quinta-feira, 26 de maio de 2011

Não aceito propaganda de opções sexuais

 "Não aceito propaganda de opções sexuais", afirma Dilma sobre kit anti-homofobia

A presidente Dilma Rousseff criticou o kit Escola sem Homofobia, também chamado de kit anti-homofobia e kit gay, na manhã desta quinta-feira (26). Ela disse que assistiu a um dos vídeos e não gostou do seu conteúdo.

"Não aceito propaganda de opções sexuais. Não podemos intervir na vida privada das pessoas", afirmou em cerimônia no Palácio do Planalto. A presidente disse, ainda, que o governo defende a luta contra práticas homofóbicas. “O governo pode, sim, ensinar que é necessário respeitar a diferença e que você não pode exercer práticas violentas contra os diferentes.”

Segundo a presidente, a situação está em estudo: “É uma questão que o governo vai revisar, não haverá autorização para esse tipo de política de defesa A, B ou C. Agora, lutamos contra a homofobia”.

Kit gay fica no armário

Depois da pressão da bancada evangélica e de grupos católicos do Congresso e das ameaças dos parlamentares desses grupos de apoiar investigações sobre o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o governo federal decidiu suspender a produção e a distribuição do kit anti-homofobia, que estava em planejamento no Ministério da Educação. Segundo o governo, todo o material do governo que se refira a "costumes" passará por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados.

A pressão dos parlamentares dos grupos de evangélicos e católicos foi feita com ameaças de convocar o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci para esclarecer a multiplicação do seu patrimônio e de pedir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na área da educação por causa do projeto do material que seria distribuído às escolas para promover a diversidade. O governo nega que esse tenha sido o motivo do cancelamento.

Retrocesso

Para especialistas ouvidos pelo UOL Educação, a decisão representa um "retrocesso". Jaqueline Gomes de Jesus, professora da UnB (Universidade de Brasília), considera esse tipo de material sobre a diversidade "fundamental".

 “Como as crianças vão conhecer a realidade se não houver material que leve a elas essa informação?”, questiona a psicóloga e doutora em Psicologia Social pela UnB. Ela aponta que em outros países, como nos Estados Unidos, são utilizadas apostilas sobre o assunto e que este é um modo de “atingir as pessoas em um aspecto afetivo”.

Para Evaldo Amorim, presidente da ONG Elos LGBT-DF, impedir a divulgação do kit anti-homofobia é um "retrocesso da sociedade". “A informação é necessária no espaço escolar. É um material didático, responsável, adequado para a faixa etária do ensino médio”, afirmou.

Fonte: UOL Noticias - 26/05/2011 - 13h32 / Atualizada 26/05/2011 - 13h49

Comentário: A presidente tem razão. Essas ONG´s  e entidades congêneres tem mais força política do que partidos políticos, para impor seu pensamento político e social, pois elas têm simpatizantes no governo.

Veja a portaria do governo: Portaria nº 928, de 26 de abril de 2006.

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições e de acordo com o art. 1º, do Anexo I, do Decreto 5.159, de 28 de julho de 2004 e de acordo com o disposto na Portaria 4.032 de 24 de novembro de 2005 resolve:

Art. 1º Designar os membros abaixo relacionados para compor o grupo de trabalho para acompanhar a implantação do “Programa Brasil sem Homofobia” no Ministério da Educação:

O grupo de trabalho coordenado pelo MEC para elaborar  esse programa  tinha dezenas de representantes do movimento  GLBTT e simpatizantes. Não houve nesse grupo de trabalho pluralidade de pensamentos e sim convergência de idéias. Se estamos numa democracia e o tema proposto pelo MEC altera o pensamento dominante da sociedade, deveria abranger mais representantes  dessa sociedade e não formar um grupo de trabalho com pensamento direcionado para o objetivo proposto  e sem ao menos questionar esses resultados que afeta toda a sociedade.

Veja o trecho transcrito  do trabalho do MEC:  GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NA EDUCAÇÃO: DIAGNÓSTICO

A escola brasileira foi historicamente concebida e organizada segundo os padrões da heteronormatividade, valorizando e edificando como padrão um único componente: o adulto, masculino, branco, heterossexual. A violência homofóbica, nas suas mais diversas formas de manifestação, pode dizer respeito a distintos aspectos da vida cotidiana escolar e das pedagogias aí mobilizadas.

O padrão da nossa ancestralidade, desde a origem do Homem na Terra é o casal  homem e mulher. É a coisa mais normal

Esse tipo de conceito nada mais é do que um patrulhamento ideológico perigoso. Se você é contrário, você é racista, homofóbico, etc.  Daqui a pouco não poderemos dizer palavrões, xingar, etc. Isso não fará mais parte da cultura popular do país, teremos ser politicamente correto, a favor do falso pensamento dominante  Vamos viver na era do obscurantismo

Nenhum comentário:

Postar um comentário