A maior parte da matéria-prima vinda do óleo de cozinha jogado fora vai para a produção de biodiesel. Uma menor parte vira sabão.
A ONG Trevo atende hoje 4.000 prédios na Grande São Paulo -fora os clientes que ela tem no setor comercial, como as grandes redes de fast-food. A instituição processa 250 toneladas por mês. Para realizar a coleta do óleo em prédios, a ONG vende um galão de 50 litros ao condomínio. Normalmente, ele é colocado na garagem.
"Quando recebemos o aviso de que o galão encheu, retiramos em 24 horas. A taxa é só pela primeira peça", diz Roberto Costacoi, da Trevo. Os prédios não recebem nada. No máximo, alguns mimos, como sabão.
O Instituto Triângulo, que também coleta óleo, opera da mesma forma. O material reciclado é coletado nos prédios ou nos pontos que existem em redes de supermercados. Qualquer pessoa pode ir a esses pontos e depositar seu recipiente com óleo.
"Processamos 16 toneladas ao mês. Boa parte disso é usada na nossa própria produção de sabão. Nosso fim é socioambiental", diz Fabrício França, diretor-conselheiro da Triângulo.
LONDRINA
Criado em novembro do ano passado, o projeto Eco Óleo, Eco Vida já colheu em Londrina (PR) 350 mil litros de óleo de cozinha usado.
Foram instalados 350 ecopontos em supermercados, associações de bairros, escolas e condomínios.
A iniciativa é uma parceria firmada entre o município e a BF Ambiental, do grupo Big Frango, de Rolândia (369 Km de Curitiba), a maior indústria de abate de aves do norte paranaense.
Ao ingressar no projeto, os consumidores recebem um galão de 1,5 litros para armazenar as sobras de óleo de cozinha em suas residências.
Quando ficam cheios, os recipientes são devolvidos aos ecopontos e, então, transferidos para a refinaria da Big Frango.
Lá, o óleo vira matéria-prima para rações, biodiesel e também para a indústria de cosméticos. A refinaria da empresa tem capacidade de processar 100 mil litros de óleo usado por dia.
Para cada litro de óleo de cozinha usado recebido, a empresa doa R$ 0,20 para o Hospital do Câncer de Londrina. O repasse é feito cada vez que se completa 1 milhão de litros arrecadados.
SAN FRANCISCO RECICLA ÓLEO E USA EM FROTA
Em San Francisco (EUA), a prefeitura criou em 2007 um programa para que o óleo de cozinha fosse reciclado. Desde então, o município recolhe gratuitamente todo o óleo coletado pelo comércio e pelas casas. Hoje, toda a frota municipal da cidade é abastecida com biodiesel gerado pelo óleo de cozinha.
Fonte:Folha de São Paulo - São Paulo, 03 de junho de 2010
Comentário
- 1 litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água
- quando em contato com a água do mar produz metano e ajuda no aquecimento global
Óleo de cozinha e o meio ambiente
O óleo de cozinha é altamente prejudicial ao meio ambiente e quando jogado na pia (rede de esgoto) causa entupimentos, havendo a necessidade do uso de produtos químicos tóxicos para a solução do problema. Muitos bares, restaurantes, hotéis e residências ainda têm jogado o óleo utilizado na cozinha na rede de esgoto, desconhecendo os prejuízos que isso causa.
Jogar o óleo na pia, em terrenos baldios ou no lixo acarreta três fins desastrosos a esse óleo:
■ permanece retido no encanamento, causando entupimento das tubulações se não for separado por uma estação de tratamento e saneamento básico;
■ se não houver um sistema de tratamento de esgoto, acaba se espalhando na superfície dos rios e das represas, causando danos à fauna aquática;
■ fica no solo, impermeabilizando-o e contribuindo com enchentes, ou entra em decomposição, soltando gás metano durante esse processo, causando mau cheiro, além de agravar o efeito estufa.
Não jogar óleo em fontes de água, na rede de esgoto ou no solo é uma questão de cidadania e por isso deve ser incentivada. Fonte:HowStuffworks
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