sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Reino Unido: Partido Conservador ganha com ampla maioria

Com a maioria, os conservadores aumentaram significativamente seu poder, o que deve, inclusive, facilitar a aprovação do projeto de Johnson para o Brexit e garantir que o Reino Unido deixe a União Europeia em 31 de janeiro de 2020.

Para obter a maioria, um partido precisa de 326 assentos. Antes de ser dissolvido no dia 6 de novembro, o Parlamento tinha 298 conservadores e 243 trabalhistas.

O resultado foi considerado devastador para o Partido Trabalhista, que perdeu em uma série de locais historicamente ligados aos trabalhistas e só manteve alguns assentos graças a vitórias bastante apertadas.

Por outro lado, o Partido Nacional Escocês (SNP) comemorou um número de cadeiras acima do previsto em pesquisas. Das 59 vagas disponíveis na Escócia, o SNP obtinha, até às 5 horas locais, 48 vagas, superando as 35 que ocupava antes destas eleições.

O bom desempenho do partido da primeira-ministra Nicola Sturgeon - que tem entre suas propostas a realização de um novo plebiscito para independência do país - custou inclusive a cadeira de Jo Swinson, líder do Partido Liberal Democrata.

"A Escócia enviou uma mensagem muito clara - não queremos um governo Boris Johnson, não queremos deixar a UE", afirmou Sturgeon. "Os resultados no resto do Reino Unido são sombrios, mas sublinham a importância da Escócia ter uma escolha. Boris Johnson tem um mandato para tirar a Inglaterra da UE, mas ele deve aceitar que eu tenho um mandato para dar à Escócia uma escolha para um futuro alternativo", acrescentou.

BREXIT
Com a ampla maioria conquistada por seu partido nestas eleições, Johnson fica em uma posição muito mais confortável para conseguir promover a saída do Reino Unido da União Europeia em 31 de janeiro de 2020, como sempre prometeu.
Seu projeto não deverá enfrentar mais as mesmas dificuldades de antes para obter aprovação perante um Parlamento predominantemente conservador e a tendência é que avance rapidamente.
Mas a saída no dia 31 de janeiro, porém, caso aconteça, será apenas o primeiro passo oficial do Brexit.
Ainda é necessário negociar um acordo comercial com a União Europeia, e o prazo final para isso é 30 de junho de 2020.
A partir daí, dois cenários são possíveis: com um acordo fechado, ele precisa ser ratificado, um processo que pode levar meses, mas garante uma saída organizada. Sem o acordo, pode ter início a extensão de um período de transição que duraria até dois anos – algo que Johnson já descartou – ou uma saída sem acordo. Fonte: G1-13/12/2019

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