quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Wikileaks, hacker e internet livre

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Em uma das revistas de 2009 do Copenhagen Institute for Future Studies saiu um artigo sobre o tema “Anarconomy”. Esse artigo veio em boa hora para analisar o pensamento dos piratas cibernéticos. Hoje o que se comenta mais é o caso da Wikileaks. Eles querem ser os paladinos da verdade, da transparência, etc. Por detrás dessa falsa transparência incentiva a ilegalidade, o roubo de informações, é o caos das informações. Eles estão jogando farofa no ventilador, para não dizer outra coisa.


Eles nada mais são do que os hackers,  são narcisistas eletrônicos  que querem manobrar as informações de maneira anárquica. Julgam transparentes, honestos, defensores da livre informação da internet, etc.  Mas como eles obtém essas informações, pesquisando, ou  investigando? Não. Simplesmente algum ativista simpatizante desse grupo rouba informações de empresa ou do governo e colocam na internet,  para ver o que acontece. Eles estão tão acostumados em acessar sites indevidamente, que eles acham que é normal esse tipo de serviço. Não há ética e nem moral nesse tipo de serviço. Alguns hackers dizem é pura adrenalina cibernética. Eles querem tudo de graça na rede, mas quem produzirá essas informações ou projetos? Eles próprios? Eles tem competência para isso? Ou são os novos piratas cibernéticos?


Os princípios que eles enaltecem como as comunidades de informações livres, grupos decidindo, etc. Nada mais é do que o   comunismo eletrônico. É novo comunismo virtual? Ninguém trabalha, apenas recebe informações? 


Desse artigo  transcrevo algumas idéias que coincidem com o pensamento da Wikileaks:


1-Dizem os autores dos artigos que nos últimos anos assistimos e ainda assistiremos à proliferação de conteúdos e serviços gratuitos na Internet. Esse conteúdo é criado e distribuído livremente pelos próprios usuários nas redes de voluntários de acordo com princípios anárquicos:     


2-Porque Anarconomía = Anarquismo + Economia?


■ A sociedade em rede tem muitas semelhanças com o ideal anarquista. O código aberto e todas as aplicações grátis têm um grande valor para o usuário.


■ As ferramentas que no passado estavam reservados para uns poucos, agora  estão disponíveis para todos (criar e distribuir conteúdos: blogs, youtube, flickr, facebook, …).


■ Produtos e serviços gratuitos desafiam e competem com os produtos e serviços comerciais.


■ No futuro, só se poderá ganhar dinheiro quem tiver soluções e experiências únicas.


E, ainda segundo os autores, no futuro, os princípios de anarconomía se moverão da Internet ao mundo real e mudarão radicalmente a economia do mercado.


O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DO ANARQUISMO É QUE NÃO DEVE TER NENHUMA AUTORIDADE CENTRAL COM O PODER DE IMPOR SUA VONTADE E FAZER CUMPRIR AS LEIS. PELO CONTRÁRIO, A SOCIEDADE DEVE SER ORGANIZADA COM "REGRAS DE LIVRE ACORDO ENTRE OS DIVERSOS GRUPOS".


3-Estamos vivendo numa época de mudança radical. Um dos grandes cismas é a utilização dos direitos dos produtos intangíveis.


De um lado temos o grupo dos utópicos, que pensam que o acesso a todos os conhecimentos e produtos culturais deveriam ser abertos e livre. No outro lado, temos as grandes empresas e as pessoas criativas que se ganham a vida com os direitos de propriedade intelectual - as companhias gravadoras, os detentores de patentes, artistas, etc. - que pensam que os estímulos para criar novos conhecimentos e novos produtos culturais desaparecerão se não se pode obter um monopólio temporário com o que eles criaram.


4-Anarconomía desafia os monopólios tradicionais baseados na legislação, os direitos intangíveis e a tecnologia. As leis nacionais podem ser contornadas com a terceirização através dos países com menos regulação.


5-Os artigos falam da “anarconomía”, isto é de uma economia que não é  ou pouca formal, livre e sem autoridade central onde muitas pessoas trabalham voluntariamente e os serviços e produtos são grátis.


6-Será realidade o que descrevem os autores? Na contramão estão os fatos conhecidos até agora: As experiências em liberdade descontrolada nunca agradaram a uns poucos bípedes cujo função é o controle, o racionamento, a organização e a distribuição desigual das “liberdades”, segundo os critérios de pertinência a uma casta particular e a riqueza material.


E estes bípedes, que se chamam habitualmente "políticos" vão fazer tudo o possível para que a “liberdade” não seja para todos. Além disso, sabemos que em todas as sociedades dos bípedes durante toda a história conhecida alguns bípedes sempre eram e são mais iguais do que outros.

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