quarta-feira, 30 de novembro de 2016

OCDE vê PIB do Brasil como o pior entre países do G20 em 2016 e em 2017

A forte recessão deve fazer com que o Brasil tenha o pior desempenho entre o G20 (grupo das maiores economias do mundo) em 2016 e em 2017, segundo a OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

De acordo com o relatório trimestral Global Economic Outlook (Panorama Econômico Global), divulgado o PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma de riquezas de um país) brasileiro vai registrar contração de 3,4% neste ano e crescimento nulo (0%) em 2017. As estimativas melhoraram em relação às projeções feitas em junho, que falavam em queda - tanto em 2016 quando no próximo ano - de 4,3% e 1,7%, respectivamente.
Segundo a OCDE, a retomada só vai acontecer em 2018, quando a economia brasileira deverá crescer 1,2%.
Se confirmadas as projeções, o Brasil entrará no terceiro ano consecutivo de queda do PIB. Atualmente, o país vive um cenário de recessão com inflação, o que dificulta a recuperação da economia.

As estimativas diferem das do governo e da pesquisa Focus (expectativas do mercado), publicada pelo Banco Central. A previsão oficial do governo é de retração de 3,5% neste ano. Para 2017, a projeção é de crescimento de 1%. Por outro lado, segundo a última pesquisa, o mercado calcula queda de 3,49% em 2016 e alta de 0,98% no ano que vem.
De abril a junho, o PIB brasileiro recuou 0,6% em relação ao trimestre anterior. Foi o sexto trimestre consecutivo de queda.

"A economia está emergindo de uma recessão severa e prolongada. A incerteza política diminuiu, a confiança do consumidor e dos empresários está aumentando, e o investimento se fortaleceu. No entanto, o desemprego deve continuar aumentando até 2017, para só depois cair gradualmente. A inflação deve retornar gradualmente para a meta", destaca o documento da OCDE - a organização reúne 35 países, em sua maioria desenvolvidos.
"A trajetória fiscal é ligeiramente contracionista ao longo do período de projeção. Um ajuste fiscal efetivo permitiria uma maior flexibilização da política monetária e sustentaria uma recuperação do investimento. O aumento da produtividade dependerá do fortalecimento da concorrência, por meio de barreiras comerciais menores, incluindo menos encargos administrativos e melhorias na infraestutura", acrescenta a nota da OCDE, sediada em Paris.

Já o PIB mundial vai subir 2,9% e 3,3% em 2016 e em 2017, respectivamente, segundo a OCDE. Para 2018, a previsão é de alta de 3,6%.
Neste ano, o país com o pior desempenho do G20 depois do Brasil será a Argentina, cujo PIB deve cair 1,7%.
Já na outra ponta está a Índia (7,4%), que lidera o ranking, seguida por China (6,7%), Indonésia (5%) e Espanha (3,2%).
No que vem, de acordo com a organização, a Índia deve continuar na liderança (7,6%). Completam o topo da lista China (6,4%), Indonésia (5%) e Turquia (3,3%). Fonte: BBC Brasil - 28 novembro 2016

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