domingo, 10 de março de 2019

OEA calcula que 5.000 venezuelanos deixaram o país a cada dia em 2018

A Venezuela atravessa uma crise de emigrantes e refugiados "sem precedentes na região”, segundo um relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) publicado nesta sexta-feira em Washington. “Em 2018, ao menos 3,4 milhões de venezuelanos, mais de 10% da população do país, fugiram a diferentes destinos da América Latina e do Caribe”, assinala o relatório. São cerca de 5.000 pessoas por dia que abandonaram a Venezuela “em condições de alta vulnerabilidade”.
O relatório prevê mais de cinco milhões de refugiados entre 2015 até o final de 2019, o que significaria um êxodo de uma magnitude comparável às crises em países vítimas de conflitos armados como Síria e Afeganistão.

A organização internacional, criada em 1948 e cujo secretário-geral é Luis Almagro, opositor ao regime de Nicolás Maduro, calcula que 5.000 pessoas fogem a cada dia da violência, da escassez de alimentos e remédios, da hiperinflação e da crise política da nação sul-americana. O relatório, realizado por um grupo de trabalho coordenado pelo opositor David Smolansky e integrado por quatro experientes independentes, afirma que a situação dos refugiados poderia superar os cinco milhões de pessoas até o final de 2019.
Esta cifra de emigrantes venezuelanos no exterior poderia ficar entre 7,5 milhões e os 8,2 milhões para 2020, segundo as estimativas do documento. Superaria, assim, o número de deslocados pela guerra na Síria, que gerou 6,3 milhões de refugiados entre 2011 e 2017.

O principal destino dos emigrantes venezuelanos é a Colômbia, onde chegaram 1,2 milhões de pessoas.
O segundo destino é o Peru (700.000 venezuelanos), e depois estão Chile (266.000), Equador (250.000) e Argentina (150.000).

O Brasil acolheu 100.000 venezuelanos. O fluxo de migrantes se intensificou em fevereiro na fronteira com a cidade de Pacaraima (Roraima). Um total de 600.000 deslocados venezuelanos, segundo o relatório, residem atualmente nos Estados Unidos.  
Smolansky, ex-prefeito do município de Hatillo, considera que o êxodo é provocado pela "falta de comida e remédios, violência generalizada, o colapso econômico... e a violação em massa e sistemática dos direitos humanos".  
A moeda venezuelana se infla a um ritmo de dois milhões por cento ao ano e o salário mínimo caiu a seis dólares mensais. Esta degradação alterou o perfil do venezuelano que deixa seu lar. Já não são ricos molestos pela falta de crescimentos do país; agora são os desfavorecidos, asfixiados pela pobreza e pela falta de mudança no horizonte. Os ricos deixaram a Venezuela como estudantes ou com vistos de trabalho a países como Estados Unidos e Espanha. Fonte: El País - Washington / Madri 9 MAR 2019

sábado, 9 de março de 2019

Persiste falla eléctrica este sábado en 14 estados del país

Ciudadanos reportan que este sábado persiste la falla eléctrica masiva que comenzó el jueves y que se ha prolongado por más de 30 horas, a pesar que el servicio eléctrico fue restituido parcialmente en algunas zonas del país.

La falla eléctrica se registra en los estados como Anzoátegui, Barinas, Sucre, Carabobo, Distrito Capital, Mérida, Miranda, Monagas, Nueva Esparta, Portuguesa, Táchira, Vargas y Zulia a las 7:30 am.

El Metro de Caracas se mantiene afectado por la falla de electricidad y hasta el momento el servicio se encuentra suspendido. Durante la tarde del jueves se registró un apagón en todo el territorio nacional, debido a una avería en el en la generación ubicada en el Guri, estado Bolívar.

El suministro fue restituido por más de una hora y media en algunas zonas de Caracas, pero los ciudadanos reportaron que en esas mismas localidades no tenían luz desde las 4:30 pm. Fuente: El Nacional-09 de Marzo de 2019 

Apagão de grandes proporções deixa Venezuela sem eletricidade

Perto das 17h da quinta-feira (18h em Brasília), a Venezuela ficou sem luz e assim continuou durante horas. Às escuras. À meia-noite, boa parte do país continuava sem fornecimento de eletricidade. A capital, Caracas, era uma cidade fantasma. Somente os prédios com geradores próprios, especialmente os hotéis, iluminavam um pouco uma cidade de mais de seis milhões de habitantes.

Um apagão de grandes proporções que também deixou mais de 20 Estados sem luz, entre eles Miranda, Barquisimeto, Táchira ou Carabobo. O serviço telefônico, tanto de voz como de dados, também foi afetado, e o metrô da capital – uma infraestrutura fundamental em pleno momento da volta dos trabalhadores para casa – interrompeu as viagens, obrigando milhares de pessoas a buscar meios alternativos de transporte ou caminhar quilômetros até suas casas.

O corte de energia também afetou o aeroporto de Maiquetía e o tráfego entre o litoral e o distrito metropolitano de Caracas. Os funcionários da imigração tiveram de operar de forma manual, sem acesso aos bancos de dados, e as informações sobre voos e conexões foram interrompidas.

A origem do apagão está em Guri (Estado de Bolívar), uma das maiores hidrelétricas da América Latina, atrás apenas de Itaipu (entre o Brasil e o Paraguai). Fonte: El País - Caracas 8 MAR 2019 - 12:43          


segunda-feira, 4 de março de 2019

As maiores economias do mundo: Projeção do PIB de 2018

Ranking
País/Economia                   
PIB (Nominal) (billions of $)
PIB per capita (Nominal) ($)
Continente
1
United States
20,412.87
62,152
North America
2
China
14,092.51
10,088
Asia
3
Japan
5,167.05
40,849
Asia
4
Germany
4,211.64
50,842
Europe
5
United Kingdom
2,936.29
44,177
Europe
6
France
2,925.10
44,934
Europe
7
India
2,848.23
2,135
Asia
8
Italy
2,181.97
35,914
Europe
9
Brazil
2,138.92
10,224
South America
10
Canada
1,798.51
48,466
North America
11
Russia
1,719.90
11,947
Europe
12
Korea
1,693.25
32,775
Asia
13
Spain
1,506.44
32,559
Europe
14
Australia
1,500.26
59,655
Oceania
15
Mexico
1,212.83
9,723
North America
16
Indonesia
1,074.97
4,052
Asia
17
Netherlands
945.33
55,185
Europe
18
Turkey
909.89
11,114
Asia
19
Saudi Arabia
748.00
22,65
Asia
20
Switzerland
741.69
86,835
Europe
21
Argentina
625.92
14,044
South America
22
Poland
614.19
16,18
Europe
23
Taiwan Province of China
613.30
25,977
Asia
24
Sweden
600.77
58,345
Europe
25
Belgium
562.23
49,272
Europe
26
Thailand
483.74
6,992
Asia
27
Austria
477.67
53,764
Europe
28
Norway
443.25
82,711
Europe
29
Islamic Republic of Iran
418.88
5,086
Asia
30
United Arab Emirates
411.83
39,484
Asia
31
Nigeria
408.61
2,108
Africa
32
Ireland
385.14
80,641
Europe
33
Israel
373.75
42,115
Asia
34
South Africa
370.89
6,459
Africa
35
Denmark
369.76
63,83
Europe
36
Malaysia
364.92
11,237
Asia
37
Hong Kong SAR
364.78
48,829
Asia
38
Singapore
349.66
61,767
Asia
39
Philippines
332.45
3,095
Asia
40
Colombia
327.98
6,581
South America
41
Pakistan
324.73
1615
Asia
42
Finland
289.56
52,422
Europe
43
Bangladesh
285.82
1,734
Asia
44
Chile
280.27
15,087
South America
45
Egypt
253.25
2611
Africa
46
Czech Republic
251.58
23,75
Europe
47
Portugal
248.89
24,237
Europe
48
Romania
245.59
12,575
Europe
49
Vietnam
240.78
2,546
Asia
50
Peru
231.57
7,199
South America

World
87,505
11,727

Esse ranking é baseado na projeção pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) de abril de 2018 para o ano de 2018. Data 09 Jun 2018

Alemanha fecha 2018 com superávit recorde

A Alemanha fechou 2018 com um superávit de 58 bilhões de euros, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22/02) pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis). Esse foi o maior excedente registrado no orçamento desde a Reunificação, em 1989.
As receitas, arrecadadas pelo governo nos níveis federal, estadual e municipal, somaram 1,543 trilhão de euros, enquanto as despesas foram de 1,485 trilhão de euros. O excedente de 58 bilhões representa 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que totaliza 3,4 trilhões de euros.

Segundo o Destatis, 2018 foi o quinto ano consecutivo em que a Alemanha bateu o recorde do superávit. O governo federal é o responsável pela maior fatia do excendente, 17,9 bilhões de euros, seguido pelos municípios, com 14,9 bilhões de euros, e pelos estados, com 11,1 bilhões de euros.
A receita total do ano passado foi 4,7% maior do que a de 2017. As despesas, porém, também cresceram 3,2%.

O Destatis atribuiu o crescimento da receita à força do mercado de trabalho, ao aumento da base contribuinte e à taxação de ganhos de capital, além do incremento de 4,3% nas contribuições do fundo de assistência social feitas por empregados e empregadores.
Em relação às despesas, a Alemanha se beneficiou com as baixas taxas de juros da Europa e a diminuição de 8,5% de sua dívida pública.
Embora o quadro geral seja positivo, vários municípios alemães possuem dívidas elevadas e alertam constantemente para o peso das tarefas de assistência social estipuladas pelo governo federal em seus orçamentos.

Apesar dos bons resultados do orçamento, a economia alemã desacelerou no segundo semestre de 2018 e terminou o ano escapando por pouco da recessão. O PIB alemão cresceu 1,4%, menos que o 1,5% previsto pelo Destatis e por economistas. Foi o nono ano seguido de expansão da economia alemã, apesar de o ritmo de crescimento ter diminuído. Em 2017 e em 2016, a alta havia sido de 2,2%.
Para este ano, institutos de pesquisa econômica, organizações internacionais e o governo alemão reduziram as projeções de crescimento do PIB, fortemente dependente de exportações. Os principais motivos apontados para a redução foram a desaceleração da economia mundial, conflitos comerciais internacionais e a imprevisibilidade gerada pelo Brexit – a planejada saída do Reino Unido da União Europeia.

O governo alemão projeta para 2019 uma alta do PIB de 1%, o crescimento mais baixo desde 2013, quando a expansão foi de 0,5%. Em sua última previsão, a expectativa do governo ainda era de um crescimento de 1,8% para este ano.Fonte: Deutsche Welle-22.02.2019

Comentário: Enquanto isso o Brasil fica na plataforma esperando o trem passar, ou melhor, a Maria Fumaça.

sábado, 2 de março de 2019

PIB do Brasil cresce 1,1% em 2018 e ainda está no patamar de 2012

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2018, na segunda alta anual consecutiva após 2 anos de retração. Os dados foram divulgados na quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB em 2018 totalizou R$ 6,8 trilhões.
Já o PIB per capita (por habitante) teve alta de 0,3% em termos reais, alcançando R$ 32.747 em 2018.
O desempenho da economia brasileira no ano foi decepcionante diante das expectativas iniciais, repetindo o avanço registrado em 2017, quando o PIB também avançou 1,1%. Apesar da frustração, o resultado veio dentro do esperado por boa parte do mercado, que ao longo do ano foi revisando seguidamente para baixo as previsões para o PIB.
A piora nas expectativas do mercado veio na esteira da greve dos caminhoneiros, de incertezas políticas e eleitorais, e da piora do cenário internacional. A última previsão dos analistas financeiros, em pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada, foi de um crescimento de 1,21% em 2018.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

VEJA OS PRINCIPAIS DESTAQUES DO PIB EM 2018:
■Serviços: 1,3%
■Indústria: 0,6% (1ª alta após 4 anos de quedas)
■Agropecuária: 0,1%
■ Consumo das famílias: 1,9% (2ª alta anual seguida acima do PIB do país)
■Consumo do governo: 0
■Investimentos: 4,1% (1ª alta após 3 anos de quedas)
■Construção civil: -2,5% (5ª queda anual seguida)
■Exportação: 4,1%
■Importação: 8,5%

RECUPERAÇÃO LENTA
De acordo com a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Claudia Dionísio, com o resultado do ano passado a economia do país alcançou o mesmo patamar que apresentava no primeiro semestre de 2012, o que mostra que a recuperação segue em ritmo lento e que o PIB do país ainda segue abaixo do nível pré-recessão.
Segundo ela, em valores correntes, o PIB brasileiro ainda segue 5,1% abaixo do pico registrado em 2014.

SETOR DE SERVIÇOS FOI DESTAQUE DO ANO
Segundo o IBGE, o crescimento de 2018 foi garantido pela alta de 1,3% do setor de serviços (após avanço de 0,5% em 2017), que responde por 75,8% do PIB. As 7 atividades do setor tiveram taxas positivas, com destaque para o comércio, que teve alta de 2,3%, e o setor de transportes, que avançou 2,2%.
Nos serviços, apesar das atividades imobiliárias terem apresentado o maior crescimento entre as atividades pesquisadas, a alta foi puxada efetivamente por comércio e transporte. "As atividades imobiliárias têm peso muito pequeno. Já o comércio representa 13,2% de todo o PIB", enfatizou Rebeca Palis, coordenadora das contas nacionais do IBGE.

INDÚSTRIA
A indústria decepcionou no 4º trimestre, mas registrou em 2018 o 1º ano positivo desde a crise. Em 2018, houve alta de 2,3% na produção e distribuição de eletricidade, de 1,3% na indústria de transformação, puxada pela produção automotiva, de 1,0% na extrativa, impulsionada pela extração de minério, e a queda de 2,5% na construção civil.

AGRONEGÓCIO
Motor do PIB em 2017, o agronegócio cresceu apenas 0,1% em 2018. Os destaques foram a alta na produção de café e algodão, respectivamente de 29,4% e 28,4%. Por outro lado, houve queda de importantes lavouras do país: milho (-18,3%), laranja (-10,7%) e cana de açúcar (-2%)

CONSUMO DAS FAMÍLIAS:
Do lado da demanda, o destaque foi o consumo das famílias, que cresceu 1,9%. "Cresceu porque houve aumento da massa salarial, os juros caíram e a inflação seguiu sob controle. Ou seja, melhorou, mas tudo num ritmo um pouco lento ainda", destacou Claudia Dionísio.

SETOR EXTERNO PREJUDICA RESULTADO
Segundo a pesquisadora do IBGE, o que mais pressionou o resultado do PIB no ano foi a contribuição negativa do setor externo. As exportações de bens e serviços cresceram 4,1%, enquanto as importações avançaram 8,5%.
A economia brasileira fechou com 2018 com necessidade de financiamento de R$ 58,1 bilhões em 2018. No ano anterior, essa necessidade havia sido de R$ 47,2 bilhões. "O Brasil está precisando de mais financiamento externo. Ou seja, piorou", afirmou Rebeca.

CONSTRUÇÃO CIVIL TEM 5ª QUEDA ANUAL SEGUIDA
Apesar da recuperação lenta da economia, praticamente todos os componentes do PIB registraram crescimento em 2018, com exceção da construção civil, que caiu 2,5% no ano e registrou a 5ª queda anual seguida.
"São 'N' motivos que levaram a construção a acumular todas essas perdas. Uns deles são a parte da infraestrutura e a parte governamental. O dinheiro do governo é o que mais banca a infraestrutura. E a gente sabe que os três níveis de governo estão tentando segurar as suas contas. Investimento, como não é uma despesa obrigatória, é o primeiro a ser cortado", avaliou a gerente do IBGE.

PERSPECTIVAS PARA 2019
Apesar da melhora da confiança e otimismo de empresários e consumidores, a safra dos números do fim de 2018 e de início de 2019 revelou uma perda de ritmo da economia e um desempenho mais fraco da atividade do que o esperado por boa parte dos analistas.

Essa decepção ocorreu em todos os setores: no varejo, no serviços e, sobretudo, na indústria. E o resultado do mercado de trabalho também foi considerado fraco. No ano passado, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, pouco inferior aos 12,7% de 2017. Em janeiro, a taxa de desemprego aumentou para 12%, atingindo 12,7 milhões de pessoas, segundo divulgou na véspera o IBGE.
Na esteira desses números, nas últimas semanas, parte dos bancos e consultorias começaram a revisar para baixo as projeções para o crescimento da economia brasileira.

O banco Itaú, por exemplo, reduziu a previsão de crescimento do PIB em 2019 de 2,5% para 2%. Na média, os analistas do mercado financeiro projetam uma alta de 2,48% neste ano, segundo a pesquisa Focus do Banco Central.
Os analistas avaliam que a economia só deve ganhar tração neste ano se o governo conseguir aprovar a reforma da Previdência, considerada fundamental para o acerto das contas públicas, melhora do ambiente econômico, aumento dos investimentos privados e para a criação de mais empregos.

Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia é de alta de 2,65%, segundo a pesquisa do BC. Fonte: G1 Economia - 28/02/2019 

Holanda não sabe onde colocar tanta bicicleta e constrói estacionamentos subterrâneos

Com 17 milhões de habitantes, há na Holanda 23 milhões de bicicletas. As famílias têm três em média, de acordo com o Escritório Central de Estatísticas. A Bicicletas Recreativas, organização que calcula seu uso, diz que é o veículo mais utilizado (84% da população); é o país com mais bicicletas por habitante (1,3), seguido pela Dinamarca (0,8) e o Japão (0,6); 16% usam modelos elétricos, e destes, 6% têm uma de corrida. Existem 88.000 quilômetros de rotas adaptadas, entre estradas e caminhos municipais, e 94% das viagens começam na porta de casa.

O Governo de centro-direita pretende investir 345 milhões de euros (1,45 bilhão de reais) em infraestrutura para que outras 200.000 pessoas as levem ao trabalho. Impressionante, mas onde estacioná-las com uma densidade de população de 412 habitantes por quilômetro quadrado? Em estacionamentos subterrâneos gigantescos.

Na realidade, a bicicleta na Holanda pode ser estacionada em qualquer rua, desde que não exista sinalização que o impeça e não interrompa a passagem dos pedestres. O problema é que não costuma haver lugar e os espaços dispostos em diversas áreas das grandes cidades acabam lotados. Lá, estacioná-las no primeiro dia é gratuito e o segundo custa 0,50 euros (2 reais). A partir do terceiro cobram 2,50 euros (10 reais). A solução é construir garagens maiores, especialmente nas grandes estações de trem, como as de Utrecht e Haia. Muita gente sobe no trem, que possui plataformas adaptadas, com a bicicleta para continuar usando-a em outro local. É muito conveniente deixá-la no subsolo da estação ferroviária.

A Prefeitura de Utrecht já abriu um estacionamento para 12.500 bicicletas, o maior do mundo de sua classe, sob a praça da estação central. De três andares, tem acesso pela rua e é possível percorrê-lo pedalando até encontrar uma vaga. Possui um túnel que conecta com o pátio e as plataformas da estação de trem. Aqui o primeiro dia também é gratuito e é possível pagá-lo com o cartão geral de transporte, válido em todos os serviços públicos: trem, ônibus e bonde. Também tem 700 bicicletas de aluguel e não fecha.

Em Haia está sendo construído um estacionamento parecido, na estação central de trens, com capacidade para 8.500 bicicletas. A abertura está prevista para o final de 2019 e também terá o acesso através da rua. Em Amsterdã, onde hoje a maior parte das bicicletas se estaciona perto da estação, se constrói desde 2018 uma garagem com capacidade para 7.000 no canal localizado em frente. Toda a área exterior será remodelada e, como nas outras duas cidades, a previsão é que a entrada fique na rua. Está previsto para ser inaugurado dentro de cinco anos.

Os três projetos recebem dinheiro do Governo central e das respectivas Prefeituras e o Ministério do Transporte quer que a população utilize muito mais a bicicleta. De acordo com números do departamento, 25% dos trajetos sobre duas rodas têm a ver com o trabalho e podem ser chamados de profissionais. 37% são viagens de lazer. O restante é para compras, ir ao colégio e outras atividades. Levando em consideração que “mais de 50% da população ativa mora a menos de 15 quilômetros de seu trabalho e que mais da metade dos percursos de carro não supera os oito quilômetros”, dizem porta-vozes oficiais, a ideia é promover as bicicletas com uma diminuição dos impostos. Para cada quilômetro coberto nesses deslocamentos diários para ir trabalhar, o usuário recebe diminuição de 19 centavos de euro (80 centavos de real). O Ministério do Transporte espera convencer as empresas dos benefícios de financiar as bicicletas de seus empregados. E colocar chuveiros nos escritórios, que é outro dos pedidos persistentes. Fonte: El País - Haia 9 FEV 2019