O deputado federal
afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou nesta quinta-feira à presidência da
Câmara dos Deputados. O anúncio foi feito em entrevista coletiva no começo
desta tarde. "Resolvi ceder aos apelos generalizados dos meus apoiadores",
disse Cunha, que chorou ao ler carta de renúncia na qual afirmou que deixar a
presidência da Casa levará a mais estabilidade. Seu objetivo é diminuir a
pressão para que seja cassado pelo plenário da Casa por quebra de decoro
parlamentar ao mentir na CPI da Petrobras. A última estimativa era de que mais
de 400 dos 513 deputados votariam pela perda de mandato de Cunha – um número
bem superior aos 257 necessários para uma cassação.
O peemedebista teve
seu pedido de perda do cargo aprovado pelo Conselho de Ética no início de junho
e aguarda o julgamento de um recurso que apresentou à Comissão de Constituição
e Justiça. A votação desse recurso está prevista para as 16h segunda-feira
(11). A renúncia de Cunha não paralisa o processo, já que ele ainda mantém a
função de deputado, ainda que tenha sido impedido de atuar pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). A previsão é que o julgamento dele por seus pares
ocorra em agosto.Fonte: El País - Brasilia 7 JUL 2016
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