Ex-bispo católico, Fernando Lugo foi eleito presidente do Paraguai em 2008. O motivo para o pedido de impeachment — proposto ao meio-dia de quinta-feira e aprovado no final da tarde desta sexta — é o "mau desempenho de suas funções".
A maior razão que levou a oposição a desencadear o processo foi a execução de seis policiais e 11 sem-terra em um confronto que ocorreu no dia 15 de junho, em Curuguaty, a 250km da capital Assunção.
A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de julgamento político para destituir Lugo — por 76 votos a um. Na sequência, o Senado confirmou a decisão final para o impeachment. Dos 45 parlamentares que compõem o Senado paraguaio, 39 votaram a favor do impeachment, quatro contra e dois não compareceram à sessão. Para o pedido ser aprovado, era necessário a maioria absoluta de dois terços, segundo o artigo 225 da Constituição Paraguaia, ou seja, 30 votos. O presidente foi declarado culpado pelo mau uso das funções públicas. Conforme a Constituição paraguaia, um presidente só pode ser submetido ao juízo político por mau desempenho das funções e por delitos comuns ou cometidos no exercício do cargo.
Conflito agrário com 17 mortes foi o estopim
O conflito que matou 11 agricultores e 6 policiais no Paraguai, no dia 15, foi a gota d´água no desgaste entre o presidente Fernando Lugo e os aliados no Congresso.
Esse desgaste resultou no abandono do apoio a Lugo pelo PLRA (Partido Liberal) e na rápida abertura do impeachment. O líder da sigla, o senador Blas Llano, é pré-candidato à Presidência em 2013 e enfrentava resistências do presidente. O episódio derrubou o ministro do Interior, Carlos Filizzola. Lugo nomeou Rubén Candía, ligado aos opositores colorados. A medida não apaziguou a oposição e irritou o PLRA, que votou em peso a favor do impeachment. Fonte: Zero Hora – 23/06/2012
Parabéns Congresso paraguaio! Nós brasileiros vivemos decepcionados diante do mundo sensato e ético. Que Deus os inspire a levar adiante um Governo operoso para todos os paraguaios. Que o novo presidente Frederico tenha sapiência divina em governar o seu povo, de modo que não chacenle facções temerárias.
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