O relatório divulgado em 2 de julho pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que reúne 34 dos países mais industrializados do mundo, afirma que o Brasil não conseguirá atingir o nível de renda média dos países desenvolvidos até 2050 caso sejam mantidas as taxas de crescimento atuais.
A previsão distancia o Brasil de outros países cujo crescimento chamou atenção nos últimos anos, como a China. Segundo o relatório, China, Panamá e Cazaquistão estão no caminho certo para equiparar sua renda à de países desenvolvidos nos próximos 35 anos. Assim como o Brasil, ficaram para trás o México, Colômbia e a África do Sul, entre outros.
"Muitos dos países que esperávamos que se aproximariam das economias avançadas até a metade do século não vão conseguir com as taxas de crescimento de hoje", disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.
ARMADILHA
Aumentar a produtividade poderia ajudar a reforçar o crescimento e reduzir a diferença nos padrões de vida em relação às economias avançadas mais rapidamente, afirmou Gurría. A produtividade do trabalho na maioria dos países emergentes é inferior à metade da dos países desenvolvidos, segundo o estudo.
BRASIL, EDUCAÇÃO
No Brasil, houve uma queda no nível de produtividade total dos fatores – ou seja, o quanto a economia produz com a mesma quantidade de capital e horas trabalhadas— entre 2000 e 2008, na comparação com países desenvolvidos, de acordo com a OCDE.
O mesmo aconteceu no México e na Turquia. China e Índia apresentaram crescimento nos índices de produtividade de máquinas e trabalhadores.A OCDE analisou diversos fatores que afetam a produtividade dos países.
No caso brasileiro, são citados resultados ruins que o país tem no Pisa (exame internacional que afere o nível de educação) e os investimentos, que são menores do que os feitos em alguns países da Ásia.
O relatório aborda também pontos em que o país conseguiu avançar mais do que outras economias emergentes, como o aumento dos índices de emprego, a diminuição da desigualdade social e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Para aumentar a produtividade nos países em desenvolvimento, os especialistas sugerem diversificação em áreas de maior valor agregado, como agricultura, indústria e serviços, assim como reformas econômicas e investimentos em inovação. Fonte: BBC Brasil -2 de julho, 2014
Comentário: O gargalo do país é a falta de educação e cultura. O futuro do país já passou. É só olhar a Coreia do Sul. Éramos parecidos com a Coreia na década de 60. Nações do mundo subdesenvolvido com taxas de analfabetismo elevadas. Tínhamos uma renda per capita bem superior da Coreia. Optamos pelo desenvolvimento sem se preocupar com a educação. A Coreia fez a opção em investimento em escolas públicas de ensino fundamental e médio.
Passados uma geração, a renda per capita da Coreia é três vezes maior do que do Brasil, exporta o dobro de mercadorias com valores agregados de conhecimento, inovação e tecnologia. Aqui procuramos inventar as porções mágicas e mirabolantes da educação com projetos que viram fumaças. São os alquimistas da educação, que procuram obter a pedra filosofal da educação. Continuaremos a ser conhecidos como o país das festas, dos carnavais, das mulheres e do futebol. Um país que não é levado muito a sério.
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