) pelo Departamento de Estatísticas da União Europeia (Eurostat).

Os preços vêm subindo acentuadamente desde o ano passado, inicialmente devido a problemas na cadeia de suprimentos após a pandemia de covid-19 e posteriormente devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Os custos de energia saltaram 39,2% como resultado da crise global energética causada pela guerra. Já os alimentos ficaram 7,5% mais caros, enquanto os preços de outros bens – como roupas, eletrodomésticos, carros, computadores e livros – subiram 4,2%, e o custo dos serviços aumentou 3,5%.

A taxa de inflação da Alemanha atingiu 7,9% em maio, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Departamento Alemão de Estatísticas (Destatis).

Inflação na zona do euro – com população de cerca de 343 milhões de pessoas. – está agora em seu nível mais alto desde que os registros para a moeda começaram, em 1997.

Aumento dos juros

Para domar os aumentos de preços, o Banco Central Europeu já cogita um aumento de 0,25 ponto percentual em sua taxa de depósitos negativa de -0,5% em julho e setembro.

No início de maio, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) elevou as taxas de juros em 0,5 ponto percentual pela primeira vez desde 2000, em uma tentativa de combater a inflação crescente.

Os países da zona euro são a Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda,  Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Espanha. Fonte: Deutsche Welle – 31.05.2022

 

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