terça-feira, 24 de junho de 2014

Suíços rejeitam adotar salário mínimo de R$ 10 mil

Os suíços rejeitaram no domingo, 18 de maio, em um referendo a instauração no país de um salário mínimo único equivalente a 3.300 euros (R$ 10 mil), que seria o mais elevado do mundo, segundo as primeiras projeções de um instituto de pesquisas.

 Cerca de 76% dos votantes pronunciou-se na contramão desta proposta dos sindicatos, que perdeu em 19 dos 26 cantones (uma espécie de Estado) do país.

Apenas 23% dos eleitores optaram pelo "Sim" à criação do salário mínimo de 22 francos suíços por hora (18 euros, 25 dólares), ou seja 4 mil francos suíços brutos (3.300 euros) por 42 horas semanais. Na Suíça para que uma iniciativa seja aprovada precisa obter a maioria do voto popular e dos cantões.

Os sindicatos patronais e os partidos conservadores se opunham à medida por considerar que prejudicava justamente aos que pretendia proteger e alertavam de que provocaria a destruição de empregos, um argumento que calou entre os votantes.

Este salário mínimo de 18 euros por hora seria o mais elevado do planeta, muito superior aos 9,43 euros na França, 8,50 euros na Alemanha a partir de 2015 e 5,05 euros na Espanha.

Grande parte da população temia que o salário mínimo provocasse um aumento do desemprego, um fenômeno quase inexistente na Suíça (taxa de 3,2% em abril). Fonte: G1-18/05/2014

Comentário: Imagino se fosse realizado um referendo no Brasil? Seria uma demagogia que custaria caro ao país. Segundo levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o salário mínimo ideal no Brasil deveria ser  R$ 2.765,44 para suprir  as despesas básicas. O salário médio do trabalhador brasileiro é de R$ 1.792,61, de acordo com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a partir de pesquisa do Cempre (Cadastro Central de Empresas). Existe uma discrepância entre a realidade e o ideal. O PIB per capita da Suiça é de 79.052,34 USD , enquanto no Brasil é 10.262,26 USD, quase oito vezes menor.

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