quinta-feira, 24 de maio de 2018

Falta trabalho para 27,7 milhões de brasileiros

Dados do IBGE revelam maior taxa de subutilização da força de trabalho no país desde 2012, equivalente a um quarto dos trabalhadores. Dados evidenciam contraste entre regiões do país.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo IBGE, 27,7 milhões de brasileiros – 24,7% da força de trabalho nacional – estão subutilizados, termo que abrange os desempregados;
■os que gostariam de  trabalhar, mas desistiram de procurar emprego;
■e aqueles que estão disponíveis para trabalhar mais horas, mas não encontram meios de fazê-lo. Este é o maior percentual registrado no país desde o início dos levantamentos, em 2012.

As maiores taxas de subutilização foram registradas;
■Bahia (40,5%), Piauí (39,7%), Alagoas (38,2%) e Maranhão (37,4%).
■Os estados que apresentam as menores taxas são o Paraná (17,6%), Mato Grosso (16%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Santa Catarina (10,8%).

NÚMERO DE DESALENTADOS NO PAÍS
Segundo a Pnad, o número de desalentados no país – os que desistiram de encontrar trabalho – é de 4,6 milhões (4,1% da força de trabalho), registrando um aumento em relação aos 4,3 milhões do último trimestre de 2017. As pessoas nessa condição não conseguiram emprego por falta de experiência ou de qualificação, por serem jovens ou idosos demais ou por não haver trabalho onde moram.

O percentual de desalentados é maior na região Nordeste do país;
■chegando a 9,7% da força de trabalho.
■Somente em Alagoas, 17% da força de trabalho está nessas condições,
■ Maranhão, 13,3%.
■ No Rio de Janeiro e em Santa Catarina, a taxa é de apenas 0,8%.

TAXA DE DESEMPREGO
A taxa de desemprego registrada no primeiro trimestre de 2018 foi de 13,1%, aumentando em todas as regiões em comparação com o 4º trimestre de 2017.  Os dois maiores aumentos foram registrados na região Norte (de 11,3% para 12,7%) e Nordeste (de 13,8% para 15,9%). No Sudeste essa taxa aumentou de 12,6% para 13,8%; no Sul, de 7,7% para 8,4% e no Centro-Oeste de 9,4% para 10,5%. Na comparação anual, a taxa recuou em todas as regiões.

MAIORES TAXAS DE DESEMPREGO
As maiores taxas de desemprego entre os estados foram registradas;
■Amapá (21,5%), Bahia (17,9%), Pernambuco (17,7%), Alagoas (17,7%) e Maranhão (15,6%).
■ As menores foram registradas em Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Mato Grosso (9,3%).

EMPREGOS COM CARTEIRA DE TRABALHO
■ Os menores percentuais de empregos com carteira de trabalho assinada na iniciativa privada – exceto domésticos – estavam nas regiões Nordeste (59,7%) e Norte (62,9%),
■ e o maior, no Sul (83,3%). Somente no Norte esse índice cresceu em relação ao 1º trimestre de 2017, subindo de 59,9% para os 62,9% atuais.
As regiões Norte e Nordeste apresentaram o maior percentual de trabalhadores autônomos (32,4% e 29%, respectivamente).
Já as regiões Sudeste (70,5%) e Centro-Oeste (70,1%) apresentaram participação maior de pessoas empregadas. Fonte: Deutsche Welle-17.05.2018

Comentário:
O Brasil criou 115.898 vagas com carteira assinada em abril. É o melhor resultado mensal em mais de três anos. O número de empregos criados é o saldo, ou seja, o total de contratações menos o de demissões no período. Em abril, foram 1.305.225 contratações e 1.189.327 demissões.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho. Em março, foram criados 56.151 postos de trabalho.

Dados preocupantes
■ De março de 2017 a março de 2018, houve geração de 1,6 milhões de empregos  
■ A cada ano, cerca de 1,7 milhões de jovens formados são disponibilizados para o mercado de trabalho. Recém-formados do ensino médio, ensino técnico e ensino superior, que buscam a primeira oportunidade de trabalho.  
Temos 13,7 milhões de desempregados???

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Maduro ganó


El presidente de la República, Nicolás Maduro, fue reelecto con 6.157.185 votos para el período 2019-2025, de acuerdo con la actualización de datos del CNE de este lunes.
Su contendor, Henri Falcón, abanderado por Avanzada Progresista, Movimiento al Socialismo (MAS) y el Comité de Organización Política Electoral Independiente (Copei), obtuvo 1 millón 909.172 de los votos, reseñó AVN.
 Mientras Maduro logró el 67,76% del total de los votos válidos y Falcón el 21,01%, el candidato del grupo de electores Esperanza por el Cambio, Javier Bertucci, alcanzó el 10,82%, y el aspirante del partido Unidad Política Popular 89 (UPP89), Reinaldo Quijada, el 0,39%.
Según el Poder Electoral, este domingo acudieron a la cita comicial 9 millones 261.839 electores, lo que representa el 45,99% del padrón electoral. El 1,9% (176.210) de los votos fueron nulos.Fuente:  El  Universal -  21/05/2018 

Comentário: Cada povo tem o governo que merece
 

sábado, 19 de maio de 2018

Mapa-múndi do cálcio mostra dieta pobre para saúde óssea

A Fundação Internacional de Osteoporose (IOF na sigla em inglês) lançou um mapa-múndi mostrando a média de ingestão de cálcio.
O mapa revela que muitas populações, incluindo a brasileira, não estão recebendo cálcio suficiente em suas dietas.

O cálcio é um componente importante do osso, representando entre 30 e 35% da sua massa, e sendo responsável por grande parte da sua resistência. A baixa ingestão de cálcio tem sido associada à menor densidade mineral óssea, o que aumenta o risco de osteoporose e fraturas.
É importante ingerir cálcio através da dieta, ou seja, pelos alimentos, porque suplementos de cálcio e vitamina D não protegem contra fraturas e podem até fazer mais mal do que bem.

INGESTÃO DE CÁLCIO NO MUNDO
Nos 74 países incluídos no mapa, a estimativa da ingestão média de cálcio entre os adultos varia muito, desde um nível baixo, de 175 miligramas por dia (mg/dia) no Nepal, até um nível alto, de 1.233 mg/dia na Islândia.

Os países da Ásia, África e América do Sul, em sua maioria, têm baixo consumo de cálcio, variando entre cerca de 400 a 700 mg/dia. Há grande variação na América Latina, onde a Colômbia tem uma ingestão média de apenas 297 mg/dia, o Brasil apresenta um valor de 508 mg/dia, enquanto o México está no topo da lista regional, com 805 mg/dia.
"Infelizmente, América Central e América do Sul não têm informações epidemiológicas robustas sobre os níveis de ingestão de cálcio, e os dados disponíveis são insuficientes ou refletem a ingestão dietética de um pequeno grupo populacional," ressaltou a professora Patricia Clark, da Universidade Nacional Autônoma do México

"O mapa revela que os dados publicados na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile e Colômbia mostram as médias de ingestão de cálcio entre os mais baixos do mundo (600 mg/dia), o México é o país com maior ingestão média de cálcio na região (800 mg/dia). No entanto, como em muitos países da América Latina, também apresenta níveis sub-ótimos de vitamina D. Infelizmente, os estudos disponíveis são limitados," acrescentou Patricia.
"O consumo médio dos brasileiros entre 20 e 60 anos é de 505 mg/dia. Isso coloca o Brasil entre os países que estão com pouca ingestão de cálcio no mundo (menos de 600 mg/dia). Estudos brasileiros estabelecem que o cálcio é um dos nutrientes com maior prevalência de ingestão inadequada. Ele mostrou sua preocupação com os baixos níveis de consumo de cálcio no Brasil, onde as taxas de fratura de quadril estão aumentando rapidamente na população mais velha. As fraturas de quadril são a consequência mais grave, cara e potencialmente mortal da osteoporose. Projeções futuras para o Brasil indicam que, em 2050, o número de fraturas de quadril vai ultrapassar de um milhão, a menos que sejam tomadas medidas preventivas," disse o Dr. Cristiano Zerbini, membro do Conselho Mundial da IOF pelo Brasil e coautor do estudo.

RECOMENDAÇÕES SOBRE CÁLCIO PARA A SAÚDE
A quantidade de cálcio necessária varia em diferentes fases da vida, sendo especialmente altas na adolescência, devido ao rápido crescimento do esqueleto, e na velhice, quando a capacidade do corpo de absorver o cálcio diminui. Em adultos mais velhos, a perda óssea ocorre a uma taxa de cerca de 1% ao ano, resultando em perda de cálcio de aproximadamente 15 g por ano.
As recomendações para a ingestão diária de cálcio variam de um país para o outro, geralmente entre 800 e 1.000 mg/dia para adultos saudáveis, com maiores quantidades recomendadas para adolescentes, mulheres na pós-menopausa, idosos e pessoas com osteoporose.

Os alimentos ricos em cálcio incluem;
■ todos os alimentos lácteos (leite, iogurte, queijos),
■ certos vegetais (como brócolis e couve); peixes,
■ incluindo enlatados, como sardinhas; algumas nozes;
■ produtos de soja com cálcio (tofu, leite de soja);
■ e algumas águas minerais (nem toda água engarrafada é água mineral).
Fonte: Diário da Saúde-08/05/2018

José Dirceu se entrega à Justiça

Condenado no âmbito da Lava Jato, ex-ministro começa a cumprir pena de 30 anos e nove meses de prisão por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O ex-ministro José Dirceu se entregou na sexta-feira (18/05) às autoridades para iniciar o cumprimento da pena de 30 anos e nove meses de prisão. Ele foi condenado por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.
 A decisão judicial prevê que o ex-ministro cumpra a pena no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR).
Depois de ter seu último recurso em segunda instância negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a prisão de Dirceu foi decretada na quinta-feira pela juíza substituta de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal em Curitiba, Gabriela Hardt.

O ex-ministro foi acusado de participar de um esquema de contratos superfaturados da construtora Engevix com a Petrobras. O Ministério Público Federal afirma que ele recebeu 12 milhões de reais em propinas.
Em primeira instância, o ex-presidente do PT havia sido condenado em maio de 2016 por Moro a 20 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em setembro do ano passado, porém, o TRF-4 aumentou a pena dele para 30 anos, 9 meses e 10 dias de prisão.

Preso em agosto de 2015, Dirceu ganhou o direito de responder aos processos que enfrenta em liberdade em maio de 2017. Além desta condenação confirmada em segunda instância, o ex-ministro também foi condenado por Moro em março de 2017 a 11 anos e três meses de reclusão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Fonte: Deutsche Welle -18.05.2018

terça-feira, 15 de maio de 2018

Vangelis

Vangelis (nome artístico de Evángelos Odysséas Papathanassíu) é um músico grego, estilos; neoclássico, progressivo, música eletrônica e ambiente.


 






 



domingo, 13 de maio de 2018

Richard Clayderman

Richard Clayderman, nome artístico de Philippe Robert Louis Pagès, (Paris, 28 de Dezembro de 1953) é um pianista francês..

   



A ditadura dos 'likes'

Estamos todos expostos à crítica social, especialmente se propagamos voluntariamente nossas intimidades. Bem o sabem os instagramers, blogueiros e youtubers, que muitas vezes oferecem a imagem da felicidade plena e da verdade absoluta em suas redes sociais. Vindos do universo virtual, essas celebridades ditam gostos e opiniões, são os chamados influencers. A possibilidade de ser conhecido nunca foi tão acessível como agora, e os usuários anônimos que cada dia dedicam mais tempo a ser observados, admirados e valorizados já se contam aos milhões. As pessoas gostam de gostar. E a capacidade de difusão da internet oferece a muito mais gente a possibilidade de gostar. Mas, ao mesmo tempo, nos submete à ditadura da observação constante, o que nos impele a evitar cometer erros que possam ser notados e divulgados. O que antes se limitava a um instante e a um grupo reduzido de pessoas, agora tem uma audiência potencial permanente e ilimitada. De onde surge essa necessidade de agradar?

Parte de nossa identidade – especialmente na puberdade e na adolescência – é configurada pela relação com nossos pares. Configuramos nossa personalidade de acordo com a forma como nos sentimos conosco e com as opiniões que recebemos do mundo exterior. O que os outros pensam ao nosso respeito é um dos fatores determinantes na construção do nosso caráter. As novas tecnologias nos oferecem a possibilidade de desenhar um novo eu, o digital, que podemos idealizar e controlar: escolhemos o que mostrar, que imagem dar. Mas a criação e a manutenção dessa aparência tem um preço: executar a melhor interpretação da nossa vida perde valor se não houver um público que a observe, se não for divulgada. Precisamos de seguidores. O verdadeiro valor do “curtir” é confirmar que nossas ações são observadas e avaliadas positivamente. Isso nos faz sentir o prazer da vitória, do objetivo alcançado. Quando mostramos uma faceta de nós mesmos e recebemos um feedback que a valida, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. E isso acaba funcionando como uma droga.

CORREMOS O RISCO DE VIVER EM UMA POSE CONSTANTE. NÃO É PERMITIDO SE ZANGAR OU TER UM DIA RUIM
Cada nova curtida reforça um comportamento que nos leva a repeti-la; precisamos de mais e mais e mais, como acontece com qualquer vício. O impacto das imagens de felicidade e perfeição é efetivo. O público quer ver aquilo que não tem, estendendo o valor do instante para sua vida: se uma pessoa sai sorrindo em todas as fotos, isso significa que ela é feliz. Para que nossa imagem digital corresponda ao que desejamos ser, só se tem de fazer isso: mostrar felicidade, embora esta se assente sobre a desgraça de viver por e para a captura desse momento. Hoje somos vítimas da tirania da popularidade e do otimismo, uma derivada direta do culto ao cinismo. A importância de uma foto é medida por seus likes, de uma ideia por seus retuítes e de uma pessoa por seu número de seguidores. O alcance de uma opinião pessoal, de uma crítica, já não se limita ao ambiente em que se manifesta, nem esse escrito se relega a uma estante à qual, talvez, vamos no dirigir anos mais tarde e ler com rubor aquilo que um dia consideramos. Agora, o público é contado na casa dos milhões. E já nada é transitório. Quando recebemos um feedback, os circuitos cerebrais do reforço são ativados, o que nos faz querer mais. É uma droga

Por tudo isso, corremos o risco de viver em uma pose constante. Não é permitido se zangar, ter um dia ruim ou estar de mau humor. A indiferença não tem lugar em um mundo que dá tanto valor ao posicionamento e, se possível, ao posicionamento explícito, próximo do radicalismo. Entre os desafios mais urgentes que isso acarreta, destaca-se a necessidade de assumir a incontrolável esfera de influência a que nossos menores estão submetidos, seres humanos que ainda estão coletando dados para formar sua própria opinião. Nunca foi tão fácil para uma criança ou adolescente ter acesso a argumentos extremistas esgrimidos por falsos profetas vociferantes.

O que acontece quando os valores que se compram e se vendem para conseguir ser alguém influente são simplificados até a frivolização do ser humano? Onde está o sujeito pensante e autônomo, a pessoa com capacidade de reflexão, decisão e criação de um sistema ideológico independente e adaptado a um contexto social mais ou menos normativo? Os jovens hoje percebem as ideias de ídolos de canção, dos videogames, do esporte, da moda ou da beleza sem diferenciar se esses indivíduos sabem do que estão falando quando emitem opiniões sobre assuntos sobre os quais, em muitas ocasiões, não têm argumentos. Nessa era, podemos ir dormir como sujeitos anônimos e acordar na manhã seguinte sendo trending topic; só é necessário que uma pessoa com um número suficiente de seguidores nos relacione com algum fato escandaloso e num tom extravagante ou agressivo o suficiente para desencadear o efeito retuíte. Para o bem ou para o mal, na sociedade de hoje somos todos público, mas também somos todos audíveis.

NÃO HÁ DESCANSO.
O mundo nos observa e nos divulga. A verdade não importa necessariamente. Muitas vezes, a retificação de uma calúnia obterá um número de retuítes comparativamente desprezível. Os adultos, como os mais jovens, também acumulam curtidas e tendem a estabelecer regras sobre as coisas cujo conteúdo mais “curtimos”. Contabilizamos seguidores e ficamos chateados quando os perdemos. Os palestrantes não são mais valorizados, e segundo quais fóruns, por seus conhecimentos ou publicações acadêmicas, mas pelo número de seguidores que possuem no Twitter. E isso pode depender mais da simpatia do seu cachorro e do partido que você for capaz de tirar disso do que ter um conhecimento sólido sobre o conteúdo do painel para o qual você foi convidado. Não importa mais quais conclusões foram tiradas do debate. A magia termina quando o número de pessoas que participaram do evento é contabilizado. Como gerenciar e controlar esse vício? Aqui, chamo as autoridades a legislar. E os filósofos a filosofar. Não se pode dar um telefone celular a uma criança e depois tirá-lo. Devemos reconsiderar, nos adiantar aos acontecimentos. Fonte: El País - 21 ABR 2018