A economia informal avançou
pelo 5º ano consecutivo no Brasil, segundo o Índice de Economia Subterrânea
(IES), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo
Ibre/FGV. A chamada "economia subterrânea" movimentou R$ 1,12 trilhão
ao longo do ano – o equivalente a 17,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país,
e semelhante ao PIB de países como Suécia e Suíça.
A alta, de acordo com as
entidades, é reflexo da crise econômica, iniciada em meados de 2014 e que
reduziu o mercado de trabalho e a participação do setor formal da economia. No
mercado de trabalho, por exemplo, a informalidade bateu recorde, atingindo
41,2% em outubro.
O indicador foi criado em
2003 para medir a chamada economia subterrânea, que consiste na produção e
comercialização de bens e serviços que não é reportada oficialmente ao governo,
e leva em conta tanto a sonegação quanto o descumprimento de regulamentações
trabalhistas e previdenciárias.
Com a nova alta registrada
este ano, o indicador é o maior desde 2010, quando a economia informal
equivalia a 17,6% do PIB.
Para Edson Vismona,
presidente do Etco, para reverter esse quadro é necessária uma sólida
recuperação do ambiente econômico e a melhora do relacionamento do fisco com o
contribuinte, "simplificando procedimentos para os cidadãos que querem
pagar seus impostos e autuando duramente os que estruturam sua atividade para
sonegar impostos".
Alta do PIB
No terceiro trimestre deste
ano, o PIB brasileiro cresceu 0,6% em comparação com o anterior, segundo dados
divulgados no início do mês pelo IBGE – o equivalente a R$ 1,842 trilhão. Com
isso, no acumulado em 12 meses a alta foi de 1%. Fonte: G1-18/12/2019
Comentário:
Segundo dados do trimestre
encerrado em julho/2019, divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de trabalhadores informais na
população ocupada atingiu 38,683 milhões de brasileiros; número de desempregados
atingiu 12,4 milhões em outubro
Obs: Pessoas desalentadas -
que desistiram de procurar emprego, não entra na estatística de desemprego e
nem a população fora da força de trabalho.
Dados do INSS; 55 milhões de
trabalhadores formais; 20,3 milhões de trabalhadores aposentados, 10,7 milhões
de pensionistas do INSS. A conta futura não fechará.
Com esse dado o Balanço
Previdenciário; trabalhador formal mais contribuições sociais, o resultado é um
desiquilíbrio futuro da Previdência. Cada trabalhador na informalidade
significa um contribuinte a menos para o sistema, fora os desempregados e
desalentados.. Isso em escala produz consequências graves financeiros para o sistema
previdenciário, provocando efeito dominó na sustentação do próprio programa.
Existe um problema grave. Os próximos governos terão de descascar esse abacaxi.
É um vulcão social previdenciário.
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