Bem-vindo ao mundo do big data, que, através da análise em profundidade de grandes volumes de dados se propõe a ser a melhor (ou a única, para seus apóstolos mais entusiasmados) lente para entender o mundo. É usado em áreas tão distintas como o controle de epidemias, o combate ao crime e as sugestões de filmes da Netflix.
A Copa do Mundo no Brasil tem sido um ótimo exemplo de como isso acontece. Consagrada como a Copa das redes sociais, dos smartphones e das selfies, justamente por causa da popularização maciça desses elementos, é também a copa do big data.
O SindiTelebrasil (sindicato das operadoras de telecomunicações) revelou dados vencedores sobre as fotos postadas por celulares no Mundial. Juntando primeira fase e oitavas de final, cerca de 38 milhões de fotos foram enviadas pelos torcedores de seus aparelhos móveis, resultando em uma média de oito mil fotos por minuto.
Quando se fala em redes sociais, os números também são dignos de comemoração. O Facebook, por exemplo, divulgou que a Copa do Mundo é o evento de maior sucesso de sua história, contabilizando um bilhão de fotos, comentários e curtidas apenas na primeira fase da competição.
Por debaixo dessa superfície de interação está o ouro de muitos negócios. Cada post, curtida, chat, SMS, busca, posição do GPS, ligação, e-mail, foto e vídeo postado ou compartilhado é armazenado pelos respectivos provedores dos serviços. Trata-se de um imenso banco de informações para redes sociais, empresas de tecnologia, operadoras de telefonia, agências de publicidade, emissoras de televisão, fabricantes de aparelhos, desenvolvedores de aplicativos, marcas de cerveja e assim por diante.
O big data gerado não só por espectadores nos estádios, mas pelos bilhões que acompanham os jogos à distância ajuda a montar um complexo e detalhado mapa que abrange informações de usuários, perfis, regiões, hábitos, preferências, consumo, tempo de conexão e histórico de navegação.Ao sorrir para a próxima foto, portanto, lembre-se: você está sendo analisado. Fonte: Estadão - 07 de julho de 2014
Comentário: Os governos tem suas agência de segurança, do tipo, NSA, e as empresas tem suas agências, do tipo, Agência de Análise Comportamental do Cliente. Seria AACC. Que tal?
Recentemente Facebbok fez uma pesquisa com cerca de 700 mil de seus usuário, sem o consentimento deles. Foi uma pesquisa para testar produtos. Por uma semana, os usuários foram testados em suas emoções e humores em relação as influências de informações consideradas "positivas" e "negativas". É a manipulação de informações.
Pelo jeito estamos caminhando para o Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, todos serão felizes, não existe o indivíduo e sim o hedonismo da rede social.
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