sexta-feira, 6 de março de 2015

As novas rotas da seda da China


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Megaprojeto pretende conectar a China com a Europa por via terrestre e marítima.O que o trajeto de trem mais longo do mundo, o porto de Pireus e um centro logístico no Cazaquistão têm em comum? Ou Duisburg, na Alemanha, as ilhas Maldivas e Gwadar, no Paquistão? A resposta é a China.

HUB TERRESTRE E MARÍTIMO: Todos formam parte do ambicioso conceito que Pequim transformou em uma das grandes prioridades de sua política exterior: a criação de extensas redes de transporte, conexões e infraestrutura que partam da China e, por via terrestre e marítima, cheguem à Europa. O Governo chinês batizou a iniciativa de Novas Rotas da Seda e pretende completá-la até 2025. O projeto prevê investimentos de 40 bilhões de dólares (113 bilhões de reais). E também inclui acordos de construção e empréstimos na Ásia Central em torno de 54 bilhões de dólares (153 bilhões de reais).

DIPLOMACIA ECONÔMICA: Caso funcione e Pequim está concentrando esforços políticos e meios econômicos para isso—, o projeto proporcionará à China um volume potencial de comércio exorbitante, em uma área de 4,4 bilhões de pessoas e com um terço da riqueza mundial. E aumentará exponencialmente a influência global da segunda economia do mundo diante dos EUA, que por sua vez se volta para a região Ásia-Pacífico. Mas praticamente todos os detalhes do projeto ainda precisam ser definidos.

As chamadas Novas Rotas da Seda são projetos de diplomacia econômica, mas sua realização concreta está incerta no momento, com exceção do desenvolvimento da infraestrutura. Muitos países vizinhos da China se perguntam como podem ser beneficiados. O presidente chinês, Xi Jinping, propôs o projeto de rota terrestre pela primeira vez em outubro de 2013, durante uma visita ao Cazaquistão. Um mês depois, na Indonésia, discutia a rota marítima. Pequim afirma que 50 países mostraram interesse no projeto.

O novo Governo do Sri Lanka, depois de se mostrar inicialmente contra o projeto, deu finalmente o sinal verde este mês para o porto que a China está construindo em Colombo.

Segundo o rascunho fornecido por Pequim, o braço marítimo, o “cinturão”—de grande importância para o país, já que 90% de seu comércio é realizado por via marítima—, sairia do leste da China para atravessar o Estreito de Malaca e, através de Bangladesh, Sri Lanka e Paquistão, continuaria pelo Mar Vermelho até o porto de Pireus, em Atenas.

O braço terrestre atravessaria a China de leste a oeste e, através da região de Xinjiang, chegaria aos países da Ásia Central para continuar até a Europa, uma alternativa mais rápida para o transporte de produtos do que a atual via marítima. Nessa rede de trajetos está incluída a rota ferroviária Madri-Yiwu, a mais longa do planeta e ainda em fase experimental.

Na semana passada, um trem de carga veio da Espanha à China após percorrer a linha ferroviária mais longa do mundo, com 13 mil quilômetros, em 24 dias. A viagem foi exaltada como um marco no renascimento da rota: com sua capacidade inigualável em construir ferrovias, os trilhos são um caminho natural para o projeto de expansão econômica e política da China.

É só o começo de um projeto que no futuro, especulam analistas, poderia levar a corte de tarifas e à criação de um espaço econômico comum da Eurásia, cobrindo 60% da população mundial. Fonte: El Pais - 17 Feb 2015 

Comentário; Enquanto a China procura reduzir a pobreza com investimento e abertura de postos de trabalho, aqui, a esquerda optou pela política Pajelança Social, isto é,  a fantasia de progresso social com subsídios, salário mínimo real por decreto, empresa nacionalista com baixíssima produtividade, redução de tarifas, com a maioria da população indiferente aos estudos, baixíssima produtividade e consumismo exagerado. O que temos  no Brasil é o desperdício de oportunidades, gerações perdidas e futuro incerto. O futuro já passou.

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